{"id":3334,"date":"2010-07-27T12:57:45","date_gmt":"2010-07-27T12:57:45","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=3334"},"modified":"2010-07-27T12:57:45","modified_gmt":"2010-07-27T12:57:45","slug":"tramas-urbanas-e-digitais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2010\/07\/27\/tramas-urbanas-e-digitais\/","title":{"rendered":"Tramas Urbanas, e digitais"},"content":{"rendered":"

Mais do que nunca, o poder est\u00e1 ligado \u00e0 comunica\u00e7\u00e3o.
\nQuanto mais informa\u00e7\u00e3o circular, mais dif\u00edcil ser\u00e1 a
\nreprodu\u00e7\u00e3o de autorit\u00e1rias rela\u00e7\u00f5es de poder. Mas como
\ninterromper a perversa din\u00e2mica que restringe o acesso \u00e0s
\ninforma\u00e7\u00f5es e (re)produz exclus\u00e3o cultural?<\/em><\/p>\n

Regina Novaes<\/strong><\/p><\/blockquote>\n

A cita\u00e7\u00e3o condensa muito do que temos discutido por aqui. Resist\u00eancia, ativismo, democratiza\u00e7\u00e3o da comunica\u00e7\u00e3o, tudo atrav\u00e9s dos bits, potenciais subvertores das l\u00f3gicas hierarquicas dos bens de consumo. Entre estes, a informa\u00e7\u00e3o, a m\u00fasica, o cinema, a literatura, a arte, nem sempre as predominantes no pa\u00eds, as que aparecem nos meios tradicionais que nem precisamos citar. No meio digital, o marginal (n\u00e3o central) pode, e deve, ganhar visibilidade, seja para si pr\u00f3prio, seja para fora de si.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

N\u00e3o por acaso, a cita\u00e7\u00e3o de abertura est\u00e1 na introdu\u00e7\u00e3o de um livro pertencente a uma s\u00e9rie que aborda as culturas ocorridas nas periferias das grandes cidades. A Tramas Urbanas consiste em dez livros que falam de pol\u00edtica, artes visuais, m\u00fasica, moda, literatura, jornalismo e a hist\u00f3ria das favelas. E tudo contado tanto por estudiosos quanto pelos protagonistas das realidades, como as autobiografias de DJ Raffa ou de Alessandro Buzo, ou a trajet\u00f3ria do portal Viva Favela<\/a>, relatada pela ex-editora Cristiane Ramalho no livro “Not\u00edcias da Favela” em que est\u00e1 o trecho que inicia este texto. Pelo lado acad\u00eamico, podemos citar o livro “Tecnobrega” do advogado Ronaldo Lemos e da jornalista Oona Castro, sobre a conhecida e exemplar cena musical do Par\u00e1, que foi tema tamb\u00e9m do document\u00e1rio Brega S\/A<\/a> j\u00e1 falado por aqui.<\/p>\n

A cole\u00e7\u00e3o foi patrocinada pela Petrobr\u00e1s e idealizada pela professora de teoria cr\u00edtica da cultura da UFRJ, Helo\u00edsa Buarque de Hollanda<\/a>, tamb\u00e9m editora do Portal Literal<\/a> e diretora da Aeroplano Editora<\/a>, pela qual os livros foram publicados. Abaixo, faremos um pequeno apanhado sobre cada volume, que s\u00f3 foram disponibilizados na rede em outubro de 2009<\/a>. Outros t\u00edtulos da cole\u00e7\u00e3o j\u00e1 foram ou est\u00e3o sendo lan\u00e7ados mas suas vers\u00f5es digitais ainda n\u00e3o est\u00e3o para download. \u00a0Por exemplo, os livros “Vozes Marginais na Literatura” e “<\/span>Guia Afetivo da Periferia”, lan\u00e7ados em novembro e dezembro de 2009, e<\/span> “O Nascimento de uma Categoria”<\/a>, que saiu em maio. Helo\u00edsa nos contou por e-mail que o site est\u00e1 passando por reformula\u00e7\u00f5es e que em breve os demais volumes poder\u00e3o ser baixados. Mas, os dez volumes iniciais ainda est\u00e3o dispon\u00edveis no site da Petrobr\u00e1s<\/a> e do Portal Literal<\/a>, de onde tiramos muitas das informa\u00e7\u00f5es que seguem.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Acorda hip-hop (DJ TR)<\/strong><\/a><\/p>\n

