Resultados da pesquisa por “baixocentro” – BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Fri, 26 Sep 2025 23:02:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.11 https://baixacultura.org/wp-content/uploads/2022/09/cropped-adesivo1-32x32.jpeg Resultados da pesquisa por “baixocentro” – BaixaCultura https://baixacultura.org 32 32 Sobre https://baixacultura.org/sobre/ Wed, 10 Jun 2020 16:32:41 +0000 https://breton.qodeinteractive.com/?page_id=801

Baixa Cultura

Somos
um LABORATÓRIO
ONLINE
queque trabalha com documentação, pesquisa, formação e experimentação em cultura livre. O que isso quer dizer?

Siga-nos nas redes

SOBRE

Somos um LABORATÓRIOLABORATÓRIO
ONLINEONLINE que trabalha com documentação, pesquisa, formação e experimentação em cultura livre. O que isso quer dizer?

LABORATÓRIO

porque um espaço de pesquisa e experimentação.

ONLINE

porque nossa casa é aqui, a internet.

CULTURA LIVRE

é um modo de produzir cultura a favor do compartilhamento, em busca da autonomia e em prol do conhecimento livre.

Fizemos parte da Casa da Cultura Digital em São Paulo, somos um ponto da Rede de Produtoras Colaborativas, que atua nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país, e colaboramos com os grupos/redes hackerspace MatehackersCCD POAÔnibus HackerCafé ReparoTransformatórios Cultura Libre Facción.

Acreditamos:
Na democratização do conhecimento.
No software livre.
Na cultura livre e em licenças que permitam mais autonomia dos criadores.
Na colaboração em vez da competição.
No remix, porque nunca criamos do nada, sempre a partir de outros.
Em abrir as caixas-pretas das técnicas, das práticas, dos produtos e do ensino.
Na internet (livre) como direito humano fundamental e na neutralidade da rede.
Em transparência para os fortes (governos, empresas) e privacidade para os fracos.
Na criptografia, na documentação dos processos e dos produtos.
Na justiça social, na economia solidária e, sobre

COLABORADORES

Editor

Leonardo Foletto

Editor

Leonardo Feltrin Foletto nasceu em Taquari (1985), no interior do Rio Grande do Sul. É professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP desde 2025. Jornalista formado pela UFSM, mestre em jornalismo (UFSC) e doutor em Comunicação e Informação (UFRGS).Trabalhou como jornalista nos jornais A Razão, em Santa Maria-RS, e na Folha de S. Paulo, participou da Casa da Cultura Digital e do coletivo BaixoCentro em São Paulo. É integrante das redes das Produtoras Colaborativas, do Creative Commons Brasil, Coalizão Direitos na Rede e colaborador do hackerspace Matehackers. Deu aulas de comunicação, narrativas e tecnologia na PUCRS, PUCSP, UCS (Caxias do Sul) e FGV. Foi um dos idealizadores do BaixaCultura e edita a página desde sua criação, em setembro de 2008. Publicou em 2021 “A Cultura é Livre: Uma história de resistência antipropriedade“, livro co-editado pela Autonomia Literária e Fundação Rosa Luxemburgo, com préfacio de Gilberto Gil. Site pessoal em leofoletto.info

Calixto Bento Calixto Bento é mineiro de BH, morou em Manaus (AM), Santa Maria (RS) e atualmente vive em Florianópolis (SC). Capitaneou a reforma gráfica da página em janeiro de 2011, criando a identidade visual do site. Mestre e doutor em arte e tecnologia pela UFSM, trabalha com a influência de dados no audiovisual.

Sheila Uberti é comunicadora. Foi permacultora de experiência e comunidade no APOIA.se e realizou os encontros do Café Reparo na região Sul do país. Foi a idealizadora do Fotolivre.org (projeto de experimentação virtual e presencial sobre fotografia hacker e livre) e produziu o Fauna Festival. Participou do coletivo ciberativista Casa da Cultura Digital Porto Alegre, do Hackerspace Matehackers e de outras iniciativas às quais não consegue resistir. Por aqui, participou junto das oficinas de Cultura Livre, Guerrilha da Comunicação, Como Documentar um Projeto Cultural e no registro documental (em foto e vídeo) de alguns projetos e publicações.

Reuben da Cunha Rocha nasceu em São Luis (MA). Poeta e tradutor, foi um dos fundadores do BaixaCultura. Cessou sua participação rotineira em 2009, quando começou sua colaboração esporádica.  Vive em São Paulo.

Marina de Freitas é engenheira física e mestre em ensino de física pela UFRGS. É natural de Santo Ângelo, na região das missões, noroeste do RS, e tem aproximado da ciência cidadã e do hardware aberto a partir de sua colaboração no CTA-UFRGS. Escreve sobre ciência aberta, hardware livre e biohacking a partir de 2018.

Victor Wolffenbüttel é estudante de administração de Novo Hamburgo/RS. Escrevee sobre tecnologia e cultura, criador e editor da newsletter literária Quasar, e aqui faz um trabalho, a partir de 2018, de arqueólogo da web resgatando e detalhando ferramentas como o RSS.

Luis Eduardo Tavares é cientista social, pesquisador em tecnologia, comunicação e cultura. Colaborador do Instituto Intersaber e parceiro nosso de muitos projetos, entre eles a Biblioteca do Comum, criada em 2017. Escreveu sobre propriedade intelectual e o CopyLove espanhol, entre 2011 e 2012.

Tereza Bettinardi é designer. Formada pela Universidade Federal de Santa Maria, trabalhou na Editora Abril e fez trabalhos pra Cosac Naify, Cia das Letras e diversas outras editoras brasileiras e internacionais. Foi uma das responsáveis pela A Escola Livre, espaço de discussão sobre novas formas de fazer e ensinar design. É editora e criadora do Clube do Livro do Design. Fez o design do zine nº2, “La Remezcla”. Seu trabalho está em terezabettinardi.com

André Solnik é paulista, mas não é tucano. É formado em jornalismo, mas tá desempregado. É palmeirense, mas isso vamos deixar pra lá. Abandonou o Windows há quase uma década, mas sente falta daquele joguinho de ski. Por aqui fez algumas entrevistas e escreveu alguns posts que você achar colocando seu nome nas buscas.

Lucas Pretti é jornalista, ator e produtor cultural, mestre em artes pela UNESP (2017) e doutorando em Artes, Literatura e EstudosCulturais da Universidade Autônoma de Madrid. Como jornalista, foi repórter do caderno Link (O Estado de S. Paulo), daí chefe de reportagem do Divirta-se e então editor de cultura do portal Estadão.com.br. Foi diretor na Change.org Brasil  e é Communications Lead na OKFN.

Marcelo De Franceschi dos Santos nasceu em São Sepé (RS). É jornalista (Universidade Federal de Santa Maria, 2011). Escreveu na página de setembro de 2009 até fevereiro de 2012.

Edson Andrade de Alencar nasceu em São Luis (MA), e vive na ilha maranhense até hoje, onde é advogado de carteirinha da OAB. Escreveu os textos mais provocativos do BaixaCultura até meados de 2009.

2008

Nascimento

Nascemos em 2008, por uma iniciativa de dois jornalistas que na época se encontravam em Florianópolis e queriam produzir relatos focado em produtos culturais que pudessem ser consumidos (apreciados, fruídos, curtidos mesmo) na rede. Aos poucos, a vasta discussão em torno das possíveis e impossíveis mudanças na forma de se praticar (fazer, distribuir, consumir) cultura após a popularização das mídias digitais se tornou o foco. Nos anos seguintes, download, pirataria, copyleft, contracultura, produção Independente, contra-Indústria, software livre, remix, cultura hacker e ciberativismo foram sendo nossas tags principais.

2009

Produzimos 4 ciclos de filmes (nomeado “copy, right?“em São Paulo, Santa Maria-RS e Porto Alegre) entre 2009 e 2013, relacionados à cultura livre, a favor do compartilhamento, do copyleft e da democratização da comunicação e do conhecimento.

2010

Em 2010, já em São Paulo, entramos para a Casa de Cultura Digital, hub de ideias (pessoas, produtoras, ongs, agências, hackerspace) que marcou a cultura (então) digital brasileira. Ali, participamos da comunicação do II Fórum de Cultura Digital (2010) e do Festival CulturaDigital.br

2011

Ajudamos a fazer acontecer o Festival BaixoCentro, que reuniu diversas atividades colaborativas para "hackear" as ruas de uma região da cidade

2012

Viajamos pela primeira vez com o Ônibus Hacker, um hackerspace sobre rodas que viajou por vários lugares do Brasil e da América Latina (depois tiveram várias outras viagens)

2013

lançamos nosso Selo Editorial com a publicação do primeiro livro, “Efêmero Revisitado: Conversas sobre teatro e cultura digital”, produzido a partir de uma bolsa de pesquisa em mídias e artes digitais da Funarte.

2013

Voltamos ao sul, agora Porto Alegre, em 2013, e dali passamos a fazer parte de redes e projetos com a América Latina, como o II Congresso de Cultura Livre no Equador, em 2013.

2016

Uma rede que se formou no I Congresso Online de Gestão Cultural #Gcultural, que coproduzimos com mais 5 coletivos de Uruguai, Bolívia, Espanha e México em 2016

2016-2017

Em março de 2016, fomos contemplados no programa de intercâmbio do Ibercultura Viva. Em conjunto com o ZEMOS98, coletivo baseado em Sevilla parceiro nesse processo, o projeto mapeou e documentou o trabalho de coletivos de artivismo y cultura livre da Espanha

2017

Em 2011, ganhamos também nosso primeiro financiamento externo para a manutenção do site, do ProAC do governo do Estado de São Paulo, e daí nasceu nossa Biblioteca (que em março de 2017 se juntou a Biblioteca do Comum) e nossa BaixaTV, um acervo de informação único sobre cultura livre no país.

2018

“A Ideologia Californiana”, de Richard Barbook e Andy Cameron, foi o nosso próximo lançamento da coleção de zines "Tecnopolítica". Com introdução do editor do BaixaCultura, Leonardo Foletto, e tradução de Marcelo Träsel, é uma parceria com a Editora Monstro dos Mares

2018

Resultado da rede de Cultura Livre formada anos antes, o Encontro de Cultura Livre do Sul Global, em 2018, reuniu diversos coletivos do continente para conversar sobre o status quo da cultura livre

2020

Em 2020 nosso editor, Leonardo Foletto, trabalhou num livro que é uma espécie de legado do BaixaCultura: “A Cultura é Livre: Uma história de resistência antipropriedade”, co-editado pela Autonomia Literária e a Fundação Rosa Luxemburgo, com prefácio de Gilberto Gil.

2021

Os “Manifestos Cypherpunks” é a segunda publicação da coleção “Tecnopolítica”, coordenada pelo BaixaCultura e a Editora Monstro dos Mares. O livro reúne alguns dos primeiros alertas contra a vigilância massiva na era da internet, manifestos escritos no final dos anos 1980 e no início dos 1990. Financiado via Crowdfunding, numa campanha que chegou a 732% do valor inicial pedido, com o apoio de 247 pessoas e coletivos e mais de 500 exemplares impressos.

2023

Primeiro livro da coleção "Âncora do Futuro", criada em parceria com a editora Funilaria. Escrito por Geert Lovink, teórico e professor holandês de longa trajetória nos estudos das culturas da internet, diretor do Institute of Network Cultures. "Extinção da Internet" tem tradução de Dafne Melo e prefácio de Leonardo Foletto.

2025

Informática do Oprimido, de Rodrigo Ochigame, explora algumas narrativas alternativas à visão dominante da tecnologia e que desafiam a pretensa universalidade dos modelos técnicos ocidentais. Rodrigo Ochigame é um historiador e antropólogo que estuda computação e inteligência artificial sob uma perspectiva crítica. ROdrigo Ochigame é professor na Universidade de Leiden (Holanda) e doutor pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Ilustrações de Leo Daruma, prefácio do Instituto Paulo Freire e apresentação de Leonardo Foletto e Caio Valiengo.

]]>
Tecnopolítica e contracultura – a estreia de um curso https://baixacultura.org/2019/01/17/tecnopolitica-e-contracultura-a-estreia-de-um-curso/ https://baixacultura.org/2019/01/17/tecnopolitica-e-contracultura-a-estreia-de-um-curso/#respond Thu, 17 Jan 2019 19:42:03 +0000 https://baixacultura.org/?p=12712
Se nos anos 1990, com o casamento do digital com a internet, enxergávamos enormes possibilidades de libertação (da informação de grandes grupos midiáticos, de liberdade de falar o que bem quiser, de criar tecnologias e mundos novos), hoje parece que estamos a lidar com consequências nefastas, representadas em uma palavra na moda nestes tempos: distopia.

Nos descuidamos – ou não conseguimos? – prestar atenção na ascensão de plataformas globais de tecnologia, que por sua vez construíram bolhas de informação que confirmam pontos de vista, espalham mentiras e criam realidades alternativas que em muitos casos não há informação comprovada que consiga mudar. Como podemos compreender o contexto tecnopolítico hoje? Que caminhos podemos apontar para discutirmos e transformarmos a política que sempre está junto na construção de tecnologias?

Para tentar fazer melhores perguntas e aproximarmos de respostas que nos convoquem pra ação, propomos esse curso: “Tecnopolítica e Contracultura“, que vai estrear no Centro de Pesquisa e Formação do SESC, em São Paulo, nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, das 14h às 18h, conduzido por o editor desta página, Leonardo Foletto, e Leonardo Palma, pesquisador independente, agitador cultural radicado em Santa Maria-RS, ativista da Rede Universidade Nômade e um profundo conhecedor da obra dos autonomistas italianos a partir da década de 1970. O curso busca resgatar um pensamento tecnopolítico em quatro momentos: 1) os autonomistas italianos da década de 1970;  2) pós-operaísmo, altermundistas, Fórum Social Mundial e mídia tática dos 1990; 3) hackers: paranóicos visionários, dos 1980, 1990 e 2000; e o 4) hoje, com a ascensão das redes sociais como principais espaços de discussão pública nas redes digitais e o fim da internet como a conhecemos nos 1990 e 2000.

Começamos nosso percurso pelos autonomistas surgidos no maio de 68′ italiano que durou mais de uma década. Falaremos do contexto de surgimento desse, digamos, movimento, sua construção no final dos 1960 com o importante papel das revistas (em especial, Quaderni Rossi, Clase Operaia, Primo Maggio) em tornar palpável a produção de subjetividade, por em circulação e entendimento certos conceitos e ideias; da articulação com a universidade (estudantes e professores) e com os operários das fábricas italianas; da construção de alguns aparatos sociotécnicos baseados nas ideias em circulação, como a Rádio Alice; e de como todo o fértil cenário contracultural estabelecido na Itália dessa época foi dissolvido, com a criminalização e o exílio de muitos de seus participantes. Trabalharemos nessa parte com autores e histórias de Antonio Negri, Franco “Bifo” Berardi, Paolo Virno, Maurizio Lazaratto, Mário Tronti, Giorgio Agamben, Silvia Federici, entre outrxs.

Passamos então para um segundo momento, final dos 1980 e início dos 1990, trazendo histórias, textos & aparatos do pós-operaísmo, altermundistas, net-art e mídia tática. A partir da saída de Negri da prisão (1983) e seu exílio na França, sua obra começa a ser redescoberta por uma esquerda ligada mais a Foucault, Deleuze e Guatarri do que aos “partidos” institucionalizados. Os Zapatistas de Chiapas, no México, recuperam os autonomistas italianos e praticamente inauguram um ciberativismo/hackativismo na então novata internet dos 1990, com ações na rede e fora dela que vão influenciar a potencialização do movimento altermundista e na Ação Global dos Povos, que explode a partir de 1999, em Seattle, e segue pelo menos até 2003. Essa rede pós-operaísmo está articulada com o nascimento do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, 2001; com um movimento potente de cultura digital (“networked cultures”) que propagou o conceito de mídia tática, muito propagado e trabalho no brasil dos 2000;  com coletivos como Luther Blisset, Wu Ming, Critical Art Ensemble; e com muitxs pesquisadores em torno da Nettime, lista de e-mails, até hoje ativa, que reúne alguns teóricos-práticos europeus da área, como Geert Lovink, Felix Stalder, John Holloway, Trebor Scholz, Bruce Sterling, entre outrxs.

Na terceira parte, miramos um grupo de fazedores e pensadores que atua em paralelo aos autonomistas e altermundistas, às vezes se relacionando com estes e em outras não: os hackers. Surgidos enquanto grupo de pessoas e uma (contra) cultura no final dos 1960, os hackers se propagam pelos 1970, com a criação da internet e o começo da popularização dos computadores pessoais, pelos 1980, com o movimento do software livre, do copyleft e via hackerspaces, laboratórios de garagem que serão a base de um movimento, em especial em sua versão européia e latino-americana, que pratica a (contra) cultura tecnológica a partir dos princípios da autonomia digital, da segurança da informação e das táticas antivigilências. Aqui, destacamos alguns textos, ideias e projetos de Richard Stallman, criador do movimento do software livre e ainda hoje preside de Free Software Foundation, Gabriela Coleman, Tatiana Bazzichelli, Eric Raymond, Richard Barbrook, Pekka Himanen, Chaos Computer Club, Julian Assange, Linus Torvalds, entre outrxs também brasileirxs ligados aos grupos da MetaReciclagem, Transparência Hacker, BaixoCentro, Casa da Cultura Digital.

