{"id":5670,"date":"2011-10-24T16:17:34","date_gmt":"2011-10-24T16:17:34","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=5670"},"modified":"2011-10-24T16:17:34","modified_gmt":"2011-10-24T16:17:34","slug":"o-comercial-e-propagacao-do-occupy-wall-street","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2011\/10\/24\/o-comercial-e-propagacao-do-occupy-wall-street\/","title":{"rendered":"O comercial e a propaga\u00e7\u00e3o do Occupy Wall Street"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

Completados pouco mais de um m\u00eas dos protestos<\/a> que come\u00e7aram dia 17 de setembro, o movimento Occupy Wall Street<\/a> – cuja vers\u00e3o em S\u00e3o Paulo<\/a> sequer foi noticiada na TV – usou de uma nova estrat\u00e9gia para divulgar a causa. Dia 12 de outubro foi publicado no youtube uma propaganda de 30 segundos com depoimentos de diversos manifestantes. A inten\u00e7\u00e3o era veicular o v\u00eddeo em TVs por assinatura por meio do Google TV Ads<\/a>, a plataforma digital para divulga\u00e7\u00e3o e mensura\u00e7\u00e3o de an\u00fancios na TV. Depois de ter sido produzido pelo diretor\u00a0 David Sauvage<\/a> e pelo compositor Glenn Grossman<\/a>, eram necess\u00e1rios 5 mil d\u00f3lares para a veicula\u00e7\u00e3o, que foram arrecadados atrav\u00e9s de uma campanha no site de crowdsourcing LoudSauce<\/a>. Conseguiram US$ 6,278.<\/p>\n

Abaixo tu pode ver o resultado que foi ao ar, legendado por n\u00f3s:<\/p>\n

[youtube=http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=udn6P5kZSXc]<\/p>\n

**<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Apesar dos rumores de dispers\u00e3o, Occupy Wall Street ganha for\u00e7a no mundo inteiro. Especialmente a partir das manifesta\u00e7\u00f5es do Global Change, em 15 de outubro<\/a>, o movimento passou a ser internacional – muitas destas manifesta\u00e7\u00f5es est\u00e3o sendo mapeadas e documentadas no site Occupy Together<\/a>, onde tu pode baixar de gr\u00e1tis o cartaz acima e mais outros tantos dispon\u00edveis<\/a>. A cada semana colaboradores (entidades, organiza\u00e7\u00f5es, pensadores) de peso se juntam, alastrando o lema “ocupar” para milhares de lugares e causas.<\/p>\n

Por exemplo: em Nova York, foi lan\u00e7ado em 20 de outubro o Occupy Museums<\/a>, que conclama o p\u00fablico a confrontar as regras de “um sistema de arte hier\u00e1rquico, baseado na falsa escassez e na propaganda”, que visa apenas “o ganho monet\u00e1rio da elite das elites”, como nos conta Giselle Beiguelman<\/a>, em relato especial para a revista Select<\/a>. A manifesta\u00e7\u00e3o dos artistas dos EUA segue na linha de uma dos escritores<\/a> e aparece quase simultaneamente ao an\u00fancio da convoca\u00e7\u00e3o da #RobinHood Global March<\/a> pelos ativistas do Ad Busters<\/a>\u00a0para o dia 29 de outubro, v\u00e9spera do encontro do G20 em Paris.<\/p>\n

[A taxa Robin Hood<\/a> \u00e9 uma bem humorada (mas ao mesmo tempo muito s\u00e9ria) proposta de taxa que pretende recolher 1% de toda e qualquer transa\u00e7\u00e3o financeira e monet\u00e1ria para ser aplicado em um fundo e destinado a programas sociais e iniciativas de prote\u00e7\u00e3o ambiental.<\/em>]<\/p>\n

