Rio de Janeiro – BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Sun, 02 Jun 2024 15:31:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 https://baixacultura.org/wp-content/uploads/2022/09/cropped-adesivo1-32x32.jpeg Rio de Janeiro – BaixaCultura https://baixacultura.org 32 32 Extinção da Internet no Rio de Janeiro https://baixacultura.org/2024/04/05/extincao-da-internet-no-rio-de-janeiro/ https://baixacultura.org/2024/04/05/extincao-da-internet-no-rio-de-janeiro/#respond Fri, 05 Apr 2024 16:01:03 +0000 https://baixacultura.org/?p=15628 Na próxima quinta-feira (11/4), 18h, vai acontecer um debate de lançamento do “Extinção da Internet”, de Geert Lovink, no Rio de Janeiro. Será na Livraria da Vinci (Av. Rio Branco, 185 – Subsolo), no Centro da cidade, com a presença de:

_ Leonardo Foletto, autor do prefácio e editor do BaixaCultura, professor e pesquisador (FGV ECMI);
_ Debora Pio, doutoranda em Comunicação e pesquisadora do MediaLab UFRJ;
_ Joana Varon, fundadora e diretora-executiva da Coding Rights, afiliada ao Berkman Klein Center for Internet and Society em Harvard;

A proposta da mesa é debater as utopias e distopias da internet nos últimos anos a partir das provocações presentes no livro de Geert. Como salvar o “tecnossocial” das mãos do Vale do Silício e do controle estatal, sem cair no romantismo offline ou no comunalismo defensivo e voltado para dentro? Será que uma outra internet — descentralizada, menos vigilante, mais das pessoas do que de empresas e robôs, transfeminista, decolonial e antirracista — ainda é possível?

Extinção da Internet”, o livro, não é apenas uma fantasia de fim de mundo da tecnologia digital que um dia será exterminada por um pulso eletromagnético ou pelo corte de cabos. Em vez disso, marca o fim de uma era de possibilidades e especulações, quando a adaptação já não é uma opção. Como pergunta Geert: “O que deve ser feito para defender o inevitável? Precisamos de ferramentas que descolonizem, redistribuam valor, conspirem e organizem. Junte-se ao êxodo da plataforma, é hora de atacar a otimização. Existe beleza no colapso”.

Além de convocar os leitores a examinar o status atual da internet, o livro tenta pensar, criativamente, em alternativas bifurcativas. Para isso, usa memes, cita fóruns da internet, ativistas conhecidos e chama um time de pensadores que estão, quase todos, se debruçando hoje sobre a relação do capitalismo neoliberal com a tecnologia digital.

Professor da Universidade de Amsterdam de Ciências Aplicadas, Geert Lovink tem um longo histórico no ativismo midiático e ciberativista europeu. Membro fundador da rede Nettime (1996), é diretor do Institute of Network Cultures, em Amsterdam, e autor de livros como “Networks Without a Case” (2012), “Social Media Abyss” (2016), Sad by Design (2019, em tradução para o português) e Stuck on the Platform (2022).

O livro é o primeiro da coleção “Âncoras do Futuro”, organizada pela Funilaria e o BaixaCultura, com publicações que buscam politizar o mal-estar que nos acomete hoje sobre os rumos da internet e das tecnologias digitais. Os próximos lançamentos da coleção estão marcados para o segundo semestre de 2024. Ele pode ser aquirido e/ou baixado aqui.

Uma transcrição automática, sem edições, via PinPoint, da conversa pode ser vista aqui.

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Efêmero Revisitado no RS + Virada Digital https://baixacultura.org/2012/05/08/efemero-revisitado-no-rs-virada-digital/ https://baixacultura.org/2012/05/08/efemero-revisitado-no-rs-virada-digital/#respond Tue, 08 May 2012 10:24:03 +0000 https://baixacultura.org/?p=6604

Eis que depois de alguns meses de molho, o “Efêmero Revisitado” volta a circular por estas bandas.

Desta vez, é por conta do lançamento do livro no Rio Grande do Sul. A primeira parada é amanhã, 9/5, novamente em Santa Maria, mas desta vez na Feira do Livro 2012, na praça Saldanha Marinho, em pleno coração do coração do Rio Grande.

Às 19h30, faço algumas “conversas sobre teatro e cultura digital” no espaço Livro Livre, em bate papo com André Galarça, ator formado pela UFSM e integrante do Teatro Por que Não?, de Santa Maria. Muita gente pode estar se perguntando “mas denovo?”, porque houve um lançamento no início de 2012 em Santa Maria, no SESC local (como pode-se ver na foto abaixo).

