{"id":1597,"date":"2009-04-01T14:11:17","date_gmt":"2009-04-01T14:11:17","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=1597"},"modified":"2009-04-01T14:11:17","modified_gmt":"2009-04-01T14:11:17","slug":"mais-amor-que-trabalho-mais-preguica-que-horario","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2009\/04\/01\/mais-amor-que-trabalho-mais-preguica-que-horario\/","title":{"rendered":"Mais amor que trabalho, mais pregui\u00e7a que hor\u00e1rio"},"content":{"rendered":"
<\/p>\n
No come\u00e7o de fevereiro eu republiquei o texto O escritor coletivo<\/a><\/strong> no Overmundo. A id\u00e9ia era publicar semanalmente por l\u00e1\u00a0algumas mat\u00e9rias escritas pro BaixaCultura<\/strong>, s\u00f3 pra fazer a informa\u00e7\u00e3o circular. Digamos que n\u00e3o tenho sido muito pontual\u00a0neste compromisso,\u00a0mas isso \u00e9 outro papo.\u00a0Esse papo \u00e9 o seguinte: eis que no meio de coment\u00e1rios entusiasmados de algumas pessoas que ouviam falar pela primeira vez no coletivo Wu Ming, um maluco escreve o que segue:<\/p>\n fazia tempo que n\u00e3o ouvia falar sobre essa onda, que eu conheci\u00a0h\u00e1 uns bons 10 anos atrav\u00e9s do Luther Blissett. engra\u00e7ado \u00e9 que, naquela \u00e9poca, 98, 99, estes textos ainda n\u00e3o faziam muito sentido em um Brasil que se conectava pela lentid\u00e3o da conex\u00e3o discada. hoje, que temos mil e uma possibilidades de interven\u00e7\u00e3o e di\u00e1logo on line, \u00e9 a \u00e9poca perfeita para a retomada dessa conversa. revolu\u00e7\u00e3o sem rosto, com gosto e coletiva, s\u00f3 porque juntinho \u00e9 mais gostoso.<\/p>\n<\/blockquote>\n Fiquei curioso. Entrei no perfil<\/a> do cara. Prazer, Jo\u00e3o Xavi. MC e documentarista<\/a>. Tocou em Nurenberg ano passado. Historiador,\u00a0escreveu\u00a0Da Tropic\u00e1lia ao Hip Hop: Contracultura, repress\u00e3o, e alguns di\u00e1logos poss\u00edveis<\/a><\/strong>. Tentei baixar o disco Alta Fidelidade<\/strong> (2007) pelo MySpace de Jo\u00e3o<\/a>, link oficial pro 4Shared. Surpresa: link suspenso<\/a> pela APCM. Nem liguei. Ouvi as faixas\u00a0online e acabei descobrindo depois que d\u00e1 pra baixar a bolacha no pr\u00f3prio Overmundo<\/a> e na Trama Virtual<\/a>. Descobri depois que Jo\u00e3o tamb\u00e9m n\u00e3o liga. Que anda preocupado com o que ainda vai fazer, mais do que com o que j\u00e1 fez.<\/p>\n A vida no saculejo \u00e9 assim. Marcamos um papo pelo msn. Eu furei. Levei mais de um m\u00eas pra aparecer. Mudan\u00e7a, e tal. Sabe como \u00e9. Quando rolou, a certa altura da conversa J.X. precisou desconectar. Depois disso outros desencontros. Um rapid\u00edssimo segundo papo rolou apenas pra dizer que fui atr\u00e1s da dica do Todorov<\/a>, n\u00e3o encontrei O Homem Desenraizado<\/strong> <\/a>mas A Literatura em Perigo<\/strong> <\/a>\u00e9 um barato. Depois nunca mais nos encontramos. Hoje, quando entrei no site<\/a> do MC em busca de fotos para este post, dei de cara com o aviso: “levanta, sacode a poeira e manda a rima pra cima! Depois de tr\u00eas meses sem dar as caras por aqui estamos de volta. Chega de letargia, o momento \u00e9 agora e o vamo q vamo nunca se fez t\u00e3o urgente”.<\/p>\n A vida no saculejo \u00e9 assim. Correria, desencontros, “mais amor que trabalho\/mais pregui\u00e7a que hor\u00e1rio”, como em Meu compasso<\/em>, talvez minha m\u00fasica preferida das de Jo\u00e3o. Acabo de bot\u00e1-la pra tocar novamente e penso no motivo pelo qual preferi publicar o papo sem edi\u00e7\u00e3o, como segue, a vida no saculejo, sem filtro.<\/p>\n [Reuben da Cunha Rocha.<\/strong>]<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n salve jo\u00e3o!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n opa, fala ai sangue<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n putz, cara, h\u00e1 quanto tempo eu marquei contigo e nada, hein?<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n rolou uma mudan\u00e7a pelo meio do caminho e eu sumi das coisas por aqui<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n verdade<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas relaxa, t\u00f4 ligado que a vida \u00e9 corrida<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tu vai ficar por aqui, cara?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sim sim<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n \u00f4, ent\u00e3o vamo conversar um pouco<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n nasceu no rio mesmo?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ent\u00e3o, eu n\u00e3o moro exatamente no rio, moro na baixada fluminense, sabe?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n nasci aqui em s\u00e3o jo\u00e3o de meriti, uma cidade marcada pelos recordes mais sinistros poss\u00edveis<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tipo?