No Brasil, 15 de outubro foi a data inicial de diversos protestos\/acampamentos em apoio ao Occupy Wall Street e contra a um sistema econ\u00f4mico\/pol\u00edtico que, definitivamente, n\u00e3o nos representa. Alguns dos mais salientes acampamentos s\u00e3o os de S\u00e3o Paulo e o do Rio de Janeiro; o #ocupario j\u00e1 tem um v\u00eddeo de apresenta\u00e7\u00e3o\/convoca\u00e7\u00e3o:<\/p>\n

[youtube=http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=0fKhomILE_k&feature=youtu.be]<\/p>\n

Enquanto que o #acampasampa, localizado no Vale do Anhangaba\u00fa, extremo centro da cidade, j\u00e1 teve participa\u00e7\u00e3o do rapper de bras\u00edlia GOG<\/a>, tem comunidade no Facebook<\/a>, e, pelo que nos informa a antrop\u00f3loga hacker Gabriella Coleman<\/a>, est\u00e1 sendo observado\/intimidado por um verdadeiro ex\u00e9rcito de PM, como mostra a foto abaixo, feita hoje (segunda, 24 de outubro). [NE: Fomos ao #acampasampa na quarta-feira dia 26 e conversamos com os acampados, que nos esclareceram que esta foto diz respeito a uma formatura de PMs, tradicionalmente realizada no vale. Dizem que os formandos foram at\u00e9 parceiros com o #acampasampa. Nada de intimida\u00e7\u00e3o, portanto.]<\/em><\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

**<\/p>\n

Por fim, citamos em especial aqui dois discursos em Wall Street que correram as redes e listas mundo afora nas \u00faltimas semanas: o de Slavoj Zizek<\/a>, o prol\u00edfico fil\u00f3sofo que, felizmente, teve sua visita ao parque Zucotti registrado em v\u00eddeo:<\/p>\n

[youtube=http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=oEUZNfOtPlE]<\/p>\n

E o de Naomi Klein, uma das principais intelectuais e militantes anticapitalistas do planeta, autora de No Logo<\/a>, uma cr\u00edtica das multinacionais e do seu uso do trabalho escravo, e\u00a0 A Doutrina do Choque: A Ascens\u00e3o do Capitalismo do Desastre<\/a>. Idelber Avelar<\/a>, da Revista F\u00f3rum, traduziu o discurso e publicou no site da revista<\/a>. Republicamos aqui abaixo, na \u00edntegra, porque \u00e9 uma leitura bonita e importante para entender toda essa chacoalhada planet\u00e1ria que j\u00e1 est\u00e1 tornado esse 2011 um ano hist\u00f3rico para a hist\u00f3ria recente:<\/p>\n

Eu amo voc\u00eas.<\/em><\/p>\n

E eu n\u00e3o digo isso s\u00f3 para que centenas de pessoas gritem de volta \u201ceu tamb\u00e9m te amo\u201d, apesar de que isso \u00e9, obviamente, um b\u00f4nus do microfone humano. Diga aos outros o que voc\u00ea gostaria que eles dissessem a voc\u00ea, s\u00f3 que bem mais alto.<\/em><\/p>\n

Ontem, um dos oradores na manifesta\u00e7\u00e3o dos trabalhadores disse: \u201cN\u00f3s nos encontramos uns aos outros\u201d. Esse sentimento captura a beleza do que est\u00e1 sendo criado aqui. Um espa\u00e7o aberto (e uma ideia t\u00e3o grande que n\u00e3o pode ser contida por espa\u00e7o nenhum) para que todas as pessoas que querem um mundo melhor se encontrem umas \u00e0s outras. Sentimos muita gratid\u00e3o.<\/em><\/p>\n

Se h\u00e1 uma coisa que sei, \u00e9 que o 1% adora uma crise. Quando as pessoas est\u00e3o desesperadas e em p\u00e2nico, e ningu\u00e9m parece saber o que fazer: eis a\u00ed o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de pol\u00edticas pr\u00f3-corpora\u00e7\u00f5es: privatizar a educa\u00e7\u00e3o e a seguridade social, cortar os servi\u00e7os p\u00fablicos, livrar-se dos \u00faltimos controles sobre o poder corporativo. Com a crise econ\u00f4mica, isso est\u00e1 acontecendo no mundo todo.<\/em><\/p>\n

