{"id":15289,"date":"2023-07-05T15:45:24","date_gmt":"2023-07-05T18:45:24","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=15289"},"modified":"2023-07-05T17:02:40","modified_gmt":"2023-07-05T20:02:40","slug":"crises-e-ressacas-em-poeticas-fronteiricas-de-minas-gerais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2023\/07\/05\/crises-e-ressacas-em-poeticas-fronteiricas-de-minas-gerais\/","title":{"rendered":"Crises e ressacas em po\u00e9ticas fronteiri\u00e7as de Minas Gerais"},"content":{"rendered":"
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Depois de alguns anos de trocas nas redes, finalmente conheci as experimenta\u00e7\u00f5es arte tecnol\u00f3gicas do LabFront<\/a> no 8\u00ba Congresso Internacional de Arte, Ci\u00eancia e Tecnologia e Semin\u00e1rio de Artes Digitais<\/a>, realizado no final de junho em BH. Organizado por uma rede de grupos de pesquisa desde 2015, o semin\u00e1rio esse ano falou de “Crises” – crise financeira, crise clim\u00e1tica, crise de sa\u00fade, crise pol\u00edtica, de refugiados, de recursos h\u00edbridos, sa\u00fade mental, ambiental. Teve GTs de trabalho, exposi\u00e7\u00e3o de arte, performances e lan\u00e7amento de livros em \u00e1reas que v\u00e3o da arte digital \u00e0 literatura expandida, da documenta\u00e7\u00e3o de acervos ao uso do software livre na produ\u00e7\u00e3o musical, passando at\u00e9 por direitos dos animais, edi\u00e7\u00e3o de livros, paisagens da cidade, pol\u00edticas e est\u00e9ticas das imagens digitais, entre outros temas. \u201cA partir de meados dos anos 1990, o complexo intern\u00e9tico foi propagandeado como inerentemente democr\u00e1tico, descentralizador e anti-hier\u00e1rquico. Dizia-se que se tratava de um meio in\u00e9dito para a livre troca de ideias, de forma independente de controles impostos de cima para baixo, e capaz de equilibrar a arena do acesso midi\u00e1tico. Mas n\u00e3o foi nada disso. Houve uma fase breve de entusiasmo ing\u00eanuo, similar \u00e0s esperan\u00e7as n\u00e3o concretizadas veiculadas a respeito da ampla disponibilidade da televis\u00e3o a cabo nos anos 1970. A narrativa de agora – aquela de uma tecnologia igualit\u00e1ria colocada em risco por monop\u00f3lios corporativos, pela supress\u00e3o da neutralidade da rede e pela invas\u00e3o da privacidade – \u00e9 claramente falsa. N\u00e3o houve nem haver\u00e1 \u201cbens comuns digitais\u201d. Desde o come\u00e7o, o acesso de um p\u00fablico global \u00e1 internet sempre esteve ligado \u00e0 captura do tempo, ao desempoderamento e \u00e0 conectividade despersonalizada. A \u00fanica raz\u00e3o pela qual, em um primeiro momento, a internet parecia \u201cmais livre\u201d ou mais aberta se deveu ao fato de que os projetos de financeiriza\u00e7\u00e3o e de expropria\u00e7\u00e3o n\u00e3o foram implementados todos ao mesmo tempo, tendo levado alguns anos para alcan\u00e7ar um ponto de acelera\u00e7\u00e3o, no come\u00e7o da d\u00e9cada de 2000\u201d.<\/p><\/blockquote>\n <\/p>\n Aqui est\u00e1 o v\u00eddeo da fala na \u00edntegra<\/a>, transmitida ao vivo no Instagram. Aqui o PPT da apresenta\u00e7\u00e3o<\/a>, que vai virar um texto que mais adiante compartilho aqui tamb\u00e9m. As fotos abaixo s\u00e3o da abertura, em conversa com Pablo Gobira, diretor\/presidente\/fundador\/agitador do LabFront e do evento. Cr\u00e9ditos das fotos para Priscila Portugal, mestranda na UEMG e pesquisadora do Labfront.<\/p>\n [Leonardo Foletto<\/strong>]<\/p>\n <\/p>\n Depois de alguns anos de trocas nas redes, finalmente conheci as experimenta\u00e7\u00f5es arte tecnol\u00f3gicas do LabFront no 8\u00ba Congresso Internacional de Arte, Ci\u00eancia e Tecnologia e Semin\u00e1rio de Artes Digitais, realizado no final de junho em BH. Organizado por uma rede de grupos de pesquisa desde 2015, o semin\u00e1rio esse ano falou de “Crises” […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":15292,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[122],"tags":[216,552,269,2262,207,147,145,1837,2261,2049,1990],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-content\/uploads\/2023\/07\/bh-8.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15289"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=15289"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15289\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":15305,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15289\/revisions\/15305"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/15292"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=15289"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=15289"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=15289"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=15289"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\nPara dialogar com o tema do evento, apresentei na abertura “Crises e ressacas da internet em tempos de intelig\u00eancia artificial”, um apanhado do que tenho visto desde a ressaca da internet (texto de 2018<\/a>) at\u00e9 as recentes discuss\u00f5es sobre IA, copyright\/cultura livre e colonialismo de dados, temas que tenho tratado tamb\u00e9m aqui no BaixaCultura, com o acr\u00e9scimo de algumas provoca\u00e7\u00f5es de “Terra Arrasada”, livro recente (2023) de Jonathan Crary que estou terminando de ler (quem acompanha nossa newsletter<\/a> sabe) mas j\u00e1 impactado (e digerindo), como por exemplo aqui:<\/p>\n<\/p>\n
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