{"id":6615,"date":"2012-05-16T13:20:06","date_gmt":"2012-05-16T13:20:06","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=6615"},"modified":"2012-05-16T13:20:06","modified_gmt":"2012-05-16T13:20:06","slug":"de-paraty-a-porto-alegre-de-santa-maria-ao-onibus-hacker","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2012\/05\/16\/de-paraty-a-porto-alegre-de-santa-maria-ao-onibus-hacker\/","title":{"rendered":"De Paraty a Porto Alegre, de Santa Maria ao \u00d4nibus Hacker"},"content":{"rendered":"

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J\u00e1 faz dois dias que o \u00d4nibus Hacker voltou da participa\u00e7\u00e3o na Virada Digital em Paraty. Foi uma jornada incr\u00edvel, apesar (ou por causa?) dos percal\u00e7os t\u00e9cnicos.<\/p>\n

Vejamos: o bus\u00e3o estava programado para sair as 10h de sexta, da Casa da Cultura Digital, em S\u00e3o Paulo; saiu \u00e0s 19h. Duas horas depois e quase 200 Km rodados, a embreagem rec\u00e9m comprada estourou, e fomos conseguir parar perto de um posto de ped\u00e1gio pr\u00f3ximo a S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos. Relato da L\u00edvia Ascava<\/a>, uma das figuras centrais da organiza\u00e7\u00e3o do Bus\u00e3o: “est\u00e1vamos trocando ideia com o Reinaldo [motorista<\/em>] quando escutamos um ‘putaqueopariu, o pedal da embreagem caiu’.<\/p>\n

Ela continua: “Imagina o pedal colado no ch\u00e3o, tinha que bombear ele para que o ar sa\u00edsse e assim a press\u00e3o voltasse. Come\u00e7amos com a m\u00e3o, depois fizemos uma gambiarra com uma corda. Um apertarva o pedal pra baixo, com as pernas. Outro puxava o pedal pra cima, com uma cordinha. N\u00e3o deu certo; chamamos o guincho e 12 pizzas”. O guincho chegou antes, e as pizzas (calabresa eterna e mussarela a l\u00e0 escassez de gosto) foram consumidas com fome.<\/p>\n

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Algum tempo depois, com direito a roda de viol\u00e3o em pleno asfalto da rodovia Ayrton Senna, o \u00f4nibus foi guinchado a um posto pr\u00f3ximo. \u00c9 de l\u00e1 que saiu a foto acima, porque foi assim: enquanto as duas vans que nos levariam a Paraty n\u00e3o chegavam, o bus\u00e3o foi estacionado num descampado, luzes coloridas foram montadas e playlists (rock cl\u00e1ssico, de Led a Secos & Molhados, predominou) tentaram animar a noite algo fria do interior paulista.<\/p>\n

Por volta das 7h da manh\u00e3 chegamos a Paraty. Uma turma ficou no posto esperando o mec\u00e2nico consertar o bus\u00e3o, que s\u00f3 foi chegar na cidade \u00e0s 15h de s\u00e1bado, se instalando diretamente nas “tendas” da Virada. Foi a deixa para come\u00e7arem as oficinas do bus\u00e3o: de como fazer uma lei popular \u00e0 TV Pirata, passando por Como Montar uma R\u00e1dio Livre at\u00e9 Narrativas e Conte\u00fados para R\u00e1dio Digital.<\/p>\n

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“Acampamento Hacker” na Virada Digital<\/p><\/div>\n

Enquanto as grandes figuras da cultura digital\/pol\u00edtica conversavam quest\u00f5es macros na tenda, n\u00f3s fal\u00e1vamos para as bases, uma gurizada animada e interessada que nem precisou da nossa deixa para criticar o Jornal Nacional e toda a “grande m\u00eddia” e tax\u00e1-las de manipuladoras [Mas, por favor, sem essa de PiGs<\/a>, ok?<\/em>]. Eles \u00e9 que v\u00e3o terminar de transformar (n\u00e3o acabar, aten\u00e7\u00e3o) o jornalismo em algo mais conectado com a verdade e a transpar\u00eancia e menos com interesses lucrativos e obscuros.<\/p>\n

A oficina que participei, de Narrativas e Conte\u00fados para R\u00e1dio Digital, foi “conversada” dentro do bus\u00e3o, no espa\u00e7o ao fundo que costumamos chamar de “sala” por ser o das “jun\u00e7\u00f5es” de gente (ajuda essa parte ter uns bancos a menos). O grande parceiro Gilberto Vieira<\/a> fez uma decora\u00e7\u00e3o com luzinhas coloridas que deu um charme cabar\u00e9 a coisa toda, o que certamente contribuiu para que umas 15 pessoas passassem por ali (n\u00e3o achei foto dessa oficina; quando achar, posto aqui).<\/p>\n

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Liane Lira e Patr\u00edcia Cornilis na oficina de Lei de Iniciativa Popular<\/p><\/div>\n