S\u00f3 existe uma coisa que pode bloquear essa t\u00e1tica e, felizmente, \u00e9 algo bastante grande: os 99%. Esses 99% est\u00e3o tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: \u201cN\u00e3o. N\u00f3s n\u00e3o vamos pagar pela sua crise\u201d.<\/em><\/p>\n

Esse slogan come\u00e7ou na It\u00e1lia em 2008. Ricocheteou para Gr\u00e9cia, Fran\u00e7a, Irlanda e finalmente chegou a esta milha quadrada onde a crise come\u00e7ou.<\/em><\/p>\n

\u201cPor que eles est\u00e3o protestando?\u201d, perguntam-se os confusos comentaristas da TV. Enquanto isso, o mundo pergunta: \u201cpor que voc\u00eas demoraram tanto? A gente estava querendo saber quando voc\u00eas iam aparecer.\u201d E, acima de tudo, o mundo diz: \u201cbem-vindos\u201d.<\/em><\/p>\n

Muitos j\u00e1 estabeleceram paralelos entre o Ocupar Wall Street e os assim chamados protestos anti-globaliza\u00e7\u00e3o que conquistaram a aten\u00e7\u00e3o do mundo em Seattle, em 1999. Foi a \u00faltima vez que um movimento descentralizado, global e juvenil fez mira direta no poder das corpora\u00e7\u00f5es. Tenho orgulho de ter sido parte do que chamamos \u201co movimento dos movimentos\u201d.<\/em><\/p>\n

Mas tamb\u00e9m h\u00e1 diferen\u00e7as importantes. Por exemplo, n\u00f3s escolhemos as c\u00fapulas como alvos: a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial do Com\u00e9rcio, o Fundo Monet\u00e1rio Internacional, o G-8. As c\u00fapulas s\u00e3o transit\u00f3rias por natureza, s\u00f3 duram uma semana. Isso fazia com que n\u00f3s f\u00f4ssemos transit\u00f3rios tamb\u00e9m. Aparec\u00edamos, \u00e9ramos manchete no mundo todo, depois desaparec\u00edamos. E na histeria hiper-patri\u00f3tica e nacionalista que se seguiu aos ataques de 11 de setembro, foi f\u00e1cil nos varrer completamente, pelo menos na Am\u00e9rica do Norte.<\/em><\/p>\n

O Ocupar Wall Street, por outro lado, escolheu um alvo fixo. E voc\u00eas n\u00e3o estabeleceram nenhuma data final para sua presen\u00e7a aqui. Isso \u00e9 s\u00e1bio. S\u00f3 quando permanecemos podemos assentar ra\u00edzes. Isso \u00e9 fundamental. \u00c9 um fato da era da informa\u00e7\u00e3o que muitos movimentos surgem como lindas flores e morrem rapidamente. E isso ocorre porque eles n\u00e3o t\u00eam ra\u00edzes. N\u00e3o t\u00eam planos de longo prazo para se sustentar. Quando vem a tempestade, eles s\u00e3o alagados.<\/em><\/p>\n

Ser horizontal e democr\u00e1tico \u00e9 maravilhoso. Mas esses princ\u00edpios s\u00e3o compat\u00edveis com o trabalho duro de construir e institui\u00e7\u00f5es que sejam s\u00f3lidas o suficiente para aguentar as tempestades que vir\u00e3o. Tenho muita f\u00e9 que isso acontecer\u00e1.<\/em><\/p>\n

H\u00e1 outra coisa que este movimento est\u00e1 fazendo certo. Voc\u00eas se comprometeram com a n\u00e3o-viol\u00eancia. Voc\u00eas se recusaram a entregar \u00e0 m\u00eddia as imagens de vitrines quebradas e brigas de rua que ela, m\u00eddia, t\u00e3o desesperadamente deseja. E essa tremenda disciplina significou, uma e outra vez, que a hist\u00f3ria foi a brutalidade desgra\u00e7ada e gratuita da pol\u00edcia, da qual vimos mais exemplos na noite passada. Enquanto isso, o apoio a este movimento s\u00f3 cresce. Mais sabedoria.<\/em><\/p>\n

