{"id":15196,"date":"2023-03-10T10:17:32","date_gmt":"2023-03-10T13:17:32","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=15196"},"modified":"2023-03-10T18:34:57","modified_gmt":"2023-03-10T21:34:57","slug":"a-vertiginosa-ascensao-das-ias-e-do-chatgpt-em-2023","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2023\/03\/10\/a-vertiginosa-ascensao-das-ias-e-do-chatgpt-em-2023\/","title":{"rendered":"A vertiginosa ascens\u00e3o das IAs e do ChatGPT em 2023"},"content":{"rendered":"

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Faz umas quatro semanas que parei para come\u00e7ar a escrever sobre os diversos links que todo dia chegavam (e continuam chegando) pra mim sobre IAs e o ChatGPT. Quando parava pra ler um chegava outro texto, e outro, outro, cada um mais \u201cdefinitivo\u201d do que outro, apocal\u00edpticos e desdenhosos, otimistas e prof\u00e9ticos, de perspectivas diferentes . Enquanto o tempo necess\u00e1rio para acompanhar as discuss\u00f5es diminu\u00eda, a cole\u00e7\u00e3o de links s\u00f3 aumentava. Passou o carnaval e fevereiro e nada de conseguir ler tudo ou escrever sobre.<\/em><\/p>\n

Mas eis que chegou mar\u00e7o e, bem, os links v\u00e3o continuar aumentando, como sugere o meme logo acima. Mas pelo menos aqui est\u00e1 um pequeno resumo\/panorama do que consegui parar e ler. At\u00e9 o final do ano teremos muitas mudan\u00e7as nesse t\u00f3pico, mas neste in\u00edcio de mar\u00e7o de 2023 creio ser um bom panorama.<\/em><\/p>\n

[Leonardo Foletto]<\/p>\n

*<\/p>\n

O que \u00e9 o Chat GPT<\/a>? Esbocei, junto com duas colegas de trabalho, uma pequena defini\u00e7\u00e3o neste texto<\/a>: ele \u00e9, tecnicamente, um chatbot, um programa que tenta simular a conversa\u00e7\u00e3o de um ser humano a partir de um modelo de Processamento de Linguagem Natural (PLN). Esse modelo \u00e9 um conjunto de t\u00e9cnicas e princ\u00edpios que permitem que uma m\u00e1quina se comunique com um humano do modo mais \u201cnatural\u201d poss\u00edvel. As assistentes de voz Alexa (Amazon) e Siri (Apple), por exemplo, tamb\u00e9m funcionam a partir do PLN. Contudo, o ChatGPT traz uma capacidade de simular a comunica\u00e7\u00e3o humana de uma forma MUITO mais sofisticada do que \u00e0s encontradas nas assistentes virtuais, e a\u00ed \u00e9 que come\u00e7a a discuss\u00e3o – e as \u201cespetaculares promessas\u201d, como diz esse texto na Discourse Magazine<\/a>, um dos primeiros de uma leva cotidiana que est\u00e1 debru\u00e7ado a entender as promessas, transforma\u00e7\u00f5es e revolu\u00e7\u00f5es poss\u00edveis a partir do sistema da OpenIA.<\/p>\n

Ali\u00e1s, come\u00e7amos nessa linha: promessas, revolu\u00e7\u00f5es e transforma\u00e7\u00f5es no mundo a partir do ChatGPT. Ana Busch, na Exame<\/a>, faz um resgate da internet (saudosa) de outros tempos para dizer que \u201cn\u00e3o adianta criticar, dizer que o bot erra, que est\u00e1 desatualizado, que ainda precisa caminhar muito (tudo verdade). O futuro vai se impondo dessa forma, e voc\u00ea tem que mergulhar antes de tomar um caldo\u201d. Jes\u00fas D\u00edaz, no El Confidencial da Espanha<\/a>, faz uma boa an\u00e1lise na mesma linha: \u201cLos analistas del Bank of America afirman que la inteligencia artificial es una revoluci\u00f3n comparable a la electricidad. Energ\u00eda, armas, medicinas o naves espaciales, todas las industrias est\u00e1n ya siendo transformadas por una tecnolog\u00eda, aseguran, que en s\u00f3lo siete a\u00f1os aportar\u00e1 15,7 billones de d\u00f3lares a la econom\u00eda mundial, m\u00e1s que el producto interior bruto anual de toda la zona euro en 2022\u201d. Seria exagero? O tempo dir\u00e1. Por\u00e9m, Jes\u00fas n\u00e3o deixa de apontar problemas: \u201cEn alg\u00fan momento del futuro cercano, perderemos nuestra capacidad para distinguir entre los hechos y la ficci\u00f3n creada por las m\u00e1quinas, sin importar cu\u00e1ntas herramientas forenses podamos idear. Resulta que, despu\u00e9s de hablar con algunos de los principales expertos en el campo, ese “futuro cercano” ocurrir\u00e1 en los pr\u00f3ximos 10 a\u00f1os<\/i>\u201d.<\/p>\n

