{"id":9713,"date":"2013-05-17T14:14:33","date_gmt":"2013-05-17T14:14:33","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=9713"},"modified":"2013-05-17T14:14:33","modified_gmt":"2013-05-17T14:14:33","slug":"benjamin-mako-hill-e-essa-coisa-chamada-cultura-livre","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2013\/05\/17\/benjamin-mako-hill-e-essa-coisa-chamada-cultura-livre\/","title":{"rendered":"Benjamin Mako Hill e essa coisa chamada cultura livre"},"content":{"rendered":"
Cultura livre. Quantas vezes voc\u00ea j\u00e1 ouviu falar disso por aqui e em outros lugares?\u00a0Muitas, provavelmente. E voc\u00ea sabe do que se trata? como surgiu, o que \u00e9, e pra onde vai?<\/p>\n Te explicamos brevemente: cultura livre \u00e9 uma vis\u00e3o da cultura baseada na liberdade de distribuir e modificar trabalhos e obras criativas livremente. O movimento da cultura livre envolve a produ\u00e7\u00e3o e a defesa de diversas formas de conte\u00fado livre, como o software livre, conhecimento livre, m\u00fasica livre, entre outros.<\/p>\n \u00c9 uma extens\u00e3o l\u00f3gica da filosofia do Software Livre aplicada a artefatos culturais. Baseia-se nas 4 liberdades trabalhadas por Richard Stallman, criador do Movimento do Software Livre:<\/p>\n 1. A liberdade de executar a obra para qualquer prop\u00f3sito.<\/em> O termo ganhou o mundo a partir do t\u00edtulo do livro \u201cFree Culture\u201d escrito em 2004 por Lawrence Lessig (dispon\u00edvel em portugu\u00eas numa tradu\u00e7\u00e3o algo descuidada<\/a>) – Lessig, tu sabe, \u00e9 um dos \u201cpais\u201d das licen\u00e7as Creative Commons<\/a>.<\/p>\n Pois para conversar sobre essa tal cultura livre e desmistificar algumas coisas (livre n\u00e3o \u00e9 gr\u00e1tis, como sempre lembra Richard Stallman<\/a>) \u00e9 que a Casa de Cultura Digital Porto Alegre<\/a>, em parceria com o hackerspace\u00a0Matehackers<\/a>,vai organizar um Culture Freedom Da<\/a>y (ou dia da cultura) no pr\u00f3ximo s\u00e1bado, 18\/5, das 10 \u00e0s 19h, na Casa de Cultura M\u00e1rio Quintana<\/a>, um evento mundial que ocorre toda terceira semana de Maio e este ano vai ocorrer tamb\u00e9m em Porto Alegre.<\/p>\n Vai rolar desde oficinas de como licenciar sua obra em uma licen\u00e7a livre (para al\u00e9m do Creative Commons) at\u00e9 produ\u00e7\u00e3o de m\u00fasica com ferramentas livres, passando por open design, mostra de zines (antes de existir internet, eles j\u00e1 eram anticopyright por excel\u00eancia) e m\u00fasica ao vivo, com o pessoal do “Escuta – o som do compositor<\/a>” a falar sobre cria\u00e7\u00e3o compartilhada. A programa\u00e7\u00e3o completa t\u00e1 aqui neste site<\/a>.<\/p>\n **<\/p>\n N\u00e3o tire conclus\u00f5es apressadas: Mako n\u00e3o \u00e9 apenas um rat\u00e3o de biblioteca<\/p><\/div>\n Inspirado pelo assunto, o post desta semana tamb\u00e9m trata de cultura livre.\u00a0Talvez voc\u00ea ainda n\u00e3o o conhe\u00e7a, mas n\u00e3o se preocupe. Benjamin Mako Hill (foto acima) \u00e9 um daqueles jovens brilhantes que n\u00e3o costumam aparecer na grande m\u00eddia. \u00c0s vezes, d\u00e3o \u00e0s caras numa notinha de rodap\u00e9 do caderno de inform\u00e1tica. Coisa pouca, de modo que n\u00e3o atrapalhe aquela mat\u00e9ria de duas p\u00e1ginas sobre a d\u00e9cima gera\u00e7\u00e3o do iPhone, dez vezes melhor que a nona, um pouco mais cara, mas compre, vale a pena, a c\u00e2mera t\u00eam cem megapixels e filma em HD.