Conversa/lançamento do “Efêmero” em Janeiro, no Sesc Santa Maria

Apesar do bom público e da boa impressão (pelo menos pra mim) do evento de janeiro, o contexto agora é outro (a feira do livro), o lugar é diferente (na praça central da cidade), a conversa vai variar um tanto e o público, imagino, também será distinto.

De qualquer forma, pra mim vai ser muito lindo estar lançando um trabalho na Feira do Livro que mais frequentei na vida – e no 1º lugar onde fui recebido como, err, “aprendiz de jornalista”, no já longínquo 1º ano de faculdade na UFSM, em 2003, quando fomos convocados para fazer algumas “entrevistas” para a rádio Livre da Feira do Livro (que, pena, não existe mais).

No dia seguinte, 10/5, quinta-feira, tem lançamento do livro em Porto Alegre, na Palavraria, no Bom Fim (Vasco da Gama, 165). Lá vai rolar também uma conversa sobre teatralidade digital que será transmitida no #Tubodeensaio, programa da Pós-TV, webtv ligada ao Circuito Fora do Eixo. Eu e Cláudia Schulz, gestora do Palco Fora do Eixo, estaremos conversando por Skype com Márcio Meirelles, diretor do Teatro Vila Velha de Salvador-BA, e Leonardo Roat, doutorando em Ciências da Linguagem da Unisul, de Florianópolis-SC – e também um dos entrevistados do “Efêmero”.

Para fechar a semana, na sexta embarco com o Ônibus Hacker para Parati, na Virada Digital, que acontece de sexta a domingo em diversos locais e hubs na cidade do litoral fluminense.

A programação do evento – que em 2012 será no Rio de Janeiro e nos anos seguintes promete circular pelas cidades-sede da Copa do Mundo – é bem ampla; tem desde oficina de rima com MV Bill a de modelagem em 3D, passando por roda de prosa da cultura digital indígena, demonstração de tecnologias interativas para TV digital e painéis como “Geração Y e os novos desafios digitais“, com Bia Granja do YouPIX e Edney Souza do Interney e “Cibercidades e ciber-periferias“, com André Lemos e Ivana Bentes. A programação foi escolhida pela curadoria do evento, que inclui nomes como Sérgio Amadeu, Ivana Bentes, MV Bill e Cláudio Langone, Coordenador da Câmara Meio Ambiente e Sustentabilidade Copa 2014, dentre outros.

 

No Ônibus Hacker (foto acima), vamos fazer uma 2º edição da Feira do Compartilhamento (a primeira foi no BaixoCentro e a terceira vai rolar em junho; em breve mais informações) e participar de uma série de oficinas, de TV Pirata a Scrapper de Dados (não sabe o que é? olha aqui). A Rádio Hacker vai ser instalada no Busão Hacker e promete uma programação intensa.

[Leonardo Foletto]

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Festival CulturaDigital.br (3): notas pessoais e aleatórias https://baixacultura.org/2011/12/09/festival-culturadigital-br-3-notas-pessoais-e-aleatorias/ https://baixacultura.org/2011/12/09/festival-culturadigital-br-3-notas-pessoais-e-aleatorias/#respond Fri, 09 Dec 2011 19:36:40 +0000 https://baixacultura.org/?p=5971

Continuemos de onde parou o relato sobre o FestivalCulturaDigital.br: da festa no primeiro dia, logo após a conferência de abertura oficial do evento e da palestra de Benkler.

A festa serviu para lavar a alma e matar a fome de diversão de muita gente que estava li no Odeon. Cerveja, champanhes e canapés liberados, mas extremamente disputados pela multidão que se apertava no hall, mezanino e entrada do Odeon, a maioria entretida com o tete a tete com amigos/conhecidos/novos amigos –  afinal de contas, são essas conversas uma das coisas mais importantes de um Festival como o CulturaDigital.br.

O fato do Odeon ser localizado em plena Cinelândia – região central do Rio, onde, por exemplo, o OcupaRio estava acampado até domingo passado – trouxe algumas intervenções à festa. Em especial, teve um grupo de teatro, devidamente maquiado e paramentado para uma performance que não bem lembro qual, que ficaram na frente do cinema, aparentemente felizes por haver um público grande para suas ações. Depois de alguma tensão, dizem que até que entraram no coquetel e se misturaram à plebe do Festival. Não recordo se houve incidentes no Odeon, mas o certo é que o coquetel (que virou balada) foi divertido e serviu para desfazer um pouco a sisudez da abertura oficial.

Leonardo e Lucas no debate sobre teatralidade digital

O lançamento do “Efêmero Revisitado” e apresentação do Teatro para Alguém, que estava marcado para o sábado às 18h, acabou ocorrendo no domingo, ao meio dia. O que tinha tudo para ser uma troca negativa, já que às 18h de sábado o Festival estava fervilhando de ideias e pessoas circulando, acabou sendo uma troca muito boa.

