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Erros, acertos e experiências no jornalismo pós-industrial

post industrial

No início de junho de 2014 fiz um comentário breve no Facebook sobre boas novas pro jornalismo brasileiro a partir de um cenário otimista de expansão de iniciativas “independentes” dos grandes grupos de mídia (Globo, Folha, Estadão, RBS, etc). Fiz motivado pelo surgimento de “A Ponte“, um site de jornalismo de investigação focado em temas como direitos humanos, segurança pública e justiça, temas tão importantes quanto mal noticiados ultimamente.

O comentário também falava de como a crise do modelo industrial de informação poderia gerar uma “Idade de Ouro” no jornalismo, como acredita, por exemplo, o Bruno Torturra, ex-editor da “Trip”, um dos idealizadores da “Mídia Ninja” e ele mesmo, hoje, tocando um projeto independente de jornalismo, o estúdio “Fluxo“, que recentemente (final de julho de 2014) começou uma campanha de financiamento coletivo para o projeto.

Mais ou menos um mês depois do comentário, uma notícia quis que eu pensasse um pouco mais o tom otimista do comentário. A notícia é esta, publicada em 22 de julho de 2014: “O braço fraqueja às vezes: o Impedimento acabou“, que anuncia o fim de uma das iniciativas mais interessantes de jornalismo esportivo brasileiro, o site Impedimento. Na hora, senti o golpe no tom otimista, de cenário promissor, de explosão do jornalismo – da mídia de massas à massa de mídias, como diz o jornalista e professor francês Ignácio Ramonet em seu último livro – e escrevi o texto “Sobre o fim do Impedimento e o ecossistema do jornalismo“, no Brasil Post. Dizia, entre outras coisas:

“Hoje sabemos que o mundo é outro, que a publicidade por si só não paga o jornalismo na internet, e que, principalmente, o jornalista não está mais sozinho na produção de informação como em outros tempos. Muitas pessoas com o mínimo de acesso a internet podem cometer “atos de jornalismo” ao noticiar para milhares de pessoas em uma rede social, por exemplo, que um acidente de carro ocorreu em frente a sua casa. Neste cenário, como “premiar”, que seja com a continuidade, as melhores iniciativas de pessoas que trazem informações importantes para a nossa vida cotidiana? Como sustentar e qualificar uma quantidade grande de produtores de informação para bancar uma “dieta saudável” de informação, não dependente apenas de notícias “industrializadas” e, não rara, carregadas de quantidades tóxicas de interesses disfarçados? Como promover a continuidade de um jornalismo que seja um pouco mais transparente em seus interesses, um pingo mais sincero em sua forma de comunicar e que consiga, ainda assim, ter condições de ir atrás de histórias interessantes e importantes para a nossa vivência diária?

Talvez o comparativo com a produção da agricultura orgânica e/ou familiar possa servir para apontar um possível caminho para o aumento do “ecossistema”: pequenos produtores, menos (ou zero) fertilizantes, produção e consumo local, ecologicamente sustentável, menos intermediários, mais sinceridade no trato e menos cinismo. Talvez caminhar no fortalecimento dessa via seja uma boa coisa para a saúde desse ecossistema. Ou nos resta assumirmos que essas iniciativas que vem e vão são – nesse enquanto que o jornalismo tateia reinvenções – efêmeras, rotativas, e transformadoras dessa forma, no processo, no “foi bom enquanto durou”, como é (foi) o caso do Impedimento.”

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impedimento

Marcelo Träsel, professor de jornalismo digital da PUCRS, recentemente fez uma ótima análise em seu blog sobre o caso Impedimento e o do blog Destemperados. Ambos iniciaram suas atividades como blogs amadores em Porto Alegre e ampliaram suas atividades ao longo do tempo, profissionalizando-se e buscando formas de financiar a atividade editorial. Entretanto, o Impedimento acabou e o Destemperados assumiu recentemente a direção do caderno de culinária da Zero Hora. Por quê? A resposta mais simples é que, enquanto o Impedimento produzia jornalismo no sentido estrito, o outro publicava crônicas agradáveis que registrassem estabelecimentos interessantes, sem criticar, mas servir como um guia. Inclusive, um dos dez mandamentos dos Destemperados é “não avaliarás”, algo que não soa bem para o jornalismo, sempre tão crítico a tudo e todos.

