{"id":9462,"date":"2012-12-11T14:43:06","date_gmt":"2012-12-11T14:43:06","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=9462"},"modified":"2012-12-11T14:43:06","modified_gmt":"2012-12-11T14:43:06","slug":"criptopunks-wikileaks-e-o-mundo-amanha","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2012\/12\/11\/criptopunks-wikileaks-e-o-mundo-amanha\/","title":{"rendered":"Criptopunks, wikileaks e o mundo amanh\u00e3"},"content":{"rendered":"
Uma parceria entre a\u00a0ag\u00eancia P\u00fablica<\/a>\u00a0e o Wikileaks est\u00e1 lan\u00e7ando no Brasil um document\u00e1rio em cap\u00edtulos intitulado “O Mundo Amanh\u00e3”. S\u00e3o 12 epis\u00f3dios com entrevistas realizadas por Julian Assange com nomes como\u00a0Noam Chomsky, Tariq Ali, o l\u00edder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, o presidente do Equador Rafael Correa, entre outros.<\/em><\/p>\n N\u00f3s estamos republicando o conte\u00fado no Facebook do Baixa<\/a>, toda quarta-feira, e j\u00e1 compilamos alguns deles na BaixaTV<\/a>. Hoje, vamos ressaltar os dois \u00faltimos epis\u00f3dios, sobre os “criptopunks”, como s\u00e3o nomeados alguns ativistas da liberdade de informa\u00e7\u00e3o na internet. Presentes no programa est\u00e3o\u00a0Jacob Appelbaum, Andy M\u00fcller-Maguhn, Jeremie Zimmerman e, claro, Julian Assange, no papel de advogado do diabo. \u201cTrole-nos, mestre troll<\/em>\u201d, brinca Jacob.<\/p>\n Os Criptopunks – um termo com pouqu\u00edssimas refer\u00eancias na internet – s\u00e3o nada mais que defensores radicais da liberdade de informa\u00e7\u00e3o na rede.\u00a0Programadores, ciberativistas, pesquisadores, hackers que, tamb\u00e9m, est\u00e3o na base da forma\u00e7\u00e3o do Wikileaks.\u00a0Jacob, por exemplo<\/a>, \u00e9 especialista em seguran\u00e7a em computadores e faz parte da equipe do TOR<\/a>, o mais conhecido software que permite a navega\u00e7\u00e3o an\u00f4nima na rede. Andy \u00e9<\/a>\u00a0membro do Chaos Computer Club<\/a>, a principal organiza\u00e7\u00e3o de hackers da Europa, criada em 1981 em Berlim (ah, Berlim<\/em>) e um dos mais combativos coletivos mundiais em defesa do anonimato da rede, promotores de diversos eventos<\/a> sobre o tema. Jer\u00e9mie<\/a> \u00e9 o porta-voz e um dos criadores do La Quadrature de Net<\/a>, grupo de advogados franceses que s\u00e3o refer\u00eancia fundamental em direito digital e liberdade na rede.<\/p>\n<\/div>\n O debate segue apoiado nas poss\u00edveis perspectivas para o futuro. Para os ativistas, as pol\u00edticas devem se pautar na sociedade e nas mudan\u00e7as que seguem com ela, n\u00e3o o contr\u00e1rio – o que concordamos inteiramente.<\/p>\n \u201cTemos a impress\u00e3o, com a batalha dos direitos autorais, de que os legisladores tentam fazer com que toda a sociedade mude para se adaptar ao esquema que \u00e9 definido por Hollywood. Esta n\u00e3o \u00e9 a forma de se fazer boas pol\u00edticas. Uma boa pol\u00edtica observa o mundo e se adapta a ele, de modo a corrigir o que \u00e9 errado e permitir o que \u00e9 bom<\/em>\u201d, diz Jeremie.<\/p>\n Mas sabemos que a busca por novas pol\u00edticas e uma nova arquitetura tem “o seu pre\u00e7o”, para usar um clich\u00ea jornal\u00edstico a que n\u00e3o queremos fugir. Jacob, detido v\u00e1rias vezes em aeroportos americanos, conta: \u201cEles disseram que eu sei por que isso ocorre. Depende de quando, eles sempre me d\u00e3o respostas diferentes. Mas geralmente d\u00e3o uma resposta, que \u00e9 a mesma em todas inst\u00e2ncias: \u2018porque n\u00f3s podemos\u2019\u201d.<\/p>\n<\/div>\n E provoca: \u201cA censura e vigil\u00e2ncia n\u00e3o s\u00e3o problemas de \u2018outros lugares\u2019.\u00a0As pessoas no Ocidente adoram falar sobre como iranianos e chineses e norte-coreanos precisam de anonimato, de liberdade, de todas essas coisas,\u00a0mas n\u00f3s n\u00e3o as temos aqui\u201d.<\/p>\n Jeremie tamb\u00e9m cutuca o nosso amado Google: “\u00c9\u00a0s\u00f3 olhar o Google. O Google sabe, se voc\u00ea \u00e9 um usu\u00e1rio padr\u00e3o do Google, o Google sabe com quem voc\u00ea se comunica, quem voc\u00ea conhece, do que voc\u00ea pesquisa, potencialmente sua orienta\u00e7\u00e3o sexual, sua religi\u00e3o e pensamento filos\u00f3fico mais que sua m\u00e3e e talvez mais que voc\u00ea mesmo\u201d.<\/p>\n Em tom “amea\u00e7ador”,\u00a0avisam: para se ter paz na internet, \u00e9 preciso haver liberdade. Ou a guerra vai continuar. N\u00e3o \u00e9?<\/p>\n<\/div>\n La Quadrature du Net, importante refer\u00eancia francesa em direito digital<\/p><\/div>\n<\/div>\n *<\/p>\n A entrevista est\u00e1 dividida em duas partes. A primeira parte fala um tanto\u00a0sobre os desafios t\u00e9cnicos colocados pelo furto do governo a dados pessoais, a import\u00e2ncia do ativismo na web e\u00a0a democratiza\u00e7\u00e3o da tecnologia de criptografia. Na segunda,\u00a0os destaques s\u00e3o a arquitetura da internet, a liberdade de express\u00e3o e as consequ\u00eancias da luta por novas pol\u00edticas na web. Assista ambas aqui abaixo – ou ent\u00e3o leia e baixe a \u00edntegra da primeira<\/a> e da segunda<\/a>, em pdf.<\/p>\n <\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Uma parceria entre a\u00a0ag\u00eancia P\u00fablica\u00a0e o Wikileaks est\u00e1 lan\u00e7ando no Brasil um document\u00e1rio em cap\u00edtulos intitulado “O Mundo Amanh\u00e3”. 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