<\/p>\n Aaron Swartz, por exemplo. Quase nada foi publicado sobre ele antes de sua morte aqui no Brasil. Um pouco mais ap\u00f3s o suic\u00eddio – trag\u00e9dia d\u00e1 ibope! -, por\u00e9m s\u00f3 algumas coisas realmente relevantes (palmas para Tatiana de Mello Dias, do Link, que publicou dois \u00f3timos textos – aqui<\/a> e aqui<\/a> – e para Eliane Brum, da \u00c9poca, que escreveu um artigo\/pedido de desculpas<\/a> excelente. O Baixa tamb\u00e9m prestou uma homenagem<\/a>). Mas, pensando bem, isso n\u00e3o se restringe apenas aos jovens. Quando foi a \u00faltima vez que voc\u00ea leu alguma coisa sobre o Richard Stallman que n\u00e3o desse mais destaque ao seu car\u00e1ter exc\u00eantrico do que aos avan\u00e7os do software livre?<\/p>\n Por que Steve Jobs e n\u00e3o Richard Stallman? Por que Mark Zuckerberg e n\u00e3o Aaron Swartz? N\u00e3o \u00e9 preciso ser nenhum jovem brilhante para dar os primeiros passos em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 resposta. A grande m\u00eddia n\u00e3o \u00e9 livre. Publica o que interessa aos seus donos e que n\u00e3o ofenda os seus anunciantes. Para ela, portanto, o monop\u00f3lio da informa\u00e7\u00e3o \u00e9 extremamente interessante. Quanto maior o monop\u00f3lio, maior o poder (conte quantas fam\u00edlias dominam a m\u00eddia brasileira e voc\u00ea nem precisar\u00e1 pedir aux\u00edlio aos dedos dos p\u00e9s). Quanto maior o poder, maior a possibilidade de mexer os pauzinhos em Bras\u00edlia de acordo com os seus interesses e maior o n\u00famero de anunciantes. Poder e rios caudalosos de dinheiro os objetivos dos conglomerados midi\u00e1ticos s\u00e3o. Swartz e companhia trabalham na contram\u00e3o: lutam por uma sociedade descentralizada, por um acesso \u00e0 informa\u00e7\u00e3o democr\u00e1tico, por um mundo com menos restri\u00e7\u00f5es. Mas isso \u00e9 pauta para um outro post.<\/p>\n Mako tem tantos empregos e est\u00e1 envolvido em tantos projetos que \u00e0s vezes me pergunto se ele n\u00e3o desenvolveu algum programinha revolucion\u00e1rio de otimiza\u00e7\u00e3o temporal que ainda n\u00e3o caiu na rede. E a quest\u00e3o n\u00e3o \u00e9 simplesmente quantitativa. A qualidade de seus trabalhos \u00e9 reconhecida no mundo acad\u00eamico. E n\u00e3o v\u00e1 pensando que ele \u00e9 um daqueles rat\u00f5es de biblioteca que n\u00e3o abrem a janela para ver como anda o mundo l\u00e1 fora. Mako tem um p\u00e9 na academia e outro no ativismo pol\u00edtico.<\/p>\n Talvez por essa falta de tempo ele n\u00e3o tenha respondido \u00e0s perguntas com tanto, digamos, afinco. Levanto outra hip\u00f3tese complementar: escrever respostas por e-mail n\u00e3o \u00e9 das tarefas mais agrad\u00e1veis. Algumas ele sequer respondeu, fornecendo apenas links para artigos seus. Outras, respondeu brevemente. De qualquer forma, a entrevista abaixo serve como uma pequena introdu\u00e7\u00e3o \u00e0s suas ideias. Se voc\u00ea quiser saber mais, d\u00ea uma fu\u00e7ada no seu site<\/a> e no Copyrighteous<\/a>, seu blog.<\/p>\n BaixaCultura:<\/b> Voc\u00ea diz no seu blog que \u00e9 \u201cum rebelde com causas at\u00e9 demais\u201d. Quais s\u00e3o elas (ou, pelo menos, quais s\u00e3o as mais relevantes)?