Träsel faz uma análise completa do histórico dos dois casos. Cita que o Impedimento buscava, dentro dos “limites operacionais estreitos de um grupo de repórteres sem esteio numa empresa ou instituição, publicar informação que alguém, em algum lugar, preferiria não ver publicada”. Já o Destemperados não tinha esse compromisso. Queria, sim, ser um mostruário de gastronomia, não um jornalismo crítico de culinária. O fato deste último ter, em seu quadro um publicitário, um advogado e uma profissional de Relações Internacionais, facilitava esse afastamento da “missão principal da imprensa”. Coisa que no Impedimento não acontecia, pois todos seus fundadores eram jornalistas. A partir das diferenças dois dois exemplos, o texto aponta 4 liçõessobre empreendimentos jornalísticos independentes hoje. A saber:

1. Se é um empreendimento, alguém na equipe deve assumir o papel de empresário. A principal diferença entre o Impedimento e o Destemperados foi a predominância de uma mentalidade jornalística no primeiro e de uma mentalidade empresarial no segundo. Deixando-se de lado esse fator, todas as outras condições e circunstâncias são muito semelhantes, assim como ambos apresentam boa qualidade de conteúdo dentro de suas propostas.

2. Se ninguém na equipe mantém boas relações com empresários, políticos ou agências de publicidade, só há duas alternativas de financiamento: patrocínio do terceiro setor ou faturamento com venda direta à audiência. O problema do patrocínio do terceiro setor é depender também, em alguma medida, de boas relações políticas. Embora em geral a concorrência por bolsas seja mais aberta, baseada em editais, os selecionadores levam em conta a inserção de um determinado projeto numa comunidade de ativistas — por exemplo, o fato de algum dos proponentes já haver participado de outros projetos como voluntário ou funcionário. Além disso, em geral esse tipo de patrocínio se foca em jornalismo voltado a questões políticas e sócio-econômicas, o que eliminaria tanto o Impedimento quanto o Destemperados do concurso.

3. O problema de contar com financiamento direto pela audiência é ninguém ainda ter descoberto exatamente como vender notícias para leitores na era do jornalismo pós-industrial. Se alguém descobrir como fazê-lo, avise.

4. A terceirização parece ser uma via promissora, ao menos no Brasil. Além do Destemperados, há em Porto Alegre a experiência de agências como Cartola, Fronteira e República. Seus fundadores são repórteres jovens que, insatisfeitos com as restrições das redações tradicionais, pediram demissão e criaram suas próprias empresas. Hoje, prestam serviços para seus ex-empregadores e inclusive grandes veículos do Sudeste. Ganharam mais liberdade de escolha das pautas a serem perseguidas e, ao mesmo tempo, melhores salários e qualidade de vida.

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farol

Marcela Donini, jornalista e professora de jornalismo da ESPM, também leu o texto de Träsel e comentou em outro artigo importante para entender a situação hoje, a começar pelo título: Não sabemos de nada. Ali, também a partir dos dois casos, ela aponta o que, nas palavras dela, todo mundo já sabe: nós, jornalistas, ainda não sabemos como bancar reportagens desde que as verbas publicitárias começaram a migrar para outros canais na internet. Ela aposta numa hipotése: não é que as pessoas não querem mais pagar pelo jornalismo, a maioria delas talvez nunca quis pagar, pagava porque não tinha opção.