Falamos de cultura livre, r\u00e1dio livre, jornalismo, o velho bin\u00f4mio hacker X cracker e at\u00e9 do Wikileaks – tive que explicar, pela primeira vez na vida, por que Assange foi “acusado” de estupro por ter feito sexo sem camisinha com duas mulheres suecas. Para ficar algo did\u00e1tico, propomos 3 eixos de trabalhos para produzir conte\u00fado pra r\u00e1dio que instalar\u00edamos na Virada: jornalismo, jingles\/publicidade e literatura\/arte.<\/p>\n

A gurizada embarcou na ideia: entrevistaram a mesma L\u00edvia, sentados no ch\u00e3o de brita do local, para entender mais do Bus\u00e3o Hacker; gravaram, com o porto-alegrense\u00a0Rodrigo Isoppo<\/a> ao viol\u00e3o e dire\u00e7\u00e3o musical, um embri\u00e3o de jingle a partir da m\u00fasica “Vira-Vira”, dos Mamonas Assassinas, e as palavras “virada digital”. E teve at\u00e9 tempo para leitura de poema de um dos garotos, de 16 anos, para sua namorada – ou seria um poema da namorada para ele?<\/p>\n

N\u00e3o conseguimos instalar a r\u00e1dio na virada, mas o conte\u00fado da gurizada foi gravado e, se der, editamos e publicamos em outro momento da R\u00e1dio Hacker – que, ali\u00e1s, est\u00e1 sendo instalada numa sala secreta<\/del> da Casa da Cultura Digital<\/a> e em breve posto aqui novidades sobre isso e o que ela ter\u00e1 a ver com o BaixaCultura.<\/p>\n

[Quer saber mais sobre a Virada? o site do bus\u00e3o Hacker tem\u00a0mais esse relato<\/a>, a\u00a0fanpage no Facebook<\/a>\u00a0tem muitas fotos, assim como o Flickr<\/a>. E o Estad\u00e3o fez\u00a0uma mat\u00e9ria sobre<\/a>\u00a0o evento todo.<\/em>]<\/p>\n

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Fabr\u00edcio Zuardi e Taipan, filho de Alex Antunes, que pirou na escaleta<\/p><\/div>\n

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\u00a0A jornada da semana passada terminou com a volta a S\u00e3o Paulo no domingo \u00e0 tarde\/noite, p\u00f3s Virada Digital. Mas come\u00e7ou com Santa Maria, na quarta feira, num bate-papo que fiz com Andr\u00e9 Galar\u00e7a<\/a> na Feira do Livro de Santa Maria<\/a>. O tema era o “Ef\u00eamero Revisitado<\/a>” e suas conversas sobre teatro e cultura digital, mas, como \u00e9 de costume em eventos que ocorrem na pra\u00e7a central da cidade, o assunto foi para outros lados, de “futuro do jornalismo” a “o que mudou na sua vida depois de escrever um livro”.<\/p>\n

Tentei responder a todas as quest\u00f5es; fiquei feliz s\u00f3 delas existirem em mais de 10, algo raro quando se trata de assuntos desconhecidos de muita gente (como ainda \u00e9 o teatro digital). Pelas minhas contagens, devem ter visto a conversa umas 60 pessoas, entre os talvez 40 sentados e outros tantos que passavam pela pra\u00e7a, sentavam um pouco, e seguiam seu rumo. Um salve a Feira do Livro de Santa Maria e a produtora OPSs!<\/a> pelo convite e recep\u00e7\u00e3o. [Dei uma entrevista r\u00e1pida a R\u00e1dio Itapema local, comandada pelo camarada M\u00e1rcio Grings<\/a>; assim que descolar o \u00e1udio reproduzo aqui<\/em>].<\/p>\n

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Transmiss\u00e3o da P\u00f3s-TV\/Lan\u00e7amento do Ef\u00eamero em Porto Alegre<\/p><\/div>\n

Na quinta feira, rolou o lan\u00e7amento\/transmiss\u00e3o da P\u00f3s-TV sobre teatro digital em Porto Alegre, na Palavraria<\/a>, com o apoio essencial da Casa Fora do Eixo. Apesar de alguns problemas t\u00e9cnicos (os dois skypes marcados para o momento deram pau diversas vezes, o que \u00e9 normal nestes casos), a conversa foi bem produtiva; podemos fazer uma ponte legal com M\u00e1rcio Meirelles, l\u00e1 de Salvador, e com Leonardo Roat, de Florian\u00f3polis, al\u00e9m de Cl\u00e1udia Schulz, que mediou a conversa.<\/p>\n

Os v\u00eddeos do programa (Tubo de Ensaio) podem ser assistidos aqui<\/a>. Agrade\u00e7o ao pessoal da Casa Fora do Eixo POA<\/a> que ajudou a produzir todo o evento – inclusive o coquetel que rolou ap\u00f3s a conversa – e aos amigos e interessados que apareceram na noite agrad\u00e1vel de quinta 10\/5 em Porto Alegre.<\/p>\n

[Leonardo Foletto]\u00a0<\/em><\/p>\n

Cr\u00e9ditos fotos: Flickr \u00d4nibus Hacker<\/a> (2 a 13), Facebook VJ Varga<\/a> (1), Casa Fora do Eixo POA<\/a> (14)<\/address>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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