{"id":9332,"date":"2012-09-26T18:31:38","date_gmt":"2012-09-26T18:31:38","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=9332"},"modified":"2012-09-26T18:31:38","modified_gmt":"2012-09-26T18:31:38","slug":"todos-nos-plagiamos-inclusive-bob-dylan","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2012\/09\/26\/todos-nos-plagiamos-inclusive-bob-dylan\/","title":{"rendered":"Todos n\u00f3s plagiamos, inclusive Bob Dylan"},"content":{"rendered":"

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Kirby Ferguson, diretor dos quatro cap\u00edtulos de “Tudo \u00e9 Remix<\/a>“, deu recentemente uma pequena confer\u00eancia no TEDx com o t\u00edtulo de “Embrace the Remix”.<\/p>\n

Ali, Kirby falou sobre a natureza do remix e de como as ideias s\u00e3o sempre baseadas umas nas outras, dando o exemplo de ningu\u00e9m menos que Bob Dylan, que, por sua vez, seguiu o conselho de seu mestre Woody Guthrie:\u00a0\u201cImportante \u00e9 a letra.\u00a0N\u00e3o se preocupe com a melodia. Pegue uma melodia,\u00a0cante alto enquanto eles cantam baixo,\u00a0cante r\u00e1pido quando cantam lentamente e voc\u00ea tem uma nova can\u00e7\u00e3o<\/strong><\/em>.\u201d<\/p>\n

Em sua fala, Kirby p\u00f5e lado a lado a vers\u00e3o de Dylan para m\u00fasicas tradicionais dos Estados Unidos, para que todos vejam que ele,\u00a0assim como todos cantores folk, copiou melodias,\u00a0transformou-as, combinou-as com novas letras\u00a0que eram frequentemente sua pr\u00f3pria mistura\u00a0de material anterior.<\/p>\n

Esteja combinado: Bob Dylan \u00e9, como todo g\u00eanio, um excelente copiador. Al\u00e9m das suas m\u00fasicas, j\u00e1 fez isso em seus quadros (uma dessas \u00e9 imagem que abres este post) na s\u00e9rie chamada \u201cThe Asia Series\u201d,\u00a0que foram “acusados” de serem reprodu\u00e7\u00f5es<\/a> de fotos conhecidas de\u00a0Henri Cartier-Bresson e L\u00e9on Busy.<\/p>\n

E recentemente voltou ao assunto quando do lan\u00e7amento de seu \u00faltimo disco, “Tempest” – que pode ser baixado aqui<\/a>.\u00a0Questionado sobre as cita\u00e7\u00f5es ao livro\u00a0Confessions of a Yakuza<\/a>, de\u00a0Junichi Saga, e ao poeta do s\u00e9culo 19\u00a0Henry Timrod<\/a>\u00a0em sua obra,\u00a0Dylan\u00a0respondeu que se n\u00e3o fosse por ele muitas pessoas nunca teriam ouvido falar dos escritores.<\/p>\n

“Todo mundo pode, menos eu”, queixou-se o bardo. “Para mim h\u00e1 regras diferentes.” Ele chamou seus cr\u00edticos de “wussies and pussies” (algo como “fracos e covardes”).\u00a0Em 2003, o “Wall Street Journal” relatou que as letras do disco “Love and Theft”, de 2001, eram notavelmente parecidas com trechos da biografia de Junichi Saga, lan\u00e7ada em 1995.\u00a0Num dos trechos identificados, por exemplo, a letra de Dylan diz: “N\u00e3o sou t\u00e3o legal e clemente quanto pare\u00e7o<\/em>“; no livro, l\u00ea-se a frase: “N\u00e3o sou t\u00e3o legal ou clemente quanto eu poderia parecer<\/em>“.<\/p>\n

Continuou ele<\/a>: “Estou trabalhando dentro da minha forma de arte”, disse Dylan na entrevista. “\u00c9 simples assim (…). Chama-se composi\u00e7\u00e3o. Tem a ver com melodia e ritmo, e depois disso vale tudo. Voc\u00ea torna tudo seu. Todos n\u00f3s fazemos isso<\/em>“. BINGO!<\/p>\n