<\/p>\n Benjamin Mako Hill:<\/b> Sou candidato ao PhD em um programa conjunto entre a MIT Sloan School of Management<\/a> e o MIT Media Lab<\/a>, e bolsista no Berkman Center for Internet and Society<\/a> em Harvard. Em setembro de 2013 ingresso na faculdade do departamento de comunica\u00e7\u00e3o da Universidade de Washington. Sou desenvolvedor e contribuidor da comunidade de software livre h\u00e1 mais de uma d\u00e9cada como participante dos projetos Debian<\/a> e Ubuntu<\/a>. Al\u00e9m disso, sou membro da diretoria da Free Software Foundation<\/a> e conselheiro da Wikimedia Foundation<\/a>. Tamb\u00e9m tenho contribu\u00eddo bastante com a Wikipedia<\/a>.<\/p>\n BC:<\/b> O movimento pelo software livre parece funcionar melhor que o movimento pela cultura livre. As licen\u00e7as s\u00e3o menos confusas, a comunidade parece crescer de forma mais r\u00e1pida e os resultados alcan\u00e7ados at\u00e9 agora s\u00e3o mais consistentes. Voc\u00ea concorda? Se sim, por que isso ocorre?<\/p>\n BMH:<\/b> N\u00e3o acredito que essa compara\u00e7\u00e3o seja justa atualmente. O movimento pelo software livre \u00e9 pelo menos 20-30 anos mais velho (depende de como voc\u00ea conta). Na minha opini\u00e3o, a situa\u00e7\u00e3o em torno das licen\u00e7as \u00e9 muito mais clara na cultura livre do que quando falamos de software livre. O movimento pela cultura livre est\u00e1 muito focado em n\u00famero reduzido de licen\u00e7as Creative Commons<\/a> (BY, BY-SA, CC0). Por outro lado, a quest\u00e3o das licen\u00e7as relacionadas ao software livre \u00e9 bem mais confusa: a quantidade de licen\u00e7as \u00e9 bem maior e a compatibilidade entre elas, menor.<\/p>\n BC:<\/b> Certo. Mas muitas pessoas pensam que Creative Commons \u00e9 a mesma coisa que cultura livre e acham que pelo simples fato de utilizarem uma licen\u00e7a CC est\u00e3o tornando livres seus trabalhos, o que, de acordo com a Defini\u00e7\u00e3o de Trabalhos Culturais Livres<\/a>, n\u00e3o \u00e9 verdade. Voc\u00ea n\u00e3o acredita que as diversas possibilidades de licenciamento oferecidas pelo CC n\u00e3o s\u00e3o uma fonte de confus\u00e3o?<\/p>\n BMH:<\/b> Bom, eu acho que isso talvez resulte em menos liberdade. Eu j\u00e1 escrevi sobre isso antes (Towards a Standard of Freedom: Creative Commons and the Free Software Movement<\/a>). Por que voc\u00ea n\u00e3o disponibiliza o link ou cita meu material em vez de me pedir para que eu fa\u00e7a um coment\u00e1rio que provavelmente ser\u00e1 uma recapitula\u00e7\u00e3o pobre do assunto?<\/p>\n BC:<\/b> Como voc\u00ea v\u00ea o futuro da cultura livre? Voc\u00ea acredita que o copyright \u00e9 uma ferramenta indispens\u00e1vel ou deve ser abolida?<\/p>\n BMH:<\/b> Estou muito otimista quanto ao futuro da cultura livre. Sa\u00edmos praticamente do nada e constru\u00edmos um movimento grande e vibrante. Estou realmente muito otimista em rela\u00e7\u00e3o ao futuro.<\/p>\n N\u00e3o tenho certeza sobre o que \u00e9 melhor para o copyright. Acredito que a longo prazo ele vai ser deixado de lado. Antes da imprensa, os sistemas econ\u00f4micos que apoiavam as publica\u00e7\u00f5es eram baseados principalmente no mecenato. Mudan\u00e7as tecnol\u00f3gicas possibilitaram a cria\u00e7\u00e3o de novos tipos de bens liter\u00e1rios e novas formas de distribui\u00e7\u00e3o. A consequ\u00eancia disso foi a cria\u00e7\u00e3o do copyright como alternativa aos velhos e decadentes sistemas econ\u00f4micos. Mas isso levou duzentos anos! Imagino que na era da internet as coisas devam avan\u00e7ar mais rapidamente. Veremos. Assim como a mudan\u00e7a para o copyright, a mudan\u00e7a para a pr\u00f3xima etapa provavelmente ser\u00e1 dif\u00edcil e dolorosa, e levar\u00e1 algum tempo.