O pessoal que esteve presente na tenda de Visualidades estava interessado, perguntou, pegou seus livros e, ao que parece, gostou muito dos vídeos que Lucas, do Teatro para Alguém, mostrou, com destaque especial para este mostrado logo abaixo, que diz muito sobre a dificuldade de se encaixar nesse mundão fazendo algo que se gosta.

Até o início da semana que vem, sem falta, o “Efêmero” estará para download. Aos que gostaram do TPA, vale acompanhar o site do grupo, que estreia novas produções semana que vem.

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Projeto dos mais interessantes da Mostra de Experiências do Festival é o chamado “Deleted City“, que propõe um estudo arqueológico da rede através de um backup gigante do Geocities, aquela ferramente de construir sites popular nos anos 1990 que tu deve ter conhecido.

[Não ouviu falar? tratava-se de um serviço de hospedagem gratuito de sites do portal Starmedia. Ele contava com um bom espaço de armazenamento para a época e agrupava as páginas em “bairros” e “cidades”, conforme seus temas. Em 1999, o serviço foi comprado pelo Yahoo! (por 3,5 milhões de dólares!), e acabou sendo descontinuado em 2009]

Mariel Zasso, repórter da Revista Select e companheira de cervejas festivas, fez uma matéria sobre o projeto que inclui, também, uma entrevista com o holandês Richard Vigjen, idealizador do Deleted City. Um trechinho da conversa vai aqui abaixo; antes, brinque tu também com o Geocities-Izer, que transforma seu site em um “lindo” Geocities, como fiz com o Baixa aqui abaixo.

Você comentou que a década de 1999-2009 foi um período em que a “world wide web” e seus netcitizens estava em busca de uma identidade. E hoje, quais você pensa que são as questões da web e dos seus webcidadãos?

Eu acho que a internet como um meio público é algo que foi tomando forma entre 1995 – 1999. Foi quando mais gente teve a oportunidade de participar, já que antes a internet era privilégio de grandes instituições. Quando a rede foi aberta ao público, ela passou a ser usada por pessoas cujo o primeiro interesse não era a tecnologia em si, mas o seu potencial de comunicação em relação a seus próprios interesses. E como a internet é um meio aberto por definição, as pessoas começaram a experimentar vários meios de fazer isso, baseados em metáforas como uma biblioteca digital, uma cidade virtual, e coisas do tipo – eram conceitos do mundo existente (ou da ficção científica) sendo aplicados a esse novo meio. A coisa mais importante para mim é isso, quando você compra o acesso a essa rede, como você deveria usá-la ou como ela deveria ser é deixado a seu critério. Os provedores não disseram como a internet deveria ser porque eles mesmos não sabiam.

Eu acho que hoje isso está mudando: ainda há uma evolução em como a internet é usada. De homepages para blogs, de redes sociais a pesquisas em tempo real. Mas esses conceitos cada vez mais vem sendo vendidos como um produto para você consumir. Especialmente com a internet migrando dos provedores de acesso, que apenas vendiam acesso, para celulares: o papel do usuário como consumidor está se tornando dominante. O mesmo acontece com a migração dos PCs de uso geral para dispositivos dedicados, como os tablets. E com os fabricantes e operadores de telefones e tablets vendendo a internet como um produto (quase como uma torradeira ou uma cafeteira), há menos espaço para seus usuários questionarem o sistema, para chegarem a novas soluções ou modelos alternativos.

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Umas das coisas mais inusitadas que aconteceu no FestivalCulturaDigital.br nada teve que ver (a priori) com o digital. Trata-se do “happening” da foto acima. Uma pessoa – não se sabe quem – surgiu nos jardins do festival com um pote com óleo e começou a girar, girar, até que soltou o pote contra as paredes do MAM. O que se formou foi um anel manchado de óleo, a que a pessoa acrescentou uma folha de papel com informações sobre o porquê do protesto – que tinha a ver com o vazamento de óleo na baía de Campos, interior do RJ, de um local explorado pela petroleira Chevron, ou com a Petrobras, uma das patrocinadoras do Festival, não se sabe ao certo.

A organização do MAM, por medo de estragar a fachada do prédio, mandou colocar areia para facilitar a retirada da mancha, como dá pra ver na foto abaixo, feito por Lucas Pretti, que, como diversos outros, não concordou com o “abafamento” do protesto.

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Outro dos muitos destaques da Mostra de Experiências que, aos poucos, vamos falando por aqui foi o “Mapa Sonoro do Estado do RJ“, uma plataforma para mapeamento das paisagens sonoras das cidades do Rio e de Niterói, produzido por uma equipe da  Universidade Federal Fluminense coordenada pela professora Simone Pereira de Sá.