No desfecho, falamos do espírito da “Ressaca da Internet” já comentado em texto por aqui, mas que aprofundaremos no curso. e dos tempos de “decomposição” que vivemos, onde cada vez mais o “autômato” está tomando toda nossa força de imaginação, como fala Bifo em recente palestra na Argentina, em Novembro de 2018. Bifo, aliás, é um dos elos entre todos s momentos do curso; está presente da Itália dos 1970 aos altermundistas dos 1990, ainda hoje ativo pensando, escrevendo e propagando a ideia de que não devemos nos acomodar com a ascenção fascista que nos cerca, em especial no Brasil e na América Latina, e que a força de nosso pensamento e do conhecimento é demasiadamente mais rica do que a que apresentada neste cenário brutal em que vivemos neste 2019.

Como aperitivo do curso, o vídeo de Bifo acima comentado está aqui abaixo e sintetiza algumas questões a serem abordadas entre 11 e 13 de fevereiro. Aos que não forem de SP, aguardem, montamos esse curso com muito estudo e gosto para circular em outras cidades também. Inscrições e mais informações no site do Sesc.

Créditos imagens: divulgação do curso; autonomismo italiano; altermundismo; hackers;

]]>
https://baixacultura.org/2019/01/17/tecnopolitica-e-contracultura-a-estreia-de-um-curso/feed/ 0
Cultura livre, comum e inovação cidadã em charla https://baixacultura.org/2018/04/27/cultura-comum-e-inovacao-cidada-em-charla/ https://baixacultura.org/2018/04/27/cultura-comum-e-inovacao-cidada-em-charla/#respond Fri, 27 Apr 2018 16:11:36 +0000 https://baixacultura.org/?p=12377 Primeiro de março, final de manhã quente em Santos. Da rodoviária até o Instituto Procomum nos disseram que levava nem 20 minutos a pé. Nos disseram também que a viagem de São Paulo até Santos é rápida, e foi: de descer em Jabaquara, entrar no terminal, comprar passagem, pegar a Imigrantes para descer a serra e chegar na maior cidade do litoral paulista não deu 2h. Baixamos do ônibus com mochilas nas costas e seguimos a pé por uma praça grande de nome muito encontrado Brasil afora, Andradas. Atravessamos pelo meio das arvores centenários, cruzamos com pessoas sentadas nos bancos, vendedores de livros usados, até chegarmos numa daquelas típicas ruas centrais de cidades brasileiras, de calçadas estreitas tomadas de decoração de lojas, muitas lojas, de móveis, eletrodomésticos, roupas, tecidos, ferragens, lancherias e trecos em geral. As nuvens fartas disfarçam a queimação dos raios de sol na pele, mas não aliviam o calor, abafado e úmido que prenuncia chuva. Pouca gente na rua comercial, pelo menos não o suficiente para atrapalhar a caminhada, que segue rápida, ritmada, queremos chegar, largar as mochilas, tomar uma água, secar o suor. Agora viramos a esquerda numa rua com mais prédios, menos comércio, uma igreja grande, uma praça que parece antiga à esquerda, um posto na esquina; nessa esquina dobramos à esquerda novamente. Estamos na rua Sete de Setembro, que ao final dá no mar, no porto, no Mercado Municipal, região de casas antigas, prédios baixos, lojas de todos os tipos. Calçadas estreitas, em alguns pontos irregulares,  passamos por um muro de um colégio, um restaurante-bistrô, pequenos comércios, paradas de ônibus. Da calçada olhamos para o o outro lado da rua: número 52, uma porta fechada, um pavilhão grande. Deve ser aqui. Antiga sede da Associação Prato de Sopa Monsenhor Moreira, agora sede do Laboratório Santista. É.

Principal projeto do Instituto Procomum, o LabxS é um laboratório cidadão em formação. Os 1200 m² estão sendo ocupados aos poucos, com mutirões para cuidar da horta, fazer móveis, grafitar as paredes, decorar o ambiente. Já há quartos e banheiros enormes com vários boxes, resquício do tempo que o espaço recebia dezenas de moradores de rua por dia e oferecia comida, banho e um pouco de cuidado para estes voltarem para a rua no mesmo dia. Um dos banheiros coletivos já foi reformado e, nos próximos meses, vai ser usado na Colaboradora, projeto com inscrições até o próximo dia 29/4: trata-se de um um ambiente onde artistas, produtores e a comunidade aprendem juntos a solucionar os complexos problemas contemporâneos por meio da arte e da cultura. Um residência artística, mas não só. Um grande salão, antigo refeitório, já tem sido usado como auditório e local de grupos de trabalho, inclusive na 2º edição do Circuito Labs, realizada no início deste 2018. O circuito é um festival de inovação cidadã feito via chamada pública para realização de ações que promovem os bens comuns e as soluções de problemas de baixo para cima.

Muitos dos projetos do LabxS e do Instituto Procomum precisam de mais do que duas palavras de explicação. Ficam naquela intersecção entre várias áreas: não se tratam, por exemplo, de iniciativas culturais, nem de tecnologia, de empoderamento, nem de inovação, mas de tudo isso junto e misturado com outras várias coisas. Fomentam a solução de problemas no espaço público a partir de tecnologias digitais, metodologias colaborativas, pessoas e coletivos da região da Baixada Santista. Inovação cidadã e cultura livre, dois termos que definem o trabalho realizado pelo Procomum, não são facilmente compreensíveis hoje no Brasil. Quer dizer: não são termos complexos, acadêmicos, mas simples, tão simples que a vezes permitem muitas interpretações. Polissemia pura, que para fins de comunicação entre diferentes precisam ser definidos. Descrições e explicações são facilmente encontradas em todo o site do Procomum e do LabxS não por acaso.

A BaixaCharla abaixo não foi tão descritiva ou explicativa, mas afetiva. Nos conhecemos, eu (Leonardo), Rodrigo e Geórgia faz oito anos, trabalhamos juntos na CCD São Paulo em projetos como o Produção Cultural no Brasil, Fórum da Cultura Digital, BaixoCentro, além do principal projeto, a própria casa, criativa e louca como costumam ser as coisas difíceis de definir. “A Casa me deu régua e compasso do que eu não quero fazer”: frase forte de Rodrigo, citando Gil e “Aquele Abraço“, dá uma amostra do porquê a CCD foi tema de alguns bons minutos do papo. Não é fácil criar um espaço onde a experimentação se dava sem forçar, ação cotidiana “naturalizada” em cafés e conversas paralelas na cozinha que resultavam em projetos meio de brincadeira, meio a sério, que poderiam ser levados adiante e bancados por articulações financeiras num cenário – hoje percebemos bem – favorável de políticas culturais e investimentos públicos. “Prioridade pra quem se desloca” era um lema daqueles tempos, que jamais seria escrito como missão, regra, mandamento, a não ser que fosse de brincadeira, aí sim poderia pintar um dia na parede escrito à caneta, fruto empolgado de “horas felizes” no fim de tarde regadas à truco e cachaça. A lembrança com alguma distância temporal soa romântica, mas há de se recordar que o espontâneo daquela época acontecia pela ação de muitos “kamikazes financeiros” que adquiriam dívidas e compravam brigas nada sustentáveis e que durariam anos para curar. Mas que, ao contrário dos kamikazes originais, não morreram, e cá está uma das muitas provas.

O Instituto Procomum, e o LabxS, é como um irmão mais velho da CCD. Mais organizado, sustentável, feminista, negro, LGBT, com protocolos claros de convívio, hierarquia reconhecida e disposição para enfrentar o desafio da organização. O que não significa caretice nem engessamento eterno, mas sim que cada um assuma a sua responsabilidade, que colabore sem esquecer que o afeto é importante, que cuidar de todxs e trazer as emoções para conversar é fator diferencial de sobrevivência nesse brasil hostil de 2018 – politização do mal-estar, como apontou Amadeu Fernandéz no relato que produzimos em Enfrenta. Rodrigo e Geórgia passaram por muita coisa em governo, empresas privadas e organizações da sociedade civil para, hoje, saber o que querem. E também para se articular local e internacionalmente e buscar recursos para sustentar seus experimentos: o espaço da rua Sete de Setembro e os projetos já tocados pelo Procomum atestam isso.

A BaixaCharla girou da cultura livre à CCD, da política ao comum, do cuidado à inovação. Foi mais um papo informal e tão espontâneo quanto uma câmera na mão (da Sheila Uberti, parceira de todas as horas) torna possível. O primeiro em São Paulo – ou melhor, em Santos, na Rua Sete de Setembro, 52, Vila Nova, um dia calor de final de verão. As fotos depois do vídeo são do e LabxS e dos arredores do Mercado Municipal.

]]>
https://baixacultura.org/2018/04/27/cultura-comum-e-inovacao-cidada-em-charla/feed/ 0
Congresso #GCultural2016: trabalhos selecionados https://baixacultura.org/2016/07/19/congresso-gcultural2016-trabalhos-selecionados/ https://baixacultura.org/2016/07/19/congresso-gcultural2016-trabalhos-selecionados/#respond Tue, 19 Jul 2016 14:24:42 +0000 https://baixacultura.org/?p=10815 ponencias-seleccionadas-768x589

Depois de vários dias de trabalho, a equipe das mesas do Congresso Online de Gestión Cultural selecionou os trabalhos a serem apresentados em cada uma das seis mesas temáticas. Cada mesa teve autonomia na seleção, mas acordamos previamente alguns critérios comuns e trocamos bastante ideias durante o processo seletivo. Trocamos também alguns resumos que achávamos melhor direcionar para outras mesas que não a inicialmente apresentada pelo autor. Foi então que chegamos a uma seleção que consideramos duplamente interessante e que motive muitas pessoas a participar do congresso para trocar experiências.

Os critérios principais em que baseamos a seleção foi:

_ Afinidade com o tema e o enfoque específico de cada mesa;
_ Que tivesse por base práticas e experiências concretas de interesse para o tema;
_ Na medida do possível, representar diferentes países;
_ Que no conjunto dos trabalhos se apresenta uma diversidade de experiências sobre o tema;

Trabalhamos com estes critérios mais “curatoriais” do que acadêmicos, o que significa que não importa somente a qualidade dos trabalhos mas também o conjunto que queremos mostrar. A nossa ideia (particularmente, do BaixaCultura) era trabalhar com a maior quantidade possível de trabalhos, num processo semelhante ao de “cuidadoria” realizado no BaixoCentro: não selecionar, mas fazer de tudo para que todas pudessem participar do congresso. Mas não conseguimos; não por uma questão de espaço (já que na internet o espaço é quase ilimitado), mas por uma questão de tempo – nosso, da equipe coordenadora de cada mesa; e do tempo de apresentação dos trabalhos durante o congresso. Ainda assim, salientamos que há outras modalidades de participação (apresentadas nas próximas semanas) que podem contemplar aqueles que não foram selecionados no trabalho final. Dá pra ver também que algumas mesas incluem trabalhos de temáticas similares que tanto poderiam se encaixar numa ou em outra mesa. Entendemos que há certas transversalidades em todo o congresso, por isso buscamos a melhor maneira de ter em conta estas cruzas temáticas entre as mesas.

Nos próximos dias vamos comunicar os autor@s das propostas informando dos próximos passos para a apresentação dos trabalhos completos.

1.EXPERIÊNCIAS Y PROYECTOS DE CULTURA Y ACTIVISMO DIGITAL
Relatos de experiencias de procesos / proyectos colectivos o individuales de ciberactivismo, hacktivismo, activismo digital artístico – “artivismo”; hackerspaces, makespaces, fablabs y otros tipos de centros de tecnología comunitaria; producción de cultura digital, arte y tecnologia; mapeos / cartografías digitales; performances y exposiciones artisticas; labs de experimentación digital. Coordina: @baixacultura

1.1. Daniel Daza-Prado (Buenos Aires, Argentina)

Este ponencia plantea anticipar algunas primeras reflexiones sobre una etnografía de dos comunidades de redes inalámbricas libres, una en la ciudad de Buenos Aires y otra en el Delta del Tigre, provincia de Buenos Aires. La etnografía pretende describir, problematizar y analizar comparativamente los cruces entre las experiencias de vida cotidiana, la tecnología y el activismo digital de estos dos grupos. Las redes inalámbricas libres están formadas por personas que conectan sus computadoras para compartir datos y servicios utilizando tecnología WiFi. Estas redes no siempre brindan acceso a internet porque buscan generar alternativas más reflexivas de conexión, comunicación y colaboración en la red de redes.

1.2. Marta Alvarez (Valladollid, España) – bit:LA – www.bitlav.org

En los últimos años han proliferado en España los laboratorios del procomún, espacios en los que se ha ido articulando de forma específica toda una investigación colectiva en torno a este concepto y sus diferentes aplicaciones en el campo de la cultura y el conocimiento en relación con las posibilidades de la Red. Tomando como ejemplo espacios como Medialab Prado (Madrid) y como referencia centros dedicados al arte digital tales como Etopia (Zaragoza), Hangar (Barcelona) o Laboral (Gijón); nos propusimos tratar de desarrollar un espacio de creación e investigación en torno a la cultura digital y especialmente el arte en la ciudad de Valladolid que nos permitiera elevar de forma colectiva una visión crítica desde el arte con respecto al uso de las nuevas tecnologías. La ciudad vive una cierta efervescencia creativa que quisimos focalizar en este espacio colectivo que llamamos bit:LAV y que desarrolló su primera edición en el Laboratorio de las Artes de Valladolid (LAVA): bit:LAV cuenta con una programación de talleres de programación creativa para adolescentes, talleres de especialistas para adultos y un cineforum sobre herramientas libres, además de mantener un blog de crítica y difusión de cultura digital y cultura libre. Si bien su punto fuerte fue la creación de un laboratorio de creación en el que se dan cita creadores de diversos ámbitos como la música, la pintura, los audiovisuales, la filosofía o la educación. Se propone como un espacio abierto de work in progress, de reunión, discusión, colaboración, cocreación y experimentación interdisciplinar para el desarrollo de trabajos desde la óptica de la cultura libre. Se centró en la primera edición en una relectura crítica de la ciudad, su urbanismo y distribución, acompañada de una revisión del imaginario histórico local. Todos los materiales utilizados y el propio proceso se hacen públicos y se licencian con Creative Commons, permitiendo así abrir las puertas del laboratorio mucho más allá de la ciudad y compartiendo la filosofía open access. Este tipo de trabajo exige una nueva apertura institucional que permita, no sólo un trabajo autónomo al colectivo de experimentadores, sino una flexibilidad temática y formal a la hora de llevar a cabo los proyectos. Entiende también la necesidad de comprender la cultura como un continuum desvinculado -al menos en ocasiones- de la cultura espectacular y gestionado como una educación expandida que vaya más allá del mero ocio. La primera edición logró no sólo reunir a una cierta comunidad interesada en las posibilidades del arte digitala pesar de las dificultades ofecidas por el contexto, sino conectar con especialistas en la materia que llevan décadas trabajando; además de con otros agentes como programadores o ingenieros, que pudieron conocer nuevas aplicaciones para sus desarrollos y una expansión para el software libre. El reto está en mantener el cambio institucional y seguir trabajando en la hibridación y cohesión de la comunidad local.

1.3. Lucas Pretti (São Paulo, Brasil) – Preto Café – pretocafe.com.br

Este relato contará a história de criação do Preto Café, o primeiro café pague-quanto-quiser da cidade de São Paulo, sob a perspectiva da cultura livre. Aberta em 2015 como um espaço de promoção da liberdade e da cultura de rede, a iniciativa vem gerando bastante impacto na sociedade paulistana como um todo ao propor a retirada do único elemento que aprisiona na sociedade capitalista: o preço. Procurarei compartilhar a experiência desde a busca por disrupção no modelo jurídico-administrativo e a intenção colaborativa nem sempre alcançada em todos os passos (o que leva à defesa do modelo de gestão “semi-aberto”) até o status de obra artística relacional, que o empreendimento de fato alcança, se analisado sob a perspectiva do teórico Nicolas Bourriaud. De fato este relato, se aprovado, cumprirá uma função pública importante no sentido de promover a cultura livre.

1.4. Caballero Gómez (Asunción, Paraguay) – Música Okapé – www.musicaokape.com

MÚSICA OKÁPE es un proyecto del Centro Cultural de España Juan de Salazar que tiene como objetivo favorecer la proyección nacional e internacional de la música independiente de Paraguay. Es una plataforma que pretende ser una red entre músicos paraguayos/as y la región donde participaron más de 70 proyectos, solistas, bandas y dj de diferentes tendencias y estilos. Fomentando la escena independiente con ciclos de conciertos, talleres, festivales, encuentros colaborativos, cibermedios, videos y programas de radio.

1.5. Bruno Marcelino (Foz do Iguaçú, Brasil) – As Organizações da Sociedade Civil na Promoção das Políticas Culturais: Jaguarão/RS e Arroio Grande/RS

Este trabalho é uma apresentação dos resultados obtidos junto ao projeto de pesquisa Cartografia da Cultura Fronteiriça, financiado via Fundo de Apoio à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul – Brasil. O projeto teve como objetivo mapear e identificar as entidades e grupos culturais sediados nos municípios de Jaguarão e Arroio Grande/RS cidades que integram a fronteira sul do estado, a metodologia se deu em três partes, na primeira ocorreu o levantamento e coleta de dados, a segunda foi a realização da pesquisa de campo e visita aos grupos e associações mapeadas inicialmente e a terceira e última consistiu no tratamento dos dados e das informações coletadas. Identificamos um total de dezessete grupos e entidades culturais, no qual por meio dos resultados dos questionários e das visitas à campo, pode-se compreender de forma aprofundada como se dá a promoção das políticas culturais entre os grupos identificados.