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n maior densidade populacional da am\u00e9rica latina<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n recorde em hanseniase, aids, ind\u00edce de analfabetismo…<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n nossa<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n tem muita gente em pouco espa\u00e7o, a\u00ed tudo que existe de ruim no brasil \u00e9 amplificado por 20<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n imagino<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n nascido e criado a\u00ed por op\u00e7\u00e3o?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n pergunta engra\u00e7ada, mas at\u00e9 tem uma galera que mora aqui por op\u00e7\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas acho que a maioria, e o caso da minha fam\u00edlia se insere, mora por falta de op\u00e7\u00e3o mesmo<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n por parte de pai minha familia \u00e9 preta, ent\u00e3o vem daquela parada de ex-escravo… da parte de m\u00e3e \u00e9 branca, e veio de miguel pereira, que \u00e9 uma serra no interior do rio<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n vieram parar aqui porque \u00e9 uma cidade colada no rio, onde rolam as famosas oportunidades de emprego<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n da\u00ed o esquema \u00e9 morar a\u00ed e trampar na capital<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sim sim, acho que isso \u00e9 bem tipico daqui mesmo<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n e o lance aqui da baixada \u00e9 aquilo, uma porrada de cidade dormit\u00f3rio<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n umas cidades com alguma, bem pouca industria, e uma mega popula\u00e7\u00e3o de fudidos que vieram de tudo quanto \u00e9 canto do pa\u00eds, ou sequestrados da \u00e1frica, e tentam sobreviver por aqui<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o lado interessante \u00e9 que isso forma um caldo cultural bem louco<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n acho q isso acaba salvando a metr\u00f3pole<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n toda metr\u00f3pole<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n culturalmente<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n o resto nada salva<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n hehe<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n hehehe pois \u00e9<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n \u00e9 um encontro inusitado de gente diferente, com refer\u00eancias diferentes<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tu trampa com jornalismo, \u00e9 isso?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n n\u00e3o, eu sou historiador de forma\u00e7\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas, desempregado, comecei a escrever que nem um doido<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas nem tenho t\u00e9cnica de escrita nem nada<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n eu vi tua monografia<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n \u00e9 um bom recorte<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n n\u00e3o te deu a impress\u00e3o de q a contracultura se deslocou no eixo economico? pq a tropicalia, com toda a repress\u00e3o, nunca foi periferia, foi um pessoal q veio pro centro e gradativamente foi se arrumando (de grana) com a m\u00fasica<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n n\u00e3o sei se a contracultura se deslocou totalmente, ainda existem “fen\u00f4menos” s\u00f3cio art\u00edsticos da contracultura que s\u00e3o voltados para a classe m\u00e9dia, o hardcore \u00e9 um \u00f3timo exemplo disso<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o que acho que aconteceu, e isso \u00e9 a tese central da monografia, \u00e9 uma mudan\u00e7a de eixo da figura marginal<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n nos 60, 70 essa configura\u00e7\u00e3o marginal se dava por filia\u00e7\u00e3o pol\u00edtica. rico ou pobre, playboy ou fudido, se voc\u00ea fosse comunista tava errado…<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n hoje n\u00e3o \u00e9 por a\u00ed<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n n\u00e3o existe escolha<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n nasceu pobre, quer voc\u00ea pense como um capitalista, anarquista, socialista, ou nem pense!, t\u00e1 fudido<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n vai ser marcado e perseguido pela pol\u00edcia, pela exclus\u00e3o que acontece em quase todas as inst\u00e2ncias da vida social e econ\u00f4mica<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n hoje o cara n\u00e3o escolhe ser marginal, ele \u00e9 jogado no mundo sem chance dessa op\u00e7\u00e3o<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n mas e o contr\u00e1rio?