\u00c9 a hist\u00f3ria do hip-hop como ativismo pol\u00edtico no Brasil. DJ TR \u00e9 da Cidade de Deus e conta como o movimento nasceu nos guetos de Nova Iorque, nos anos 70, e de l\u00e1 saiu para o mundo. Ele descreve os caminhos e o panorama do hip-hop no Brasil e sua import\u00e2ncia na conscientiza\u00e7\u00e3o dos jovens da periferia. Conta ainda que os quatro elementos do hip-hop (grafite, break, MC e DJ) t\u00eam como proposta inovadora unir entretenimento a uma for\u00e7a de express\u00e3o pol\u00edtica contrapondo-se \u00e0s produ\u00e7\u00f5es art\u00edsticas convencionais de sua \u00e9poca. O autor tamb\u00e9m tem mantido o blog que leva o nome do livro<\/a>. Hospedado no site Faz Barulho<\/a>, de divulga\u00e7\u00e3o do Hip Hop nacional, DJ TR publica textos e entrevistas que realiza.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Cidade ocupada (Ericson Pires) <\/strong><\/a><\/p>\n

Um livro sobre a est\u00e9tica das artes urbanas, que aborda temas como Grupos Coletivos, Cultura Livre e Autoria Compartilhada. O autor se refere a grupos que publicam sua arte em paredes, ruas, lugares p\u00fablicos e objetos. Ericson conta a hist\u00f3ria, entre outras, do Coletivo Imagin\u00e1rio Perif\u00e9rico, movimento que j\u00e1 re\u00fane 300 artistas e que tem como objetivo fazer a produ\u00e7\u00e3o art\u00edstica da periferia t\u00e3o valorizada como a dos grandes centros. O livro mostra que a cidade est\u00e1 ocupada por express\u00f5es m\u00faltiplas e que a arte se re-inventa o tempo todo no espa\u00e7o urbano. Ericson Pires \u00e9 um dos criadores do coletivo Hapax<\/a>, que usa como ferramenta em seus trabalhos um amplo mosaico tecnol\u00f3gico, hightech e lowtech: samplers, sensores, sintetizadores, baterias eletr\u00f4nicas, r\u00e1dios \u2013 em suma, qualquer sucata eletr\u00f4nica capaz de produzir som.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Cooperifa, antropofagia perif\u00e9rica (S\u00e9rgio Vaz)<\/a>
\n<\/strong><\/p>\n

Poesia e periferia. Em \u201cCooperifa, antropofagia perif\u00e9rica\u201d, S\u00e9rgio Vaz, poeta e criador da Cooperifa, conta hist\u00f3rias desse movimento cultural que h\u00e1 sete anos congrega em torno da poesia quase quinhentas pessoas na periferia paulista. O livro tamb\u00e9m fala da saga do poeta, que at\u00e9 conseguir se manter com a poesia, escreveu letras de m\u00fasica, trabalhou como auxiliar de escrit\u00f3rio, assessor parlamentar e vendedor de videogame. Desde 2001, j\u00e1 foram lan\u00e7ados mais de quarenta livros de poetas e escritores da periferia, al\u00e9m de dezenas de discos. No blog Colecionador de Pedras<\/a>, S\u00e9rgio Vaz divulga os saraus, outros eventos e suas poesias, que est\u00e3o no livro de mesmo nome<\/a>.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Daspu – a moda sem vergonha (Fl\u00e1vio Lenz)<\/strong><\/a><\/p>\n

Moda de rua, para puta e para perua. Por meio de relatos bem-humorados, o livro \u201cDaspu \u2013 a moda sem vergonha\u201d, do jornalista Flavio Lenz, conta a inusitada hist\u00f3ria da grife criada pela ONG de defesa dos direitos das prostitutas – a Davida<\/a>. A ideia da grife \u00e9, atrav\u00e9s da moda, criticar a vis\u00e3o estereotipada das prostitutas, dar visibilidade ao movimento da categoria, sacudir o preconceito e a caretice e, claro, vender roupas para gerar recursos. No livro, recheado de hist\u00f3rias engra\u00e7adas e emocionantes, o autor relata quatro aspectos essenciais da iniciativa, que evoluem em um harmonioso e insepar\u00e1vel conjunto: o pol\u00edtico, o cultural, o er\u00f3tico e o empresarial. Fl\u00e1vio Lenz \u00e9 editor do jornal Beijo da Rua<\/a>, voltado para prostitutas.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Favela Toma Conta (Alessandro Buzo)<\/strong><\/a><\/p>\n