1.6. Carine Miola (Foz do Iguaçú, Brasil) – Multigraphias – multigraphias.wordpress.com

A proposta pretende demonstrar o funcionamento de Multigraphias – projeto de residências artísticas virtuais baseado em plataforma digital. Multigraphias reuniu mais de 100 colaboradores, que produziram materiais artísticos em diferentes formatos digitais de forma colaborativa, colocando mais de 10 países em diálogo.

1.7. Janaína Capeletti (Porto Alegre, Brasil) – Arte Digital e Ciberativismo: Intersecções com a Ética Hacker no Cenário Brasileiro

O artigo é o resultado de uma pesquisa que tem como objeto analisar a arte digital ativista no Brasil e as aproximações com os princípios da ética hacker. O ponto de partida para a pesquisa exploratória se situa em fazer um resgate histórico através de revisão bibliográfica da arte digital, dando destaque para a produção brasileira. A partir daí é abordada a net art, suas características e a conexão estabelecida com o ativismoprodução brasileira. O segundo momento do trabalho trata das definições de ciberativismo, hacktivismo e ativismo cultural como tópico introdutório para discutir a cultura e os princípios da ética hacker. Utilizando a técnica de entrevista semi-estruturada, foi possível perceber as peculiaridades da arte digital no Brasil e do ciberativismo, através da visão de cinco entrevistados diretamente envolvidos nas áreas abordadas. Por fim propõe-se uma reflexão sobre as especificidades do cenário da arte e tecnologia no País.

1.8. Lucy Tatiana Galvis Peñuela (Colombia) – Experiencia en Canal 13

Es un relato de la experiencia como artista plástica y productora de televisión con especialización en Gerencia y Gestión Cultural y en Televisión en el uso de nuevas tecnologías para el desarrollo de proyectos en Cultura-Comunicación y Educación.

2. GESTIÓN CULTURAL PARA LA PRODUCCIÓN DE CULTURA LIBRE
Experiencias y reflexiones sobre cómo se produce cultura libre en cualquier disciplina cultural. Proyectos que utilizan y promueven el dominio público, las licencias Creative Commons, licencias de software libre y otras formas de licenciamiento libre. Modalidades de trabajo de código abierto que invitan a copiar, replicar y remezclar. Coordina: @articaonline

2.1. Vanessa Tatiana Azeñas Mallea (La Paz, Bolivia) – Cultura Viva Comunitaria

Este artículo se propone, analizar los aportes y perspectivas generadas a partir del dispositivo Cultura Viva Comunitaria (CVC) en el Estado Plurinacional da Bolivia, desde la perspectiva de los derechos humanos y el reconociendo de los derechos culturales. Inspirado en el Programa Nacional de Cultura Viva (PNVC) del Ministerio de Culturas del Brasil (MinC), CVC es adoptado como dispositivo aglutinador de narrativas por la demanda de políticas culturales más democráticas en América Latina, constituyéndose en una red articuladora que fortalece las diversas demandas nacionales y busca establecer un tejido cultural comunitario cuyo objetivo es impulsar transformaciones de largo plazo en el continente. En este sentido, se hace una aproximación al contexto en el que se desarrolla la historia de CVC y a las circunstancias en las cuales se la adopta como narrativa continental, para poder entender en qué escenario llega al contexto boliviano. Asimismo, se propone entender cuál es la importancia del tejido continental en torno al dispositivo de CVC y cuáles son los factores coadyuvantes que lo convocan. Por último, se acompaña el desarrollo de CVC en el contexto boliviano determinando los aportes de esta narrativa en lo que respecta a las demandas de políticas públicas culturales y las características particulares que, CVC desarrolla en Bolivia.

2.2. Bárbara Couto (Córdoba, Argentina) – Ediciones de la Terraza – edicioneslaterraza.com.ar

Somos un sello de Córdoba (Argentina) nacido en abril de 2012. Publicamos libros ilustrados y libros-objeto. Nos caracterizamos por explorar nuevos modos de publicación que apunten a una democratización en el acceso a la cultura y a una articulación más importante con el público lector. Creemos que estas alternativas forman parte de un nuevo paradigma de producción cultural, más solidario y colectivo, que entiende el acceso a la cultura como un derecho humano, y que podemos fortalecer desde nuestra labor editorial cotidiana de promoción de la lectura. Nuestras características principales son:
_Publicamos libros ilustrados y libros objeto. Creemos que la ilustración es un lenguaje en sí mismo que merece atención y cuidado. Los libro-objeto ofrecen una posibilidad lúdica de disfrute de la lectura y la manipulación del libro. Por este motivo exploramos formatos, tamaños y tipos de encuadernación que aporten al concepto gráfico de los títulos que publicamos.
_ Aprovechamos las posibilidades técnicas de internet y las redes sociales para la difusión de las ediciones digitales, que se distribuyen de manera gratuita, quedando al alcance de todos. Desde nuestra web brindamos un enlace al sitio issuu.com donde están disponibles nuestros títulos completos para lectura gratuita, un par de meses después de la presentación de los ejemplares impresos. Por ahora, y hasta que mejoremos las posibilidades técnicas de nuestra web, los libros en pdf los enviamos a quienes nos lo soliciten por mail.
_ Licenciamos los libros con Licencias Creative Commons. Como editores estamos comprometidos con la idea de reforzar el derecho humano de acceso a la cultura que promueven diversas declaraciones internacionales, entendiendo que la legislación vigente de propiedad intelectual antepone el derecho de autor por sobre el derecho de acceso a la cultura. Desde Ediciones de la Terraza trabajamos a partir de la concepción de que el acervo cultural humano es un bien que debe ser accesible a todos. Esto, sin desconocer la autoría de quien realiza la obra, implica que las producciones que editamos aporten a una cultura más libre. Las nuevas tecnologías vienen poniendo estos debates sobre el tapete y los modelos más tradicionales ya no dan respuesta a la situación actual del acceso al conocimiento y la cultura. De esta manera, trabajamos codo a codo con los autores que encaran proyectos junto a nosotros liberando algunos derechos reservados, de manera de potenciar ese acceso a la cultura. Lo hacemos licenciando nuestros libros con las licencias Creative Commons y fomentando su uso en todas las actividades en las que participamos.
_ Utilizamos el financiamiento colectivo como herramienta de producción para algunas ediciones. Creemos que el financiamiento colectivo junto a las licencias libres son dos elementos de un nuevo paradigma que convierte a la comunidad en un protagonista privilegiado de la producción cultural, puesto que potenciales lectores pueden interactuar con los libros, hacer obras derivadas, compartir y copiar e incluso sumarse en un momento previo a la publicación para colaborar y hacer el libro posible, decidiendo de ese modo qué títulos y propuestas pueden ingresar al mercado editorial.

2.3. Mariano Martino / Ingrid Quiroga, Colectivo Enjambre (General Roca, Argentina) – desbordes  enjambre.cc

“desbordes” busca visibilizar y vincular a las diversas iniciativas culturales que están practicando nuevas formas de crear, distribuir y difundir la producción cultural en la región del Alto Valle de Río Negro y Neuquén, Argentina. Se busca detectar y mapear a iniciativas culturales o ciudadanas que pongan en cuestión el modo de concebir, crear, producir y distribuir conocimiento. El radar está puesto sobre aquéllas prácticas culturales y artísticas con una búsqueda común: aquella del encuentro, de la proximidad, del empoderamiento, donde quede explícita una vinculación y un retorno hacia la comunidad, y con base en la horizontalidad, el intercambio y el coaprendizaje. desbordes intenta ser un aporte a la generación de otros espacios y circuitos de distribución y difusión cultural. Además del mapeo regional, la intención del proyecto es definir de forma colectiva cuáles son esas nuevas prácticas culturales en red. Para eso se han generado varias actividades abiertas en diferentes ciudades del Alto Valle (Neuquén, General Roca, Cipolletti y Villa Regina), encuentros/mapeos de las iniciativas culturales que tienen el virus de la colaboración en su ADN. Estos encuentros y el mapeo de desbordes se complementan con una serie de entrevistas a diferentes actores sociales/culturales de la zona para conocer así más sobre las metodologías o dinámicas de organización y de vinculación que ponen en práctica. Además del mapeo y las entrevistas, se busca que desbordes actúe como una correa de transmisión entre las diferentes iniciativas. Específicamente, se busca intercambiar cuáles son las prácticas de gestión cultural con las que experimentan estas iniciativas: conocimientos y prácticas específicas y contextualizadas.

2.4. Rodrigo Savazoni (Santos, Brasil) – Instituto Procomum – LABxS (Lab Santista) – labirinto.procomum.com.br/tag/lab-santista

Nos últimos anos temos visto emergir um grande número de iniciativas culturais e cidadãs que se assumem como laboratórios. Na Europa e nos Estados Unidos, temos experiências estruturantes e referenciais, como é o caso do Ars Electronica na Áustria, o ZKM na Alemanha, o MediaLab-Prado, em Madri, ou o MIT, em Boston. Mas também temos outras abordagens, independentes e autônomas. No Brasil e na América Latina não temos modelos referencias de grandes proporções que possam ser citados nesta compilação, mas, por outro lado, temos inúmeros casos de projetos e programas, públicos e privados, que dialogam com essa perspectiva, como foi o caso dos Pontos de Cultura no Brasil e depois em vários países latino-americanos. Desde 2015, venho investigando mais aprofundadamente esses formatos, inicialmente por meio do projeto Tecnologias e Alternativas e mais recentemente com a realização do LAB.IRINTO – Encontro Internacional de Cultura Livre e Inovação Cidadã, previsto para ocorrer em Santos, São Paulo, Brasil, entre os dias 22-24 de junho de 2016. Nessa atividade, estamos reunindo 25 experiências brasileiras e outras 10 internacionais, além de agentes da região da Baixada Santista, para refletir sobre a relação entre os laboratórios, a cultura livre e a inovação cidadã. Nos interessa pensar a questão dos city-fab-maker-hack-media-labs em alguns eixos estruturantes, como sustentabilidade, programação, formação de rede e engajamento local e territorial. Minha proposta é apresentar durante este primeiro congresso um paper produzido a partir das colaborações reunidas durante o LAB.IRINTO, apontando perspectivas e possibilidades para a criação de laboratórios em nossas cidades como parte da expansão de uma rede de produção contemporânea que seja de fato promotora da cultura livre, disputando assim as soluções para a vida em comum que hoje passam pelos projetos e imposições da aliança entre governos e corporações. Sabemos que nos últimos anos, grandes empresas têm trabalhando com o desenvolvimento de tecnologias que pretendem levar internet aos artefatos e equipamentos que organizam nossas vidas, desde geladeiras até semáforos. Isso deu origem a uma perspectiva que tem ganhando muito espaço no debate política, sobre as cidades inteligentes e/ou conectadas. No nosso entender, laboratórios de cultura livre e inovação cidadã podem ser um instrumento para que a cidadania e os criadores independentes possam apresentar perspectivas de baixo para cima para seus territórios, tornando-se assim uma alternativa ao modelo centralizado e top-down que começa a se tornar hegemônico nas nossas cidades. Importante lembrar que a América Latina é a região planetária com maior proporção de habitantes vivendo em zonas urbanas, e que também possui inúmeras megacidades que se constituem como um enorme desafio para o desenvolvimento de políticas públicas e soluções cidadãs.

2.5. Sergio Zapata (La Paz, Bolivia) – Escuela Popular de Cine libre

Como una experiencia autogestionada como escuelas libres para la distribución de lo sensible se constituyen un mecanismos de resistencia eficaz frente al mercado, la homogenización de los bienes culturales y la política de gestión cultural de entidades publicas como del tercer sector, por tanto consideramos que debe articularse desde los espacios de educación popular y comunicación popular para la constitución de sujetos sensibles y políticos para enfrentarnos a la producción, reproducción, circulación y distribución de bienes sensibles de manera libre, autónoma y autogestionada. La ponencia como producto de una reflexió colectiva busca abordar los limites y las posibilidades de las escuelas populares libres y a su vez pretende abrir el debate con sectores estrictamente artístico culturales. todo esto desde la experiencia de la Escuela Popular de Cine libre, sus aliados y el Festival de Cine Radical.

2.6. Andreu Meixide, Panorama180 (Barcelona) – Festival de Cine y Cultura libre BccN – www.bccn.cc

Como Asociación Panorama180 proponemos hacer una ponencia sobre el desarrollo en los últimos 7 años del festival de Cine y Cultura libre BccN y su papel en la dinamización de la red Internacional de Festivales CCWorld en la que más de 30 certámenes en todo el mundo (especialmente países hispanohablantes) que comparten y difunden material audiovisual realizado bajo parámetros de cultura libre y licencias abiertas. En dicha ponencia nos gustaría exponer tanto las certezas y fortalezas como las contradicciones y dificultades de trabajar en una Red Global de incidencia Local. Creemos que compartir nuestro aprendizaje de gestión cultural en parámetros de cultura libre y audiovisual puede resultar interesante para el congreso a la par que una buena oportunidad para establecer nuevos lazos de colaboración como ya sucede con el festival de cine CC de Uruguay (http://festival.creativecommons.uy/).

2.7.Thaís Rigolon, Instituto TIM  (São Paulo, Brasil) – Mapas Culturais

Mapas Culturais é um software livre para mapeamento colaborativo e gestão da cultura que contribui tanto para qualificar a gestão pública, ao promover mais eficiência, quanto para a sua atualização frente às novas Tecnologias da Informação e Comunicação. O sistema é alimentado de duas formas: pelo poder público, que insere na plataforma informações sobre os equipamentos culturais, programações oficiais, editais, etc.; e pela população em geral, que se cadastra como agente de cultura (individual ou coletivo) e pode divulgar suas próprias programações. A ferramenta incorpora nos processos públicos as lógicas do software livre, da colaboração, da descentralização, do uso de dados abertos e da transparência. Além disso, fortalece o Plano Nacional de Cultura. Mapas Culturais foi criado em parceria com a Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, o primeiro a adotar a plataforma (SP Cultura). Atualmente, o sistema também está em operação nos estados do Ceará (Mapa Cultural do Ceará), Rio Grande do Sul (Cultura RS), Tocantins (Mapa Cultural do Tocantins), Mato Grosso (Cultura MT) e São Paulo (SP Estado da Cultura), e nos municípios de Sobral-CE (Sobral Cultura), Blumenau-SC (Blumenau Mais Cultura), São José dos Campos-SP (Lugares da Cultura), João Pessoa (JP Cultura), Santo André (CulturAZ) e Belo Horizonte (Mapa Cultural BH). O sistema possibilita um melhor planejamento das ações dos gestores públicos culturais, o monitoramento e avaliação mais precisos das políticas públicas e o fortalecimento de processos de articulação local e territorialização das ações. A reunião de dados sobre produção cultural possibilita gerar indicadores capazes de balizar políticas públicas eficientes e de qualidade. Como a coleta de dados é colaborativa, as informações passam por um processo de constante atualização. Mapas Culturais fortalece o acesso à informação pública, como ferramenta que agrega dados de agentes, espaços, eventos e projetos culturais; divulga ao cidadão informações sobre a agenda cultural da cidade (tanto em relação a eventos oficiais quanto a não oficiais); e amplia a possibilidade de troca de informações e comunicação com os agentes culturais – afinal, abre-se uma via entre eles e os gestores. É uma forma de criar um canal constante de construção coletiva de políticas, consultando e interagindo o tempo todo com os agentes, e facilitar a comunicação entre agentes culturais e público. Os estados e municípios que adotam Mapas Culturais formam uma rede de gestores públicos na qual a tecnologia e a política dialogam. Eles são capacitados para o uso da tecnologia e têm à disposição manuais de procedimento da plataforma. As prefeituras e estados da rede trocam experiências, conversam sobre melhorias e novos usos e se apoiam mutuamente. Dentro de cada governo, as secretarias envolvidas dialogam, em um processo intersetorial e transversal.

3. LA GESTIÓN CULTURAL EN LAS BASES
Experiencias recorridas de colectivos y emprendedores culturales que trabajan desde espacios o proyectos íntimamente vinculados con el territorio y las comunidades. El foco temático de esta mesa nos lleva a considerar, además, la articulación de éstos con otros actores como colectivos, organizaciones, programas del Estado, empresas, etc. Dichas experiencias pueden provenir tanto del sector privado como público. Coordina: @gestioncuy

3.1. Andrés Alba (Montevideo, Uruguay) – Urban –  facebook.com/UrbanoEspacioCultural

Un Centro Cultural que integra el Área Ciudadanía y Territorio de la Dirección Nacional de Cultura de Uruguay. Tiene como objetivo fundamental asegurar el ejercicio de los derechos culturales de la ciudadanía, haciendo un énfasis especial en el trabajo con personas en situación de calle y refugio. La ponencia se inscribe en la mesa buscando dar cuenta del proceso transdisciplinario de gestión cultural a nivel territorial, interinstitucional y diseñado desde los participantes, mayoritariamente personas en situación de calle y refugio, como espacio legítimo de visibilización de su realidad cotidiana.

3.2. Ateri Miawatl (Acatlán, Guerrero, México) – TETL laboratorio de artes – laboratoriodeartes-tetl.com

Busca la descentralización (ideológica y territorial) de la práctica artística y la práctica creativa como medio para reforzar el náhuatl, el Ñam Cuee Ñom Daa y el Na Savi; tres de las 69 lenguas que se hablan en México. Transitan entre la plástica, la gráfica, el libro-arte y el teatro. Su ponencia pretende debatir los vínculos-fronteras político-profesionales de quienes realizamos gestión cultural y de cómo entendemos la gestión cultural, partiendo de exponer y compartir los modos de creación-gestión de TETL laboratorio de arte.