Mas a grande diferen\u00e7a que uma d\u00e9cada faz \u00e9 que, em 1999, encar\u00e1vamos o capitalismo no cume de um boom econ\u00f4mico alucinado. O desemprego era baixo, as a\u00e7\u00f5es subiam. A m\u00eddia estava b\u00eabada com o dinheiro f\u00e1cil. Naquela \u00e9poca, tudo era empreendimento, n\u00e3o fechamento.<\/em><\/p>\n

N\u00f3s apont\u00e1vamos que a desregulamenta\u00e7\u00e3o por tr\u00e1s da loucura cobraria um pre\u00e7o. Que ela danificava os padr\u00f5es laborais. Que ela danificava os padr\u00f5es ambientais. Que as corpora\u00e7\u00f5es eram mais fortes que os governos e que isso danificava nossas democracias. Mas, para ser honesta com voc\u00eas, enquanto os bons tempos estavam rolando, a luta contra um sistema econ\u00f4mico baseado na gan\u00e2ncia era algo dif\u00edcil de se vender, pelo menos nos pa\u00edses ricos.<\/em><\/p>\n

Dez anos depois, parece que j\u00e1 n\u00e3o h\u00e1 pa\u00edses ricos. S\u00f3 h\u00e1 um bando de gente rica. Gente que ficou rica saqueando a riqueza p\u00fablica e esgotando os recursos naturais ao redor do mundo.<\/em><\/p>\n

A quest\u00e3o \u00e9 que hoje todos s\u00e3o capazes de ver que o sistema \u00e9 profundamente injusto e est\u00e1 cada vez mais fora de controle. A cobi\u00e7a sem limites detona a economia global. E est\u00e1 detonando o mundo natural tamb\u00e9m. Estamos sobrepescando nos nossos oceanos, poluindo nossas \u00e1guas com fraturas hidr\u00e1ulicas e perfura\u00e7\u00e3o profunda, adotando as formas mais sujas de energia do planeta, como as areias betuminosas de Alberta. A atmosfera n\u00e3o d\u00e1 conta de absorver a quantidade de carbono que lan\u00e7amos nela, o que cria um aquecimento perigoso. A nova normalidade s\u00e3o os desastres em s\u00e9rie: econ\u00f4micos e ecol\u00f3gicos.<\/em><\/p>\n

Estes s\u00e3o os fatos da realidade. Eles s\u00e3o t\u00e3o n\u00edtidos, t\u00e3o \u00f3bvios, que \u00e9 muito mais f\u00e1cil conectar-se com o p\u00fablico agora do que era em 1999, e da\u00ed construir o movimento rapidamente.<\/em><\/p>\n

Sabemos, ou pelo menos pressentimos, que o mundo est\u00e1 de cabe\u00e7a para baixo: n\u00f3s nos comportamos como se o finito \u2013 os combust\u00edveis f\u00f3sseis e o espa\u00e7o atmosf\u00e9rico que absorve suas emiss\u00f5es \u2013 n\u00e3o tivesse fim. E nos comportamos como se existissem limites inamov\u00edveis e estritos para o que \u00e9, na realidade, abundante \u2013 os recursos financeiros para construir o tipo de sociedade de que precisamos.<\/em><\/p>\n

A tarefa de nosso tempo \u00e9 dar a volta nesse parafuso: apresentar o desafio \u00e0 falsa tese da escassez. Insistir que temos como construir uma sociedade decente, inclusiva \u2013 e ao mesmo tempo respeitar os limites do que a Terra consegue aguentar.<\/em><\/p>\n

