{"id":9582,"date":"2013-02-21T17:18:49","date_gmt":"2013-02-21T17:18:49","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=9582"},"modified":"2013-02-21T17:18:49","modified_gmt":"2013-02-21T17:18:49","slug":"pirate-bay-e-o-novo-mundo-compartilhado","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2013\/02\/21\/pirate-bay-e-o-novo-mundo-compartilhado\/","title":{"rendered":"Pirate Bay e o novo mundo compartilhado"},"content":{"rendered":"
Na tarde de 8 de fevereiro de 2013, escrevemos assim na nossa p\u00e1gina no Facebook: “Acabou de ser lan\u00e7ado (14h de hoje), simultaneamente na rede e no Festival de Berlim, e est\u00e1 dispon\u00edvel para download e em streaming no Youtube”.\u00a0O filme era \u00a0“The Pirate Bay – Away From the Keyboard<\/strong>“, \u00a0document\u00e1rio, que j\u00e1 nasceu importante, sobre a hist\u00f3ria do The Pirate Bay, maior site de compartilhamento de arquivos por torrent do planeta e s\u00edmbolo da luta pela liberdade de distribui\u00e7\u00e3o de conte\u00fado na internet.<\/span><\/p>\n Produzido de forma independente e dirigido pelo sueco Simon Klose<\/a>, o document\u00e1rio arrecadou US$ 50 mil no Kickstarter<\/a> (primeira e ainda a principal plataforma de crowdfunding mundial) para ser produzido.\u00a0\u201cAp\u00f3s cinco anos de trabalho duro \u00e9 um grande prazer finalmente fazer o upload do torrent sobre esse grande site nele mesmo. De certa forma, acredito que o TPB AFK finalmente chegou a sua casa\u201d, diz Klose na p\u00e1gina do doc<\/a>. \u201cEste n\u00e3o \u00e9 apenas um filme sobre os fundadores do TPB, mas tamb\u00e9m um filme sobre todos voc\u00eas que usam o site. Por favor, convertam-no em todos os formatos poss\u00edveis e compartilhem o m\u00e1ximo que puderem!\u201d, pede.<\/p>\n O chamado do diretor tem surtido efeito: o filme tem sido visto e compartilhado por diferentes grupos de pessoas, interessados ou n\u00e3o na cutura livre. Est\u00e1, obviamente, em torrent disponibilizado no\u00a0The Pirate Bay<\/a>, onde \u00e9 poss\u00edvel baixar em 480p, 720p ou 1080p, e em streaming no\u00a0YouTube<\/a>, na vers\u00e3o original (com a maioria do \u00e1udio em sueco, terra dos fundadores do site) e com legendas nas mais diferentes l\u00ednguas – inclusive em portugu\u00eas, trabalho a cargo do pessoal do Partido Pirata do Brasil<\/a>.<\/p>\n N\u00e3o precisamos (mas vamos) dizer o quanto \u00e9 um filme importante de ser visto. Nos seus pouco mais de 88 minutos, apresenta (e explica) a grande diferen\u00e7a entre “o mundo velho como um vov\u00f4 com Alzheimer<\/a>“, baseado em produtos f\u00edsicos e propriedades fechadas, e o “novo mundo” baseado no compartilhamento e em propriedades abertas. Como faz isso? entre outras coisas, acompanhando o dia a dia dos fundadores do projeto, Peter Sunde, Fredrik Neij e Gottfried Svarthol, e os processos que o TPB tem levado nas costas<\/a>.<\/p>\n Uma cena tem sido muito comentada: a que Peter Sunde, nosso velho conhecido<\/a>, explica a um juiz porque “n\u00e3o dizemos IRL (in real life<\/em>) e sim AFW (away from keyboard<\/em>): “acreditamos que o que acontece na internet \u00e9 real”. Outras chegam a ser divertidas, como quando os fundadores tem que explicar \u00e0s autoridades dos EUA e da Su\u00e9cia que n\u00e3o tem empregados contratados (“somos amigos que falam por chat”) ou dizer que o TPB n\u00e3o tem arquivos f\u00edsicos, nem controlam seu conte\u00fado, apenas mediam os usu\u00e1rios que compartem arquivos via torrent.<\/p>\n O jornalista espanhol\u00a0Bernardo Gutierrez<\/a>\u00a0diz que\u00a0o TPB \u00e9 a inova\u00e7\u00e3o que a ind\u00fastria deveria ter criado. Uma plataforma aberta de encontro e interc\u00e2mbio, massiva \u00a0a ponto de gerar dinheiro atrav\u00e9s da publicidade e repartir o bolo com os autores. Diz Gutierrez: “El Imperio del Pl\u00e1stico y del Celuloide Comercial- cuya decadente capital sigue siendo la #PostMetr\u00f3polis de Los \u00c1ngeles- deber\u00eda haber creado una plataforma como\u00a0Flattr<\/a>, micro mecenazgo para compensar a autores con l\u00f3gica de red. Pero, oh wait, el innovador\u00a0Flattr es una iniciativa de Peter \u00a0Sunde<\/a>, ese temible l\u00edder de la pirater\u00eda mundial que fund\u00f3\u00a0The Pirate Bay”<\/em>.<\/p>\n Ademais da pol\u00eamica, “TPB – Away from the Keyboard” \u00e9 um filme para ver com teus pais, av\u00f3s, amigxs, namoradxs. Pode ser usado como uma boa desculpa para explicar, mais uma vez, que o mundo mudou e que a internet e as tecnologias de comunica\u00e7\u00e3o est\u00e3o chacoalhando as formas de produzir e acessar bens culturais \u00a0(aproveite para falar do Torrent tamb\u00e9m, talvez a principal met\u00e1fora para entender o que \u00e9 o mundo em compartilhamento de hoje). Nesse contexto novo, o Pirate Bay \u00e9 um farol anarquista a ser seguido, curtido e compartilhado – sempre com uma piscada de desconfian\u00e7a que o excesso de informa\u00e7\u00f5es a que temos acesso hoje nos d\u00e1 o dever de ter.<\/p>\n Assista o filme abaixo, com legendas em pt-br (ou english, se preferir).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Na tarde de 8 de fevereiro de 2013, escrevemos assim na nossa p\u00e1gina no Facebook: “Acabou de ser lan\u00e7ado (14h de hoje), simultaneamente na rede e no Festival de Berlim, e est\u00e1 dispon\u00edvel para download e em streaming no Youtube”.\u00a0O filme era \u00a0“The Pirate Bay – Away From the Keyboard“, \u00a0document\u00e1rio, que j\u00e1 nasceu importante, […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":9589,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[122,126,231],"tags":[1673,173,618,147,123,145,353,1778,305,159,220,1779,218],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9582"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9582"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9582\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9582"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9582"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9582"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=9582"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}<\/a><\/p>\n
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