3.3. Manuel Rivoir (Montevideo, Uruguay) – Idem intervenciones – facebook.com/idem.intervenciones

Es una organización conformada por un equipo interdisciplinario que trabaja desde el 2009 realizando proyectos culturales y educativos, mayoritariamente fuera de la capital uruguaya. Quieren presentar su metodología de trabajo: de la cogestión a la autogestión, que supone el acompañamiento de un grupo u organización en pequeñas comunidades del interior del país, brindando herramientas de gestión para la mejor administración de sus recursos –humanos, materiales, intelectuales, económicos- y para que puedan llevar a la acción sus ideas y proyectos. Apuntan a la sostenibilidad y la autogestión del grupo a mediano y largo plazo. Además acompañan procesos, potenciando habilidades individuales y grupales para lograr mayor nivel de autonomía y fortalecimiento grupal.

3.4. Soledad Guerrero, Camila Vezzaro, Lucía Caldes (Montevideo, Uruguay) – Centros MEC – centrosmec.org.uy

Es una red de casas del Ministerio de Educación y Cultura de Uruguay -en sociedad con gobiernos locales y ANTEL-, que funciona como puntos de encuentro entre los recursos del Ministerio, las intendencias departamentales, los municipios, y las organizaciones sociales y de vecinos de cada localidad. El objetivo de esta red es contribuir a la integración social y a la formación de ciudadanía a partir de la generación de espacios de animación, intercambio y elaboración de propuestas sociales, culturales y educativas. Centros MEC desarrolla una importante labor de articulación a nivel local con diversos actores, de los sectores público y privado así como de la sociedad civil, lo cual se reconoce como una característica central de su modelo de gestión. Resulta interesante indagar y reflexionar no sólo acerca del modo de trabajo de la organización sino también sobre experiencias desarrolladas en distintos puntos del país que ilustran las características de los procesos que se impulsan así como sus implicancias en términos de gestión cultural desde el territorio.

3.5. Marco Antonio Martín García (Cochabamba, Bolivia) – TELARTES – telartes.org.bo

Es una plataforma de articulación del sector cultural boliviano. Nacida en 2012 bajo el propósito de fortalecer el disperso escenario a partir del desarrollo de capacidades de articulación, colaboración, intercambio y, fundamentalmente, de incidencia en política pública, TELARTES es una iniciativa ciudadana cultural que, en 4 años, se ha convertido en el referente organizado de la sociedad civil más importante de Bolivia. Actualmente conecta a más de 300 espacios, colectivos, instituciones, gestores culturales, artistas y activistas de todo el país. Tiene como cobertura los 9 departamentos de Bolivia, con un mayor desarrollo hasta el momento en las principales ciudades del país, sin embargo, paulatinamente, su capacidad de convocatoria alcanza también a provincias y sectores rurales.

3.6. Rogger Romero (Chimbote, Perú) – ITAC

Es un proyecto que nace dentro del eje de identidad del programa RIEE, el cual busca revalorizar la identidad, promover el turismo e incentivar el arte y la cultura en la ciudad de Chimbote, Perú. Durante el tiempo que se viene desarrollando el proyecto se han realizado diversas actividades con las que buscan integrar a la comunidad con los agentes culturales de nuestra ciudad. Desde la realización del proyecto ITAC han logrado que más de 300 beneficiarios sigan participando de manera permanente en sus actividades y han generado una red de contactos de artistas y organizciones que se suman a su labor que continúa incrementándose.

3.7. Martín Espósito (Montevideo, Uruguay) – Una escuela sustentable

La primera escuela pública autosustentable de Latinoamérica. Más de 200 personas de 30 países diferentes construyeron en 45 días un edificio que tiene el potencial de convertirse en una plataforma donde presentar nuevos desarrollos entorno a la educación pública. Una forma de acercar a su comunidad herramientas que fomenten la autogestión. Una muestra del potencial que existe a través de la colaboración entre las diferentes partes de esta sociedad. Una Escuela Sustentable es un proyecto de casi 5 años de gestión voluntaria y que a través de esta experiencia histórica en Uruguay, comienza una nueva etapa en su desarrollo.

3.8. Belén Acosta (Buenos Aires, Argentina) – Festival Efimero de Teatro Independiente – elfeti.org/fest

Festival de teatro que promueve la creación de relaciones entre diversas compañías teatrales del ámbito independiente, tanto nacionales como internacionales, posibilitando el encuentro entre quienes trabajan de forma autogestiva y autónoma entre sí y sobre todo con el público. La razón de ser del proyecto es generar un intercambio donde los participantes construyan una opinión crítica sobre la propuesta que se les presenta, o que simplemente opinen y puedan reflexionar sobre la misma. Su ponencia buscará intercambiar experiencias con otros colectivos acerca de la organización horizontal, la autogestion y estrategias de convocatoria barrial.

3.9. Ana Melazzi (Montevideo, Uruguay) – Fiesta de las Migraciones

Una fiesta de intercambio cultural y gastronómico en la que bailan y cantan más de 30 colectividades de distintos orígenes y se puede degustar comida de diferentes regiones, apreciar distintas artesanías y objetos típicos. Su ponencia presenta el crecimiento de la Fiesta, los cuidados que siempre se han tenido y la apropiación por parte del público y las colectividades que la realizan, haciendo de cada edición algo único. Contarán cómo se apoyan unas colectividades a otras y cómo han generado experiencias más allá de la Fiesta en sí; la articulación de los distintos actores y el énfasis que damos en la equidad cultural para que esta buena convivencia se logre. El enfoque está en cuidar y ayudar tanto a las colectividades como al público que los visita, para que la experiencia de ambas partes sea plena.

3.10. Israel Paredes (Mérida, México) – Intervención social del colectivo Habitación 42.1

Trabajan proyectos de intervención social desde una postura contracultural, que van desde la creación de laboratorios comunitarios, hasta una toma de conciencia ante una problemáticas sociales específicas, en ellos se proponen intercambios de conocimiento con la comunidad, en donde a partir del aprendizaje colectivo y mutuo se creen alternativas económicas y culturales sustentables. Los fenómenos emergentes, cuya naturaleza creativa va mas allá de la inventiva que supone el orden social, pueden generar condiciones nuevas, que confronten la cultura dominante, como pasos evolutivos en el desarrollo social y sociocultural. En esta ocasión buscan reflexionar sobre el arte social en búsqueda de la individualización de la cultura y los mecanismos de gestión que, para llevar a cabo esto, se requieren.

4. COMUNICACIÓN EN RED Y HERRAMIENTAS TIC PARA LA GESTIÓN CULTURAL
La gestión cultural contemporánea se encuentra de lleno en el paradigma de la hiperconexión, el diálogo y el potenciamiento de la retroalimentación a través de las herramientas TIC para la comunicación en red. El trabajo colaborativo, si bien es una posibilidad, debe ser potenciado más allá de discursos coyunturales. Conocer y entender la tecnopolítca de la red nos ayudará sin duda a plantear una mirada contextual, crítica e histórica a los modos en que queremos trabajar en red. No es sólo conectarnos, sino crear espacios colaborativos válidos a nivel cultural, social, económico y político para que el impulso de posibilidades abiertas, una de las finalidades de la gestión cultural, sea creado desde la inteligencia colectiva. La Cultura Libre, el Software Libre, resilencia, ética hacker, inteligencia colectiva, redes libres comunitarias, distribución y modos de hacer, serán palabras que escucharemos mucho en esta mesa temática. Coordina: @danicotillas

4.1. Pilar DM (Barcelona) – El Dado del Arte – eldadodelarte.com

Una experiencia de 10 años en el Social Media desde y para el arte. La ponente es una bloguera con amplia experiencia y mirada hacia el patrimonio cultural.

4.2. Natalia Ferreira (Asunción, Paraguay) – Centro de Comunicación Popular “La Cigarra – cigarrapy.wordpress.com

La idea es poder debatir sobre las tensiones de la comunicación popular y sus procesos de generación y difusión, entendiendo todo este movimiento como hacedor de sentidos. Proponemos revisar la participación en colectivos que sostienen plataformas y canales organizativos virtuales, y formas y tradiciones de participación presenciales, desde la experiencia de Cigarra Centro de Comunicación Popular de Paraguay, espacio que buscar hacer comunicación contra hegemónica, y posicionar las voces de las organizaciones sociales progresistas de Asunción y otras ciudades de Paraguay, formando “periodistas” comunitarios que aprenden y comunican sus propias realidades.

4.3. Martí Perramon Llavina (Vic, Cataluña) – Bravo Manager – bravomanager.com

Perspectiva del gestor cultural de Bravo Manager, solución integral para gestionar todos los procesos de gestión de un teatro, extensible a cualquier tipo de organización cultural. Todo está integrado en una solución, que sirve para todos los teatros de hoy, grandes y pequeño. Hemos tomado como fuente el Marketing Relacional – Cultural – y lo hemos extendido en una plataforma online, totalmente amigable y que ofrece un rendimiento espectacular en la gestión de comunicación, venta de entradas y gestión de públicos, posibilitando una mayor venta de entradas online y un ahorro muy considerable en gastos y comisiones, al no depender de terceros.

4.4. Colectivo Coworking Cultural Virtual de les Illes Balears (Islas Baleares, España) – ArtXipelag – www.artxipelag.com

Art-Xipèlag viene a cubrir la necesidad de un territorio común a la cultura en las cuatro islas de la Comunidad Autónoma de Baleares. Nace como un proyecto independiente con vocación de convertirse en una de las herramientas digitales de referencia de la cultura en las Islas. Albergando información y contenidos sobre la cultura que se hace, se expone o transita por nuestro Archipiélago así como necesaria e importante para el desarrollo del sector. En una primera fase Art-Xipèlag está compuesta por un Observatorio de la Cultura , un espacio de creación de contenidos y prestación de servicios de difusión y apoyo a las manifestaciones , agentes y actores culturales isleños. El proyecto de Art-Xipèlag está formado por un equipo de profesionales de la gestión cultural de las Islas , provenientes de diferentes campos de la cultura y especializados en diversas disciplinas. Un equipo pluridisciplinar , trabajando bajo la filosofía y metodología del coworking , formado por personas residentes en diferentes islas que construyen la plataforma desde la óptica de los diferentes hechos insulares.

4.5. Juan Jesús Gómez de Lara Sosa, La Matraka Gestión Cultural SLL (Sevilla, España) – Myplayz – www.myplayz.com

Myplayz es una comunidad que pone en contacto Anfitriones, personas que quieren abrir su casa, con artistas que quieren actuar en espacios únicos y singulares. Una comunidad que disfruta de experiencias culturales exclusivas en espacios privados y secretos. Queremos animar a los ciudadanos a participar de la comunidad Myplayz y que sean ellos los protagonistas culturales, democratizar el hecho cultural. Que sea la comunidad la que decide cómo, cuándo y qué cultura quiere consumir y disfrutar. Para ello hemos creado una herramienta que facilita poner en contacto anfitriones con artistas, la creación del evento, su publicación, control de invitados, gestión económica, valoraciones, para que crear un evento sea sencillo y divertido. El movimiento del consumo colaborativo está en auge y ha llegado a transportes, alojamientos y turismo. Compartir, colaborar, intercambiar donde el ciudadano es el protagonista. Creemos que la cultura necesita cubrir esa necesidad de empoderamiento. Acercar y animar a los anfitriones a convertir su salón en un escenario, invitar a los artistas a actuar en espacios únicos y gestionarse sus propias actuaciones; y a unos invitados a disfrutar de una experiencia cultural diferente. Hay muchos ciudadanos que se animan a abrir sus casas, pero hay detrás una productora que organiza el evento. Queremos adentrarnos en el consumo colaborativo y otorgarle el poder al ciudadano, que sea quien gestione, cree y valore sus propias experiencias culturales. Un mercado potencial en auge y escalable, para que cualquier persona en el mundo pueda crear un evento cultural cómo, dónde y cuando sea.

4.6. Lucas Pretti, Instituto de Artes UNESP (Sao Paulo, Brasil)

Este ponencia introduce el concepto de multitud, creado por Michael Hardt y Antonio Negri, en la discusión sobre la producción de obras de arte público por artistas y colectivos artísticos en la ciudad de Sao Paulo (Brasil) entre los años 2012 y 2014. Las obras seleccionadas como objeto de estudo tienen en común el hecho de que fueron posibles gracias a las plataformas de crowdfunding (financiación colectiva), que las vincula a la hipótesis de que el proceso creativo debría responder a la demanda “comunal” de la multitud en red. Partimos del intento de correlacionar las nociones de multitud e “inteligencia de enjambre” de Hardt/Negri a la estética relacional de Nicolas Bourriaud para entonces investigar algunas características de las iniciativas Pimp My Carroça (Mundano) y BaixoCentro (del autor).

4.7. Gabriela Giurlani (Beccar, Argentina) – Taller arte y letras de artistas y escritores con discapacidad – tallerarteyletras.blogspot.com

Taller arte y letras de artistas y escritores con discapacidad es una iniciativa de gestión cultural independiente, internacional, autogestiva, empoderada, innovadora, sin fines de lucro, donde el uso de las redes e internet por parte de sus integrantes juega un papel fundamental, generador, vinculante e inclusivo. Creado y dirigido por la artista, escritora, curadora y gestora cultural con discapacidad Gabriela Giurlani, en base a sus propias experiencias y las de sus pares, quien decidió cambiar el rol pasivo que habitualmente la sociedad asigna a las personas con discapacidad, por un rol definitivamente activo. Con la problemática de la diversidad y vulnerabilidad social de las personas con discapacidad de fondo, revaloriza y extiende la visión de la vida de este colectivo social y sus capacidades en estos campos de la cultura, y en otros también por extensión, para concretar un cambio cultural y derribar prejuicios sociales a través de la creatividad. La discapacidad, como internet, no tiene fronteras, y este grupo tampoco. Está integrado por personas de varias latitudes de Argentina y del extranjero, vinculadas en forma real y virtual en tarea conjunta, con la tecnología a favor y manejada por las mismas personas con discapacidad. A partir de la masificación de Internet, la comunicación en red, las TIC y las nuevas tecnologías, el grupo, superando sus diversas discapacidades, se ha apropiado de ellas. Como herramientas útiles para expresarse e insertarse en el mundo, con mayor libertad, en procesos transformadores a nivel individual, colectivo y social. En un desarrollo cultural pleno, descubriendo y aprovechando las potencialidades abiertas por las nuevas tecnologías, que abren caminos igualadores también para la discapacidad. Generando con estas experiencias un cambio cultural en ellos mismos y en sus públicos. Tarea que realiza como una comunidad en red desde el ámbito de Internet y las redes distribuidas, en tiempos y espacios flexibles. Que como cultura híbrida entre lo físico y lo digital, genera actividades en un nuevo proceso de democratización de la cultura, el arte y la creatividad, en circulación, saliendo de los “ghetos” en los que habitualmente la sociedad coloca a las personas con discapacidad. De este modo, esta experiencia aborda conceptualmente su proyecto en íntima vinculación con su comunidad como una particular gestión cultural contemporánea en las bases, articulando sus acciones con otros actores públicos y/o privados en diferentes iniciativas. Opera bajo los lineamientos disciplinares de la gestión cultural contemporánea, los paradigmas de la sociedad de la información y del conocimiento, el trabajo colaborativo y la inteligencia colectiva, las perspectivas teóricas y conceptuales del Modelo Social de la Discapacidad, y de la Convención Internacional sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad de la ONU. Con un trabajo sociocultural, mediante estrategias educativas, de concientización y difusión, realiza intervenciones de impacto desde la perspectiva y en los ámbitos de las artes, las letras, la educación y la gestión cultural. Esta propuesta nunca hubiese sido posible, si no existiese internet y la tecnología actual, que permite de este modo una superación social y cultural de la discapacidad.

5. ESPACIOS CULTURALES Y COMUNIDAD EN RED
La cesión de espacios por parte instituciones públicas y privadas, hace que se esté viviendo un momento de cambio en el que la cultura parece cobrar un protagonismo singular en las ciudades. Por ejemplo, el Ayuntamiento de Madrid ha lanzado un marco común de cesión de espacios que estarán disponibles para el tejido asociativo de la ciudad. Estas experiencias, incentivan el intercambio, la colaboración y la innovación ciudadana y cultural. En esas circunstancias la capa digital juega un papel imprescindible en la construcción de una red de intercambio que conecte las diferentes propuestas locales creando una red global. Desde un punto de vista teórico, pero sobre todo práctico, el objetivo de las ponencias será indagar en las posibles vías de implementación de la construcción de esta red. Coordina: @ComandanteTom_

5.1. Laura Gómez Cáceres (Asunción, Paraguay) – Terraza Rapé y La Comuna

La idea de la ponencia es hablar sobre dos experiencias de gestión cultural que implicaron resignificar el espacio y generar otra construcción del sentido colectivo a partir de provocaciones performáticas, musicales, conversatorios entre otras cosas. El objetivo principal además de explicar el “cómo llevamos a cabo” los distintos proyectos es más bien exponer lo que descubrimos de poderoso a partir del trabajo con proyectos relacionados al espacio, territorio y lugares. Una de las iniciativas es Terraza Rapé, que se trata de una adaptación local del proyecto Redetejas, con licencia de Creative Commons. Redetejas, es la primera red ciudadana de micro espacios culturales en azoteas privadas. Redetejas es un proyecto sin ánimo de lucro que pretende abrir las azoteas como espacios de desarrollo cultural. Todo el proyecto se estructura a través de ‘Encuentros de azoteas’, que son rutas de micro actividades culturales que se desarrollan en azoteas particulares de diferentes ciudades. El proyecto está licenciado en Creative Commons, por lo que puedes copiar, modificar y mejorar Redetejas siempre respetando los derechos de autor del proyecto. Otra de las iniciativas se trata de las Casas Causa, una red de casas que promueve la convivencia colectiva y cultural. Esta red de casas abre sus puertas al barrio, como espacios de construcción de propuestas culturales, políticas y comunitarias. En La Comuna se realizan diversas actividades sobre temas como la opresión de la mujer, la diversidad sexual, la ciudad y conflictos internacionales. Este proyecto pretende resolver un problema habitacional y a la vez construir un modelo alternativo de convivencia. El hilo principal que une ambos proyectos es el de utilizar el espacio no solo como “contenedor” de la actividad sino más bien como estructurador de la misma. Trabajar con la intención de que ese espacio, se transforme en lugar, reconstruya modelos de economía, de colaboración y de disfrute cultural, priorice el proceso de la experiencia de construcción colectiva más que el de producto final.

