{"id":810,"date":"2008-12-21T14:18:32","date_gmt":"2008-12-21T14:18:32","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=810"},"modified":"2008-12-21T14:18:32","modified_gmt":"2008-12-21T14:18:32","slug":"publicacoes-com-arquivos-completos-online","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2008\/12\/21\/publicacoes-com-arquivos-completos-online\/","title":{"rendered":"Publica\u00e7\u00f5es disponibilizam acervo digitalizado"},"content":{"rendered":"

A libera\u00e7\u00e3o dos arquivos de revistas\/jornais est\u00e1 mesmo\u00a0se alastrando. Falamos aqui<\/a> do arquivo fotogr\u00e1fico da Life, e hoje voltamos ao assunto\u00a0gra\u00e7as ao an\u00fancio da disponibiliza\u00e7\u00e3o de todo o arquivo da revista Veja<\/a>, desde 11\/09\/1968, data da primeira edi\u00e7\u00e3o. O esquema para visualizar as edi\u00e7\u00f5es \u00e9 simples e intuitivo, apesar de ainda um pouco lento. D\u00e1 para ver desde a primeira edi\u00e7\u00e3o at\u00e9 a da semana passada.<\/p>\n

Procurando um pouquinho, nota-se que h\u00e1 outras iniciativas semelhantes interessantes. Um dos principais jornais da Espanha, o La Vanguardia, editado em Barcelona, est\u00e1 com sua hemeretoca<\/a> aberta desde outubro, o que significa que podemos ver todas as edi\u00e7\u00f5es do jornal desde a sua funda\u00e7\u00e3o, em 1881. Outro dos grandes jornais da Espanha, o El Pa\u00eds, tamb\u00e9m disponibiliza<\/a> seu arquivo – desde 1976 – gratuitamente.<\/p>\n

Na Inglaterra, o jornal The Times<\/a> disponibiliza online 200 anos de seu acervo: de 1785 a 1985 (a n\u00e3o ser entre dezembro de 1978 e novembro de 1979,\u00a0per\u00edodo em que\u00a0o jornal n\u00e3o circulou). O acesso aos 20 milh\u00f5es de artigos e cerca de 35 milh\u00f5es de imagens \u00e9 gratuito, mas exige que o leitor se cadastre.\u00a0Nos EUA, a\u00a0revista Popular Science, publicada entre 1870 e dezembro de 2006, colocou todas as suas edi\u00e7\u00f5es para consulta aqui<\/a>, via Google Books. Al\u00e9m das mat\u00e9rias, aqui se destacam as hil\u00e1rias propagandas de produtos\u00a0 hoje (bem) ultrapassados, como essa vitrola aqui abaixo:<\/p>\n

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\"screenhunter_17-dec-10-1839\"<\/p>\n

Voltando ao Brasil.\u00a0O\u00a0tradicional Roda Viva tem seu arquivo aberto atrav\u00e9s do projeto “Mem\u00f3ria Roda Viva<\/a>“. N\u00e3o tem programa no\u00a0pa\u00eds que tenha recebido mais entrevistados ilustres que este. Para ficar s\u00f3 em alguns nomes,\u00a0 j\u00e1\u00a0passaram por l\u00e1\u00a0Adolfo Bioy Casares<\/a>, Pedro Almod\u00f3var<\/a>, Anthony Giddens<\/a>, Darcy Ribeiro<\/a>, Fidel Castro<\/a>, Noam Chonsky<\/a>, Edgar Morin<\/a>, Pierre L\u00e9vy<\/a>, Manuel Castells<\/a>, dentre in\u00fameros outros.<\/p>\n

H\u00e1 passos mais lentos, \u00e9 o que tamb\u00e9m faz o jornalista Sandro Fortunato, criador do Mem\u00f3ria Viva<\/a>. O site n\u00e3o \u00e9 especialista em mem\u00f3ria da m\u00eddia, mas \u00e9 poss\u00edvel encontrar conte\u00fado de publica\u00e7\u00f5es hist\u00f3ricas, como da revista O Cruzeiro<\/a>.<\/p>\n

Segundo esta not\u00edcia<\/a>, Fortunato estava com tudo pronto para trabalhar na disponibiliza\u00e7\u00e3o do acervo do Pasquim. Como se trata de uma not\u00edcia de 2006, \u00e9 poss\u00edvel supor [entramos em contato para sanar a d\u00favida, mas n\u00e3o obtivemos resposta] que o jornalista tenha desistido ou que tenha sido impedido quando, no mesmo ano, foi publicado o primeiro volume da Antologia O Pasquim<\/a>. Que, ali\u00e1s, n\u00e3o \u00e9 exatamente um livro barato, al\u00e9m de tratar-se de um arquivo de mem\u00f3ria editado na fonte, e n\u00e3o pelo leitor, como \u00e9 o caso das iniciativas online e uma de suas vantagens.<\/p>\n

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\"cruzeiro\"<\/p>\n

O jornalismo brasileiro costuma cultivar uma postura rom\u00e2ntica em rela\u00e7\u00e3o ao seu pr\u00f3prio passado. N\u00e3o \u00e9 raro, embora nem sempre seja fato, ouvir que esta ou aquela revista era melhor nos primeiros anos, ou que certas \u00e9pocas abrigaram experi\u00eancias jornal\u00edsticas jamais repetidas [como o Pasquim dos anos de chumbo], ou que o jornalista n\u00e3o \u00e9 mais o que costumava ser, e tal. Sem aprofundar o m\u00e9rito da reclama\u00e7\u00e3o,\u00a0trata-se de um contexto excelente para esse tipo de iniciativa – seja para que novos profissionais aprendam com melhores \u00e9pocas, seja para que se perceba o quanto de folclore h\u00e1 na nostalgia.<\/p>\n

[Leonardo Foletto<\/strong> e Reuben da Cunha Rocha<\/strong>]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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