<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n o cara q n\u00e3o nasce fodido e acaba apostando (acreditando e agindo de acordo) num discurso q nao \u00e9 da sua classe?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sim, isso existe de fato. muita gente que conheci no movimento de ocupa\u00e7\u00e3o urbana, por exemplo, \u00e9 classe m\u00e9dia ou alta. gente que estudou o bastante pra entender as desigualdades sociais e tem a sensibilidade necess\u00e1ria pra tentar mudar o quadro que vivemos de alguma maneira<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas acho que pouca gente faz essa ponte com maestria<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n porque na maioria das vezes, principalmente quando falamos do “mundo art\u00edstico”, essa conversa soa bem falsa<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n na milit\u00e2ncia pol\u00edtica j\u00e1 rola de outra forma, \u00e0s vezes<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n pelo menos, e acho que de certa forma isso j\u00e1 \u00e9 um avan\u00e7o em rela\u00e7\u00e3o a gera\u00e7\u00e3o 60\/70, hoje existem menos pessoas de classe m\u00e9dia tentando educar e salvar o povo<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n acho que as rela\u00e7\u00f5es est\u00e3o minimamente mais horizontais<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n fiquei curioso pra saber como tu acha q na milit\u00e2ncia pol\u00edtica essa conscientiza\u00e7\u00e3o rola de forma diferente do q acontece com a “classe art\u00edstica”<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n quis dizer que na arte, geralmente, o discurso que vem da classe m\u00e9dia falando do outro acaba soando esquisito<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n e o que rolou com a galera da tropicalia foi uma configura\u00e7\u00e3o bem espec\u00edfica<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n sim<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o gil era advogado, n\u00e9?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o cara \u00e9 preto, baiano, mas teve acesso a alguns meios educacionais…<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n cara, ele trabalhava numa f\u00e1brica de pasta de dente, n\u00e3o era? eu tenho isso na cabe\u00e7a<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n ah sim, ali \u00e9 todo mundo surpreendentemente muito bem informado<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n n\u00e3o sei, n\u00e3o sei de verdade<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n isso \u00e9 uma marca da classe m\u00e9dia<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o fato \u00e9 que os caras tinham, de alguma forma, acesso a informa\u00e7\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o caetano \u00e9 intelectualz\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n j\u00e1 deu uma lida no blog dele? ele escreve coisas que 90% dos cantores criados em fam\u00edlia rica (pode incluir ai a vanessa camargo, sei l\u00e1) s\u00e3o incapazes de pensar<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n j\u00e1 sim<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o lance da marginalidade deles, tropic\u00e1lia, passa por essa condi\u00e7\u00e3o de nordestino, de negro, da experimenta\u00e7\u00e3o setentista mesmo (de uma nova sexualidade, religi\u00e3o, drogas…)<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n eles souberam muito bem jogar com isso<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n e quando eu falo jogar n\u00e3o \u00e9 uma cr\u00edtica<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n porque a gente sabe que todos estes aspectos ainda s\u00e3o marginalizantes<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tabus, n\u00e9<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n o alta fidelidade j\u00e1 saiu em disco?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sim, um lance que a gente aqui no sudeste banaliza porque parece que aqui vale tudo. mas ser assim ou assado, preto, homossexual ou sei l\u00e1 o que, pode fechar muitas portas em v\u00e1rias situa\u00e7\u00f5es pelo brasil afora<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ainda n\u00e3o cara, ele saiu num cd tipo demo, que eu mesmo fiz e vendo por a\u00ed<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n cara, tu n\u00e3o tem ideia!