5.2. Ângela Sowa, Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria, Brasil)

As políticas públicas voltadas ao estimulo de Projetos Culturais tem potencial para valorizar e ou regatar culturas regionais, bem como proporcionar a visibilidade e o diálogo intercultural. Segundo a Resolução n° 7 PDDE/FNDE de 12/04/2012 estipula que as escolas públicas, estaduais e do Distrito Federal possam desenvolver atividades culturais por intermédio do Mais Cultura nas Escolas para uma educação de Ensino Integral aproximando práticas culturais do fazer pedagógico da escola, sendo um Programa complementar ao Ensino Médio Inovador e o Mais Educação. A partir da resolução, o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura abriram um chamado para planos de atividades a partir da Plataforma SIMEC, para que escolas de todo país pudessem participar do Programa Mais Cultura nas Escolas. Como critérios de seleção, o MEC/MinC priorizou algumas características pré-estabelecidas como a presença da bolsa família nas comunidades atendidas pela escola ; a preocupação em distribuir de forma proporcional as aprovações de Planos de Atividade, sendo que as regiões com maior número de inscrições receberam mais projetos selecionados; a distribuição com equidade nas temáticas em uma perspectiva que alinhasse mais diversidade nos territórios, alinhamento do projeto político pedagógico com a experiência da Iniciativa Cultural parceira e a realidade do território em questão, entendendo as particularidades e as potencialidades culturais. Inserido neste âmbito, o trabalho tem como objetivo central analisar e mapear o processo de implantação e desenvolvimento da política pública Mais Cultura nas escolas públicas de Santa Maria – RS. Quanto a metodologia, optamos inicialmente pela pesquisa bibliográfica, com base em estudos relacionados à cultura na perspectiva de Eagleton (2005), Canclini (1997, 2004), Muylaert (1995); educação intercultural com Candau (2003) e Banks (1999), políticas públicas culturais e educacionais com Demo (1994), cidadania cultural com Chauí (2006), educomunicação com Soares (2000, 2006, 2011) e Comunicação e Educação com Sodré (2012). Na sequencia, fizemos análise documental que é composta pelas cartilhas fornecidas pelo MEC/MINC do Programa Mais Cultura, para entender suas especificações e macrocampos, bem como a análise dos projetos das cinco escolas pesquisadas, e documentos institucionais das respectivas Escolas. Além disso, aplicamos entrevistas estruturadas aos gestores dos Projetos desenvolvidos nas Escolas. Constatou-se a relevância dos trabalhos desenvolvidos como forma de democratização da cultura, bem como dispositivo de intervenção na cultura singular da escola provocando-a para uma abertura intercultural e desmistificação das diásporas culturais. Identificou-se também o potencial dos projetos para a promoção e o exercício da cidadania cultural, bem como para formação de identidades culturais hibridas. Além disso, os projetos incentivam o desenvolvimento de individualidades e da produção colaborativa de crianças e adolescentes, contribuindo para que os mesmos compreendam a diversidade cultural presente na sociedade e na comunidade e o quanto à cultura está atrelada ao descobrimento do “eu” e do “outro”.

5.3. Santiago Selma, Anima Cult (Fortaleza, Brasil)

Nossa apresentação trata de uma proposta de conceito para territórios urbanos de produtividade local denominados Pólos Criativos, considerando os princípios da Economia Criativa Brasileira. Tratamos da questão contemporânea que aplica a criatividade como eixo de desenvolvimento, dos territórios urbanos, seus espaços e relacionamentos com a cultura e apresentamos uma proposta metodológica para a identificação destes pólos criativos, através do ponto de convergência existente entre desenvolvimento, localidade e criatividade. Nosso estudo tem como base a extensão continental do Brasil e as distâncias que envolvem os diversos territórios com relação às questões sociais, econômicas, regionais, organizativas e culturais, que nos revelam políticas públicas com um enorme desafio de executar, mesmo segundo critérios predominantemente setoriais, ações que promovam o desenvolvimento nacional em busca de uma dimensão global. Tamanho desafio é responsabilidade dos governos em suas três instâncias – nacional, estadual e municipal. Consideramos ainda estas dimensões compostas pelos campos socio-econômico, físico-territorial, político-organizativo e simbólico-cultural. E ao delimitarmos estes espaços, observamos que as políticas devem considerar especialmente as cidades, que são na realidade os locais onde as relações cotidianas tornam-se laboratórios de tramas em um terreno fértil para a criatividade. Nas cidades, podemos identificar Pólos Criativos, que consideramos serem espaços de convivência urbana que possuem uma dinamização funcional de atividades de dimensão econômica e simbólica que unem em sua geografia diversos grupos e pessoas com uma identidade cultural própria. Neste sentido apresentamos a proposta de caracterizarmos os Pólos Criativos com os seguintes campos e pontos que devem ser considerados para sua identificação:
_ CAMPO DA ECONOMIA E DA GESTÃO
Desenvolvimento da atividade econômica local, com movimentação econômica e condições para a dinamização de bens simbólicos ou materiais que mantenham a sustentabilidade econômica das iniciativas.
Convergências de atuação, através de uma organização institucionalizada ou não, de articulações e conexões intra e extra pólos; da formação de cadeias e redes de produção, circulação, fruição e troca de experiências e a cooperação entre as iniciativas. Concentração setorial de iniciativas, através da vocação setorial para as atividades produtivas se relacionarem colaborativamente. Adensamento de iniciativas, com o empreendedorismo cada vez mais consolidado seja pelo profissional autônomo; pequenos negócios; oferta de postos de trabalho ou número de produtos/serviços gerados e comercializados.
_ CAMPO DA CULTURA E DA IDENTIDADE
Construção de imagem coletiva, através da construção de uma imagem própria e que identifica o lócus e o insere no desenho cartográfico da cidade. Valor agregado intangível, com seus produtos e serviços detentores de uma identidade cultural própria, que torna-se um valor agregado intangível de grande reconhecimento social.
_ CAMPO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
Formas de governança próprias, com a implantação de instâncias e instrumentos de participação cidadã que sejam capazes de agir não somente entre si, mas também com os poderes públicos e outras instâncias de poder ou econômicas. Desenvolvimento de tecnologias, sejam no campo da informação e da comunicação, como no campo das relações comerciais ou ainda nas esferas da administração. Sustentabilidade ambiental e social – Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da humanidade.

5.4. Salvador García, Vía Láctea Ediciones (Montevideo, Uruguay) – Autogestión: organicidad y supervivencia

Esta intervención pretende reflexionar sobre la autogestión como una forma orgánica de producir cultura en red. La cultura en red, con el auge de las TICs en la era digital emerge y se hace visiible como una nueva forma efectiva y legítima de trabajar en colectivo. Al analizar estos temas actualmente se abordan desde un perspectiva anti-hegemónica y hasta política. La idea es poner el eje en las diferentes formas de gestionarse que hemos encontrado en las experiencias locales de espacios culturales autogestionados y colectivos organizados cooperativa y horizontalmente, no como consecuencia de un posicionamiento ideológico frente a las formas de consumo y producción cultural, sino como alianzas de supervivencia en donde naturalmente las personas se juntan a intercambiar proyectos y aprender entre sí.

5.5. Addy Elizabeth Cauich Pasos, Fundación Cultural Macay, A.C. (Mérica, México) – Apuntes para un modelo de comunicación y gestión cultural para la (In)formación, discusión e intercambio

Una gran parte de la difusión del arte y la cultura en México (y en el mundo) se basa en modelos deficitarios y asistencialistas. Dichas propuestas giran en torno a una figura de autoridad (un curador, un crítico de arte, un investigador o algo tan intangible como una institución cultural) que “educa a una sociedad en desventaja”. En el otro extremo del panorama se encuentran los mal llamados “circos mediáticos” que aunque para muchos responsables de las instituciones culturales resulten una solución a sus problemas de visibilidad solo consiguen acarrear una masificación de visitantes que continúa alimentando sus parámetros de éxito autoimpuestos. ¿Es esta la evolución a la que responden a partir de la sociedad permeaba por las hipermediaciones? Si bien es cierto que las redes sociales se han convertido en un canal multiplicador de sus acciones adaptarse a los cambios sociales y tecnológicos los gestores culturales necesitan también tomar como base el estudio de sus públicos, intereses y puntos de conexión. Encontrar un punto de equilibrio entre el objetivo clásico de la conservación de la memoria y la creatividad necesaria en la renovación y en la promoción del desarrollo cultural del público es sin lugar a dudas un reto por resolver. Todavía más difícil resulta dibujar el escenario alrededor del arte moderno y contemporáneo ya que se encuentran diversos estereotipos que fomentan una distancia con el espectador. En este caso la percepción social de la producción artística reciente resulta poco favorecedora y aunada a ella los esquemas institucionales que consideran que “a la mayoría” le gusta lo familiar, lo pedestre y lo fácil solo promueven un distanciamiento cada vez mayor. ¿Cómo romper el estereotipo de que el arte contemporáneo (de ruptura, abstracto, neofigurativo, experimental) es disfrutable/entendible? Es una de las interrogantes que se pretende responder mediante un análisis de modelos de comunicación y gestión cultural para promover el diálogo entre especialistas de la materia, quienes se inician en el campo o consumidores culturales.

5.6. Ana María Barbero Franco (Salamanca, España) – Casa48

El arte es una herramienta poderosa para empoderar a las poblaciones. Casa 48 es un proyecto artístico que nace de la intervención en las casa abandonadas de un barrio social de la ciudad de Viseu. Este barrio, testimonio de la época de Salazar, iba a ser destruido, pero gracias al surgimiento de un movimiento ciudadano nacido para defender su valor social y patrimonial, ha pasado a ser un foco de atención para la ciudad y para la comunicación social. De Barrio olvidado, ha pasado a ser un proyecto de bandera para el nuevo grupo que dirige la ciudad dado que el proyecto de rehabilitación de sus casas, ganó el primer presupuesto participativo que se llevó a cabo en la ciudad. Ahora, forma parte del circuito Street Art, existe una asociación llamada el Barrio cuyo objetivo es dinamizar acciones diversas que integren a la comunidad en su definición, y el propio ayuntamiento está empeñado en su rehabilitación. Casa48 es un proyecto expositivo que trae a la ciudad la reflexión sobre el barrio y sobre la selección e inventario de algunos objetos encontrados en las casas abandonadas o deshabitadas del barrio, de modo a: por un lado, dar a conocer el proyecto del barrio; por otro, reflexionar sobre los conceptos de memoria, espacio y el habitar. Tal y como Bachelar afirma, “evocando los recuerdos de la casa, sumamos valores de sueño; no somos nunca verdaderos historiadores, somos siempre un poco poetas y nuestra emoción tal vez sólo traduzca la poesía perdida” (p. 27) porque “Todo espacio realmente habitado lleva como esencia la noción de casa. La imaginación trabaja en ese sentido cuando el hombre ha encontrado el mejor albergue. En suma, viviendo la casa en su realidad y su virtualidad, con los pensamientos y los sueños”(p.28).

5.7. Fernando Ariel López (Buenos Aires, Argentina) – Aprender 3C – www.aprender3c.org

Aprender 3C es un proyecto dirigido a estudiantes, docentes y profesionales latinoamericanos vinculados al mundo de las ciencias de la información que busca colaborar en la formación de competencias transversales e innovadoras que apoyen su desarrollo académico y profesional, al mismo tiempo que genera un espacio alternativo de encuentro e intercambio de experiencias entre colegas de toda la región.

6. PROFESIONALIZACIÓN EN GESTIÓN CULTURAL
Experiencias y reflexiones sobre los procesos de formación en gestión cultural. Trayectorias profesionales, desarrollo de emprendimientos independientes. Diseño de proyectos y herramientas de planificación. Coordina: @AforoMX

6.1. Florencia Gauna (Córdoba, Argentina) – El gestor cultural diseñando “lo que es necesario que pase”

El gestor cultural de título o quien así se llame a sí mismo, tiene una tarea que subyace a cualquier acción, idea innovadora o propuesta rupturista que tenga o lleve adelante, y es la de responder al contexto en el que su trabajo se inserta. Esta aseveración puede parecer simple u obvia pero podría asegurar que es un aspecto ignorado o poco tenido en cuenta por muchos de los que dicen desarrollar esta profesión aún poco profesionalizada (o por lo menos, profesionalizada en esfuerzos y direcciones múltiples). En esta oportunidad me gustaría abordar y someter a debate ese momento primigenio de cualquier proyecto, acción o programa ligado a la cultura y que como responsabilidad (sí, responsabilidad) del gestor en cuestión, debe encararse con pericia, dedicación y seriedad pero también intuición y creatividad. Es el momento del diagnóstico. Ese momento en que como los más curiosos observadores nos paramos frente (por detrás y a los costados también) de nuestro escenario para escudriñarlo en todas sus aristas, todos sus detalles, cada uno de sus pormenores. Todos conocemos que cuando hablamos de gestor cultural podemos estar refiriéndonos a un funcionario público, un creador independiente, un artista auto gestionado, un programador, un miembro del área de RSE de una empresa, y muchos etcéteras más; pero hay algo que me reconforta pensar como una característica común a ellos y es que el gestor cultural es un “no egoísta”. El gestor no presenta una tendencia hacia él mismo si no hacia los otros, hacia el afuera, hacia la comunidad en la que se inserta, y no como un simple altruismo si no como una característica inherente a su trabajo. El gestor realiza un gesto. Con lo que sea que diseñe, está señalando algo que él mismo tuvo que ver antes y que consideró digno y/o necesario de su intromisión. El gestor perteneciente a la estructura que fuere, seguro representará otros intereses que por momentos parecerán estar por encima: los intereses propios de subsistencia, los del intendente, los del dueño de una empresa, los del artista que representa, etc; pero por debajo de ello reside lo que la comunidad en la que se encuentra necesita. Si ello no se considera no sólo dejará de tener respuesta lo que la comunidad necesita (a pesar de que muchas veces ella misma no sabe que lo es), si no que cualquier acción derivará en el fracaso: un centro cultural que no estudie a fondo las características del barrio en el que se inserta, pasará desapercibido para los vecinos, nunca será un espacio del se adueñen para compartir momentos con sus familias si lo sienten ajeno a sus vidas. En fin se convertirá en un gran analista, un preguntador empedernido que “unirá los puntos” mirando hacia atrás y los costados para el diseño de lo que viene en frente.

6.2. Lucía Criado (Montevideo, Uruguay) – Preincubadora Trampolín de la Facultad de la Cultura, CLAEH

En el marco del proyecto de egreso de la Licenciatura en Gestión Cultural de la Facultad de la Cultura del Claeh, surge una inquietud por transformar una realidad que pude visualizar en los cuatro años de carrera a través de diferentes experiencias de mis compañeros y las que pude transitar. Se trata de la dificultad que atraviesan los proyectos culturales para alcanzar no sólo la viabilidad, sino también la sostenibilidad. Esto tiene una relación directa con el aspecto económico-financiero de los proyectos pero también con el equipo que lo lleva adelante y cómo este se construye o destruye en el proceso. La reflexión sobre hasta qué punto debemos depender de los fondos públicos y de cómo se puede encontrar un camino para que los proyectos no deban requerir eternamente a esta forma de financiamiento impulsó la creación de Trampolín. Trampolín es una preincubadora para emprendimientos culturales que brinda orientación y herramientas específicas para que personas con ideas que tengan un componente innovador o un valor diferencial puedan transitar la etapa de validación. El fin es contribuir a la generación de emprendimientos que puedan sostenerse en el tiempo. Pretende ser un puente entre la idea y el proyecto, contemplando al equipo y las intencionalidades que lo impulsan, adaptando el proceso de preincubación a las características propias del sector cultural, que convive con lógicas muy distintas a otros sectores que están tradicionalmente más insertos en el ecosistema emprendedor. La investigación desarrollada en el proceso de elaboración de este proyecto de gestión se realizó para validar la pertinencia de la preincubadora como una alternativa para solucionar el problema planteado. Palabras clave: preincubación de proyectos culturales, ecosistema emprendedor, cultura emprendedora.

6.3. Paola Castillo, Universidad de Guadalajara (Chihuahua, México) – Gestión cultural: la luz de una necesidad

Acercarnos a la reflexión en torno al proceso de sistematización de la gestión cultural como parte de su creciente profesionalización, preguntarnos qué es un gestor cultural y de donde nace la necesidad de su actividad, cómo se han ido conformando los programas de estudio así como las disciplinas que han aportado temáticas que sirven para la gestión cultural, es algo de lo que se pretende con esta breve ponencia.