A ideia, ainda em fase inicial de implementação, é tão simples quanto ótima: a pessoa grava um barulho característico de seu cotidiano (o cachorro chato da esquina, o chafariz de uma praça calma, o vendedor ambulante que vende Mate nas praias, etc), georeferencia no Google Maps, cria um pequeno texto explicando o porquê do barulho e publica um post na ferramenta. Juntando todos, temos uma interessante cartografia dos barulhos de uma cidade, dos afetivos aos incomodativos, dos tradicionais aos inusitados.

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Ginger Coons (na foto acima) foi uma das presenças internacionais na cobertura multimídia do evento. A moça veio de Toronto, no Canadá, especialmente para cobrir o Festival pela revista em que é a publisher, a Libre Graphics Magazine, revista de design e cultura focada alinhada com a filosofia do software livre. Ela fez diversos tuítes sobre o evento (@ossington, do dia 2 a 5 de dezembro), além de posts para o blog de sua revista. Destaco em especial dois: DIY and Criticality, em que ela começa dizendo ter se surpreendido com popularidade dos hackerspaces, e neste texto sobre Hugues Sweeney, seu compatriota, diretor de interatividade do National Film Board of Canada.

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Entrada do “estúdio” do Buraco Cavernoso

… e dentro do estúdio improvisado

Outra iniciativa deveras interessante que esteve no Festival foi o Buraco Cavernoso, um programa de uma webtv chamada Angu TV. Capitaneada pelo carioca Márcio Bertoni (o de amarelo à direita), o Buraco usa um sistema baratíssimo (pelo menos em comparação a outros sistemas audiovisuais) baseado em câmera de segurança, que, além de relativamente simples de mexer, dá uma estética interessante para a exibição na web.

No festival, o Buraco gravou diversas coisas na íntegra, especialmente os debates políticos da Arena. No terceiro dia, Bertoni montou seu estúdio numa salinha do espaço multimídia e, nele, fez diversas entrevistas – inclusive com este que vos escreve. Bertoni, figuraça flamenguista que não nega o sotaque chiado de sua terra, puxava as pessoas que estavam dando sopa pelos arredores e arrastava para uma conversa bem informal no estúdio improvisado, que tinha uma bandeira pirata como seu símbolo. Vale conferir os vídeos produzidos no festival no link http://www.ustream.tv/channel/buraco-cavernoso.

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Por fim, não dá pra esquecer a bela junção de encerramento do festival. Começou ali por volta das 17h, quando a Orquestra Voadora, um grupo/bloco de músicos do RJ que toca tudo quanto é música somente com instrumentos de sopro e percussão, se reuniu para um grande ensaio aberto nos jardins do MAM. Logo começou a juntar gente, mais gente depois do encerramento do Brasileirão 2011, no que culminou numa grande celebração alto-astral, coisas que só o RJ e a vista da baía da Guanabara conseguem dar o clima certo.

Ali pelas 19h30, a orquestra liderou o cortejo para uma tenda, onde a Spok Frevo Orquestra encarregou de fazer o show de encerramento, um frevo-jazz quase todo instrumental pra lá de dançante. Lindo desfecho para um belo Festival, que as fotos abaixo dão uma mostra.

[Leonardo Foletto viajou ao Rio para participar da cobertura colaborativa do festival].

Créditos fotos: Pedro Caetano (1, 5, 11), Rafael Vilela (8, 12) e Bruno Fernandes (9, 10, 12, 13), da equipe de fotógrafos oficiais do Festival (Flickr), e Leonardo Foletto (2), Francelle Cocco (3), Lucas Pretti (6).

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Festival Cultura Digital.br (2): um balanço geral e subjetivo https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/ https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/#comments Tue, 06 Dec 2011 19:51:48 +0000 https://baixacultura.org/?p=5939

Foi diferente do ano passado. Nem melhor nem pior, mas diferente.

Em 2010, a Cinemateca, com sua beleza cuidada a pão de ló, e São Paulo, com sua ordem e praticidade às vezes fria, tornaram as coisas mais geométricas, para remixar a metáfora da Estética do Frio de Vitor Ramil.

Este ano o palco do agora Festival Cultura Digital.br foi o Rio de Janeiro – mais precisamente o MAM, às marges da baía de Guanabara. E o Rio é o clichê brasileiro: a malandragem, a desordem, a beleza incontestável e a espontaneidade convivendo juntas, as vezes num caos insuportável por sua ineficiência e as vezes num mesmo caos maravilhoso pela sua fricção – seguida de combustão – criativa.

O Festival este ano teve um pouco desses dois lados do caos, embora o lado bom do não previsto se salientasse mais que o da bagunça. A seguir, um panorama geral e subjetivo em alguns parágrafos e fotos sobre os dias 2 e 4 de dezembro de 2011, no MAM-RJ.

