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Notícias do Front Baixacultural (18)

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Trent Reznor fala sobre seu modelo de negócio (Música Líquida, 7/04)

Figura carimbada aqui no BC, o cabeça (e corpo) do Nine Inch Nails deu uma entrevista para um canal do site Digg. O foco da entrevista (em inglês, 40 minutos) foi, principalmente, o modelo de negócio que Reznor vem adotando para seu trabalho. A dica vem do blog Música Líquida, criado em março com a idéia de “trocar experiências, informações e ideias a respeito do novo universo musical“.

Um dos editores do blog é o músico Leoni,  aquele que compôs boa parte das músicas do início do Kid Abelha, conhecido, de tempos pra cá, como um dos poucos músicos do mainstream que vem sabendo “se adaptar”  à Nova Ordem da  Música,  disponibilizando, em seu site oficial, diversas músicas suas para download de grátis.

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Tráfego na Suécia cai um terço após lei antipirataria mas rígida (IDG Now, 2/04)

Berço do Pirate Bay, a Suécia rendeu-se ao policiamento na internet. No início deste mês, entrou em vigor uma nova regulamentação que concede a todos os detentores de copyright a possibilidade de solicitar a um tribunal uma autorização para obter, junto do provedor de acesso à Internet, a identidade do utilizador associado a um endereço IP envolvido na transferência de conteúdos ilegais. A diferença para a legislação anterior, segundo informa o Remixtures, é de que até então eles precisavam de denunciar previamente a alegada infração à polícia ou a um procurador do Ministério Público.

A nova lei já fez cair 33% o tráfego local. A quantia de dados trocados por internautas suecos caiu de uma média de 120 Gbps para 80 Gbps, pelo menos nos primeiros dias do mês, segundo informa o IDG Now, que, por sua vez, baseia-se na empresa de consultoria local Netnod.

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Mais uma vítima da pirataria (Carta Capital, 9/04)

A edição desta semana da Carta Capital retoma o bizarro caso do jornalista americano Roger Friedman, colunista de entretenimento da rede americana de notícias Fox, que publicou no site do canal uma resenha de X-Men Origins: Wolverine. O problema da coisa toda é que Friedman viu o filme numa cópia pirata e inacabada do filme, disponível na internet, mais de um mês antes do lançamento oficial. Resultado: a resenha foi apagada e Friedman foi demitido sumariamente.

Segundo a Carta Capital, Friedman não se importou muito com a qualidade do filme e parece ter ficado mais impressionado com a facilidade da pirataria na internet. “Foram realmente poucos segundos até que o filme começou a passar na tela do meu computador”, afirmou. Maurício Stycer, em seu blog no IG, conta que o colunista resolveu debochar de seus chefes: “Neste momento, meus ‘primos’ na 20th Century Fox provavelmente estão tendo um ataque apoplético”, escreveu ele na resenha.

A matéria da Carta Capital, escrita por Felipe Marra Mendonça, diz ainda que o vazamento do filme causou transtornos para os estúdios FOX e resultou em uma investigação do FBI. As primeiras notícias do surgimento de cópias piratas de Wolverine surgiram em 1º de abril e poucos acreditaram que fossem verídicas. Em 24 horas, no entanto, cerca de 500 mil espectadores haviam obtido uma cópia da obra. O estúdio tentou exigir que todos os sites que hospedavam cópias as retirassem dos servidores, mas foi impossível conter a propagação digital. [Nota do editor: obviamente.]

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Rechazada por sorpresa la ley francesa antipiratería que preveía cortes en internet (El País, 9/04)

Ao contrário de que todos os prognósticos indicavam, o Parlamento Francês não aprovou o radical projeto de lei do governo de Sarkozy, que impunha severas proteções ao direito autoral. Dentre outras coisas esdrúxulas, o projeto previa que, se o usuário baixasse conteúdo protegido por direito autoral continuamente, receberia um email de aviso do Hadopi, sigla em francês para “Alta Autoridad Para la Difusión de Obras y la Protección de Derechos en Internet“, um orgão que seria criado somente para este fim de fiscalizar. Se continuasse baixando esses conteúdos, em 6 meses receberia um outro aviso, agora em carta certificada. Se ainda assim persistisse, poderia ter sua conexão cortada por um período que poderia variar entre 1 a 12 meses.

O projeto já havia sido aprovado (e endurecido, segundo o El País) no senado francês, por isso o prognóstico de que também fosse aprovado no Parlamento. Mas não foi dessa vez: por 21 votos contra 15 ele foi rechaçado. Uma vitória da sociedade francesa que, mesmo temporária, nós aqui também comemoramos. Mais informações sobre o tema tem aqui.

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Frank Zappa inventou a licensa global para legalizar o P2p em 1983 (Remixtures, 9/04)

Na década de 1980, a “pirataria” era coisa de fita cassete passada entre amigos, como o post anterior de Reuben nos conta. Mas eis que o Remixtures nos conta que Zappa, em 1983, surge com a proposta de criar um sistema revolucionário de distribuição digital via telefone e televisão por cabo, que passava pela aquisição dos direitos para a duplicação digital e alojamento dos melhores lançamentos de todas as gravadoas num servidor central. A partir deste servidor, essa música seria disponibilizada por telefone ou TV a Cabo, as tecnologias mais apropriadas para isto à época.

O Remixtures conta que “a imaginação do músico ia ao ponto de propor três tipos de formatos de som. Desde os pagamentos de royalties à facturação ao cliente, tudo se processaria automaticamente a partir do software inicial do sistema. O consumidor teria direito a subscrever um ou mais canais temáticos em troco do pagamento do pagamento de uma mensalidade que permitira gravar toda a quantidade de música pretendida.”

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[Leonardo Foletto.]

Crédito fotos: World War II Photos e Numerama.

Comments:

  • Jorge bernardo

    Caro editor,

    Gostaria de saber se há referencias sobre a foto publicada, onde o General Erwin Rommel aparece em um Mercedes-Benz 770 W07 provavelmente no deserto da Libia?

    Agora um questionamento, nao encontrei o porque dessa foto, voce poderia me dizer?

    Muito Obrigado.

    Jorge

  • baixacul

    Jorge, antes tarde do que nunca: normalmente fazemos as escolhas das fotos desse site (http://www.archives.gov/research/military/ww2/photos/) mais por serem relativas à “guerras e conflitos” do que qualquer outro motivo especial. Deu a calhar dessa foto ser na Líbia, com o General Erwin Rommel, mas não há nenhuma relação obscura ou subliminar nisso. Foi apenas coincidência.

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