O texto foi publicado no Farol Jornalismo, uma interessante iniciativa de ideias, produção e pesquisas sobre novas formas de jornalismo, um projeto dela e de Moreno Osório, também jornalista e pesquisador do tema. “As pessoas pagavam uma assinatura de jornal diário mas acabavam lendo só a seção de esportes. E nós jornalistas tínhamos a ilusão de que elas se interessavam por todo o nosso produto, porque era difícil medir. Na internet, é possível saber direitinho o que dá audiência e o que não dá – e por testemunhos nossos, de colegas e por experiência como leitores, sabemos que esportes, celebridades e serviço fazem, em geral, mais sucesso do que política e economia. É o eterno embate entre o que o público quer ler e o que os jornalistas acham que o público precisa ler.”

Jornalista com experiência de anos em redação, ela comenta que esteve com uma editora de um jornal que falou de um conteúdo multimídia bem acabado com vídeos e infográficos sobre os 25 anos da Constituição e cuja audiência foi pífia. Um tema relevante, mas que, infelizmente, não interessa a muita gente, ainda mais na rede, com zilhões de outros assuntos te pedindo atenção. A partir daí, ela conclui que o “problema do jornalismo hoje não é que essas 3 pessoas não pagam a execução de um especial multimídia como esse; as pessoas nunca financiaram inteiramente o jornalismo, quem sempre bancou a imprensa foram os anunciantes“.

Sabemos que o jornalismo moderno é fruto do alvorecer capitalista do século XVIII, e seus financiadores foram, principalmente, os partidos, naquela época (até meados do XIX) em que o jornalismo era em suma opinativo e ligado a política; e a publicidade, notadamente do final século XIX e todo o século XX, em que a objetividade serviu como garantia de uma suposta neutralidade necessária para aumentar – e depois manter – o esquema industrial de produção de notícias. Hoje talvez saibamos que a publicidade não dá mais conta de (ou não quer) pagar o jornalismo. Mas o que dá?

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publica

Pergunta de um milhão.

Há iniciativas de vários lados, além das várias já citadas aqui: as financiadas por fundações privadas, em geral dos Estados Unidos, onde existe uma tradição de filantropia que potencializa iniciativas como a Pro Publica e a Agência Pública, no Brasil, que tem a Fundação Ford como principal financiador, além da Open Society e da Omydar, esta comandada pelo milionário Pierre Omydar, criador do E-bay, e que hoje está bancando outra iniciativa importante de jornalismo de investigação, o First Look Media, lar do The Intercept, comandado por Glenn Greenwald.

As “ongs” de jornalismo, como a Repórter Brasil, que trabalham com pesquisas, junto à governos (federal e estadual) ou a iniciativa privada (fundações e institutos) e também contam com doações, o que permite uma certa liberdade para tocar projetos de maior fôlego e que não teriam espaço nas publicações tradicionais, como é o caso do Moendo Gente, um especial multimídia sobre as condições de trabalho nos frigoríficos brasileiros. E, em especial, do Arquitetura da Gentrificação, uma investigação jornalística sobre o processo de gentrificação no centro de São Paulo financiada coletivamente – e que está em sua 2º edição em captação no Catarse. O AG tem por foco as medidas de higienização social adotadas durante as duas últimas administrações municipais de São Paulo (2005-2012), em especial as relações entre poder público e empresas privadas do setor de construção civil e ramo imobiliário – tradicionalmente, os dois ramos que mais investem na publicidade dos grandes jornais de SP, Folha e Estadão.

Existem, ainda, as startups, empresas pequenas que focam em soluções inéditas para problemas não-resolvidos (ou não pensados), em geral relacionadas a tecnologia digital e a internet. O cenário de muita experimentação e de crescimento da importância da tecnologia na produção do jornalismo (taí o jornalismo de dados para provar) parece ser favorável para o surgimento de pequenas empresas que criam produtos (aplicativos) ou serviços relacionados ao jornalismo. Nos Estados Unidos, onde a tradição empreendedora é forte, já existe até um centro de investigação com uma especialização nessa área, tocada por um Instituto ligado a Kony University e ao Knight Center.