O livro conta a trajet\u00f3ria de Alessandro Buzo<\/a>: de garoto pobre da periferia paulistana a escritor, agitador cultural e apresentador do “Buz\u00e3o – Circular Perif\u00e9rico”, da TV Cultura. Nascido e criado no Itaim Paulista, a 38 quil\u00f4metros do centro de S\u00e3o Paulo, Buzzo teve uma inf\u00e2ncia e adolesc\u00eancia que em nada teve de diferente das dos moradores das centenas de periferias espalhadas pelo Brasil. O pai deu no p\u00e9 e a m\u00e3e segurou a onda da educa\u00e7\u00e3o do menino \u00e0s custas, inicialmente, de muita faxina em casa de fam\u00edlia. A mesma onda levou o menino tamb\u00e9m a come\u00e7ar a trabalhar, aos 13 anos, como office-boy. At\u00e9 que descobriu a coca\u00edna e a\u00ed sua vida se tornou uma montanha russa. Hoje, Buzo \u00e9 um expoente do movimento cultural da periferia paulistana que vem revelando o cotidiano local em suas cr\u00f4nicas, livros e blogs. As mudan\u00e7as vieram com o casamento, o hip-hop, a literatura e a preocupa\u00e7\u00e3o com a realidade que o cercava.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Hist\u00f3ria e Mem\u00f3ria de Vig\u00e1rio Geral (Maria Paula Araujo e Ecio Salles)<\/span><\/strong><\/a><\/p>\n

S\u00e3o 50 anos de Vig\u00e1rio Geral. S\u00e3o 15 anos de AfroReggae<\/a>. O movimento, que nasceu em 1993, cresceu e se expandiu para fora dos limites geogr\u00e1ficos da favela, transformando n\u00e3o s\u00f3 o cen\u00e1rio de Vig\u00e1rio Geral como muitos outros cen\u00e1rios dentro e fora do pa\u00eds. O livro \u201cHist\u00f3ria e mem\u00f3ria de Vig\u00e1rio Geral\u201d, da professora do Departamento de Hist\u00f3ria da UFRJ, Maria Paula Ara\u00fajo, e de Ecio Salles, ex-coordenador cultural do AfroReggae, resgata a mem\u00f3ria da comunidade Vig\u00e1rio Geral<\/a>, a partir sobretudo de entrevistas com moradores. E mostram como \u201ca cultura pode ser o grande passaporte para a transforma\u00e7\u00e3o\u201d, como diz Maria Paula.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Not\u00edcias da Favela (Cristiane Ramalho)<\/strong><\/a><\/p>\n

Trata sobre o primeiro portal focado apenas em not\u00edcias produzidas em favelas: o Viva Favela<\/a>. A autora, editora do site entre 2001 e 2006, relata como foi a experi\u00eancia pioneira de formar e trabalhar com rep\u00f3rteres, fot\u00f3grafos e editores da periferia, abordando as not\u00edcias com uma produ\u00e7\u00e3o feita de dentro das comunidades. Um desafio complexo fazer do jornalismo um espa\u00e7o em que a informa\u00e7\u00e3o seja, ao mesmo tempo, resultado e est\u00edmulo de trocas. Cristina Ramalho \u00e9 jornalista, tendo passado pelos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, O Globo e Folha de S. Paulo, e tamb\u00e9m nas revistas Veja e Viagem e Turismo. \u00c9 colaboradora de \u00c9poca, Marie Claire, Elle, Vogue, Icaro, al\u00e9m de editar revistas customizadas.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Poesia Revoltada (Ecio Salles)<\/strong><\/a><\/p>\n