A mudan\u00e7a clim\u00e1tica significa que temos um prazo para fazer isso. Desta vez nosso movimento n\u00e3o pode se distrair, se dividir, se queimar ou ser levado pelos acontecimentos. Desta vez temos que dar certo. E n\u00e3o estou falando de regular os bancos e taxar os ricos, embora isso seja importante.<\/em><\/p>\n

Estou falando de mudar os valores que governam nossa sociedade. Essa mudan\u00e7a \u00e9 dif\u00edcil de encaixar numa \u00fanica reivindica\u00e7\u00e3o diger\u00edvel para a m\u00eddia, e \u00e9 dif\u00edcil descobrir como realiz\u00e1-la. Mas ela n\u00e3o \u00e9 menos urgente por ser dif\u00edcil.<\/em><\/p>\n

\u00c9 isso o que vejo acontecendo nesta pra\u00e7a. Na forma em que voc\u00eas se alimentam uns aos outros, se aquecem uns aos outros, compartilham informa\u00e7\u00e3o livremente e fornecem assist\u00eancia m\u00e9dica, aulas de medita\u00e7\u00e3o e treinamento na milit\u00e2ncia. O meu cartaz favorito aqui \u00e9 o que diz \u201ceu me importo com voc\u00ea\u201d. Numa cultura que treina as pessoas para que evitem o olhar das outras, para dizer \u201cdeixe que morram\u201d, esse cartaz \u00e9 uma afirma\u00e7\u00e3o profundamente radical.<\/em><\/p>\n

Algumas ideias finais. Nesta grande luta, eis aqui algumas coisas que n\u00e3o importam:
\nNossas roupas.
\nSe apertamos as m\u00e3os ou fazemos sinais de paz.
\nSe podemos encaixar nossos sonhos de um mundo melhor numa manchete da m\u00eddia.
\nE eis aqui algumas coisas que, sim, importam:
\nNossa coragem.
\nNossa b\u00fassola moral.
\nComo tratamos uns aos outros.<\/em><\/p>\n

Estamos encarando uma luta contra as for\u00e7as econ\u00f4micas e pol\u00edticas mais poderosas do planeta. Isso \u00e9 assustador. E na medida em que este movimento crescer, de for\u00e7a em for\u00e7a, ficar\u00e1 mais assustador. Estejam sempre conscientes de que haver\u00e1 a tenta\u00e7\u00e3o de adotar alvos menores \u2013 como, digamos, a pessoa sentada ao seu lado nesta reuni\u00e3o. Afinal de contas, essa ser\u00e1 uma batalha mais f\u00e1cil de ser vencida.<\/em><\/p>\n

N\u00e3o cedam a essa tenta\u00e7\u00e3o. N\u00e3o estou dizendo que voc\u00eas n\u00e3o devam apontar quando o outro fizer algo errado. Mas, desta vez, vamos nos tratar uns aos outros como pessoas que planejam trabalhar lado a lado durante muitos anos. Porque a tarefa que se apresenta para n\u00f3s exige nada menos que isso.<\/em><\/p>\n

Tratemos este momento lindo como a coisa mais importante do mundo. Porque ele \u00e9. De verdade, ele \u00e9. Mesmo.<\/em><\/p><\/blockquote>\n

Cr\u00e9dito da foto: 1<\/a>, 2<\/a>, 3<\/a>.<\/p>\n

[Marcelo De Franceschi. Leonardo Foletto]<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Completados pouco mais de um m\u00eas dos protestos que come\u00e7aram dia 17 de setembro, o movimento Occupy Wall Street – cuja vers\u00e3o em S\u00e3o Paulo sequer foi noticiada na TV – usou de uma nova estrat\u00e9gia para divulgar a causa. Dia 12 de outubro foi publicado no youtube uma propaganda de 30 segundos com depoimentos […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":7896,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[122,91,126],"tags":[1144,1076,1145,1146,1147,1082,712,1148,492,907,1149,1150,1151,1152,1153,1154,1155,1089,458,921,1156,1157,1158],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5670"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=5670"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5670\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=5670"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=5670"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=5670"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=5670"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}