Rosental Calmon Alves, brasileiro fundador da Knight Center para as Américas na Universidade do Texas, comentou, no último congresso da Abraji, que ele mesmo dá uma disciplina chamada jornalismo empreendedor (“Entrepreneurial Journalism”; dá uma olhada no currículo da universidade). A ideia da cadeira é que os estudantes criem uma startup, e para isso eles devem passar por “pitchings” diversos, inclusive o famoso “Elevador Pitching”, que consiste de apresentar a sua ideia em 3 minutos, como se estivesse num elevador com um investidor e aquela fosse tua única chance para convencê-lo a investir. Ao final, os alunos apresentam sua ideia para um jurado de investidores, que os avalia. No caso do Texas não há dinheiro de fato envolvido para os “vencedores” da turma, mas na especialização da Kony, por exemplo, esse mesmo processo dá R$50 mil para quem passar no pitching final.

Há um relatório sobre inovação no jornalismo, feito pela equipe do NY Times e muito citado por Rosental em sua fala, que aponta para o caminho das startups como um dos mais promissores na era do jornalismo pós-industrial. Vice, BuzzFeed, Huffington Post, Vox Media parecem dizer que esse é uma via em expansão – pelo menos nos Estados Unidos. No Brasil, há iniciativas que visam abertamente a incentivar a inovação no jornalismo, como é o caso da OrbitaLab, que surgiu para reunir quem tem projetos de mídia e quer tirá-los do papel e na última Campus Party fez uma maratona de debates sobre este assunto (estive lá e fiquei com a impressão que Marcela nomeou seu texto: não sabemos de nada. Estamos só testando. Quem errar melhor agora parece ter mais chance de acertar depois).

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Ocupação da Câmara Municipal de Porto Alegre, 2013.

Um assunto que nem sempre aparece relacionado ao ecossistema em expansão do jornalismo hoje é o debate sobre a democratização da mídia, em especial no que diz respeito as verbas de publicidade dos governos. Há no Brasil uma forte concentração de dinheiro da publicidade governamental no que se convencionou chamar de “grande mídia” (tvs, rádios, jornais, revistas e portais de notícias), frequentemente conglomerados de comunicação que contém vários meios. Alega-se que estes grupos e seus meios tem a maior audiência e, por isso, são os que mais recebem dinheiro, sobrando pouco para pequenas publicações, rádios e tvs comunitárias que poderiam diversificar o leque de canais de informação a disposição da população.

Para ficar num exemplo prático, vejamos o caso do Rio Grande do Sul. O Grupo RBS, dono da RBS TV, jornais Zero Hora e Diário Gaúcho e da Rádio Gaúcha, abocanhou 35% da verba de publicidade do estado do RS em 2013, segundo dados obtidos pelo site Jornalismo B, o que dá cerca de R$17,5 milhões. Só em TV, onde a produção jornalística requer mais equipamentos e investimentos, 65% da verba de publicidade para o interior do RS fica com a RBS; na capital Porto Alegre, são 45%. No rádio, são 46% na capital para a Rádio Gaúcha, enquanto que nas rádios do interior esse valor é amplamente diluído, ficando a rádio Gaúcha com 6%.

Alguém pode alegar: nada demais nesses números. No que pergunto: recebem mais verba porque os veículos do grupo RBS são os mais vistos, ouvidos e lidos no RS, ou porque recebem mais verbas é que o produto final acaba sendo o mais lido? Há diversas explicações por trás dessa questão tipo “o ovo ou a galinha”, que se esmiuçadas nos ajudam a entender porque determinado grupo anda de mãos dadas ou jogando pedras em certos governos ao longo da história. Para ficar apenas em um exemplo: o jornal Zero Hora, hoje o principal do RS, foi criado em 4 de maio de 1964, um mês depois do golpe militar no Brasil. Não é coincidência que no seu início o jornal tenha saído abertamente pró-golpista, congratulando os militares que recém haviam tomado o poder e que nele permaneceram por duas décadas. Esse especial, também do Jornalismo B, esmiuça a relação da ZH com a ditadura militar brasileira.