6.4. Román Eduardo Mayorá (Paraná, Argentina) – La experiencia de la Tecnicatura Universitaria en Gestión Cultural Facultad de Ciencias de la Educación, Universidad Nacional de Entre Ríos

En este trabajo narramos la experiencia de la Tecnicatura Universitaria en Gestión Cultural (FCE – UNER). Se trata de una carrera que se dicta desde el año 2016 en Paraná (Entre Ríos, Argentina) en la Facultad de Ciencias de la Educación de la Universidad Nacional de Entre Ríos. Es un proyecto académico pero también de vinculación con el campo cultural local y regional, que en su primera cohorte ha convocado a más de 70 estudiantes provenientes de diversos campos del arte y la cultura (gestión pública, organizaciones civiles, artes plásticas, música, danza, letras, circo, entre otros). En este sentido, la propuesta responde a una demanda concreta de formación universitaria en gestión cultural a nivel regional. La vacancia en cuanto a experiencias previas de formación en la región fundamenta el objetivo de profesionalizar el trabajo de los gestores, que de este modo podrán intervenir activamente en las comunidades de la región con más y mejores herramientas. Al mismo tiempo, la carrera presenta innovaciones pedagógicas en el ámbito institucional en el que se desarrolla, ya que es la primera oferta de formación con cursado bimodal, con clases presenciales y virtuales (a través del campus virtual de la Facultad) en todas las materias. La historia de la institución aporta además su trayectoria en las áreas de conocimiento tradicionales de estudio (en la misma Facultad se dictan las carreras de Educación y Comunicación Social), a lo cual se suman espacios específicos de Gestión Cultural, a cargo de docentes con trayectoria y experiencia en el ámbito local. El trabajo que presentamos en este Congreso, realizado en video por un equipo de docentes que están trabajando en vinculación con la carrera, se desarrolla en tres partes. En primer lugar, el Lic. Juan Manuel Giménez (Secretario de Extensión y uno de los autores del proyecto de la carrera) y el Lic. Román Mayorá (Coordinador Académico de la Tecnicatura) narran el proceso de gestación y los fundamentos políticos y epistemológicos de esta oferta de formación. En un segundo momento, el equipo de Educación Virtual comenta los desafíos y las potencialidades implicadas en la propuesta pedagógica de cursado bimodal (presencial/virtual). Por último, presentamos un relevamiento sobre los perfiles de los estudiantes. Como cierre, docentes y estudiantes de las materias de primer año de la carrera comparten sus impresiones y expectativas respecto a esta propuesta de formación. El objetivo central de este trabajo es compartir la práctica de formación que estamos desarrollando, abriendo el debate para reflexiones y aportes del resto de los participantes del Congreso, lo cual consideramos sumamente enriquecedor para nuestra experiencia.

6.5. Berta Tubillejas Andrés (Valencia, España) – Universidad de Valencia

Desde que, hace más de 10 años, encaminé mis pasos profesionales en la gestión cultural en el sector de la música clásica, he considerado fundamental desarrollarme en cuatro facetas simultáneamente para poder entender mejor el sector en el que me muevo: gestión, arte, investigación y docencia. Mi experiencia me ha enseñado la importancia del método científico de la investigación aplicado en la gestión cultural. Desde un enfoque de marketing, mi especialidad de investigación, la asistencia a actividades culturales se concibe como una actividad, no sólo compuesta por la actividad artística principal, sino también por una serie de servicios complementarios. Todo el conjunto es evaluado por el asistente. Los especialistas defienden una aplicación específica del marketing para la cultura dadas sus especificidades técnicas. Desde que el pionero Kotler (1967), expuso que el marketing es extrapolable a cualquier organización, surgieron otras voces que defendían la necesidad de aplicar un marketing apropiado para el sector de la cultura y las artes escénicas (Fillis 2011). Si bien se realizaron propuestas varias, no es hasta entrada la década de 1980 cuando se propone la idoneidad de los siguientes principios de marketing como principios para desarrollar un marketing especializado en cultura (Searles, 1980): relevancia de la calidad del producto, especialización de la misión del gestor cultural, importancia de las características del consumidor, total compromiso de fondos y personas, dirección de los esfuerzos de marketing a los segmentos de población conocidos y búsqueda de los clientes adecuados al producto cultural. Aplicando la definición de marketing de la AMA (2007) a la gestión cultural, el marketing, como actividad, conjunto de instituciones y procesos para crear, comunicar, distribuir e intercambiar, contribuye en tanto en cuanto genera valor en el servicio para los consumidores, clientes, socios y sociedad en general. El objetivo del marketing cultural es mejorar el valor del intercambio entre la organización y su público generando valor recíproco (Leal y Quero, 2011). Los investigadores en gestión cultural observan la realidad del sector y sus problemas. Aplicando técnicas cuantitativas y cualitativas de análisis de datos, extraen conclusiones fiables a los problemas concretos que se plantean en la gestión, de modo que contribuyen a mejorar el proceso de toma de decisiones. Desde mi caso particular, como conocedora de primera mano del sector y como especialista investigadora, la ponencia que se presenta bajo este título pone de manifiesto la utilidad que la investigación social, desarrollada desde el ámbito científico y académico universitario, proporciona al ámbito profesional de la gestión cultural y mi objetivo es mostrar de un modo sencillo dichas posibilidades.

6.6. Patricia Almeida, Pista>34 Asociación Cultural (Madrid, España) – intransit – www.intransit.es

intransit es una plataforma experimental de apoyo a la creación contemporánea, que ofrece la oportunidad de participar en un programa de formación no reglada a egresados de todas las universidades públicas o privadas españolas. Está dirigida tanto a personas como a colectivos relacionados con los diferentes ámbitos de la creación contemporánea actual (artes visuales, escénicas, musicales, literarias, arquitectura y cultura digital), la investigación, la producción y la mediación. Entre los objetivos principales de intransit se encuentra el generar una comunidad en torno a la creación contemporánea, en la que tomen parte activa tanto creadores como otros agentes culturales (espacios de creación, centros de recursos, residencias artísticas, fab-labs, empresas de innovación artística y social, productores independientes, etc.). El programa formativo que se desarrolla desde intransit, se plantea desde un enfoque post-académico, buscando la activación, la inserción laboral de los egresados universitarios y su profesionalización. Desde el equipo de coordinación de intransit se entiende la cultura como un bien común y, por tanto, se pone el foco en el retorno social de los proyectos seleccionados, así como en la generación de dinámicas de colaboración y co-creación entre los participantes, alejando el programa formativo de valores como la competitividad o el individualismo, que sin ser intrínsecamente negativos, han sido pervertidos por el marco ideológico neoliberal. Después de cuatro ediciones, han pasado por intransit un total de 80 proyectos de creadores y colectivos residentes en el Estado español. Entre el 4 y el 8 de julio de 2016, tendrá lugar #intransit16, que acogerá a 20 nuevos proyectos de creadores emergentes. El programa formativo se materializa a modo de laboratorio y se basa en unos ejes temáticos que articulan las diferentes actividades y están orientados a fomentar la transversalidad entre las distintas disciplinas y prácticas a las que se dirige la convocatoria. Dichos ejes son: trabajo en red, prácticas colaborativas, procesos creativos, movilidad profesional, innovación social y mediación cultural. El laboratorio se plantea como un encuentro en el cual los participantes viven una experiencia intensiva e inversiva de cinco días de duración y se articula a través de un programa de mediación con agentes y actores del ámbito de la creación cultural, facilitando, por medio de actividades dinámicas y performativas y de estrategias de trabajo grupal, un contexto que fomenta la participación y el intercambio de conocimiento. Por otra parte, el proyecto genera un archivo digital concebido como herramienta de registro y difusión de los proyectos intransit, que permite dar visibilidad y permanencia al trabajo de los agentes individuales y colectivos participantes en cada edición y que puede consultarse en www.intransit.es. La plataforma, impulsada por la Universidad Complutense de Madrid y coordinada por la asociación cultural pista>34, se desarrolla en colaboración con entidades públicas y privadas como el Ministerio de Educación, Cultura y Deporte, el Museo del Traje, Injuve, Casa de Velázquez y Mustang Art Gallery.

6.7. Romina Pantoja, Instituto de Estética, Facultad de Filosofía Pontificia Universidad Católica de Chile (Santiago, Chile)

Desde siempre el hombre se ha visto en la necesitad de relacionar gestión y cultura. Este quehacer ha ido evolucionando con los años y se ve en la necesidad de entrar en una discusión, menos intuitiva y más profesionalizante. Hoy un gestor de la cultura debe ser un profesional que domine las herramientas que le permitan ser el medio que une el bien cultural con los consumidores, logrando, en palabras de Toni Puig (2003), “construir sentidos que transformen, dignifiquen, mejoren y humanicen la vida de las personas”. Bajo este concepto es que se basa el trabajo que se propone presentar. El crecimiento del sector cultural, la falta de conocimientos para poder financiar, comunicar evaluar y llevar a cabo proyectos; junto a la falta de comprensión de la cultura en el medio y la importancia que esta tiene en el desarrollo de las naciones, hacen que la profesionalización de la gestión cultural sea cada vez más necesaria. Para trabajar con cultura se debe conocer el contexto en el que ésta se desarrolla, junto con conocer y manejar las tecnologías de gestión. Como no se trata de una simple suma de conceptos, se buscará demostrar que no es a través de una fórmula, sino de un complemento de dichas competencias, que la reflexión puede lograrse a través de una gestión competente, que logre impactar a las comunidades en las que la gestión cultural interviene. La profesionalización en gestión cultural, ha ido en evolución desde una gestión intuitiva hacia la gestión que conocemos hoy, a cargo de profesionales que dominan áreas del conocimiento que permitirán concebir una idea a partir de la observación del medio en el que se mueven, y llevarla a cabo logrando los objetivos que esta idea propone. Se revisará asimismo perfil de un gestor y su trayectoria, a través de ejemplos de casos particulares; y las competencias que debe manejar según sus áreas de especialización, demostrando así la importancia de la formación que han adquirido.

6.8. Ellen de Sant’Ana Meireles, Mário Jarbas de Lima Junior, Secretaria de Cultura de Pernambuco (Recife-Pernambuco, Brasil) – Avaliação da política estadual para formação artística em Pernambuco

É notório o desenvolvimento das políticas culturais no Estado de Pernambuco nos últimos anos, especialmente a partir de 2011, com a criação de uma secretaria independente para a pasta da cultura. Desde então, pôde-se observar uma maior atenção e investimento em áreas que até o momento não eram suficientemente contempladas pelas políticas instituídas, com explícito direcionamento a ações voltadas para a cultura popular, os povos tradicionais e originários. Além disso, foram realizados amplos investimentos em eventos multilinguagens com a reformulação do Festival Pernambuco Nação Cultural. Até 2013 a situação econômica do estado propiciou gastos volumosos em eventos culturais e certo fortalecimento do fundo estadual de cultura, o FUNCULTURA. No entanto, as políticas de formação cultural, especialmente para as artes, não observou o mesmo desenvolvimento. A atual diminuição da arrecadação estadual e o consequente contingenciamento dos recursos orçamentário explicitam a deficiência de uma política focada em eventos em detrimento de ações estruturantes. As ações de formação desenvolvidas pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) – órgão da administração indireta estadual, vinculado à Secult-PE – são pontuais e limitadas aos festivais e alguns ciclos festivos apoiados pela gestão Estadual (Carnaval, Paixões, São João e Natal), à exceção do ciclo formativo para inscrição e prestação de contas para o edital FUNCULTURA, que é anual e itinerante. Atualmente, a política cultural do estado passa por mais um processo de estruturação, com, por exemplo: a reformulação do Conselho Estadual de Política Cultural, através de mudanças em sua legislação que prevê composição paritária a eleição dos conselheiros representantes da sociedade civil; o processo de discussão com a classe artística a respeito da reformulação e ampliação do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) do estado; a composição de um grupo de trabalho interno para elaboração de um diagnóstico da cultura estadual e posterior elaboração do Plano Estadual de Cultura. Entretanto, a despeito de todo o esforço de estruturação da política estadual de cultura, o debate a respeito das políticas de formação para as artes não tem tomado fôlego no âmbito do órgão gestor. As ações de formação, com poucas exceções, não fazem parte de um programa continuado, seus conteúdos não estão articulados à política de cultura estadual, tampouco há avaliação de impacto social dessas ações. A desvinculação do papel da gestão cultural enquanto promotora de educação para a cultura pode, em último caso, comprometer o sucesso das políticas que vem sendo desenvolvidas pela Secretaria. A formação para as artes tem importância não apenas para desenvolvimento de repertório cultural e apreciação artística, mas também é fundamental para o desenvolvimento social e econômico do estado. Neste sentido, o presente trabalho visa avaliar a política de formação da Secult-PE/FUNDARPE sob a perspectiva orçamentária e de conteúdo com o objetivo de propor ações de aperfeiçoamento para o setor a partir das reflexões relativas a estruturação das políticas públicas para a cultura.

6.9. Alberto Araújo Fernandes, Instituto Politécnico de Viana do Castelo (Miranda do Douro, Portugal)

O património cultural (material e imaterial) constitui-se atualmente como um veículo de promoção territorial de inegável valor. A sua preservação, promoção e rentabilização estão presentes na generalidade das estratégias de desenvolvimento regional. Esta importância, além do valor cultural que lhe está implícito, resulta também num valor económico derivado principalmente da rentabilização turística de que é alvo. O património cultural mirandês é composto por uma diversidade de bens incorporando caraterísticas como a singularidade, autenticidade e unicidade que o definem enquanto referente da identidade cultural mirandesa e que o diferenciam e valorizam enquanto produto cultural. A economia da cultura, fortemente impulsionada pelas indústrias culturais e criativas, é uma área disciplinar cada vez mais presente em artigos e estudos que justificam e conduzem a definição de políticas culturais. Não existindo nenhum estudo relacionando a economia da cultura e o património cultural mirandês, este trabalho visa discorrer sobre a sua valoração e impactos que este provoca na economia local. Neste trabalho faz-se um levantamento dos métodos de valoração, nomeadamente a técnica das preferências declaradas (disponibilidade a pagar para a qual foram realizados questionários a residentes no município de Miranda do Douro) e a técnica das preferências reveladas (método do custo de viagem para a qual foram realizados questionários a visitantes de 6 bens integrantes do património cultural mirandês: o Museu da Terra de Miranda, a Concatedral de Miranda do Douro, o Cruzeiro Ambiental do Douro Internacional, a gastronomia local, o Festival L Burro i l Gueiteiro e o Festival Intercéltico de Sendim). Com esta investigação preliminar pretende-se abrir o caminho para um tema cada vez mais atual bem como para a necessidade de trabalhos mais exaustivos relativos a esta matéria, permitindo com os dados obtidos uma maior consciencialização na definição, planeamento, implementação e monitorização de políticas culturais por parte dos seus representantes nacionais, e principalmente locais. No entanto, é também necessário um debate mais alargado sobre a construção de indicadores que possam suportar de forma harmonizada todo esse volume de informação estatística a nível europeu. Este é um trabalho desenvolvido num âmbito local funcionando como caso de estudo a ter em atenção!

]]>
https://baixacultura.org/2016/07/19/congresso-gcultural2016-trabalhos-selecionados/feed/ 0
Guerrilha da comunicação https://baixacultura.org/2015/11/29/guerrilha-da-comunicacao/ https://baixacultura.org/2015/11/29/guerrilha-da-comunicacao/#respond Sun, 29 Nov 2015 15:07:33 +0000 https://baixacultura.org/?p=10536 Seria a melhor subversão a alteração dos códigos em vez da destruição destes? Partindo dessa ideia, de algumas leituras e da documentação ao longo dos anos de ações “guerrilheiras” de comunicação aqui no Baixa, é que nasceu a oficina de Guerrilha da Comunicação. 

A ideia da oficina é a de apresentar teoria e prática de táticas de comunicação de guerrilha, dos nomes fake à produção de notícias falsas, passando pelo subvertising (propagandas anti­consumo com símbolos do capitalismo), cut­-up, happenings, eventos falsos e outras práticas agrupadas na ideia de artivismo.

subvertising2

Realizamos uma primeira versão da oficina no Festival #Hashtag, em Ribeirão Preto – SP, em julho deste ano. Tratamos de apresentar ideias, exemplos e causos utilizados por coletivos que já falamos bastante por aqui, como osAdbusters, Wu Ming, Luther Blisset, Provos, BaixoCentro, e táticas como as de distanciamento, sobreidentificação, happenings, snipers (os franco-atiradores semióticos), nomes coletivos, fakes, entre outras. A partir de um fato da época na cidade, fizemos um happening chamado “Partida De Futebol Mais Rápida do Mundo”, registrado em imagens aqui e neste vídeo, editado pelos participantes da oficina.

florian-riviere-5

Fizemos (assim como na primeira, em parceira com o Fotolivre.org) uma segunda versão da oficina em novembro, junto ao Centro de Mídias Populares, com a equipe do núcleo de produção multimídia e para internet do Brasil de Fato. De menor tempo de duração, desta vez fizemos um apanhado das táticas apresentadas anteriormente e trouxemos mais exemplos, de situações mais cotidianas e fáceis (como os memes) à casos históricos do hackativismo, como o caso Dow Ethics, do Yes Men, e o Eletronic Disturbance Theater, ação do Critical Art Ensemble em apoio aos zapatistas.

Ao final, dividimos em grupo os cerca de 30 participantes dos mais variados países da américa latina (contamos gente de Cuba, Venezuela, Argentina, Uruguai, Colômbia, Bolívia e Chile) para propor ações guerrilheiras em suas realidades. A agilidade dos memes foi uma das táticas escolhidas e consta que alguns deles já estão circulando pelas redes… Confira abaixo fotos das oficinas e, por fim, o pdf (mais de 40 páginas!) com a apresentação utilizada na oficina.