Aqui entra um alerta para uma discuss\u00e3o que particularmente nos interessa: o que \u00e9 c\u00f3pia e original na era das IAs?<\/strong> Alguns pesquisadores da \u00e1rea computacional indicam que, em breve, a quantidade de texto\/imagem gerada por IAs tende a superar toda produ\u00e7\u00e3o humana. Dado que estes sistemas funcionam principalmente com novas apresenta\u00e7\u00f5es de ideias que j\u00e1 foram geradas (e registradas em computadores), ser\u00e1 poss\u00edvel reconhecer as fontes e identificar a autoria de uma informa\u00e7\u00e3o trazida por estas IAs? Os sistemas \u201cartificiais\u201d – e tamb\u00e9m os \u201chumanos\u201d, ou seria melhor dizer para ambos \u201ch\u00edbridos\u201d? – de controle da informa\u00e7\u00e3o poder\u00e3o impor limites a esta prolifera\u00e7\u00e3o e checar a veracidade daquilo que \u00e9 informado? J\u00e1 h\u00e1 casos de IAs, como a do Google Assistente, que reconhece os samplers<\/i> de uma m\u00fasica<\/a>, trechos de at\u00e9 menos de 1s, e essa tecnologia est\u00e1 apenas em sua inf\u00e2ncia. Como poderemos falar de c\u00f3pia e original num mundo cada vez mais dominado por m\u00faltiplas c\u00f3pias reproduzidas ad infinitum por sistemas algor\u00edtmicos \u201cinteligentes\u201d? Quais os riscos da reprodu\u00e7\u00e3o e do aumento de vieses (racistas, machistas, liberais, xenof\u00f3bicos) presentes na sociedade no transporte para estes sistemas de processamento de linguagem natural (PLN) como o GPT-3?<\/p>\n

A discuss\u00e3o em torno da c\u00f3pia, pl\u00e1gio e direito autoral a partir do ChatGPT e outros sistemas de IA \u00e9 uma das que mais tem rendido debate. Neste \u00f3timo texto<\/a>, Lukas Ruthes Gon\u00e7alves, doutorando pela UFPR e membro do Grupo de Estudos em Direito Autoral e Industrial (GEDAI\/UFPR), retrata os casos em que artistas processaram IAs por infringir copyrights, caso dos apps Stability.ai<\/a> e Midjourney<\/a>, e do como outros casos ainda est\u00e3o surgindo – caso da Getty Images, que est\u00e1 processando a Stability.ai por supostamente usar imagens da empresa<\/a>. Ele afirma que a doutrina de uso justo (fair use<\/i>) e suas limita\u00e7\u00f5es e exce\u00e7\u00f5es tornaram-se um dos pilares legais dos quais os aplicativos de IA dependem. E que sua \u201cdefesa e amplia\u00e7\u00e3o s\u00e3o primordiais para que criadores e inventores possam continuar a recombinar conhecimentos existentes para criar novas e excitantes possibilidades, como faziam anteriormente com a c\u00e2mera e programas de edi\u00e7\u00e3o de imagens como o photoshop\u201d.<\/p>\n