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Pátio do MAM-RJ à noite

O local escolhido como sede do Festival se revelou uma boa surpresa – pelo menos para quem desconhecia o MAM. Uma das principais obras modernistas do país, erguida em 1948 em projeto do arquiteto Afonso Reidy, o museu é, na verdade, um grande parque aberto, com pátio repleto de verde que se estende até a baía de Guanabara.

Com seus metros e metros de gramas e sombras de árvores para sentar debaixo, é um lugar convidativo, que muitos cariocas costumam frequentar espontaneamente no final de semana. Aliado a isso o fato de que o MAM é encravado no centro do Rio, a algumas quadras da Cinelândia, têm-se uma mudança quase radical de cenário para o evento no ano passado, a Cinemateca, espaço deveras bonito mas ermo e fechado.

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O Ônibus Hacker foi o grande xodó do Festival – se tu preferir, foi o destaque “hype” da programação, como bem apontou este infográfico que circulou no O Globo sobre a programação do evento.

[Caso tu ainda não conheça, aí vai: o ônibus é um projeto da comunidade Transparência Hackday e é, neste 2011, um dos maiores cases de crowdfunding no Brasil, com quase R$60 mil arrecadados via Catarse]

O busão teve sua chegada festejada na quinta à noite, promoveu oficinas e mini-cursos e, o principal de tudo, foi a atração turística do Festival. Todos que lá estiveram quiseram dar uma conferida nos seus interiores e ver de perto o que ali se passava. Inclusive Gilberto Gil, embaixador do Festival e que muito circulou pelos aposentos do MAM, acompanhado de Claudio Prado, Jorge Mautner e Nélson Jacobina, como mostra a foto abaixo.

Ainda que em fase embrionária, sem muitos apetrechos nos seus interiores, o busão destacou-se também por sua versatilidade. Nele que foi projetado a transmissão ao vivo dos jogos das rodada final do Brasileirão 2011, auxiliado pela internet wifi de 10 gigabits oferecida pela RNP e a Proderj e por aqueles sites que sempre “pirateiam” a transmissão dos jogos de futebol no Brasil.

Diga-se que o sinal não foi dos melhores, caía nas horas mais importantes, mas serviu para juntar pelo menos umas 30 pessoas a volta e ecoar alguns gritos de torcida rivais – caso de Corinthians e Palmeiras, que tinham o maior nº por ali. A foto abaixo dá um panorama geral da coisa.

Final do Brasileirão 2011 live at Festival Cultura Digital.br

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Sala onde ocorreu a Mostra de Experiências

A Mostra de experiências foi a única atividade no MAM realizada num lugar totalmente fechado – no caso, a Cinemateca do museu. É a que teve o maior número de projetos do exterior, de China a Holanda, passando por Estados Unidos, Colômbia, Inglaterra, França, Japão, Estônia, México, além de projetos de inúmeros locais do Brasil.

Funcionava de um modo semelhante aos congressos acadêmicos, com cada pessoa/grupo apresentando sua experiência em 15 minutos, só que sem o espaço para o debate, já que as experiências eram muitas e o tempo para isso pouco. Nessa estrutura, a mostra era como um grande mosaico de coisas, em que o púbico assistia e, se gostasse muito ou quisesse trocar uma ideia com  o palestrante da vez, procurava a pessoa em questão ao final da apresentação.

No último post apontamos alguns projetos que nos pareceram interessantes, e foi uma pena que conseguimos ver apenas alguns dos citados e falar com alguns dos envolvidos. Boa parte dos projetos apresentados merecem um post a parte, e é por isso que deixaremos para as próximos semanas para comentarmos um pouco mais de cada um deles. Enquanto isso, tu pode ter mais uma noção do que ali ocorreu nesse relato de Daniel Castro, monitor do streaming do lugar. Aliás: em breve, todos os vídeos deste espaço (que foram transmitidos ao vivo pela rede) estarão disponíveis no site do culturadigital.org.br.

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Fachada do Odeon na abertura oficial do Festival, na sexta 2 de dezembro

O Cine Odeon, maravilhoso cinema incrustado em plena Cinelândia, foi palco das Palestras, reservados aos nomes conhecidos da cultura digital, da literatura e da cultura em geral.  Não estivemos na maioria dos debates do Odeon, e, confessamos, também ouvimos pouco falar deles; das pessoas com quem conversamos, ouvimos ótimos comentários do velho conhecido Kenneth Goldsmith, do UbuWeb e de Hughes Sweeney, do National Film Board of Canada, que realiza os documentários interativos mais fantásticos do planeta, auxilados por uma estrutura que, infelizmente, só países como o Canadá parecem ter condições de ter hoje.