IMG_0097 IMG_0090 IMG_0082 IMG_0086 IMG_0080 IMG_0072 IMG_0066

Apresentação Guerrilha SP

Referências teóricas da oficina:
BLISSET, Luther. Guerrilha Psíquica. Sao Paulo, Conrad, 2001.
BLISSET, Luther. BRÜNZELS, Sonja. Como acabar con el mal: manual de guerrila de la comunicación. Vírus Editorial; Barcelona, 2000.

**

Imagens: Nike Boy (Adbusters), Subertising, Florian Riviere. 

]]>
https://baixacultura.org/2015/11/29/guerrilha-da-comunicacao/feed/ 0
Invasão hacker de guerrilha no interior paulista https://baixacultura.org/2015/07/24/invasao-hacker-de-guerrilha-no-interior-paulista/ https://baixacultura.org/2015/07/24/invasao-hacker-de-guerrilha-no-interior-paulista/#respond Fri, 24 Jul 2015 12:34:34 +0000 https://baixacultura.org/?p=10297 IMG_8164

De 16 a 19 de julho, participamos da 1º edição do Festival #Hashtag, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Produzido pelo Sesc Ribeirão Preto, o festival trouxe à cidade da boa cerveja Colorado (e seu bar de cervejas artesanais, o Cervejarium) ações de cultura digital: oficinas, debates e palestras, culminando com a Invasão do Ônibus Hacker em dois parques locais no final de semana.

IMG_8022

A primeira oficina foi a de Cultura livre: criação, pirataria e direito autoral na era digital. Mais uma fala do que propriamente uma oficina, tratou de discutir tópicos que abordamos aqui na página, do remix ao copyleft, passando (e focando) no software livre e no status quo do direito autoral hoje, com a internet a chacoalhar as estruturas daquilo que foi criado lá em 1710, com o Statute of Anne, como o Wu Ming nos conta em “Notas sobre copyright e copyleft II“. Foi uma versão atualizada e remixada das oficinas de pirataria que já fizemos algumas vezes no próprio Ônibus Hacker, a primeira em 2012. Já a apresentação utilizada como base é a mostrada nas referências da disciplina de Ciberativismo e Cultura Livre, na Unisinos.

É uma oficina que funciona como um panorama das últimas questões ocasionadas pelas transformações na cultura a partir da internet. Por conta disso, aborda diversos assuntos sem adentrar muito em cada um deles – precisaríamos de dias, talvez até semanas, pra tentar explicar como funciona em minúcias o direito autoral, a citação ou o plágio criativo, para citar três exemplos. Também em função disso, é uma conversa que conta com a participação do público: quase todo mundo tem uma opinião, uma experiência ou uma dúvida para falar sobre a criminalização do download, plágio na música, as vanguardas anticopyright ou o software livre, para citar temas que foram motivos de debate com as cerca de 15 pessoas que participaram da oficina na sala de internet livre, no centro de Ribeirão.

foto hashtag me poe na boa

IMG_8046

A segunda oficina que participamos no #Hashtag foi uma estreia: Guerrilha de Comunicação. Tratamos de apresentar ideias, exemplos e causos utilizados por coletivos que já falamos bastante por aqui, como os Adbusters, Wu Ming, Luther Blisset, Provos, BaixoCentro, e táticas como as de distanciamento, sobreidentificação, happenings, snipers (os franco-atiradores semióticos), nomes coletivos, fakes, entre outras. [Confira aqui a apresentação que fizemos]. A partir daí, conversamos sobre que situações e táticas poderíamos aplicar no final de semana, quando o Ônibus Hacker estaria com sua invasão na cidade. Levantamos informações sobre o que ocorreu recentemente em Ribeirão Preto e dois fatos gritaram por alguma ação guerrilheira-ativista: a eminente expulsão de moradores da comunidade João Pessoa para o aumento do aeroporto da cidade, Leite Lopes; e o recente aumento do salário de vereadores em 26%, combinado com a aprovação de um PL que assegura a correção anual do salário dos edis; até então, essa correção era de quatro em quatro anos.

Discutimos sobre que ação seria possível de por em prática em um final de semana. Foi o momento de brainstorming a partir dos exemplos vistos na oficina: a pintura das ruas na abertura do BaixoCentro, o vídeo das Olimpíadas de Santa Tereza feito pela Mídia Ninja/Casa Coletiva, a notícia (falsa?) da construção de um condomínio em pleno parque da Redenção, em Porto Alegre, entre outros. Eis que decidimos por uma ideia: produzir uma partida de futebol de 27s – o absurdo tempo que durou a sessão que os vereadores de Ribeirão Preto aprovaram a correção anual de seus salários – com, de um lado, o time dos que votaram a favor, 17, segundo contagem inicial; e do outro os 5 que votaram contra. Ficou decidido que usaríamos máscaras de todos os edis e teríamos uma narração como a de futebol no rádio. Fechados nessa ideia, combinamos de organizar tudo junto da invasão hacker e da oficina de Produção Cultural de Guerrilha, que a produtora Evelyn Gomes conduz faz alguns anos.

IMG_8068


img_8063

Optimized-IMG_8076

No sábado, a invasão hacker foi no parque Tom Jobim, um amplo e desconhecido local situado na periferia de Ribeirão Preto, achado só via Open Street Maps (e não no Google Maps, sabe-se lá porquê). Lá, sob um sol forte e um calor (25Cº) seco, saíram oficinas como as de animação em stop motion, construção de composteira de balde, eletrônica para pequenos, costura de legumes de pano, multimídia livre (alternativas em software livre para edição em vídeo e áudio), entre outras num dos cardápios mais variados de oficinas que o Ônibus Hacker já ofereceu em seus 5 anos de existência. O público, predominantemente infantil, foi intenso especialmente na de eletrônica com Luis Leão, que contou com a ajuda de vários Makey Makey Littlebits pra ajudar a criançada a entender a comunicação eletrônica dos objetos, e na de costura hacker, com Fabrício Zuardi, que ficou praticamente a tarde inteira sentado ao redor de uma mesa com uma máquina de costura lidando com as crianças e suas tentativas de fazer cenouras e tomates de pano, além de ensinar alguns pontos básicos de crochê.

Entre estas outras oficinas ocorridas no sábado, a de produção cultural de guerrilha reuniu parte do grupo da oficina que oferecemos no dia anterior + alguns interessados novos. Nos sentamos em círculo ao redor de Evelyn e um flipchart com palavras-chaves relacionadas a produção cultural: evento, logística, barulho, lixo, ocupação, pessoas, rua. Ela foi fazendo algumas perguntas básicas, como que é cultura e o que é guerrilha, e a partir daí discutimos que ação poderíamos fazer na rua, no dia seguinte, domingo, junto do 2º dia da invasão hacker. Optamos pela ideia da partida de futebol dos vereadores, já conversada antes, e combinamos os detalhes da produção para acontecer no parque Dr. Luis Carlos Raya, localizado num bairro de classe média-alta da cidade e reduto eleitoral de alguns dos vereadores que votaram a favor do aumento dos salários.

Além das atividades do ônibus, o parque também teve contação de história e um sarau comandado por Tiago Chapolin, agitador cultural da cidade. Ribeirão, assim como São Paulo e outras tantas cidades no país, tem visto florescer uma cena forte de saraus em que a literatura se mistura ao rap, ao ativismo contra o extermínio negro nas periferias e à poesia, pura e simples. Foi dando esse tom que o sarau no parque Tom Jobim encerrou as atividades do primeiro dia.

Optimized-IMG_8086

Optimized-IMG_8088

Optimized-IMG_8090

foto hashtag makey

Criançada com littlebits na oficina de Eletrônica

Optimized-IMG_8099

Optimized-IMG_8101

foto hashtag sarau

O domingo de invasão começou com um café da manhã tardio. Por volta das 13h, com o sol a pino, é que a maior parte dos participantes da invasão chegou ao local, uma antiga pedreira com um belo gramado, um lago e muitos patos. Vale dizer: fomos a pé (alguns de táxi) pois o Busão estava na oficina para conserto do alternador e da ré, estragadas no dia anterior, situação que rendeu um empurra coletivo já à noite para manobrar no parque sem precisar dar ré. O que seria do Ônibus Hacker sem as quebradas rotineiras, não? Uma equipe que acompanhou a viagem inteira do Busão gravou as imagens dos empurrões (e tropeções) no escuro para um documentário sobre o ônibus, que está sendo produzido via edital Jovem Doc.

As oficinas de domingo seguiram o amplo e diverso cardápio do dia anterior: origami, lambe-lambe, descartografia (com oferenda à Pachamama numa árvore do parque, a cargo do EcoaEcoa Coletivo) além da repetição da de costura hacker/crochê, sucesso de público da invasão, uma roda de conversa sobre segurança na rede e algumas instantâneas que não deu pra saber que estavam acontecendo. São tantas oficinas possíveis/realizadas (reza a lenda que já ocorreu até uma “oficina de conchinha”, numa viagem mais longa ao Uruguai) que uma piada interna metalinguística comum no Ônibus é a de que tem que acontecer uma “oficina de oficinas” coletiva.

Assim como dia anterior, a Rádio Hacker funcionou no sistema de som levado pelo SESC e também num dial FM ao redor do parque, num raio de 1 a 4 KM, através de um transmissor (livre) que o Ônibus carrega desde 2011. Tiago Luan (vulgo Tuiuiu) pilotou a rádio com música, chamadas pras oficinas e algumas entrevistas rápidas. Foi a partir dela que se deu a convocação para ação do futebol dos vereadores- chamada “A Partida De Futebol Mais Rápida do Mundo”: precisávamos de 22 participantes para dividir os times entre os que votaram a favor e contra o aumento dos salários.

Jogar futebol num parque com um belo gramado num domingo de sol a tarde parece convidativo, então dezenas de pessoas (a maioria, novamente, de crianças) se apresentaram para o jogo. Fizemos as máscaras dos vereadores a partir das imagens do jogo “Cara a Cara”, produzido pelo Labhacker de SP e distribuímos conforme a votação: 17 pra um lado, 5 pro outro. Produzimos um texto de apresentação da ação, para ser lido logo antes da narração da partida – que acabou ficando a cargo do próprio presidente da Câmara de Vereadores, Walter Gomes, com surpreendente traquejo de narrador, no vídeo transmitido pela TV Câmara (e disponível no Youtube) no dia da votação; simulamos duas traves a partir de cones e canos e um cronômetro, para marcar os 27s, numa TV grande ligada a um computador. Antes de começar, um participante da oficina, que esteve desde sexta feira de Guerrilha, apresentou a escalação de cada um dos jogadores/vereadores. Estava pronto o cenário pro happening.

Mas na hora da partida, é claro que tantos elementos “organizados” penderiam para o caos. E assim foi: a divisão dos times não se deu exatamente como na votação, e logo no início da partida dois “jogadores” saíram correndo com a bola pra um lado levando a marcação e praticamente todos os outros jogadores juntos, enquanto Walter Gomes narrava como um locutor esportivo nos alto-falantes o nome do projeto em votação. Uma cena nonsense que lembrou o famoso Futebol dos Filósofos do Monthy Phtyon, uma referência também mostrada na oficina. Quando bateram os 27s de partida, com o presidente da câmara na narração gritando “Aprovado!”, alguns dos jogadores se surprenderam: “ahhh, já acabou? só isso?”. Um menino, que havia insistido para ficar no time dos contrário ao aumento, falou: “mas não é justo! quero jogar um jogo justo”.

Ainda que bastante caótica, a ação funcionou como um “erro-experimento” de guerrilha a partir da técnica de criação de eventos para ressaltar o absurdo de uma situação real parodiada. E só aconteceu, mesmo que com vários “erros” de primeira vez, com a participação efetiva de muita gente, da oficina na sexta ao Ônibus Hacker no final de semana. Parece ser cada vez mais necessário, no mundo-vasto-mundo de informações da internet, por em prática uma ideia, mesmo que uma ainda em fase experimental e não acabada, do que ficar matutando uma ideia genial por meses e não conseguir por ela em prática.

No final da invasão, já a noite, ainda rolou a oficina pública de orçamento, em que Pedro Markun convidava os participantes a dividir o orçamento de sua cidade ideal conforme as pastas reais de uma cidade brasileira: educação, saúde, meio ambiente, cultura, legislativo, etc. Funciona como um jogo de tabuleiro: cada grupo escolhe quantos pontos vai para cada pasta, de um máximo total estimado do orçamento municipal. Depois, a distribuição do orçamento da cidade ideal foi confrontada com a de Ribeirão Preto, e com algumas discrepâncias notadas (por ex: a destinação para educação foi menor na ideal do que na Ribeirão Preto) vai se detalhando como funciona a distribuição de recursos públicos em um município. É uma ótima forma de aprender política jogando.

E, ufa, antes das 5h de viagem Ribeirão-Campinas-SP ainda teve uma nova roupa nova pro ônibus, a cargo dos grafiteiros Lelin, Lola e Brô.

Optimized-IMG_8125
Optimized-IMG_8123

Optimized-IMG_8259

Optimized-IMG_8160

Optimized-foto hashtag de cima

Optimized-IMG_8251
Optimized-IMG_8156

Optimized-IMG_8270
Optimized-IMG_8313

Fotos: Sheila Uberti (1,2,4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 22, 23, 24)
Me põe na boa (3, 11, 14), Raul Costa (20) Mais fotos aqui.

P.s (atualização 26/7): Fotos da “Partida De Futebol Mais Rápida do Mundo”, pelo coletivo Fuligem. Na sequência, os dois times escalados (1 e 2) e a partida (3 e 4). E o vídeo-registro, editado pelos participantes da oficina.

futebol hashtag ribeiraofutebol hashtag ribeirão 2futebol hashtag ribeirao 3futebol hashtag ribeirao 4

]]>
https://baixacultura.org/2015/07/24/invasao-hacker-de-guerrilha-no-interior-paulista/feed/ 0
[Oficina teórico-prática] GUERRILHA DA COMUNICAÇÃO (4 a 6h) https://baixacultura.org/2015/05/25/oficina-teorico-pratica-guerrilha-da-comunicacao-4-a-6h/ https://baixacultura.org/2015/05/25/oficina-teorico-pratica-guerrilha-da-comunicacao-4-a-6h/#respond Mon, 25 May 2015 04:12:32 +0000 https://baixacultura.org/novo/?p=14535

Seria a melhor subversão a alteração dos códigos em vez da destruição destes? Partindo dessa ideia, de algumas leituras e da documentação ao longo dos anos de ações “guerrilheiras” de comunicação aqui no site, é que nasceu a oficina de Guerrilha da Comunicação. A proposta da oficina é a de apresentar teoria e prática de táticas de comunicação de guerrilha: distanciamento, sobreidentificação, happenings, snipers (os franco-atiradores semióticos), subvertising (propagandas anti­consumo com símbolos do capitalismo), cut­-up, happenings, eventos eventos falsos e outras práticas agrupadas na ideia de artivismo. Nomes como Adbusters, Critical Art Ensemble, Wu Ming, Luther Blisset, William Burroughs, Stewart Home, En Medio, Espai in Blanc Provos e BaixoCentro são algumas das referências da oficina.

Veja um resumo das 3 edições abaixo: 

Publicações

]]>
https://baixacultura.org/2015/05/25/oficina-teorico-pratica-guerrilha-da-comunicacao-4-a-6h/feed/ 0
Pormenores da cultura livre latino-americana https://baixacultura.org/2013/06/12/pormenores-da-cultura-livre-latino-americana-1/ Wed, 12 Jun 2013 15:21:11 +0000 https://baixacultura.org/?p=9746 cultura libre 1

Passou mais de uma semana, e o relato do congresso de Cultura Livre realizado no final de maio em Quito, no Equador, tardou mas vem agora.

A ideia do congresso, que realizou sua 2º edição e teve organização de FlacsoUnesco y Radialistas, era de gerar  “un espacio de debate e intercambio de experiencias sobre el acceso universal al conocimiento, la creación artística y cultural, la gestión de la cultura, el uso de las tecnologías abiertas y libres, la producción colectiva, el acceso abierto a producciones científicas, el uso de licencias alternativas, los nuevos modelos pedagógicos y las ventajas para la ciudadanía”.

Sem puxa-saquismos, mas foi isso que realmente aconteceu. Já foi importante só o fato de juntar gente de toda a América Latina para trocar experiências sobre iniciativas de cultura, software e mídia livre. Em determinado momento, contei estar em mesas/rodas com gente de Argentina, Uruguai, México, Colômbia, Venezuela, Perú, Chile, Bolívia, Espanha, além de Equador. Foi bom de ver que há gente por toda a região com iniciativas interessantes nesta área.

cultura libre 6

Como são muitas as coisas a se falar, vou dividir o relato em dois, de acordo com os dias do evento. O de hoje vai sobre cultura livre, tema do 1º dia, e educação aberta e repositórios livres ficam para a semana que vem.