Não tenho acesso ao orçamento do grupo RBS hoje, mas certamente o dinheiro da publicidade governamental não é a sua principal fonte de renda. Mas em algum momento foi para hoje não ser mais. O que me remete novamente ao contexto atual, de um novo ecossistema de informação, com milhares de novas publicações “não-industriais” e várias pessoas cometendo “atos de jornalismo” diariamente. Se ampliamos a distribuição de verbas do governo para novas mídias, blogs, jornais de bairro, tvs e rádios comunitárias, não estaríamos fomentando a proliferação de mais mídias, ampliando o ecossistema do jornalismo e proporcionando uma saudável concorrência por um jornalismo de qualidade? Ainda que haja críticas diversas a Lei dos Meios na Argentina, por exemplo, ela permitiu durante a última Copa do Mundo com que muitas comunidades humildes, indígenas, paróquias, municípios pequenos, pessoas jurídicas ou organizações não governamentais pudessem transmitir, sob a sua visão particular, os jogos, um ganho considerável em questão de pluralidade de pontos de vista.

Sabe-se que este certamente é um vespeiro difícil de mexer, dado a ferrenha oposição que os grandes grupos de comunicação brasileiros já demonstraram contra qualquer mudança no status quo da mídia no país, das concessões de tvs e rádios a criação de um conselho de jornalismo, batalhas estas da qual o coletivo Intervozes é a principal frente de oposição aos interesses corporativos. Não é preciso imaginar muito que estes mesmos grupos atacariam qualquer iniciativa de democratização da comunicação – possivelmente alegando palavras contrárias a “liberdade de expressão”, ou relacionando corrupção com investimento em blogs “governistas”, já que ser “tendencioso” é um risco que se corre com o investimento em pequenas mídias.

No mesmo RS, há uma tímida reação no sentido de democratização das verbas de comunicação com a criação da Política Estadual de Incentivo às Mídias Locais, Regionais e Comunitárias, lei aprovada na Assembléia Estadual em abril de 2014. Ela contempla 20% da verba de publicidade do governo do RS (executivo, legislativo e judiciário) para periódicos, jornais e revistas impressas com tiragem entre 2 mil e 20 mil exemplares editados sob responsabilidade de empresário individual, micro e pequenas empresas e veículos de radiofusão local – devidamente habilitados em conformidade com a legislação brasileira.

Não menciona qualquer linha as mídias na internet, o que é uma pena, dada a importância que a rede tem para a proliferação de pontos de vistas diferenciados. Mas uma exclusão compreensível, pelo menos em parte, pela relativa novidade (para o governo, sempre correndo atrás da sociedade) da questão, que põe lado a lado formas organizadas de pressão política (a realizada, ainda que timidamente, por jornais de bairro, tvs e rádios comunitárias) e a de blogs e mídias digitais, dispersas e não raro apartadas da política “tradicional” por recusa ao sistema político como está posto. Há, por fim, a justificativa da falta de formalização de muitas mídias digitais hoje, o que inviabilizaria que estas vencessem os trâmites burocráticos para concorrer as verbas do governo e abriria precedentes para diversas acusações de favorecimento de “amigos” – “mas como o blog Z ganhou X reais do governo?”, e coisas do tipo. A criação de um fundo estadual com esta verba, somada a regras bem claras e um conselho amplo que organizasse a distribuição, poderiam amenizar essa situação – mas achar que evitaria 100% estes casos ainda é, hoje, infelizmente uma utopia.

Ainda assim, a iniciativa não deixa de ser uma pequena vitória no sentido de fortalecer os pequenos veículos de comunicação e democratizar o fluxo das informações direcionadas à população. Talvez, nesse contexto caótico e afeito a novidades de hoje, esperava-se mais rapidez e avanços na proposta. Se o jornalismo está virando pós-industrial, os interesses políticos (e os da “indústria” da comunicação) ainda parecem estar fincados numa pesada e lenta era industrial.

[Leonardo Foletto]

Crédito fotos: 1, 2, Douglas Freitas (que ajudou na escolha da primeira foto também, valeu)

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