{"id":14004,"date":"2022-06-15T23:39:46","date_gmt":"2022-06-15T23:39:46","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=13989"},"modified":"2022-09-14T20:40:47","modified_gmt":"2022-09-14T23:40:47","slug":"a-cultura-livre-e-hacker-e-cooperativa-em-porto-alegre","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2022\/06\/15\/a-cultura-livre-e-hacker-e-cooperativa-em-porto-alegre\/","title":{"rendered":"A cultura livre \u00e9 hacker e cooperativa em Porto Alegre"},"content":{"rendered":"

Ap\u00f3s quatro eventos on-line, o DigiLabour, por meio do Observat\u00f3rio do Cooperativismo de Plataforma<\/a>, vai realizar o Semin\u00e1rio Presencial Cooperativismo de Plataforma e Pol\u00edticas P\u00fablicas, presencial, em Porto Alegre\/RS, nos dias\u00a021 e 23 de junho, na UNISINOS campus Porto Alegre.<\/p>\n

O evento, apoiado pela Funda\u00e7\u00e3o Rosa Luxemburgo<\/a>, reunir\u00e1 formuladores de pol\u00edticas, trabalhadores, acad\u00eamicos, movimentos sociais e outras institui\u00e7\u00f5es interessadas para discutir caminhos alternativos para o futuro do trabalho por plataformas no pa\u00eds. Entre os confirmados est\u00e3o Leo Pinho (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solid\u00e1rios do Brasil – UNISOL), Joana Varon (Coding Rights), Aline Os (Senoritas Courier), M\u00e1rcio Pochmann (Instituto Lula), Renan Kalil (MPT-SP), Pedal Express, Movimento dos Trabalhadores Sem Direitos, N\u00facleo de Tecnologia do MTST, ITS Rio \/ Platform Cooperativism Consortium, Dire\u00e7\u00e3o Nacional da CUT, Camila Capacle (Prefeitura de Araraquara), Miguel Rossetto (PT-RS),\u00a0 Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Privacidade e Prote\u00e7\u00e3o de Dados (COOPRODADOS), representantes da Funda\u00e7\u00e3o Mundukide\/Mondragon, entre outros.\u00a0 As inscri\u00e7\u00f5es<\/a> gratuitas, com direito a certificado, podem ser realizadas no site da UNISINOS<\/a>.<\/p>\n

No encerramento do evento, 23\/6 \u00e0s 18h<\/strong>, o “A Cultura \u00e9 Livre: uma hist\u00f3ria da resist\u00eancia antipropriedade<\/a><\/strong>” vai ser lan\u00e7ado –\u00a0 pela primeira vez presencialmente, depois de alguns lan\u00e7amentos online em meio \u00e0 pandemia. Ser\u00e1 no Sola Craft Bar<\/a>, Rua S\u00e3o Carlos, 725, ao lado do Vila Flores, no bairro Floresta, regi\u00e3o do “4\u00ba distrito” de Porto Alegre, com participa\u00e7\u00e3o e apoio do vizinho hackerspace Matehackers. Teremos exemplares GRATUITOS para distribui\u00e7\u00e3o (limitada), a partir do apoio da Funda\u00e7\u00e3o Rosa Luxemburgo, co-editora do livro. A proposta do papo do lan\u00e7amento \u00e9 dialogar sobre a cultura livre a partir do resgate hist\u00f3rico feito no livro (da cultura oral, impressa, propriet\u00e1ria, recombinante, livre e coletiva) e detalhar a rela\u00e7\u00e3o do conhecimento livre com as pr\u00e1ticas hackers – o software livre e a ideia de copyleft, que popularizaram o entendimento contempor\u00e2neo do que \u00e9 cultura livre, est\u00e3o ligadas diretamente \u00e0 Richard Stallman, criador do software livre, por sua vez o “\u00faltimo dos verdadeiros hackers”, como diz o livro de Steven Levy [“Hackers – Heroes of The Computer Revolution”, obra fundamental para entender as ra\u00edzes da cultura hacker nos Estados Unidos; d\u00e1 pra baixar gr\u00e1tis<\/a> a vers\u00e3o em ingl\u00eas].<\/span><\/p>\n