Sobre usos poss\u00edveis, h\u00e1 tamb\u00e9m bastante gente falando. M\u00e1rcio Telles, pesquisador e professor de comunica\u00e7\u00e3o da Tuiuti do Paran\u00e1, fez um compilado de usos poss\u00edveis<\/a> (e coment\u00e1rios sobre) dentro da cria\u00e7\u00e3o e edi\u00e7\u00e3o de um texto acad\u00eamico. \u201cTenho a impress\u00e3o de que a IA democratiza a figura do “assistente de pesquisa” para o “Sul Global” e fura o entrave erguido entre Norte\/Sul pela barreira da l\u00edngua\u201d, escreve M\u00e1rcio, que vem experimentando com o sistema e postando em suas redes com alguma frequ\u00eancia. O que tamb\u00e9m vem fazendo o pesquisador Mushtaq Bilal em seu Twitter, em ingl\u00eas, mas com uma abertura ao ptbr em uma boa thread de \u201cComo usar o ChatGPT em dois tipos de abordagem, minimalista e maximalista<\/a>\u201d.\u00a0 O pessoal do N\u00facleo.Jor tamb\u00e9m deu boas dicas<\/a> (24 usos). Nessa editoria, mas com abertura para decorr\u00eancias do uso do sistema, tamb\u00e9m entra o cientista cognitivo, pesquisador e professor brasileiro Diogo Cortiz<\/a>. Dele, destaco dois posts: um sobre um primeiro artigo estruturado<\/a> (segundo ele) sobre impacto do ChatGPT em tarefas de escrita, em que os pesquisadores fizeram um experimento com profissionais de qualifica\u00e7\u00e3o m\u00e9dia e encontraram aumento da produtividade, da qualidade da entrega e da satisfa\u00e7\u00e3o dos profissionais. E outro sobre como o ChatGPT pode literalmente alucinar<\/a> – alucina\u00e7\u00e3o maqu\u00ednica \u00e9 um termo usado na \u00e1rea t\u00e9cnica para indicar quando a m\u00e1quina d\u00e1 uma resposta confiante, mas sem qualquer justificativa nos dados de treinamentos. Quem j\u00e1 usou o ChatGPT sabe que ele inventa informa\u00e7\u00f5es e sobretudo refer\u00eancias bibliogr\u00e1ficas; mente convicto de que est\u00e1 certo.<\/p>\n

No tema \u201cproblematiza\u00e7\u00e3o do uso no ensino<\/strong>\u201d, vale conferir as colunas de Ronaldo Lemos na Folha de S.Paulo, especialmente esta<\/a>. \u201cNa minha aula no Schwarzman College o uso do ChatGPT \u00e9 obrigat\u00f3rio. Todos os trabalhos DEVEM ser feitos por ele. No entanto, a nota vai ser dada pela qualidade dos “prompts” que os alunos fizeram para chegar no resultado. Em outras palavras, vou dar a nota pela qualidade das perguntas, e n\u00e3o da resposta\u201d. Em contrapartida, escolas p\u00fablicas de Nova York<\/a> proibiram o uso do ChatGPT. Escolas e Universidades dos Estados Unidos est\u00e3o come\u00e7ando a repensar por completo seus m\u00e9todos de ensino. \u201cAntony Aumann, professor de filosofia na Universidade Northern Michigan, pensa em talvez abrir m\u00e3o de reda\u00e7\u00f5es em semestres subsequentes. Tamb\u00e9m pretende incluir o ChatGPT em suas aulas, pedindo aos estudantes que avaliem as respostas dadas pelo chatbot. “O que vai acontecer em sala de aula n\u00e3o ser\u00e1 mais \u2018aqui est\u00e3o algumas perguntas \u2013vamos discutir isso entre n\u00f3s, seres humanos\u2019”, disse ele, mas “alguma coisa como \u2018e o que esse rob\u00f4 alien\u00edgena pensa sobre a quest\u00e3o?'”, como conta nesse texto do NY Times traduzido pela Folha de S.Paulo<\/a>. No Brasil, o professor M\u00e1rcio Carneiro, do LabCom da UFMA, est\u00e1 fazendo v\u00e1rios testes com o ChatGPT – um livro, gerado de modo experimental com o apoio do sistema da Open IA, chamado \u201cIntelig\u00eancia Artificial Generativa\u201d, dispon\u00edvel pra download<\/a>; e um curso, o primeiro do Brasil, de \u201cIntrodu\u00e7\u00e3o ao Prompt Design\u201d<\/a>, onde se ensina do zero a gerar textos para v\u00e1rias finalidades e imagens usando ferramentas de IA, sobretudo MidJourney e o ChatGPT. Engenheiro de Prompt \u00e9 a nova profiss\u00e3o do futuro<\/a> – at\u00e9 que o futuro mude outra vez.<\/p>\n