A quinta feira de congresso teve uma programação diversificada, que conseguiu intercambiar este “mundo novo” (nem tão novo assim) da cultura livre sob a perspectiva dos já iniciados e dos que não conheciam. A conferência de abertura foi “Gestión pública de la cultura en tiempos digitales, a cargo de Jorge Gemetto y Mariana Fossatti, de Ártica Centro Cultural 2.0. Mostraram bastante exemplos de iniciativas de cultura digital, das quais cito LaLulula.tv, “uma curadoria de videos para compartir” bastante interessante organizada por um artista argentino, La Exposición Expandida, uma proposta oriunda da Espanha de ampliar uma exposição tradicional de arte para os blogs e redes sociais, e o “Tiranos Temblad“, canal no Youtube com resusmos bem humorados dos acontecimentos uruguaios da semana.

cultura libre 4

Jorge y Mariana de Artica

O trabalho do Ártica é diversificado: oferecem cursos online dos mais diferentes, de WordPress para projetos culturais a iniciação a pintura digital, além de consultorias de gestão de conteúdos e vendas de produtos culturais na web, dentre outros que não cabem nesse post.  Não tem uma sede fixa, mas em tempos de redes distribuídas isso não é empecilho para fazer uma série de trabalhos importantes. Funcionam na prática o que se identificam em conceito: ser um centro cultural 2.0.

Na sequência da programação, rolaram três painéis simultâneos, com vários convidados cada um: “Propiedad Intelectual y Cultura Libre”, “Iniciativas artísticas y culturales Libres” y “Cultura, Diseño, Música y Audiovisuales con Hardware y Software Libre”. Eu participei do segundo e me surpreendi com algumas falas, especialmente a do equatoriano Diego Morales Oñate, que relacionou a cultura livre com os fanzines – foi bom ver que não somos os únicos a pensar que há uma estreita ligação entre as duas partes, relação que fizemos ao chamar o Zinescópio para participar do dia da cultura livre na Casa da Cultura Digital Porto Alegre.

Coffe break disputado

Coffe break disputado

Diego me apresentou também “La minga“, uma antiga tradição andina, especialmente dos altiplanos peruanos e equatorianos, de trabalho colaborativo comunitário com fins de utilidade social. É uma atividade que está na pré-história do trabalho colaborativo e que vem sido resgatada com as novas possibilidades de colaboração via rede, junto com o mutirão brasileiro, do ayni andino e do tequio mexicano, entre outras práticas que colocam a américa latina como precursora do mundo 2.0, como aponta e lista Bernardo Gutierrez nesse artigo.

Outro destaque desse painel foi a fala de Simona Levi, importante ativista baseada na Espanha, que citou diversas iniciativas da qual faz parte, como o FC Fórum – fórum de acesso ao conhecimento – e o X-net, do singelo slogan: “internet libre o barbarie”. Simona encerrou com uma convocação a batalha contra o copyright: “acabou a lógica da propriedade, estamos na lógica do acesso“.

Depois do recesso do meio dia, três conversas paralelas foram realizadas no evento: “Proyectos artísticos en Copyleft”, “Arte y crowdfunding” y “Nuevos modelos de negocio y competencias y su relación con la CL”. Participei de uma roda enxuta mas produtiva sobre arte e crowdfunding, que foi interessante também por apresentar diversos sites de crowdfunding em língua castelhana: Goteo.Org, plataforma baseada na Espanha bastante conhecida e 100 % aberta; Idea.me, a mais difundida na américa latina; Kifund, focada em projetos audiovisuais; e Verkami, para projetos criativos/artísticos.

cultura libre 5

Talles de arte y crowdfuding

Deu para sacar que o crowdfunding é visto o como uma novidade grande – e, portanto, é visualizado com relativa desconfiança em alguns países da região, especialmente o Equador: “aqui não dá certo”, “como fiscalizar o dinheiro doado?” foram algumas das perguntas ouvidas. Falei de algumas experiências que tive com as plataformas brasileiras, sobretudo o Catarse.me, e disse que por aqui o financiamento coletivo tem cada vez mais se consolidado na área cultural, principalmente como estratégia de venda antecipada – citei casos como o de Vitor Ramil no Traga seu Show, Nei Lisboa no Catarse, além dos que participei mais proximamente, como as 3 vezes do BaixoCentro e o Ônibus Hacker. Fiquei com a impressão de que o Brasil está na ponta de lança nessa seara aqui na américa latina.

Ao final do dia, este que vos fala teve a honra de fazer uma charla sobre “Creación y difusión cultural en la era hacker” – aqui tem a apresentação pra baixar. Fiz um balanço de algumas iniciativas que participo ou participei, caso de Casa da Cultura Digital, BaixoCentro, Ônibus Hacker, além do BaixaCultura. Apontei também os princípios da ética hacker e como eles, na minha visão, tem influenciado alguma coisa destes trabalhos todos. Ao fim, mostrei algumas fotos e um vídeo do BaixoCentro (o da abertura) para ilustrar um pouco da ideia de que a cultura hacker está presente para além dos dispostivos tecnológicos – também está nas ruas, para “hackear las calles”, como disse em portunhol.

Yo e Santiago García, dos Radialistas, coordenador do evento.

Yo e Santiago García, dos Radialistas, coordenador do evento.

A parte final da apresentação, da cultura livre nas ruas, foi a que me rendeu mais perguntas ao fim. Em conversas posteriores, tive a impressão de que os movimentos da sociedade civil – como o BaixoCentro, a Marcha das Vadias e os recentes organizados em função dos aumentos das passagens de ônibus – e a sua atuação “apartidária”, organizada sem hierarquias (muito) aparentes e com a intenção de ocupar as ruas e reinvindicar seus direitos, são o que de mais forte o Brasil tem apresentado para a latino-américa. Ou, pelo menos, o interessante parece ser a relação destes movimentos com a cultura livre, caso específico do BaixoCentro e nem tanto dos relacionados aos outros aqui citados.

Ainda fui entrevistado pelo El Comércio, jornal de maior tiragem do Equador, na segunda seguinte ao evento. Teve alguns erros de lugares (citaram São Paulo, sendo que hoje estou em Porto Alegre), algumas atropeladas em respostas – colocar o que falei sobre o BaixoCentro numa pergunta sobre propriedade intelectual. Mas não é fácil organizar informações sobre tantas coisas distintas em uma entrevista curta de jornal, então até que não foi de todo mal. Em geral, falei o que falo sempre por aqui: “La originalidad está más ligada a cómo se organizan las cosas que a la creación de una idea única“.

[Leonardo Foletto]

P.s: As apresentações feitas durante todo o evento estão disponíveis aqui. E mais relatos sobre o congresso tem com os uruguaios de Artica e com o peruano Juan Arellano, editor do Global Voices na América Latina.

P.s 2: Sobre Crowdfunding no Brasil, vale a pena ver este mapeamento colaborativo das ferramentas brasileiras com mais de 30 iniciativas.

As fotos são do Flickr do Congresso, por Carlos Vizuete y Beatriz Elguero.
]]>
Ciclo copy, right? em São Paulo https://baixacultura.org/2012/06/08/ciclo-copy-right-em-sao-paulo/ https://baixacultura.org/2012/06/08/ciclo-copy-right-em-sao-paulo/#comments Fri, 08 Jun 2012 14:49:53 +0000 https://baixacultura.org/?p=6739

Desde meados de 2011 estavámos por fazer um ciclo de filmes sobre cultura livre em São Paulo, nos moldes que organizamos nas duas primeiras edições em Santa Maria (1º aqui, e 2º aqui).

Eis que temos o prazer de dizer que finalmente o ciclo vai sair por aqui, no Centro Cultural da Espanha e na Matilha Cultural, ambos lugares bem interessantes e que, junto com os parceiros desde que chegamos em terras paulistas da Casa da Cultura Digital, toparam a empreitada de discutir cultura livre em pleno coração da megalópole paulistana.

A ideia do ciclo é promover a exibição, difusão e discussão de filmes/conceitos/ideias/práticas relacionados a cultura livre. Algo que temos tentado fazer desde que esta página surgiu, em setembro de 2008.

Tentamos escolher produções que tratem da questão da propriedade intelectual, da cultura remix, do software e hardware livre – e que, de preferência, não tenham sido passadas nas outras edições; mas vamos repetir “RIP – A Remix Manifesto” por já ser uma espécie de “clássico”, e também porque teremos a presença de Brett Gaylor, diretor do filme, falando por videoconferência.

Para o debate posterior em cada dia de ciclo, pensamos em pessoas que trabalham, discutem ou vivenciam intensamente este admirável mundo das tecnologias digitais e suas implicações sociais e políticas na vida cotidiana.

A abertura ocorre dia 12 de junho, às 19h, no Centro Cultural de Espanha, com a exibição de “¡Copiad, Malditos! – Copyright (or right the copy)” (2011, 58min), dirigido Stéphane M. Grueso – documentarista espanhol, diretor da Elegant Mobile Films e integrante do movimento 15M – em parceria com a RTVE, televisão pública da Espanha.

O filme é uma investigação sobre os direitos autorais no mundo digital tendo por base três perguntas simples: o que é propriedade intelectual? Até que ponto pode se possuir uma ideia? Que direitos se emanam dessa propriedade? Finalizado em 2011, “¡Copiad” foi o primeiro filme licenciado sob uma licença livre (Creative Commons – CC BY-NC) a passar na TV pública espanhola.

Em fevereiro deste ano, falamos do Copiad!, depois de ter visto Stéphane falar no Conexões Globais. Escrevemos o seguinte sobre os “extras” do filme – que, aliás, mais do que um filme, é um projeto multimídia completo, a começar pelo site:

Um capítulo a parte sobre o projeto são os “extras” que o blog traz. São três séries de vídeos que os produtores resolveram “deslocar” do documentario original e ampliar seu contexto. O primeiro são as íntegras das entrevistas realizadas, com gente de todos os lados: de Richard Stallman a Simone Bosé, representante da EMI Iberia, de Javier de La Cueva (um dos primeiros advogados a defender juridicamente o copyleft na Espanha) a Pilar Reyes, diretora editorial da Alfaguara, de Blás Garzon (da editora Traficante de Sueños, que editou o Manual do Copyleft) a Antonio Guaisasola, presidente da Promusicae (productores de música de España), dentre mais outros que falam no Doc. Todas as entrevistas podem ser baixadas, via Archive.org.

Outro extra presente no blog é uma espetacular compilação de respostas a singela pergunta: para você, o que significa a palavra “copiar”? As mais de 40 respostas curtas, algumas com menos de 30 segundos, foram retiradas das entrevistas realizadas para o filme e mostram o quanto as pessoas podem pensar diferente sobre uma coisa aparentemente simples.

Após e exibição do filme, o diretor Stéphane M. Grueso participará de um debate, por videoconferência, sobre produção audiovisual em cultura livre e as diferenças e semelhanças entre Brasil e Espanha nessa seara. Para conversar com o diretor espanhol e trazer experiências do lado brasileiro, estará Rafael Frazão, integrante da Casa da Cultura Digital, sócio da produtora Filmes para Bailar e um dos realizadores de “Remixofagia – Alegorias de uma Revolução”.

Outra novidade desta 3º edição do ciclo é a Feira do Compartilhamento. No último dia do evento, com a ajuda inestimável da comunidade Transparência Hacker (especialmente dos Pedros, Markun e Belasco, e do Tiago Cardieri) vamos promover uma feira de troca de arquivos, a partir das 16h até o encerramento da exibição e dos debates – nos moldes da que rolou no BaixoCentro (foto).

Uma estrutura montada com um HD externo, um roteador e um HUB com entradas USB facilitarão a troca de arquivos digitais presencialmente: basta levar seu HD, Notebook, pendrive e escolher o arquivo a compartilhar ou copiar. A intenção é poder reproduzir o ambiente de troca de arquivos comum na rede também presencialmente. Vale lembrar que todos os seis filmes exibidos no ciclo estarão disponíveis para compartilhar neste HD, que ficará com um dos facilitadores da feira.

Detalhamos os outros 3º dias de programação quando estivermos mais próximos deles. Confira aqui abaixo a programação completa:

Ciclo copy, right?

Exibição seguido de debates de filmes sobre cultura livre. Grátis (claro)

Abertura
12 de junho
19h – “¡Copiad, Malditos! (2011, 58 min)
“Produção audiovisual em cultura livre: Brasil X Espanha”
Stéphane M. Grueso (diretor do filme, videoconferência) e Rafael Frazão (Casa da Cultura Digital, Filmes para Bailar). Mediação: Leonardo Foletto (BaixaCultura, Casa da Cultura Digital, curador/produtor do ciclo).
Local: Centro Cultural de Espanha (Av. Angélica, 1091, Higienópolis – São Paulo).

16 de junho
16h30 – “Patent Absurdity” (2010, 28 minutos), “Arduíno: o documentário” (2011, 28 minutos).
“ Hardware & software livre: cultura e cidadania P2P”
Rodrigo Rodrigues (Garoa Hacker Clube, MetaMáquina) e Bernardo Gutierrez (Future Media, 15M Espanha).
Local: Matilha Cultural (Rua Rêgo Freitas, 542, República – São Paulo)

23 de junho
16h30 – “RIP: A Remix Manifesto” (2009, 86 min.)
Cultura remix, RIP & direito autoral: 2009-2012
Brett Gaylor (diretor do filme, videoconferência) e Pedro Markun (Casa da Cultura Digital, Esfera e Transparência Hacker). Local: Matilha Cultural (Rua Rêgo Freitas, 542, República – São Paulo)

26 de junho
19h – “Remixofagia – Alegorias de uma Revolução” (2011, 16 min) e “Ctrl-V – Video Control”, (2011, 53 min.)
“Produção e políticas públicas em cultura digital”
Rodrigo Savazoni (Casa da Cultura Digital, Festival CulturaDigital.br) e Leonardo Brant (Cultura e Mercado, Empreendedores Criativos).
Local: Centro Cultural de Espanha (Av. Angélica, 1091, Higienópolis – São Paulo).

Feira do Compartilhamento

26 de junho
16h até terminar o debate
Local: Centro Cultural de Espanha (Av. Angélica, 1091, Higienópolis – São Paulo).

]]>
https://baixacultura.org/2012/06/08/ciclo-copy-right-em-sao-paulo/feed/ 9
Efêmero Revisitado no RS + Virada Digital https://baixacultura.org/2012/05/08/efemero-revisitado-no-rs-virada-digital/ https://baixacultura.org/2012/05/08/efemero-revisitado-no-rs-virada-digital/#respond Tue, 08 May 2012 10:24:03 +0000 https://baixacultura.org/?p=6604

Eis que depois de alguns meses de molho, o “Efêmero Revisitado” volta a circular por estas bandas.

Desta vez, é por conta do lançamento do livro no Rio Grande do Sul. A primeira parada é amanhã, 9/5, novamente em Santa Maria, mas desta vez na Feira do Livro 2012, na praça Saldanha Marinho, em pleno coração do coração do Rio Grande.

Às 19h30, faço algumas “conversas sobre teatro e cultura digital” no espaço Livro Livre, em bate papo com André Galarça, ator formado pela UFSM e integrante do Teatro Por que Não?, de Santa Maria. Muita gente pode estar se perguntando “mas denovo?”, porque houve um lançamento no início de 2012 em Santa Maria, no SESC local (como pode-se ver na foto abaixo).

Conversa/lançamento do “Efêmero” em Janeiro, no Sesc Santa Maria

Apesar do bom público e da boa impressão (pelo menos pra mim) do evento de janeiro, o contexto agora é outro (a feira do livro), o lugar é diferente (na praça central da cidade), a conversa vai variar um tanto e o público, imagino, também será distinto.

De qualquer forma, pra mim vai ser muito lindo estar lançando um trabalho na Feira do Livro que mais frequentei na vida – e no 1º lugar onde fui recebido como, err, “aprendiz de jornalista”, no já longínquo 1º ano de faculdade na UFSM, em 2003, quando fomos convocados para fazer algumas “entrevistas” para a rádio Livre da Feira do Livro (que, pena, não existe mais).

No dia seguinte, 10/5, quinta-feira, tem lançamento do livro em Porto Alegre, na Palavraria, no Bom Fim (Vasco da Gama, 165). Lá vai rolar também uma conversa sobre teatralidade digital que será transmitida no #Tubodeensaio, programa da Pós-TV, webtv ligada ao Circuito Fora do Eixo. Eu e Cláudia Schulz, gestora do Palco Fora do Eixo, estaremos conversando por Skype com Márcio Meirelles, diretor do Teatro Vila Velha de Salvador-BA, e Leonardo Roat, doutorando em Ciências da Linguagem da Unisul, de Florianópolis-SC – e também um dos entrevistados do “Efêmero”.

Para fechar a semana, na sexta embarco com o Ônibus Hacker para Parati, na Virada Digital, que acontece de sexta a domingo em diversos locais e hubs na cidade do litoral fluminense.

A programação do evento – que em 2012 será no Rio de Janeiro e nos anos seguintes promete circular pelas cidades-sede da Copa do Mundo – é bem ampla; tem desde oficina de rima com MV Bill a de modelagem em 3D, passando por roda de prosa da cultura digital indígena, demonstração de tecnologias interativas para TV digital e painéis como “Geração Y e os novos desafios digitais“, com Bia Granja do YouPIX e Edney Souza do Interney e “Cibercidades e ciber-periferias“, com André Lemos e Ivana Bentes. A programação foi escolhida pela curadoria do evento, que inclui nomes como Sérgio Amadeu, Ivana Bentes, MV Bill e Cláudio Langone, Coordenador da Câmara Meio Ambiente e Sustentabilidade Copa 2014, dentre outros.

 

No Ônibus Hacker (foto acima), vamos fazer uma 2º edição da Feira do Compartilhamento (a primeira foi no BaixoCentro e a terceira vai rolar em junho; em breve mais informações) e participar de uma série de oficinas, de TV Pirata a Scrapper de Dados (não sabe o que é? olha aqui). A Rádio Hacker vai ser instalada no Busão Hacker e promete uma programação intensa.

[Leonardo Foletto]

]]>
https://baixacultura.org/2012/05/08/efemero-revisitado-no-rs-virada-digital/feed/ 0