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\u00a0\"\"<\/a><\/div>\n

Veja abaixo a transcri\u00e7\u00e3o da fala de Kirby no TedX. Clique na imagem acima para assistir o v\u00eddeo, com a transcri\u00e7\u00e3o na l\u00edngua que quiser.<\/p>\n

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Vamos come\u00e7ar em 1964.\u00a0Bob Dylan tem 23 anos, e sua carreira\u00a0est\u00e1 atingindo seu apogeu.\u00a0Ele foi nomeado o porta-voz de uma gera\u00e7\u00e3o,\u00a0e produz can\u00e7\u00f5es cl\u00e1ssicas\u00a0num ritmo aparentemente imposs\u00edvel,\u00a0mas uma pequena minoria de dissidentes alega\u00a0que Bob Dylan est\u00e1 roubando m\u00fasicas de outros.<\/p>\n

2004. Brian Burton, vulgo Danger Mouse,\u00a0pega o \u201c\u00c1lbum Branco\u201d dos Beatles,\u00a0o combina com \u201cO \u00c1lbum Negro\u201d de Jay-Z\u00a0para criar o \u201c\u00c1lbum Cinza\u201d.\u00a0\u201cO \u00c1lbum Cinza\u201d torna-se sensa\u00e7\u00e3o imediata na Internet,\u00a0e a gravadora dos Beatles envia in\u00fameras\u00a0cartas de intima\u00e7\u00e3o apontando \u201cconcorr\u00eancia desleal\u00a0e dilui\u00e7\u00e3o do valor da nossa propriedade.\u201d<\/p>\n

Agora, \u201cO \u00c1lbum Cinza\u201d \u00e9 um remix.\u00a0\u00c9 material novo criado com material antigo.\u00a0Foi feito usando essas tr\u00eas t\u00e9cnicas:\u00a0copiar, transformar e combinar.\u00a0Assim se faz o remix. Pegamos m\u00fasicas j\u00e1 existentes,\u00a0as dividimos em partes, transformamos as pe\u00e7as,\u00a0as combinamos novamente,\u00a0e temos uma m\u00fasica nova, mas esta\u00a0\u00e9 distintamente composta de m\u00fasicas antigas.<\/p>\n

Por\u00e9m esses n\u00e3o s\u00e3o os \u00fanicos componentes da remixagem.\u00a0Acho que s\u00e3o os elementos b\u00e1sicos de toda criatividade.\u00a0Acho que tudo \u00e9 um remix,\u00a0e penso esta ser a melhor maneira de se conceber criatividade.<\/p>\n

Bem, vamos de volta a 1964 e ouvir\u00a0de onde originaram as primeiras m\u00fasicas de Dylan.Vamos compar\u00e1-las lado a lado.<\/p>\n

Muito bem, a primeira m\u00fasica que ir\u00e3o ouvir\u00a0\u00e9 “Nottamun Town”. \u00c9 uma melodia popular tradicional.\u00a0E em seguida ouvir\u00e3o \u201cMasters of War\u201d de Dylan.<\/p>\n

Jean Ritchie: \u266b Em Nottamun Town, ningu\u00e9m olhava para fora, \u266b<\/p>\n

\u266b ningu\u00e9m olhava para cima, ningu\u00e9m olhava para baixo. \u266b<\/p>\n

Bob Dylan: \u266b Venham senhores da guerra, \u266b<\/p>\n

\u266b voc\u00eas que constroem as grandes armas, voc\u00eas que constroem os avi\u00f5es da morte, \u266b<\/p>\n

\u266b voc\u00eas que constroem as bombas. \u266b<\/p>\n

Kirby Ferguson: Muito bem, \u00e9 a mesma melodia de base\u00a0e estrutura geral. A pr\u00f3xima \u00e9 \u201cThe Patriot Game\u201d,\u00a0de Dominic Behan. Ao seu lado,\u00a0ouvir\u00e3o: \u201cWith God on Our Side\u201d de Dylan.<\/p>\n