<\/p>\n BC:<\/b> Richard Stallman afirma frequentemente que todos os softwares deveriam ser livres, mas o mesmo racioc\u00ednio n\u00e3o se aplica \u00e0 cultura. Em uma entrevista<\/a> recente, ele deixou claro que trabalhos culturais n\u00e3o precisam ser necessariamente livres. Por que voc\u00ea aposta em um modelo de cultura livre? Voc\u00ea acredita que todos os trabalhos culturais deveriam ser livres?<\/p>\n BMH:<\/b> O link que te enviei responde a essa pergunta tamb\u00e9m.<\/p>\n \u00a0* As respostas n\u00e3o foram encontradas no artigo enviado pelo autor.<\/i><\/p>\n BC:<\/b> Do seu blog: “Como cientista social, minha pesquisa busca explicar por que algumas tentativas de criar softwares ou trabalhos culturais livres resultam em comunidades enormes de volunt\u00e1rios – como Wikipedia e Linux – enquanto a grande maioria jamais atrai um segundo contribuidor”. Voc\u00ea j\u00e1 tem uma ideia por que isso ocorre?<\/p>\n \u00a0Sim! D\u00ea uma olhada nos meus trabalhos acad\u00eamicos<\/a> para ver o que estou fazendo. Esse espa\u00e7o \u00e9 muito pequeno para que eu possa te dar um resumo detalhado de toda a minha pesquisa. \ud83d\ude42<\/p>\n BC:<\/b> A FSF recomenda apenas distros de GNU\/Linux 100% livres<\/a>, mas isso nos leva a um problema pr\u00e1tico: como elas n\u00e3o incluem drivers e software propriet\u00e1rios em seus reposit\u00f3rios, outras distros (como Ubuntu) gozam de uma maior popularidade, o que acaba por camuflar o lado \u00e9tico da utiliza\u00e7\u00e3o de softwares livres<\/a>. Como superar isso?<\/p>\n \u00a0BMH:<\/b> Precisamos fazer duas coisas:<\/p>\n a. Melhorar os softwares livres para que eles tenham como competir com softwares propriet\u00e1rios, assim os usu\u00e1rios n\u00e3o teriam a necessidade de fazer uma escolha dif\u00edcil entre um ou outro.<\/p>\n b. Ensinar aos usu\u00e1rios por que a liberdade de software \u00e9 importante, assim eles poder\u00e3o decidir utilizar softwares mesmo que n\u00e3o sejam melhores em termos pr\u00e1ticos. Precisamos estimular desenvolvedores a trabalhar para melhorar os softwares livres. A menos que consigamos convencer as pessoas a utilizar e a trabalhar com softwares livres que n\u00e3o s\u00e3o melhores, nunca chegaremos ao x da quest\u00e3o!<\/p>\n BC:<\/b> Qual distro voc\u00ea utiliza? Voc\u00ea recomendaria uma distro 100% livre para um amigo que est\u00e1 migrando do Windows para o GNU\/Linux?<\/p>\n BMH:<\/b> Eu uso Debian. Recomendo que as pessoas utilizem Debian apenas com softwares dos reposit\u00f3rios livres.<\/p>\n [Andr\u00e9 Solnik, Leonardo Foletto<\/strong>]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Cultura livre. Quantas vezes voc\u00ea j\u00e1 ouviu falar disso por aqui e em outros lugares?\u00a0Muitas, provavelmente. E voc\u00ea sabe do que se trata? como surgiu, o que \u00e9, e pra onde vai? Te explicamos brevemente: cultura livre \u00e9 uma vis\u00e3o da cultura baseada na liberdade de distribuir e modificar trabalhos e obras criativas livremente. 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\n2. A liberdade de estudar como a obra funciona, e para isso o acesso ao c\u00f3digo-fonte\/processo \u00e9 um pr\u00e9-requisito b\u00e1sico.<\/em>
\n3. A liberdade de redistribuir c\u00f3pias de modo a beneficiar outras pessoas.<\/em>
\n4. A liberdade de aperfei\u00e7oar a obra e liberar suas melhorias.<\/em><\/p>\n<\/a>