O Semin\u00e1rio M\u00fasica & Movimento – Primeira Edi\u00e7\u00e3o (2003)
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\nA primeira edi\u00e7\u00e3o do Semin\u00e1rio M\u00fasica & Movimento foi realizada, em 2003, em meio \u00e0 aus\u00eancia completa de iniciativas dessa natureza no pa\u00eds. O Semin\u00e1rio foi considerado um marco, tendo reunido os principais gestores p\u00fablicos e privados do setor e empreendedores dos mais diversos segmentos para discutir os rumos da m\u00fasica brasileira sobre os seus mais amplos aspectos.<\/p>\nNo \u00e2mbito federal, um novo e promissor governo se iniciava, dotado de uma forte base te\u00f3rica e ideol\u00f3gica e grande desejo de romper com o modelo existente. A m\u00fasica no ambiente virtual ainda era uma t\u00eanue promessa, sobretudo no Brasil, e o tratamento dado pela imprensa ao setor independente, quando n\u00e3o o ignorava, era jocoso. A aus\u00eancia de movimentos fortemente articulados, bem como a necessidade de forma\u00e7\u00e3o de redes colaborativas em contraposi\u00e7\u00e3o a esta constata\u00e7\u00e3o, foram pontos amplamente debatidos.<\/p>\n
Cerca de 40 debatedores e mediadores geraram, em cinco dias, um conte\u00fado bastante rico e proveitoso para os quase 100 frequentadores di\u00e1rios dos debates. Rui Cesar (Mercado Cultural), Andr\u00e9 Midani, S\u00e9rgio de S\u00e1 Leit\u00e3o (MinC), Ana de Hollanda (Funarte), Felippe Llerena (iM\u00fasica), Gloria Braga (ECAD), Bruno Boulay (Bureau da M\u00fasica Francesa), Fernando Brant (UBC), S\u00edlvio Pellacani (Tratore), dentre outros, discorreram suas vis\u00f5es e anteviram temas ouvidos pela primeira vez pela maioria dos presentes: “trabalho em rede colaborativa”, “distribui\u00e7\u00e3o e difus\u00e3o digital via web e dispositivos m\u00f3veis”, “Creative Commons”, “reestrutura\u00e7\u00e3o das fontes de financiamento p\u00fablico para a m\u00fasica” “n\u00facleos mistos de a\u00e7\u00e3o formado por recursos p\u00fablicos e privados”, “empoderamento das culturas populares”.\u00a0 Temas e frases que hoje povoam com naturalidade o nosso presente.<\/p>\n
O Semin\u00e1rio M\u00fasica & Movimento – Segunda Edi\u00e7\u00e3o (2009)<\/strong><\/p>\nQuais s\u00e3o os desafios para o desenvolvimento do setor musical a partir de novas plataformas de neg\u00f3cios introduzidas pelos portais de relacionamento e pela demanda de conte\u00fado em dispositivos m\u00f3veis? Estamos vivendo uma democracia colaborativa digital? Ela j\u00e1 chegou ao mercado independente? As Web R\u00e1dios associadas \u00e0s redes de relacionamentos s\u00e3o, de fato, um caminho para um novo mercado e uma nova ordem de veicula\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o? \u00c9 vi\u00e1vel comercializar massivamente conte\u00fado independente por meio de dispositivos m\u00f3veis? Quem est\u00e1 fazendo isso e como? Quais s\u00e3o as bases desse novo neg\u00f3cio? Como se estruturam e para onde levar\u00e3o os modelos de organiza\u00e7\u00e3o preconizadas pelo Espa\u00e7o Cubo, Eletrocooperativa e Circuito Fora do Eixo? Como os Pontos de Cultura podem contribuir na mobiliza\u00e7\u00e3o do setor musical, na mudan\u00e7a e consolida\u00e7\u00e3o de novos paradigmas? O novo modelo de financiamento p\u00fablico ser\u00e1 capaz de alavancar de vez a gigantesca e qualificada produ\u00e7\u00e3o musical brasileira e al\u00e7\u00e1-la \u00e0 pot\u00eancia econ\u00f4mica mundial que merece ser? E a reforma na Funarte, com sua nova equipe, quais s\u00e3o as diretrizes? A licen\u00e7a Creative Commons trouxe avan\u00e7os para a amplia\u00e7\u00e3o dos processos colaborativos? Quais as perdas para os criadores? Quais os aspectos simb\u00f3licos e econ\u00f4micos da altera\u00e7\u00e3o na legisla\u00e7\u00e3o brasileira do direito autoral? O que a diretoria do ECAD tem a dizer? Os circuitos internacionais de m\u00fasica est\u00e3o articulados em rede? Os artistas brasileiros est\u00e3o conseguindo ocupar os espa\u00e7os dispon\u00edveis de forma organizada e continuada? Qual a efic\u00e1cia das a\u00e7\u00f5es da BM&A? Como se estruturam as redes de m\u00fasica latino americanas? Estamos de fato nesse circuito? Quando abriremos um di\u00e1logo realmente ativo com o continente africano? E a nossa rela\u00e7\u00e3o com os paises lus\u00f3fonos, a quantas anda?<\/p>\n
Mais do que responder a essas e tantas outras quest\u00f5es o Semin\u00e1rio M\u00fasica & Movimento deve analisar as experi\u00eancias bem sucedidas empreendidas nos \u00faltimos anos por coletivos de cria\u00e7\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o, empresas, f\u00f3runs e governos e apontar indicadores e caminhos. Deve, ainda, articular uma nova rede de re-editores de cultura e\u00a0 de detentores de tecnologias complementares de gest\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o, capaz de lidar pr\u00f3-ativamente com as iniciativas estruturantes do setor privado, do poder p\u00fablico e da sociedade civil organizada, potencializando-as.<\/p><\/blockquote>\n
[Reuben da Cunha Rocha.<\/strong>]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Nesta sexta estarei em B\u00ea-Ag\u00e1 — a apraz\u00edvel terra da pinga, do p\u00e3o de queijo e de meninas bonitas como minha amiga Ludmila Ribeiro –, a convite do comparsa Makely Ka, para participar do Semin\u00e1rio Internacional M\u00fasica\u00a0& Movimento, que acontece dentro da programa\u00e7\u00e3o do Conex\u00e3o Vivo. A sexta-feira \u00e9 justamente o dia dos debates em […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":8240,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[122,113,87],"tags":[263,165,163,258,264],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-content\/uploads\/2012\/07\/seminario1-1.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1799"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1799"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1799\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8240"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1799"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1799"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1799"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=1799"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}