O Sciences Po, renomada universidade e centro de pesquisa franc\u00eas, que teve Bruno Latour como criador de seu MediaLab<\/a>, baniu o uso do ChatGPT sem evidenciar as fontes. Disse o comunicado da Institui\u00e7\u00e3o<\/a>: \u201cSem referenciar de modo transparente, os alunos est\u00e3o proibidos de usar o software para a produ\u00e7\u00e3o de qualquer trabalho escrito ou apresenta\u00e7\u00f5es, exceto para fins espec\u00edficos do curso, com a supervis\u00e3o de um l\u00edder do curso\u201d. Mais do que banir, por\u00e9m, o Sciences Po abriu a discuss\u00e3o sobre o Chat e outros sistemas de IA e determinou regras<\/a> para seus usos baseados em tr\u00eas princ\u00edpios:<\/p>\n

_ Repensar com os professores os crit\u00e9rios de avalia\u00e7\u00e3o em prol da avalia\u00e7\u00e3o de compet\u00eancias \u2013 perante uma situa\u00e7\u00e3o complexa, desenvolvendo um trabalho reflexivo pessoal e uma an\u00e1lise cr\u00edtica aprofundada \u2013 em vez de uma verifica\u00e7\u00e3o de conhecimentos.<\/p>\n

_ Incluir ferramentas de IA nos exerc\u00edcios propostos. Por exemplo, pedindo aos alunos que testem os limites da ferramenta corrigindo seus erros, verificando sua bibliografia ou examinando criticamente sua contribui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

_ Oferecer cursos dedicados a estas ferramentas, para que os alunos tenham consci\u00eancia das suas potencialidades e limita\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

H\u00e1 tamb\u00e9m a discuss\u00e3o, claro, de mercado e concorr\u00eancia. Diante da amea\u00e7a do ChatGPT, e dos testes que a Microsoft vem fazendo com o chat acoplado ao seu buscador (o Bing), o Google acelerou suas pesquisas na \u00e1rea e apresentou o Bard em Janeiro<\/a>. A iniciativa\u00a0 veio de uma diretriz geral do Google em focar seus investimentos em IA para concorrer com a Open IA e a Microsoft<\/a>. O Bard \u00e9 basicamente um chatbot alimentado por IA que foi projetado para ser usado em pesquisas – uma c\u00f3pia do ChatGPT + Bing, portanto. Ou pelo menos era: diante dos erros em sua apresenta\u00e7\u00e3o, que dizem especialistas custou R$100 bilh\u00f5es de preju\u00edzo<\/a> em valor de mercado, a empresa tratou de desmentir que seria um buscador<\/a>, mas na verdade uma outra coisa – que ningu\u00e9m sabe bem o qu\u00ea.<\/p>\n

Rodrigo Ghedin, em sua coluna de 3 de mar\u00e7o no Manual do Usu\u00e1rio<\/a>: \u201cO ChatGPT pode at\u00e9 se provar apenas uma moda passageira daqui a alguns meses, mas hoje \u00e9 tido como o futuro, o que torna amea\u00e7a bastante real: trata-se do produto digital que mais r\u00e1pido atingiu 100 milh\u00f5es de usu\u00e1rios (em apenas dois meses) e, em paralelo, est\u00e1 chegando \u00e0s pessoas de outras formas, em produtos de parceiros diversos, alguns de peso como a Microsoft e a Snap. Age como toda boa disrup\u00e7\u00e3o: mudando o campo de batalha. \u00c9 dif\u00edcil superar o Google no ato de devolver dez links relevantes e alguns an\u00fancios numa p\u00e1gina web ap\u00f3s uma pesquisa. O ChatGPT troca esse paradigma por uma conversa, uma esp\u00e9cie de WhatsApp em que seu interlocutor \u00e9 uma intelig\u00eancia artificial em overdose ap\u00f3s consumir boa parte do conhecimento j\u00e1 produzido pela humanidade \u2014 at\u00e9 meados de 2021, pelo menos\u201d.<\/p>\n

