{"id":6576,"date":"2012-04-27T18:16:55","date_gmt":"2012-04-27T18:16:55","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=6576"},"modified":"2012-04-27T18:16:55","modified_gmt":"2012-04-27T18:16:55","slug":"tudo-vigiado-por-maquinas-de-adoravel-graca","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2012\/04\/27\/tudo-vigiado-por-maquinas-de-adoravel-graca\/","title":{"rendered":"Tudo vigiado por m\u00e1quinas de ador\u00e1vel gra\u00e7a"},"content":{"rendered":"

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Nossa parceira de compartilhamentos digito-culturais, Aracele Torres<\/a>, fez um belo post em seu blog<\/a> sobre o document\u00e1rio “All Watched Over by Machines of Loving Grace<\/a>, produzido em 2011 pelo documentarista\u00a0Adam Curtis<\/a>\u00a0em parceria com a\u00a0BBC<\/a>.<\/p>\n

Tudo vigiado por m\u00e1quinas de ador\u00e1vel gra\u00e7a<\/em>” \u00e9 uma densa e profunda viagem audiovisual a teorias e hist\u00f3rias que buscam entender\/explicar\/contar a cada vez mais complexa rela\u00e7\u00e3o homem-m\u00e1quina, a vigil\u00e2ncia onipresente dos computadores e o excesso de informa\u00e7\u00e3o a que estamos lidando diariamente.<\/p>\n

O doc est\u00e1 dividido em 3 partes: “Amor e Poder<\/strong>“,”O uso e abuso dos conceitos vegetacionais<\/strong>” e\u00a0\u00a0“O macaco dentro da m\u00e1quina e a m\u00e1quina dentro do macacos<\/strong>“, cada uma com cerca de uma hora de dura\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Resolvemos roubar e republicar aqui abaixo o post de Aracele no Cibermundi<\/a>, com os devidos cr\u00e9ditos & reconhecimentos. E, claro, com as tr\u00eas partes do doc, na \u00edntegra e com legendas em portugu\u00eas – (que estar\u00e3o na nossa BaixaTV tamb\u00e9m). Enjoy!<\/p>\n

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\"doc-bbc\"<\/a>
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All watched over by machines of loving grace<\/a>\u00a0\u00e9 um document\u00e1rio produzido no ano passado por\u00a0Adam Curtis<\/a>\u00a0em parceria com a\u00a0BBC<\/a>. Seu t\u00edtulo faz refer\u00eancia a um poema publicado em 1967 sob o mesmo nome, cujo o autor,\u00a0Richard Brautigan<\/a>, falava de uma sociedade onde os homens estavam livres de trabalho e a natureza tinha alcan\u00e7ado seu estado de\u00a0equil\u00edbrio, tudo gra\u00e7as ao avan\u00e7o da\u00a0cibern\u00e9tica<\/a>.<\/p>\n

O document\u00e1rio de Adam Curtis \u00e9 dividido em 3 partes diferentes, cada uma falando de um subtema relacionado \u00e0 nossa cren\u00e7a nas m\u00e1quinas e no seu poder de transformar a vida humana. Na verdade, o doc faz uma cr\u00edtica \u00e0 essa cren\u00e7a, \u00e0 sobrevaloriza\u00e7\u00e3o das m\u00e1quinas, defendendo que elas n\u00e3o conseguiram cumprir o papel libertador esperado.<\/p>\n

A primeira parte, intitulada “Amor e Poder<\/em>“, aborda as implica\u00e7\u00f5es da teoria do\u00a0Objetivismo<\/a>\u00a0de Ayn Rand<\/a>,\u00a0que propunha uma sociedade livre do altru\u00edsmo, sobre o mercado financeiro norte-americano e tamb\u00e9m sobre os produtores de tecnologia do Vale do Sil\u00edcio. Esta primeira parte do document\u00e1rio mostra como o casamento entre a teoria de Ayn e a cren\u00e7a no poder das m\u00e1quinas produziu a ilus\u00e3o de uma sociedade que prescindia, entre outras coisas, de pol\u00edticos e que se autogovernava e se autoregulava com a ajuda dos computadores.<\/p>\n

A segunda parte do doc, “O uso e abuso dos conceitos vegetacionai<\/em>s”, mostra o entrela\u00e7amento entre a teoria da cibern\u00e9tica e a teoria do ecossistemas naturais, que produziu a cren\u00e7a de que a natureza era um sistema autorregulado e est\u00e1vel. Aqui Adam fala sobre a emerg\u00eancia das comunidades hippies nos anos 60 e dos cientistas da computa\u00e7\u00e3o da contracultura, descrentes com a pol\u00edtica e desejosos de uma sociedade sem l\u00edderes e organizada em forma de redes.<\/p>\n

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A terceira parte, “O Macaco dentro da M\u00e1quina e a M\u00e1quina dentro do Macaco<\/em>“, encerra o v\u00eddeo com a discuss\u00e3o em torno da teoria sobre o comportamento humano moldado por c\u00f3digos matem\u00e1ticos gen\u00e9ticos – o ser humano como uma m\u00e1quina controlada por seus genes. Nessa parte final, Adam fala sobre como pensamos ser m\u00e1quinas e de como isso provocou guerras \u00e9tnicas.<\/p>\n

Adam arremata seu document\u00e1rio com uma critica contundente \u00e0 tradi\u00e7\u00e3o tecno-ut\u00f3pica. Para ele, o fato de depositarmos nossas esperan\u00e7as de revolu\u00e7\u00e3o nas m\u00e1quinas e, muitas vezes, tamb\u00e9m nos enxergamos como m\u00e1quinas, \u00e9 uma forma de desculpa e justificativa para nossa incapacidade pol\u00edtica de mudar o mundo.<\/p>\n

O document\u00e1rio de Adam \u00e9 um verdadeiro passeio por acontecimentos e ideias que marcaram e ainda marcam a nossa sociedade da utopia tecnotr\u00f4nica. \u00a0Vale a pena dar uma conferida!<\/p>\n

Aracele Torres, Cibermundi<\/a><\/em><\/p>\n

Cr\u00e9dito: Capa do Livro de\u00a0Brautigan<\/a><\/address>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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