{"id":1931,"date":"2009-05-23T09:30:53","date_gmt":"2009-05-23T09:30:53","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=1931"},"modified":"2009-05-23T09:30:53","modified_gmt":"2009-05-23T09:30:53","slug":"lawrence-lessig-fala-de-remix","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2009\/05\/23\/lawrence-lessig-fala-de-remix\/","title":{"rendered":"Lawrence Lessig fala de remix"},"content":{"rendered":"
Reuben tem sido o cara aqui no blog a falar de maneira consistente sobre pl\u00e1gio e cultura de remix. Se voc\u00ea n\u00e3o leu nenhum desses textos ainda, aqui est\u00e1 uma oportunidade<\/a>. O remix e o pl\u00e1gio criativo s\u00e3o duas pedras no sapato do esp\u00edrito de regulamenta\u00e7\u00e3o jur\u00eddica do novo panorama tecnol\u00f3gico de produ\u00e7\u00e3o cultural. O debate sobre os efeitos econ\u00f4micos de uma cultura livre, como Reuben bem apontou<\/a>, tem suplantado o debate sobre produ\u00e7\u00e3o e criatividade pelo simples fato de se concentrar exaustivamente no \u00e2mbito da distribui\u00e7\u00e3o de obras intelectuais. Todos est\u00e3o discutindo “como faremos para distribuir os mesmos filmes milion\u00e1rios de sempre da forma mais proveitosa para todos” e esquecem da prote\u00e7\u00e3o a novas formas criativas.<\/p>\n O pl\u00e1gio criativo e o remix s\u00e3o modalidades criativas que crescem em efetividade \u00e0 medida que n\u00f3s, seres humanos copiadores por natureza, percebemos que n\u00e3o h\u00e1 mais nada pra ser “inventado”. \u00c9 muito dif\u00edcil ver algo puramente novo<\/em> por a\u00ed, principalmente quando ganhamos a ci\u00eancia de que tudo aquilo que sempre consideramos original na verdade \u00e9 uma colagem de influ\u00eancias e id\u00e9ias retransmitidas. O remix, por exemplo, j\u00e1 \u00e9 amplamente aceito por v\u00e1rios artistas e muitos destes j\u00e1 o encorajam abertamente. \u00c9 o que faz a banda Nine Inch Nails<\/strong> ao disponibilizar seu \u00e1lbum The Slip<\/em><\/a> em vers\u00f5es de alta qualidade (pr\u00f3prias para remixagem) com as seguintes palavras: we encourage you to remix<\/a> it\/share it with your friends, post it on your blog, play it on your podcast, give it to strangers, etc (<\/em>tradu\u00e7\u00e3o: n\u00f3s o encorajamos a remixar este \u00e1lbum\/compartilh\u00e1-lo com seus amigos, post\u00e1-lo no seu blog, toc\u00e1-lo no seu podcast, d\u00e1-lo a estranhos, etc).<\/em><\/p>\n Mas, como eu dizia, o Direito ainda tem um longo caminho pela frente. \u00c9 dif\u00edcil permitir brechas na exclusividade de autoria para fomentar a criatividade alheia quando o ci\u00fame e o orgulho<\/strong> ainda s\u00e3o marcas registradas<\/em> da figura do autor. N\u00e3o estou escrevendo esse post com intuito de propor qualquer solu\u00e7\u00e3o para o tema, mas gostaria de deixar umas poucas palavras de um dos\u00a0 maiores doutrinadores (sen\u00e3o o maior) da cultura livre em um \u00e2mbito acad\u00eamico. Lawrence Lessig<\/a><\/strong>, professor da Faculdade de Direito de Stanford, fala de maneira simples e bem direta da import\u00e2ncia das novas ferramentas criativas, sem juridiqu\u00eas, no pequeno v\u00eddeo que voc\u00ea pode ver clicando aqui<\/a> (luciaguimaraes.com<\/a>).<\/p>\n<\/a><\/p>\n