Como boa parte dos hackerspaces<\/a> pelo mundo, o Matehackers tem o conhecimento livre entre seus princ\u00edpios fundamentais – a come\u00e7ar pela documenta\u00e7\u00e3o de suas atividades, no site<\/a> (ainda que meio desatualizado), no uso e defesa do software e do hardware livre e nas pr\u00e1ticas de livre compartilhamento em seus espa\u00e7os f\u00edsicos e eventos. Quem j\u00e1 passou pelo apartamento de duas salas, uma cozinha, um banheiro e uma sacada no primeiro (ou segundo?) andar do Vila Flores, sede do grupo desde 2014, sabe que a colabora\u00e7\u00e3o \u00e9 dominante; ir com algum problema t\u00e9cnico\u00a0<\/em>para l\u00e1 tentar resolver significa tornar um problema e a solu\u00e7\u00e3o quest\u00f5es coletivas – e \u00e0s vezes voltar com problemas muito maiores que os iniciais (especialmente aos s\u00e1bados, tradicional dia de mais gente). A aprendizagem colaborativa, a sede pelo conhecimento (especialmente t\u00e9cnico<\/em>, mas nem sempre), a valoriza\u00e7\u00e3o do saber fazer (mais do que ostentar, seja por t\u00edtulos ou pela fala), a colabora\u00e7\u00e3o pela curiosidade de resolver um problema e a ideia de que muita coisa pode ser resolvida pelos computadores fazem parte do ethos<\/em> do grupo – e tamb\u00e9m dos hackerspaces\/hacklabs que ainda se baseiam nos princ\u00edpios de uma \u00e9tica hacker<\/a>.<\/p>\n

Entre outros eventos ligados ao conhecimento livre que o Matehackers participou, um vale destacar: foi o Dia da Cultura Livre na Casa de Cultura M\u00e1rio Quintana<\/a> (CCMQ), importante centro cultural da cidade, em 18 de maio de 2013. No dia, com organiza\u00e7\u00e3o da CCD POA<\/a> e participa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios integrantes do Matehackers, uma s\u00e9rie de oficinas, debates e outras atividades teve como tema a cultura livre baseada em licen\u00e7as livres (ou sem licen\u00e7a nenhuma). De design a m\u00fasica, de zines a RPG, foi uma pequena celebra\u00e7\u00e3o da cultura livre e dos artistas que fazem uso dela. Algumas fotos abaixo:<\/p>\n

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Fanzines, cultura independente e compartilhamento com Jamer Guterres de Mello e Wender Zanon.<\/p><\/div>\n

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Alissa Gottfried, do coletivo Ecoaecoa, contando sobre a cria\u00e7\u00e3o e utiliza\u00e7\u00e3o de MiMoSA’s como meio criativo para produ\u00e7\u00e3o de conte\u00fados livres<\/p><\/div>\n

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Material de Divulga\u00e7\u00e3o do Dia da Cultura Livre em 18\/5\/2013<\/p><\/div>\n

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Material de Divulga\u00e7\u00e3o do Dia da Cultura Livre em 18\/5\/2013*<\/span><\/p><\/div>\n

M\u00eas passado rolou o debate em torno das tecnologias livre e o cooperativismo de plataforma, evento que encerrou a fase online da s\u00e9rie de debates Cooperativismo de Plataforma e Pol\u00edticas P\u00fablicas, organizado pelo Digilabour e Observat\u00f3rio do Cooperativismo de Plataforma e apoio da Funda\u00e7\u00e3o Rosa Luxemburgo.<\/p>\n

[J\u00e1 d\u00e1 para assistir na \u00edntegra esta mesa – abaixo – e as outras no canal do Youtube do Digilabour<\/a>]<\/p>\n

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