H\u00e1, por fim (e por hora), as quest\u00f5es mais problem\u00e1ticas envolvendo as IAs. Elas envolvem, por exemplo, os vieses, \u201calucina\u00e7\u00f5es\u201d, erros cometidos pelo ChatGPT e explora\u00e7\u00e3o de trabalhadores para \u201ccorrigir\u201d manualmente as IAs<\/a>, que nos fazem vislumbrar um cen\u00e1rio cada vez mais pr\u00f3ximo de uma \u201cDark Digital Age\u201d.O hist\u00f3rico de alucina\u00e7\u00e3o de cunho fascista das \u00faltimas IAs n\u00e3o \u00e9 dos melhores<\/a>; ser\u00e1 diferente agora? Se sim, como? Quais as medidas regulat\u00f3rias poss\u00edveis para que estas m\u00e1quinas n\u00e3o virem monstros racistas, mis\u00f3ginos e propagadores de fake news? H\u00e1 muita discuss\u00e3o no tema, especialmente sobre legisla\u00e7\u00f5es poss\u00edveis. Na Europa est\u00e1 em discuss\u00e3o um projeto de lei de regula\u00e7\u00e3o dos sistemas de intelig\u00eancia artificial (\u201cAI Act\u201d), proposto pela Comiss\u00e3o Europeia. Nos EUA, o governo Biden publicou o \u201cBlueprint for an AI Bill of Rights\u201d, um conjunto de princ\u00edpios \u00e9ticos sobre intelig\u00eancia artificial<\/a>. H\u00e1 tamb\u00e9m um projeto de lei em andamento no Congresso americano, que busca regular as decis\u00f5es automatizadas tomadas por meio de algoritmos<\/a>. No Brasil, houve a aprova\u00e7\u00e3o do Projeto de Lei 21\/20<\/a> e a cria\u00e7\u00e3o de uma comiss\u00e3o de Juristas para discutir o tema e propor subs\u00eddios para um substitutivo, o que ocorreu ap\u00f3s 9 meses de trabalho, em que foram ouvidos mais de 50 especialistas em audi\u00eancias p\u00fablicas multisetoriais e semin\u00e1rios internacionais. O resultado \u00e9 um robusto relat\u00f3rio de 900 p\u00e1ginas<\/a> pouco lido – mas que mereceria mais aten\u00e7\u00e3o. Laura Schertel Mendes, professora de Direito na UNB, comenta sobre ele e o processo de regula\u00e7\u00e3o nesse bom texto em O Globo<\/a>.<\/p>\n

Encaminho mais alguns links soltos de bons textos, revistas, que sa\u00edram nesses \u00faltimos meses sobre o tema:<\/p>\n

_ Dossi\u00ea\u00a0 Comunica\u00e7\u00e3o na Era da Intelig\u00eancia Artificial: da ideologia neoliberal ao colonialismo de dados. Revista Fronteiras, Unisinos<\/a>.<\/p>\n

_ Nem Humanas Nem Artificiais: 10 pontos para entender a Chat GPT e as qualidades conectivas das hiper Intelig\u00eancias Castells<\/a>, Massimo De Felice.<\/p>\n

_ Andr\u00e9 Lemos em sua newsletter no Substack<\/a>: \u201cO que fazemos, nos processos educativos \u00e9 sugerir livros acad\u00eamicos, artigos, romances para ler e pedir que se produza ju\u00edzo cr\u00edtico, reflex\u00e3o, debate. Devemos fazer o mesmo com os sistemas de IA. Ningu\u00e9m pensa hoje em banir os livros por poderem ser copiados, ou pela possibilidade de uma biblioteca substituir um professor. (\u2026) Voc\u00ea conhece algum professor no seu dia-a-dia que n\u00e3o use o dispositivo informacional livro?\u201d<\/p>\n

_ Mat\u00e9ria de capa de fevereiro da Super Interessante: O futuro da Intelig\u00eancia Artificial e o que vem depois do ChatGPT<\/a> (com paywall).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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