[Sweeney organizou alguns vídeos no Festival para a chamada Mostra Tudo, e a Revista Select compilou alguns desses num post. Olha lá]

Assim como a Mostra de Experiências, as Palestras serão subidas para o site oficial, e esperamos vê-las para sacar o que rolou de legal nelas. Particularmente, queremos entender o que Paulo Coelho falou de pirataria e se ele, assim como o pessoal do Festival no guia de programação, também confundiu pirataria com copyleft, uma falha infelizmente comum.

Momento vergolha alheia na abertura do festival

A Sergio Mamberti, do MInC, coube ler a carta de Ana de Hollanda

A palestra de Abertura do Festival, na noite de sexta-feira, merece um comentário à parte. Iniciou com algum atraso, o que deixou impaciente o público que lotava os mais de 500 lugares do Odeon. E começou mal, com uma mesa composta de representantes da Petrobras, RNP, MAM, Secretaria de Cultura do RJ, MinC, além de Rodrigo Savazoni, diretor geral do Festival, e Ivana Bentes, professora da UFRJ (mas que não se sabe porquê esteve ali, ainda mais sendo a primeira a apresentar o Festival). Uma politicagem que, ainda que compreensível pelos arranjos feitos para a realização do Festival, se mostrou longa e desnecessária para a abertura de um evento.

O auge da coisa toda foi mostrar um vídeo de Eliane Costa, gerente de patrocínio da Petrobras. Ela comentou um pouco sobre a importância do festival e, a certa altura, falou que não estava presente ali por ter ido à França iniciar seu doutorado na Sorbonne. Perguntas de boa parte do público: que diabos eu tenho que ver com isso? Por que esse vídeo está sendo mostrado aqui, na abertura do festival, espaço dos mais nobres?

Na sequência de Eliane, aconteceu o momento mais polêmico da noite. Sérgio Mamberti, atual secretário de Políticas Culturais do MinC, leu uma carta de sua chefe, a ministra Ana de Hollanda – e por tudo que a gestão de Ana fez com a cultura digital neste ano, era mais que esperado que  haveria vaias da plateia na simples menção de seu nome.

Em resumo bem simplificado, a carta lida por Mamberti dizia que a atual gestão do MinC não “rompeu” com a cultura digital como alguns falam, e que ela, a cultura digital, teve avanços sim em sua gestão. A resposta de uma parte da plateia foi “Ministra do ECAD!”, seguida do coro “Não, não nos representa!“, o que causou algum constrangimento entre todos.

No fim das contas, há de se salientar a coragem de Sérgio Mamberti em ler até o fim a carta – justo ele, já um senhor de idade, muito simpático e mais alinhado aos avanços digito-culturais do que a ministra Ana.

O poderoso Benkler solito no palco

… e num papo arretado com Gil

Depois da abertura oficial, lá pelas 21h e pouco, iniciou a conferência de abertura propriamente dita, de Yochai Benkler, um dos principais teóricos do digital e autor de livros fundamentais como “The Wealth of Networks” e “The Penguin and the Leviathan“, que defendeu muito dos preceitos da internet livre e animou muita gente a fazer o mesmo.

Uma frase muito tuítada proferida na palestra, dita em resposta ao revelação de entrevistador Gilberto Gil, deu o tom da fala: “Manteremos a liberdade na internet? Benkler: Not if we don’t fight“.

[Leonardo Foletto viajou ao festival para participar da cobertura colaborativa].

 
Créditos fotos: Aloysio Araripe (1), Bruno Fernandes (2, 3,4, 5, 6, 8, 9), Rafael Vilela (12) e Pedro Caetano (10, 11, 13) da ótima equipe de fotógrafos do Festival (fotos disponíveis no Flickr oficial do evento) e Leonardo Foletto (7).

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O Festival Cultura Digital.br começa hoje amanhã, no MAM (Museu de Arte Moderna) e no Cine Odeon, no Rio de Janeiro, e vai até domingo, 4 de dezembro – e isso tu já deve saber, claro.

Também tu deve estar sabendo que o Festival é a 3º edição do que era o Fórum da Cultura Digital, e que ele migrou de São Paulo para o Rio – as duas primeiras edições foram realizadas na Cinemateca de SP, como você vê aqui.

O evento mudou de tamanho também: neste ano, teve 358 inscrições na chamada pública para participação nos quatro diferentes espaços (Mostra de experiências de cultura digital, Mão na Massa, Visualidades e Encontros de Redes). Foi feito uma triagem e os selecionados compuserem o grosso da programação, que está dividida em cinco grandes espaços: Arena, Encontro de Rede, Palestras, Laboratório Experimental e Visualidades.