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sim, tenho id\u00e9ia<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sabe que o sub\u00farbio \u00e9 uma parada sinistra n\u00e9<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n como diria walter benjamin, sub\u00farbio \u00e9 uma dobra entre o moderno e o passado<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n tem internet a cabo, mil tecnologias de ponta, mas ainda abriga outras tantas tradi\u00e7\u00f5es<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n \u00e9 um tro\u00e7o que t\u00e1 a\u00ed mas n\u00e3o faz parte<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n e isso tamb\u00e9m d\u00e1 uma pirada na cabe\u00e7a da galera daqui, que consegue se informar de v\u00e1rias paradas mas que vive num mundo marcado por estes tabus, tradi\u00e7\u00f5es…<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n pode crer<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n no fundo, quem foge\u00a0\u00e0 regra por aqui acaba se sentindo como o homem desenraizado, t\u00e1 ligado nessa id\u00e9ia? \u00e9 um livro de um malandro chamado todorov<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n tzvetan todorov eu acho<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n t\u00f4 ligado no todorov<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n mas no trampo dele como\u00a0lingu\u00edsta<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n esse\u00a0livro eu n\u00e3o conhe\u00e7o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n eu li “conquista da am\u00e9rica” por causa da faculdade mas gostei tanto que acabei pegando esse “homem desenraizado”<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n \u00e9 quase uma autobiografia<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n porque ele nasceu num pa\u00eds do leste europeu — desculpa a falha da mem\u00f3ria mas n\u00e3o consigo lembrar qual agora –, mas se desenvolveu intelectualmente na fran\u00e7a<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n quer dizer, nasceu no auge da repress\u00e3o das id\u00e9ias e foi viver em paris, no meio daquela loucura de liberdade<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ai o cara se sente desenraizado, porque depois de viver 20, 30 anos em paris ele volta pro pa\u00eds de origem e bate de frente com aquela coisa fechada<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n o milan kundera tem uma experi\u00eancia parecida (n\u00e3o de voltar, mas de sair)<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ai ele n\u00e3o \u00e9 nem mais o todorov do leste europeu, s\u00f3 que em paris ele tamb\u00e9m n\u00e3o se sente pleno, porque ainda carrega alguns v\u00edcios da cultura que nasceu e as pr\u00f3prias pessoas o enxergam como um gringo<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n po, n\u00e3o conhe\u00e7o esse livro<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n recomendo<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n aqui no rio eu achei por cinco conto hehehe<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n inclusive sempre achei o todorov meio xarope, porque como lingu\u00edsta ele \u00e9 um matem\u00e1tico!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n intelectual \u00e9 foda n\u00e9, europeu ent\u00e3o…<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas no conquista da am\u00e9rica o trabalho dele \u00e9 bem interessante<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n p\u00f4, t\u00e1 anotado<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tu viu o q aconteceu com o alta fidelidade?<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n no 4shared?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n vi, putaria isso n\u00e9?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n eu n\u00e3o tenho nem o direito de dar minha musica de gra\u00e7a<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n isso rolou com outras pessoas<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n a c\u00e9rebro eletr\u00f4nico lan\u00e7ou um ep dessa forma e tiraram do ar<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ainda rola no trama virtual, mas muita gente resiste ao lance de ter que registrar pra fazer o download<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n eu resisto! hehe<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n mas tu vai botar de novo no 4shared?