O livro, que tem tudo para se tornar refer\u00eancia sobre o rap, nasceu da tese de mestrado de Ecio. Para ele, que fez a pesquisa em cima de artistas de tr\u00eas cidades \u2013 MVBill<\/a> (RJ), Racionais MCs<\/a> (SP), GOG<\/a> (BR) \u2013, o rap quebra o discurso hegem\u00f4nico e traz um novo cap\u00edtulo para a cultura brasileira. Como diz o poeta Omar Salom\u00e3o no pref\u00e1cio: \u201co livro fala dos rappers, verdadeiros mensageiros, que estabelecem um v\u00ednculo entre arte, cultura, e o cotidiano de suas comunidades\u201d. O que Ecio faz, complementa Omar, \u201c\u00e9 destrinchar a trincheira e nos mostrar a for\u00e7a e solidez desta manifesta\u00e7\u00e3o art\u00edstica impregnada de uma realidade que a tantos incomoda.\u201d O autor foi coordenador do Centro Cultural AfroReggae, de Vig\u00e1rio Geral e curador do programa Onda Cidad\u00e3<\/a>, que discute as formas aut\u00f4nomas de comunica\u00e7\u00e3o e seu impacto social, cultural e econ\u00f4mico.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Tecnobrega: o Par\u00e1 Reinventando o Neg\u00f3cio da M\u00fasica (Ronaldo Lemos e Oona Castro)<\/strong><\/a><\/p>\n

Cultura e mercado do mesmo lado. \u201cMais do que um estilo musical, o tecnobrega \u00e9 um mercado que criou novas formas de produ\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o\u201d, diz o advogado Ronaldo Lemos que, em co-autoria com a jornalista Oona Castro, conta a hist\u00f3ria deste movimento cultural e mergulha na cena paraense. O livro analisa as rela\u00e7\u00f5es de agentes com aspectos materiais e simb\u00f3licos da produ\u00e7\u00e3o cultural local. Nascido do brega tradicional, o tecnobrega surgiu no in\u00edcio dos anos 2000, distante das grandes gravadoras e da aten\u00e7\u00e3o da grande ind\u00fastria, gra\u00e7as \u00e0 apropria\u00e7\u00e3o de novas tecnologias e \u00e0 mobiliza\u00e7\u00e3o de agentes como DJs, artistas, cantores, bandas, vendedores de rua, festeiros, etc. A partir da experi\u00eancia desses atores, Ronaldo Lemos e Oona Castro mostram a import\u00e2ncia de novos modelos de neg\u00f3cios que consolidem mercados vi\u00e1veis e sustent\u00e1veis.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Trajet\u00f3ria de um Guerreiro (DJ Raffa)<\/strong><\/a><\/p>\n

\u00c9 a hist\u00f3ria de uma vida dedicada ao hip-hop. Claudio Raffaello Santoro: b-boy, m\u00fasico, disc-j\u00f3quei, produtor, educador, professor. O autor DJ Raffa \u00e9 um dos brasileiros que mais conhece o movimento musical da periferia por suas andan\u00e7as intermin\u00e1veis fazendo shows por todo o Brasil. Respons\u00e1vel por muitos hits, para grandes grupos do rap nacional, iniciou a carreira e fez hist\u00f3ria com DJ Raffa e Os Magrellos e depois com o grupo Baseado nas Ruas. Gravou os Mamonas Assassinas, antes deles serem os Mamonas Assassinas, e samba junto com o t\u00e9cnico de Zeca Pagodinho. Fez remixes de dance, abriu show do Gerson King Kombo<\/a> no Bourbon Street. Construiu o funk melody<\/a> e trouxe para o mundo do hip-hop cantores como Rosana e Rodolfo, ex-vocalista d’ Os Raimundos.<\/p>\n

.<\/strong><\/p>\n

[Marcelo De Franceschi]<\/em><\/p>\n

A reflex\u00e3o produzida por estes novos intelectuais e\/ou ativistas e por alguns outros pensadores afins, de alguma forma inseridos no trabalho contra a exclus\u00e3o cultural, ao contr\u00e1rio das demais manifesta\u00e7\u00f5es art\u00edsticas similares, \u00e9 totalmente desconhecido pelo p\u00fablico.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mais do que nunca, o poder est\u00e1 ligado \u00e0 comunica\u00e7\u00e3o. Quanto mais informa\u00e7\u00e3o circular, mais dif\u00edcil ser\u00e1 a reprodu\u00e7\u00e3o de autorit\u00e1rias rela\u00e7\u00f5es de poder. Mas como interromper a perversa din\u00e2mica que restringe o acesso \u00e0s informa\u00e7\u00f5es e (re)produz exclus\u00e3o cultural? Regina Novaes A cita\u00e7\u00e3o condensa muito do que temos discutido por aqui. Resist\u00eancia, ativismo, democratiza\u00e7\u00e3o […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":8166,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[88,122,91],"tags":[165,147,277,402,405,406],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-content\/uploads\/2012\/07\/tramas_urbanas2-1.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3334"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3334"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3334\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8166"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3334"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3334"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3334"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=3334"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}