As Palestras são as conferências com grandes nomes da cultura digital – Yochai Benkler, Kenneth Goldsmith, Michael Bauwens, dentre outros – que serão realizadas no Cine Odeon, em plena Cinelândia, centrão do Rio. O restante da programação será nos amplos jardins do MAM-RJ, às margens da Baía de Guanabara. O Caderno TEC, da Folha de S. Paulo, fez uma matéria e um infográfico sobre a extensa e complexa programação do evento, que gentilmente copiamos abaixo:

Se tu quiser escolher o que assistir na programação, a melhor forma é estudar o Guia (baixe aqui) e ver o que lhe agrada. Num evento complexo e onde tudo acontece (quase) ao mesmo tempo como esse, uma planilha do Google Calendar também pode ajudar na escolha do que assistir.

Pra quem não estiver no Rio, as programações das Palestras e da Mostra de Experiências serão transmitidas por streaming, direto no site (culturadigital.org.br/aovivo).

Nós estaremos circulando pelo evento, à deriva, atrás de coisas interessantes para trazer para o BaixaCultura (o que for de imediato publicaremos em nosso Twitter ou Facebook; o que não, nas próximas semanas).

De início, apostamos fortemente na programação da Mostra de Experiência, em coisas do tipo:

 _ ‘Cultural Workers Exchange’, rede de centros culturais independentes que procura abrir canais de troca entre artistas e curadores que trabalhem com mídias digitais na Europa, às 12h25 de sábado

_ “The Deleted City“, instalação de “arqueologia digital” que é um mapa de visualização dos arquivos do extinto Geocities. “A navegação pelo mapa permite a visualização de páginas html e imagens do passado recente da web”, diz a apresentação do projeto que será apresentado às 14h15, também do sábado;

_  “Amigos de Januária“, projeto de jornalismo participativo que está ensinando jovens a usarem ferramentas digitais para o monitoramento da administração municipal na cidade de Januária (MG). Além de técnicas de jornalismo, os participantes do projeto “estão aprendendo como acessar informações sobre o município que já estão disponíveis na internet em bases de dados públicas como Portal da Transparência e DataSUS, por exemplo”, diz a apresentação. Na sexta, às 17h15.

_ AMCV (Alerta Móvil de Contra Vigilância), projeto de um grupo de mexicanos que desenvolveu um aplicativo com mapas e avisos para celulares e uma página web que permite que qualquer pessoa saiba a localização das câmeras de segurança de sua cidade. Na sexta, às 19h15;

_ Hackerspaces: Uma oportunidade para o conhecimento livre em Software e Hardware Livre, em que membros do Garoa Hacker Clube, localizado na Casa da Cultura Digital, apresentam um “passo a passo” para fazer um hackerspace, no domingo às 13h40.

_ E, para encerrar a mostra de experiências, no domingo às 16h50, vale conferir “Bitcoin: A construção da nova economia sem bancos e intermediários”;

Dá pra apostar também que as discussões da Arena vão ser interessantes. Em especial, destacamos “Biohacking: vida e propriedade“, sobre os limites para o avanço das novas tecnologias e os avanços da mobilização social e tecnológica para uma ciência tecnológica e cidadã, um tema tão instigante quanto desconhecido por nós, na manhã de domingo (10h30 às 12h).

Tecnofagia: Cultura Digital e Estéticas Contemporâneas“, que vai debater o eterno mantra “Nada se cria, tudo se copia” e as possibilidades da antropofagia como recriação, diversificação e distribuição da arte e da estética, às 16h30 do domingo.

E o inevitável painel “Ocupações, Revoluções, Redes: Articulação do Movimento Global“, sobre os recentes movimentos da Primavera Árabe, o Ocupe Wall Street e os outros “Ocupe” que estão se espalhando nesse já histórico ano de 2011, às 14 do sábado, 3.

Por fim, não poderíamos de fazer o nosso jabá. “Efêmero Revisitado”, o primeiro produto de nosso selo editorial, será lançado “oficialmente” neste próximo sábado, 3 de dezembro, às 18h30, no espaço Visualidades, logo após a apresentação de Lucas Pretti, do Teatro para Alguém.

Neste mesmo espaço há outras coisas deveras interessantes, tais como:

_ Integrarte/Entregarte, projeto que cria visualizações e sonorizações de movimentos corporais para a criação de uma instalação que explora o corpo no espaço com Kinect e Processing, das 14h às 19h30 da sexta,2 dez.

_ Céu de Palavra – Pipas brancas empinadas no céu durante as três  noites do festival, das 20h às 22h,  enquanto um projetor lança imagens de trechos de poema ao céu. Para lê-los, é preciso controlar as pipas.