Dominic Behan: \u266b Venham todos jovens rebeldes, \u266b<\/p>\n

\u266b e alistem-se enquanto canto, \u266b<\/p>\n

\u266b pois o amor a nossa p\u00e1tria \u00e9 algo poderoso. \u266b<\/p>\n

BD: \u266b Oh meu nome \u00e9 nada, \u266b<\/p>\n

\u266b minha idade significa menos ainda, \u266b<\/p>\n

\u266b a terra de onde venho se chama Meio-Oeste. \u266b<\/p>\n

KF: O.k., ent\u00e3o neste caso, Dylan admite\u00a0que ele deve ter ouvido \u201cThe Patriot Game\u201d mas se esqueceu,\u00a0ent\u00e3o quando a m\u00fasica ficou em sua\u00a0cabe\u00e7a, ele simplesmente pensou que era sua m\u00fasica.<\/p>\n

A \u00faltima: “Who’s Going To Buy You Ribbons\u201d,\u00a0uma outra can\u00e7\u00e3o popular tradicional.\u00a0Com esta ou\u00e7am “Don’t Think Twice, It’s All Right”.\u00a0Esta \u00e9 mais sobre a letra da m\u00fasica.<\/p>\n

Paul Clayton: \u266b N\u00e3o adianta sentar e suspirar agora, \u266b<\/p>\n

\u266b querida, n\u00e3o adianta sentar e chorar agora. \u266b<\/p>\n

BD: \u266b N\u00e3o adianta sentar e pensar por que, baby, \u266b<\/p>\n

\u266b se voc\u00ea ainda n\u00e3o sabe, \u266b<\/p>\n

\u266b e n\u00e3o adianta sentar e pensar por que, baby, \u266b<\/p>\n

\u266b De nada isso adiantar\u00e1. \u266b<\/p>\n

KF: O.k., agora, tem muitas assim.\u00a0Estima-se que dois ter\u00e7os das melodias\u00a0que Dylan usou em suas primeiras m\u00fasicas foram emprestadas.\u00a0Isso \u00e9 bem t\u00edpico entre cantores da m\u00fasica folk.\u00a0Este \u00e9 o conselho do \u00eddolo de Dylan, Woody Guthrie.<\/p>\n

\u201cImportante \u00e9 a letra.\u00a0N\u00e3o se preocupe com a melodia. Pegue uma melodia,\u00a0cante alto enquanto eles cantam baixo,\u00a0cante r\u00e1pido quando cantam lentamente e voc\u00ea tem uma nova can\u00e7\u00e3o.\u201d\u00a0(Risos) (Aplausos)\u00a0E foi isto que Guthrie fez aqui,\u00a0e tenho certeza que todos voc\u00eas reconhecem os resultados.\u00a0(M\u00fasica)\u00a0Conhecemos esta melodia, certo? Conhecemos?\u00a0Na verdade n\u00e3o a conhecem.\u00a0Ela \u00e9 “When the World’s on Fire”, uma melodia muito antiga,\u00a0neste caso apresentada pela Fam\u00edlia Carter.\u00a0Guthrie a adaptou para \u201cThis Land is Your Land\u201d.\u00a0Ent\u00e3o, Bob Dylan, assim como todos cantores folk, copiou melodias,\u00a0transformou-as, combinou-as com novas letras\u00a0que eram frequentemente sua pr\u00f3pria mistura\u00a0de material anterior.<\/p>\n

Agora, direitos autorais americanos e leis de patente v\u00e3o contra\u00a0essa no\u00e7\u00e3o de que n\u00f3s constru\u00edmos no trabalho de outros.\u00a0Em vez disso, essas leis e as leis do mundo inteirousam uma analogia bastante estranha com respeito a propriedade.\u00a0As obras criativas podem ser uma esp\u00e9cie de propriedade,\u00a0mas \u00e9 propriedade que todos n\u00f3s constru\u00edmos,\u00a0e as cria\u00e7\u00f5es somente podem enraizar e crescer\u00a0uma vez que o terreno tenha sido preparado.<\/p>\n

