{"id":4731,"date":"2011-04-25T17:00:27","date_gmt":"2011-04-25T17:00:27","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=4731"},"modified":"2011-04-25T17:00:27","modified_gmt":"2011-04-25T17:00:27","slug":"futuros-apocalipticos-prometeus-e-2014","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2011\/04\/25\/futuros-apocalipticos-prometeus-e-2014\/","title":{"rendered":"Futuro(s) apocal\u00edptico(s): Prometeus e 2014"},"content":{"rendered":"
\u00c9 exerc\u00edcio natural de toda e qualquer pessoa tentar prever o futuro. Uns acertam, outros erram, alguns juntam coincid\u00eancias e conseguem “ver o futuro” com certa habilidade, se tornando inesquec\u00edveis (Nostradamus<\/a>, por exemplo) ou esquec\u00edveis (lembra da M\u00e3e Dinah?<\/a>). Em geral, as pessoas se esquecem (ou nunca conseguem) prever aquilo que \u00e9 mais importante – por que ningu\u00e9m conseguiu prever l\u00e1\u00e1\u00e1 atr\u00e1s algo sequer parecido com a internet?, disse Luis Fernando Ver\u00edssimo (ou algum dos tantos que se passam por ele na rede<\/a>) certa vez.<\/p>\n O fato \u00e9 que esse “nariz de cera” (termo jornal\u00edstico para definir uma introdu\u00e7\u00e3o de mat\u00e9ria floreada e que nada de importante diz) todo do par\u00e1grafo acima \u00e9 para dizer que a Baixa TV ganha dois v\u00eddeos “premonit\u00f3rios”. A come\u00e7ar por “Prometeus -The Media Revolution<\/strong>“, curta produzido em 2007 pela “Casaleggio Associati<\/a>“, empresa de consultoria e estrat\u00e9gia de rede com sede na It\u00e1lia, que faz uma proje\u00e7\u00e3o de como seria a ind\u00fastria da m\u00eddia e os seus efeitos sobre a sociedade em um futuro\u00a0pr\u00f3ximo.<\/p>\n A brincadeira premonit\u00f3ria do curta vai “construindo” um mundo ao longo dos pr\u00f3ximos anos (2020, 2027, 2050…) onde:<\/p>\n _ Google adquiriu a Microsoft e o Amazon a Yahoo: ambos “controlam” o mundo;<\/p>\n _ O Flickr torna-se o maior reposit\u00f3rio de fotos online da hist\u00f3ria e o Youtube, de v\u00eddeos;<\/p>\n _ Jornais e revistas s\u00e3o financiados pelo Estado e o mais importante torna-se o jornal “participativo” OhMyNews<\/a>;<\/p>\n _ Download “ilegais” s\u00e3o punidos com pris\u00e3o e o papel eletr\u00f4nico (e-readers) substitui o papel normal como produto de massa;<\/p>\n _ Televis\u00f5es e r\u00e1dios desaparecem de onde est\u00e3o hoje e migram para a internet;<\/p>\n _ An\u00fancios s\u00e3o escolhidos pelos autores e criadores de conte\u00fado;<\/p>\n _\u00a0Lawrence Lessig, o pai do Creative Commons, torna-se Secret\u00e1rio de Justi\u00e7a dos EUA e declara ilegais os direitos autorais;<\/p>\n _ Dispositivos que copiam os cinco sentidos est\u00e3o dispon\u00edveis nos mundos virtuais, e toda a realidade pode ser replicada no Second Life;<\/p>\n Dentre outras previs\u00f5es, estapaf\u00fardias ou n\u00e3o.<\/p>\n A produ\u00e7\u00e3o tem bons insights: Lawrence Lessig<\/a> acabar com os direitos autorais tem um pouco a ver com o texto do professor e ativista holand\u00eas Joost Smiers<\/a> (em companhia de Marieke Van Schijndel)\u00a0<\/em>publicado no NY Times<\/a> e traduzido pelo Cultura & Mercado, “Imagine um mundo sem Copyright<\/a>“. E, claro, algumas falhas: OhMyNews, s\u00edmbolo do chamado “jornalismo colaborativo”, est\u00e1 em franca decad\u00eancia finaceira<\/a> por culpa de um modelo de neg\u00f3cio sustent\u00e1vel, o “santo graal” do jornalismo na internet.<\/p>\n De resto, a brincadeira d\u00e1 a sensa\u00e7\u00e3o de que poderia render mais do que os 5min16s. Assim se diferenciaria mais do docfic\u00e7\u00e3o “Epic 2014<\/a><\/strong>“, que veio antes (2004), tamb\u00e9m apocal\u00edptico em suas previs\u00f5es de fim da imprensa como conhecemos hoje (“As fortunas do Quarto Poder est\u00e3o se acabando”, diz a voz suave em off, a trilha \u00e9terea dando um clima de futuro de filme ass\u00e9ptico de Hollywood).<\/p>\n “2014” tem a vantagem de fazer um balan\u00e7o dos “inventos” da rede dos \u00faltimos anos (internet, Google, Amazon, blog, gmail, etc), o que d\u00e1 um car\u00e1ter mais educativo ao filmezinho – a produ\u00e7\u00e3o \u00e9 como se fosse uma “aula” passada um fict\u00edcio Museu of Media History, em 2014.<\/p>\n Dirigida pelos jornalistas\u00a0Robin Sloan<\/a>\u00a0e Matt Thompson<\/a>, o curta traz, como Prometeus, bons insights em seus 8min55s. Mas d\u00e1 a mesma impress\u00e3o de um futuro imaginado por escritores de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica das d\u00e9cadas de 1960 e 1970. Ou seja: de que o homem \u00e9 muito mais criativo para criar o futuro do que para prev\u00ea-lo.<\/p>\n Por via das d\u00favidas, tirem suas pr\u00f3prias conclus\u00f5es aqui abaixo e no BaixaTV:<\/p>\n [youtube=http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=PJmuT7bQu_M]<\/p>\n [youtube=http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=4OZ-ANCEchM]<\/p>\n \u00c9 exerc\u00edcio natural de toda e qualquer pessoa tentar prever o futuro. Uns acertam, outros erram, alguns juntam coincid\u00eancias e conseguem “ver o futuro” com certa habilidade, se tornando inesquec\u00edveis (Nostradamus, por exemplo) ou esquec\u00edveis (lembra da M\u00e3e Dinah?). Em geral, as pessoas se esquecem (ou nunca conseguem) prever aquilo que \u00e9 mais importante – […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":8053,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[488,91,126],"tags":[664,665,666,667,668,146,165,123,669,202,670,671,672,673,674,675,676,677,678,144,140,169],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4731"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4731"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4731\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4731"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4731"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4731"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=4731"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}<\/a><\/p>\n
<\/a><\/p>\n
<\/a><\/p>\n