_ SufferRosa, aclamado projeto de Dawid Marcinkowski, um produtor audiovisual independente da Polônia. Sufferrosa (2010) é considerado um dos maiores projetos de histórias narrativas online já produzidos – seja lá o que queira significar isso (veja o trailer). Será exibido às 20h de sábado, logo depois da apresentação do “Efêmero”.

_ “Inventário de Sombras“, curiosa perfomance em que um grupo de artistas negocia com os participantes a doação de sua sombra (?), às 11h30 do domingo.

P.s: Os cartazes no corpo do post fazem parte dos “Cartazes Colaborativos“, projeto do Festival que convidou a todos que quisessem fazer  seu cartaz e apresentar para a produção.

Créditos: 123, 45, 6.

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Notícias do front baixacultural (23) https://baixacultura.org/2010/09/23/noticias-do-front-baixacultural-23/ https://baixacultura.org/2010/09/23/noticias-do-front-baixacultural-23/#respond Thu, 23 Sep 2010 09:00:59 +0000 https://baixacultura.org/?p=3604

Excepcionalmente hoje vamos ressuscitar reativar essa seção, já que a semana foi mais movimentada do que as avenidas gaúchas no 20 de setembro.

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Lançado o The #copyright Daily (Twitter, 30/08)

Criaram uma interface nova para apresentar o conteúdo que vai de tweet-em-tweet: o jornal. No sistema paper.li, desenvolvido em março deste ano, são agregados tweets e links que são do mesmo assunto, ou seja, que contém a mesma #hashtag – #copyright, no caso deste paper.li.

É possível também agregar tweets de determinados usuários ou listas. O conteúdo dos links então é organizado na página, com textos, pdfs, vídeos, etc. As edições são lançadas diariamente e para recebê-las é preciso fazer a assinatura, por e-mail, clicando em “Alert me”.

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Jean-Luc Godard doa mil euros a francês condenado a pagar multa por pirataria (O Globo, 15/09)

O fotógrafo James Climent, condenado a pagar uma multa de 20 mil euros por baixar 13 mil arquivos, recebeu uma ajuda de custo de mil euros do seu compatriota Jean-Luc Godard. Antes de fazer isso, o diretor deu numa entrevista ao site inRocks em que declarou seu ceticismo para com os direitos do autor. “Direitos do autor? Um autor só tem deveres” disse um dos pais da já cinquentona Nouvelle Vague. Vale destacar que Godard é um notório amante das colagens, algo que usou na série de oito filmes História do Cinema e no recente Notre Musique.

Mas voltando ao assunto: Climent agradeceu ao cineasta em seu blog num post intitulado “God(ard) bless us”. Na página, ele também presta contas sobre outras doações que vem arrecadando através do PayPal, do Flattr e de uma ONG.

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Polícia Civil fecha “xerox” na Praia Vermelha (ADUFRJ, 15/09)

Professores e universitários foram considerados criminosos quando a polícia CIVIL apreendeu material didático da Escola de Serviço Social da Universidade FEDERAL do Rio de Janeiro, dia 13 de setembro. Uma boca de xerox foi fechada.  Imagens e fotos feitas no local mostram como foi a operação dos sete policiais, três viaturas e uma delegada.

O dono da boca e as cópias ilícitas e foras-da-lei foram encaminhados para a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) vinculada ao muito útil Centro de Apoio ao Combate à Pirataria. Para fazer uma coisa dessas, a polícia do Rio certamente já deve ter resolvido o problema da segurança pública. Contra a ação, professores da UFRJ se reuniram com o Reitor e com o Conselho da Universidade e fizeram uma moção de repúdio e um abaixo-assinado. A professora Ivana Bentes acompanhou e emite detalhes do caso em seu twitter e o professor Alexandre Nodari fez uma análise em seu blog.

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Militantes pró-pirataria atacam sites das indústrias de filme e música (Estadão, 20/09)

O grupo Anônimo (esse é o nome) deu uma rasteira nas páginas da Motion Picture Association of America (MPAA) e da Recording Industry Association of America (RIAA). Organizados através do fórum 4chan, os piratas decidiram sobrecarregar os servidores dos sites, tirando-os do ar. O ataque “anti” anti-pirataria ocorreu devido a uma declaração da empresa de software Aiplex.com, que disse ter atacado ano passado o site de torrent The Pirate Bay.

O blog da empresa de segurança Panda Security mostrou em detalhes como foi a primeira ofensiva dos piratas. No mesmo post, a empresa conta que a segunda ofensiva, contra a British Phonographic Industry (BPI), falhou. É de se lembrar que a BPI requeriu ao Google a remoção de links de servidores de arquivos em junho deste ano, tentando tolir os downloads  divulgados em blogs e fóruns.

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Crédito foto:
1) World War II Photos
 

[Marcelo De Franceschi]

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