Henry Ford uma vez disse: \u201cN\u00e3o inventei nada de novo.\u00a0Simplesmente juntei as descobertas de outros homens\u00a0que trabalharam nisso durante s\u00e9culos.\u00a0O progresso acontece quando todos os fatores contribuintes\u00a0est\u00e3o preparados e ent\u00e3o ele \u00e9 inevit\u00e1vel.\u201d<\/p>\n

2007. O iPhone faz a sua estr\u00e9ia.\u00a0A Apple sem d\u00favida nos traz esta inova\u00e7\u00e3o rapidamente,mas seu momento se aproximava porque o n\u00facleo desta tecnologia\u00a0j\u00e1 estava sendo desenvolvido durante d\u00e9cadas.\u00a0\u00c9 o multi-toque que controla um dispositivo\u00a0com um toque em sua tela.\u00a0Aqui est\u00e1 Steve Jobs apresentando o multi-toque\u00a0e fazendo uma piada um tanto prof\u00e9tica.<\/p>\n

Steve Jobs: E inventamos uma nova tecnologia\u00a0chamada multi-toque.\u00a0Podemos fazer m\u00faltiplos gestos com os dedos,\u00a0e gente, n\u00f3s a patenteamos. (Risos)\u00a0KF: Sim. No entanto, eis aqui o multi-toque em a\u00e7\u00e3o.\u00a0Isso \u00e9 no TED, cerca de um ano antes.\u00a0Este \u00e9 Jeff Han, e isto \u00e9 multi-toque.\u00a0\u00c9 o mesmo tipo de coisa.\u00a0Vamos ouvir o que Jeff Han tem a dizer sobre esta\u00a0tecnologia ultra moderna.\u00a0Jeff Han: O sensor de multi-toque n\u00e3o \u00e9 nada \u2013\u00a0n\u00e3o \u00e9 algo novo. Quero dizer, pessoas como Bill Buxton\u00a0experimentaram com isto nos anos 80.\u00a0No momento, a tecnologia aqui n\u00e3o \u00e9 o mais empolgante\u00a0a n\u00e3o ser o fato da sua acessibilidade ser rec\u00e9m-descoberta.\u00a0KF: Ent\u00e3o ele \u00e9 bastante honesto ao dizer que isto n\u00e3o \u00e9 novo.\u00a0Portanto n\u00e3o \u00e9 o multi-toque como um todo que \u00e9 patenteado.\u00a0Mas sim suas pequenas partes,\u00a0e s\u00e3o nesses pequenos detalhes onde\u00a0vemos claramente que a lei de patentes contradiz seu prop\u00f3sito:\u00a0promover o progresso das artes \u00fateis.<\/p>\n

Aqui est\u00e1 o primeiro \u2018deslizar para desbloquear\u2019.\u00a0Isso \u00e9 tudo que h\u00e1 nisto. A Apple patenteou isso.\u00a0\u00c9 uma patente de software de 28 p\u00e1ginas, mas vou resumir\u00a0e conto o final: Desbloquear seu celular\u00a0deslizando um \u00edcone com o dedo. (Risos)\u00a0S\u00f3 estou exagerando um pouquinho. \u00c9 uma patente ampla.<\/p>\n

Agora, pode algu\u00e9m possuir esta ideia?\u00a0Nos anos 80, patentes de software n\u00e3o existiam,\u00a0e a Xerox foi a pioneira em interface gr\u00e1fica do usu\u00e1rio.\u00a0E se eles tivessem patenteado os menus pop-up,\u00a0barras de rolagem, o desktop com \u00edcones que se parecem com pastas\u00a0e folhas de papel?\u00a0Teria uma Apple jovem e sem experi\u00eancia\u00a0sobrevivido ao ataque judicial de uma empresa\u00a0maior e mais estabelecida como a Xerox?<\/p>\n

