{"id":628,"date":"2008-11-21T22:09:09","date_gmt":"2008-11-21T22:09:09","guid":{"rendered":"http:\/\/baixacultura.wordpress.com\/?p=628"},"modified":"2008-11-21T22:09:09","modified_gmt":"2008-11-21T22:09:09","slug":"2ho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2008\/11\/21\/2ho\/","title":{"rendered":"2HO"},"content":{"rendered":"

\"helio-oiticica\"<\/a><\/p>\n

H\u00e9lio Oiticica, ao lado de Jos\u00e9 Agrippino de Paula<\/a>,\u00a0\u00e9\u00a0uma das lendas mais palp\u00e1veis da constela\u00e7\u00e3o que se organiza em torno das origens da tropic\u00e1lia, este antimovimento que foi tudo o que foram suas lendas: canibal do seu pr\u00f3prio presente, futuro inventado das melhores mentes de um pa\u00eds retr\u00f3grado.<\/p>\n

Identifico HO com certo tipo de artista que, pouco preocupado com a mesquinha preten\u00e7\u00e3o de durar, deu tudo de si para dar relevo ao seu pr\u00f3prio tempo, e nesse sentido \u00e9 um artista relevante porque soube construir o seu contexto: n\u00e3o \u00e9 por acaso que antes de impactar gera\u00e7\u00f5es futuras de artistas pl\u00e1sticos Oiticica foi fundamental para seus contempor\u00e2neos, e n\u00e3o apenas para as artes visuais ou para\u00a0a mencionada tropic\u00e1lia – bastaria aqui mencionar que o poeta Waly Salom\u00e3o n\u00e3o hesitou em dedicar-lhe seu Mel do Melhor<\/a>, retrospectiva duma magm\u00e1tica obra no in\u00edcio da qual tamb\u00e9m estava o est\u00edmulo do artista.<\/p>\n

Agora, longe do contexto original mas ainda no presente que lhe pertence, a obra de H\u00e9lio Oiticica chega \u00e0 rede em dose dupla. O projeto<\/a> iniciado pela fam\u00edlia [valeu, Marcelo!], embora possua um vasto material [5.000 p\u00e1ginas de documentos] dispon\u00edvel para pesquisa, d\u00e1 acesso a apenas poucas fotos e v\u00eddeos do e sobre o artista,\u00a0germinando em mim a\u00a0inevit\u00e1vel pergunta: por que diabos n\u00e3o digitalizar os documentos e permitir acesso direto \u00e0 fonte, ao inv\u00e9s de estimular a pesquisa mediada pelo site?<\/p>\n

Bem, \u00e9 isso que faz o Programa HO<\/a>, fruto da primeira iniciativa, dessa vez em parceria com o Ita\u00fa Cultural. Com informa\u00e7\u00f5es detalhadas [data da composi\u00e7\u00e3o, local, resumo, documentos relacionados, anexos de imagens] sobre documentos por vezes pessoal\u00edssimos [cartas, anota\u00e7\u00f5es para futuros textos, bilhetes – mas o que \u00e9 pessoal para um artista total?], o site ainda oferece para leitura um formato charmoso pra caramba, em que tu tem acesso \u00e0s imagens dos\u00a0textos ao inv\u00e9s de apenas acessar seu conte\u00fado. Tu v\u00ea a p\u00e1gina datilografada da carta escrita a Torquato Neto<\/a>\u00a0ao inv\u00e9s de apenas ler o que Oiticica havia escrito, por exemplo.<\/p>\n

Assim, por exemplo:<\/p>\n

\"torquatocarta\"<\/a><\/p>\n

\u00a0<\/p>\n

[Reuben da Cunha Rocha.<\/strong>]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

H\u00e9lio Oiticica, ao lado de Jos\u00e9 Agrippino de Paula,\u00a0\u00e9\u00a0uma das lendas mais palp\u00e1veis da constela\u00e7\u00e3o que se organiza em torno das origens da tropic\u00e1lia, este antimovimento que foi tudo o que foram suas lendas: canibal do seu pr\u00f3prio presente, futuro inventado das melhores mentes de um pa\u00eds retr\u00f3grado. Identifico HO com certo tipo de artista […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":8311,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[88,126,87],"tags":[147,174,175],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-content\/uploads\/2012\/07\/helio-oiticica3-1.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/628"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=628"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/628\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8311"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=628"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=628"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=628"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=628"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}