Modernismo popular em Mark Fisher
Qual foi a última vez que você viu algo “novo” na cultura popular? Algo que você ouça, veja, sinta, que te traga um arrepio que não é causado por uma citação ao que você conhece – de alguma era “atemporal” implícita, os eternos anos 1960, 1970 ou anos 1980 centrais na estética cultural ocidental – mas a algo inédito, a ponto de não se encontrar palavras para explicar o que você experienciou? Será que estamos velhos, elitistas e conservadores e ou a cultura popular, sobretudo a musical, está carente de novidades que não remetam a outras tantas já ouvidas, consumidas e até mesmo gastas? Seria o “novo” as formas culturais que ecoam os avanços transfeministas, indígenas e afro futuristas, como o kuduro angolano, o rap guarani ou o funk brasileiro, ritmos e estéticas musicais remixadores por excelência e que apontam um futuro algo precário e globoperiférico?
Ou será mesmo que ainda faz sentido buscar esse tipo de novidade em uma experiência estética, sobretudo sonora e cinematográfica, na era das IAs generativas, quando boa parte do passado (ou de uma perspectiva do passado) pode ser acionado enquanto dado?
Para tentar formular melhores perguntas, ou apenas divagar e papear sobre temas que nos são caros, vamos fazer essa live na próxima quarta feira, 26/6, 19h, uma parceria do Transe com o BaixaCultura. Nossa conversa vai ocorrer a partir de alguns gatilhos de Mark Fisher, que já se debruçava sobre essas questões na década passada em textos como “Uma revolução social e psíquica de magnitude quase inconcebível”: os interrompidos sonhos aceleracionistas da cultura popular” (2013) e “Fantasmas da minha vida: escritos sobre depressão, assombrologia e futuros perdidos” (2014).
No canal do Transe no Youtube. Aqui abaixo.
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