Esta ideia que tudo \u00e9 um remix pode parecer\u00a0senso comum at\u00e9 que um remix aconte\u00e7a para voc\u00ea.\u00a0Por exemplo…\u00a0SJ: Quero dizer, Picasso tinha um ditado.\u00a0Ele disse: \u201cBons artistas copiam. Grande artistas se apropriam.\u201d\u00a0Temos\u00a0sido sempre imprudentes sobre o roubo das grandes ideias.\u00a0KF: O.k., isto \u00e9 em 1996. Aqui \u00e9 em 2010.\u00a0\u201cVou destruir Android porque \u00e9 um produto roubado.\u201d\u00a0(Risos)\u00a0“Estou disposto a ir \u00e0 guerra termonuclear por isso.” (Risos)\u00a0O.k. em outras palavras, grandes artistas se apropriam, mas n\u00e3o de mim.\u00a0(Risos)<\/p>\n

Economistas comportamentais se refeririam a este tipo de coisa como avers\u00e3o \u00e0 perda.Temos uma predisposi\u00e7\u00e3o forte para proteger\u00a0aquilo que sentimos ser nosso.\u00a0N\u00e3o temos esta mesma avers\u00e3o ao copiar\u00a0o que pertence \u00e0s outras pessoas, porque fazemos isso o tempo todo.<\/p>\n

Este \u00e9 o tipo de equa\u00e7\u00e3o que estamos vendo.\u00a0Temos leis que fundamentalmente tratam obras criativas como propriedade,\u00a0mais recompensas maci\u00e7as ou acordos\u00a0em casos de viola\u00e7\u00e3o, mais taxas legais alt\u00edssimas\u00a0para sua prote\u00e7\u00e3o em ju\u00edzo,\u00a0mais enviesamentos cognitivos contra perda percebida.\u00a0E a soma se parece assim.\u00a0Essas s\u00e3o as a\u00e7\u00f5es judiciais dos \u00faltimos 4 anos\u00a0no mundo dos smartphones.\u00a0Isso promove o progresso das artes \u00fateis?<\/p>\n

1983. Bob Dylan tem 42 anos, e sua era\u00a0de destaque cultural j\u00e1 passou h\u00e1 tempos.\u00a0Ele grava uma can\u00e7\u00e3o chamada \u201cBlind Willie McTell\u201d,\u00a0em homenagem ao cantor de blues e a can\u00e7\u00e3o\u00a0\u00e9 uma jornada ao passado, em um per\u00edodo muito mais sombrio,\u00a0mas mais simples, um per\u00edodo em que m\u00fasicos como Willie McTell\u00a0tinham poucas ilus\u00f5es do que faziam.\u00a0\u201cEu tomo de outros compositores\u00a0mas eu as arranjo \u00e0 minha maneira.\u201d<\/p>\n

Creio que isto \u00e9 o que fazemos em geral.\u00a0Nossa criatividade vem de fora, n\u00e3o de dentro.N\u00e3o a criamos por n\u00f3s mesmos. Dependemos uns dos outros,\u00a0e admitir isto a n\u00f3s mesmos n\u00e3o \u00e9 abra\u00e7ar\u00a0a mediocridade e deriva\u00e7\u00e3o.\u00a0\u00c9 uma liberta\u00e7\u00e3o dos nossos conceitos err\u00f4neos,\u00a0e um incentivo para n\u00e3o esperarmos tanto de n\u00f3s mesmos\u00a0e simplesmente come\u00e7ar.<\/p>\n

Muito obrigado. Foi uma honra estar aqui.\u00a0Obrigado.<\/p>\n<\/blockquote>\n

Agrade\u00e7emos a indica\u00e7\u00e3o da Fa Conti<\/a> e da Aracele Torres<\/a>.<\/p>\n

Cr\u00e9dito foto: 1<\/a><\/address>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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