{"id":3574,"date":"2010-10-29T10:14:59","date_gmt":"2010-10-29T10:14:59","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=3574"},"modified":"2010-10-29T10:14:59","modified_gmt":"2010-10-29T10:14:59","slug":"a-fugaz-e-inofensiva-saga-do-capitao-copyright","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2010\/10\/29\/a-fugaz-e-inofensiva-saga-do-capitao-copyright\/","title":{"rendered":"A fugaz e inofensiva saga do Capit\u00e3o Copyright"},"content":{"rendered":"
Dando sequ\u00eancia a mais uma se\u00e7\u00e3o ef\u00eamera do BaixaCultura, falemos de um outro personagem quadrin\u00edstico. Dessa vez, \u00a0um her\u00f3i que virou vil\u00e3o e sumiu, tanto que tu provavelmente nem se lembra de que ele existiu.<\/span><\/p>\n .<\/span><\/p>\n O famigerado Capit\u00e3o Copyright<\/a> foi criado em 2006 pela “Access Copyright<\/a>” – tamb\u00e9m conhecido como Canadian Copyright Licensing Agency, uma reuni\u00e3o de editores, fot\u00f3grafos e escritores que defendem o status quo <\/em>do copyright\u00a0– para “educar” as crian\u00e7as canadenses sobre os limites do copyright e as consequ\u00eancias de seu infrigimento.<\/p>\n No papel, a ideia era que o capit\u00e3o fosse uma ferramenta \u00fatil para professores promoverem a doutrina do “Acess Copyright” – ou seja, de que “roubo” de obras com copyright \u00e9 errado.<\/p>\n Como era de se imaginar, n\u00e3o deu certo. J\u00e1 no mesmo ano, em 2006, o projeto parou de funcionar. A explica\u00e7\u00e3o oficial foi a seguinte: “we have come to the conclusion that the current climate around copyright issues will not allow a project like this one to be successful<\/em>“. Algo como “N\u00f3s tivemos que finalizar o projeto por conta de que o atual clima que envolve os assuntos de copyright n\u00e3o permite que um projeto como este tenha sucesso<\/em>“.<\/span><\/p>\n Este “clima” contr\u00e1rio ao copyright na \u00e9poca se manifestou em blogueiros, pensadores, artistas e outros tantos que come\u00e7aram a perseguir o tal “her\u00f3i”, publicando textos e mais textos que versavam sobre o grande equ\u00edvoco de ensinar as crian\u00e7as canadenses as mal\u00edcias ultrapassadas das leis de copyright.<\/p>\n Michael Geist<\/a>, colunista de tecnologia do jornal Ottawa Citizen, deu essa declara\u00e7\u00e3o em uma mat\u00e9ria<\/a> produzida sobre o assunto no site Canada.com:<\/p>\n “Nossas crian\u00e7as precisam desenvolver o gosto pela aprendizagem, a paix\u00e3o pela criatividade. (…) Estes exerc\u00edcios [do Capit\u00e3o Copyright] n\u00e3o oferecem nada disso, s\u00e3o uma vergonha que n\u00e3o deveria ter espa\u00e7o em nenhuma sala de aula do pa\u00eds.”<\/p>\n<\/blockquote>\n Depois dessa e uma s\u00e9rie de outras cr\u00edticas, o Capit\u00e3o Copyright n\u00e3o teve como continuar. Todos os sites da iniciativa desapareceram, mas como uma vez na rede sempre na rede<\/em>, d\u00e1 pra dar uma olhadela nas p\u00e1ginas oficiais do projeto via Wayback Machine<\/a>. Ou, ent\u00e3o, fique com essa HQ aqui abaixo, fazendo piada com uma situa\u00e7\u00e3o que j\u00e1 nasceu como piada pronta.<\/p>\n<\/a>
\n<\/span><\/p>\n<\/p>\n
\n