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n cara, acho que n\u00e3o porque n\u00e3o t\u00f4 mais afim de divulgar estes sons<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n t\u00f4 fazendo coisa nova, que julgo muito melhor, da\u00ed acho um disperdicio de energia tentar divulgar as velhas de novo<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n t\u00f4 ligado<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n ent\u00e3o n\u00e3o vai rolar nem\u00a0de lan\u00e7ar o\u00a0disco<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n acho que n\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas j\u00e1 j\u00e1 vem coisa nova por a\u00ed<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n esse \u00e9 o lance, n\u00e3o s\u00e3o discos na verdade<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n quer dizer, o pr\u00f3ximo deve ser um disco<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n esse que tem a\u00ed na pista \u00e9 uma demo<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n mesmo assim \u00e9 uma velocidade acima da m\u00e9dia, um disco atropelando o outro<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n \u00e9 uma tentativa<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n e essa hist\u00f3ria de nuremberg?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n pois \u00e9, outra doideira isso<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n totalmente por acaso<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n setembro, n\u00e9?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n mas deu trabalho essa parada<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n isso, fiquei na europa setembro e outubro<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n conta\u00ed<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n como q rolou o contato?<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n sabe o confronto, a banda de hardcore? eles v\u00e3o sempre pra europa, j\u00e1 foram umas 4 vezes, e voltaram de l\u00e1 repetindo que eu devia ir de qualquer jeito. que meu som tinha tudo a ver pra bombar por l\u00e1<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n da\u00ed eu fui devagarzinho catando contatos<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n at\u00e9 pintar o convite pro festival<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n isso, rolou atrav\u00e9s de uma brasileira que mora l\u00e1 em nuremberg, a carol, uma baiana arretada!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n ela organizou a festa e eu fui daqui fechando mais shows<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n tudo com gente j\u00e1 minimamente conhecida, o johnatan, que \u00e9 meio brasileiro e meio franc\u00eas, dj sangue bom do favela chic (que apesar do nome p\u00e9ssimo \u00e9 um lugar bacana)<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n hehehe<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n cara, sei que isso \u00e9 chato, mas tem como a gente continuar esse papo depois? hoje ou amanh\u00e3<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n t\u00f4 me amarrando, mas n\u00e3o posso seguir conectado aqui agora<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n \u00f4 cara, sem essa de chato<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tem erro n\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n demor\u00f4 ent\u00e3o<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n o papo t\u00e1 manero!<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n vai nessa e bora se falando!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n \u00e9 s\u00f3 seguir o barco<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n tranquilo<\/p>\n reuben! diz:<\/p>\n abra\u00e7\u00e3o!<\/p>\n .j x. diz:<\/p>\n valeu!<\/p><\/blockquote>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" No come\u00e7o de fevereiro eu republiquei o texto O escritor coletivo no Overmundo. A id\u00e9ia era publicar semanalmente por l\u00e1\u00a0algumas mat\u00e9rias escritas pro BaixaCultura, s\u00f3 pra fazer a informa\u00e7\u00e3o circular. Digamos que n\u00e3o tenho sido muito pontual\u00a0neste compromisso,\u00a0mas isso \u00e9 outro papo.\u00a0Esse papo \u00e9 o seguinte: eis que no meio de coment\u00e1rios entusiasmados de algumas […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":8250,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[212,126],"tags":[246,247,248],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-content\/uploads\/2012\/07\/xavi12-1.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1597"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1597"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1597\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8250"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1597"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1597"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1597"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=1597"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}\n
<\/p>\n
<\/p>\n