{"id":13641,"date":"2021-04-30T21:08:23","date_gmt":"2021-04-30T21:08:23","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=13641"},"modified":"2021-04-30T21:08:23","modified_gmt":"2021-04-30T21:08:23","slug":"baixacharla-7-ciberfeminismos-3-0","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2021\/04\/30\/baixacharla-7-ciberfeminismos-3-0\/","title":{"rendered":"BaixaCharla ao vivo #7: Ciberfeminismos 3.0"},"content":{"rendered":"

 <\/p>\n

\"\"<\/p>\n

A s\u00e9tima BaixaCharla ao vivo, terceira de 2021, vai falar sobre Ciberfeminismos 3.0, obra rec\u00e9m publicada pelo Grupo de Pesquisa em G\u00eanero, Tecnologias Digitais e Cultura<\/a> (Gig@\/UFBA) da UFBA, com organiza\u00e7\u00e3o da professora Graciela Natansohn (Facom\/PosCom\/UFBA), nossa convidada da conversa.<\/span><\/p>\n

A obra, publicada em e-book pela Editora LabCom de Portugal [<\/span>baixe gr\u00e1tis<\/span><\/a>], re\u00fane pesquisadoras e pesquisadores trazendo novos olhares sobre a interface entre o g\u00eanero e as tecnologias digitais. Alguns dos temas da publica\u00e7\u00e3o s\u00e3o os usos e apropria\u00e7\u00f5es das tecnologias de informa\u00e7\u00e3o e comunica\u00e7\u00e3o: o ativismo realizado por mulheres e outros grupos em vulnerabilidade social, sobretudo em prol de uma internet feminista e antirracista; a quest\u00e3o das brechas e viol\u00eancias digitais de g\u00eanero; a datafica\u00e7\u00e3o, algoritmiza\u00e7\u00e3o e plataformiza\u00e7\u00e3o das tecnologias e m\u00eddias digitais e seus impactos nos usos e apropria\u00e7\u00f5es por mulheres e pessoas LGBTQIA +.<\/span><\/p>\n

A proposta do \u201c3.0\u201d do t\u00edtulo dialoga com a perspectiva de uma internet mais \u201cmadura\u201d, que questiona e perde a inoc\u00eancia da neutralidade da tecnologia, compreende as brechas e viol\u00eancias digitais e elucida a episteme colonial dominante, que se datatificou a partir de algoritmos que arquitetam a criptografia do poder, como Graciela descreve na apresenta\u00e7\u00e3o do livro:<\/span><\/p>\n

\n

\u201cA internet institui ainda cen\u00e1rios privilegiados e tensos para a a\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e as resist\u00eancias e lutas feministas, antirracistas, de mulheres cis e trans, hetero, l\u00e9sbicas, bissexuais e pessoas queer e n\u00e3o bin\u00e1rias e de\u00admandam, ao mundo acad\u00eamico, balizar teoriza\u00e7\u00f5es e pr\u00e1ticas alternativas cr\u00edticas, descolonizadoras, isto \u00e9, dar visibilidade e, mais do que nada, le\u00adgitimidade epist\u00eamica a outras formas de imaginar internet, que n\u00e3o se limitem apenas ao uso das plataformas corporativas, \u00e0 explora\u00e7\u00e3o do tra\u00adbalho humano via tecnologias sob o nome de empreendedorismo, ao uso exaustivo de ferramentas desenhadas pelas l\u00f3gicas do capital\u201d\u00a0<\/span><\/p>\n<\/blockquote>\n

\"\"

Fonte:CartelUrbano, el clitoris de la red.<\/p><\/div>\n

Os ciberfeminismos, hackativismos feministas e transhackativistas est\u00e3o \u2018parindo\u2019 como, segue Graciela, n\u00e3o mais por princ\u00edpios liberais, extrativistas, brancos e masculinistas, mas por princ\u00edpios \u00e9ticos feministas inspirados em ideais emancipacionistas. Ela considera que h\u00e1 uma terceira gera\u00e7\u00e3o de ciberfeministas nos quais os discursos acerca do feminismo mudaram; interpeladas pelas lutas antirracistas e ambientalistas, reivindicam um mundo e uma internet sustent\u00e1vel, contestam armadilhas da colonialidade digital dominante sem abrir m\u00e3o do termo \u201cciber\u201d.\u00a0<\/span><\/p>\n

A proposta da charla \u00e9 apresentar, ao menos em car\u00e1ter inicial, conceitos te\u00f3ricos presentes no livro e compartilhados com autoras como Donna Haraway (o corpo ciborgue), Diana Maff\u00eda (dimens\u00e3o simb\u00f3lica do corpo e suas fronteiras), Dianna Boyd (<\/span>Affordances<\/span><\/i> em ambientes digitais e colapso de contexto) e autores transfeministas e dos estudos queer como Judith Butler (performatividade de g\u00eanero), Jon Preciado (corpo como um texto sexualmente constru\u00eddo), Foucault (biopoder) nas quest\u00f5es da digitaliza\u00e7\u00e3o de si em ambientes digitais. Tamb\u00e9m traremos as narrativas hist\u00f3ricas da palavra \u201cciberfeminismo\u201d e\u00a0 \u201chackfeminismo\u201d para uma abordagem pr\u00e1tica a partir das primeiras iniciativas de coletivos ativistas e as extens\u00f5es dos conceitos sob o contexto da hiperconex\u00e3o global.\u00a0<\/span><\/p>\n

\n

\u00a0\u201cNesta d\u00e9cada, novas express\u00f5es do ciberativismo feminista reaparecem sob o nome hackfeminista, que repensa o lugar do ativismo de outras manei\u00adras, n\u00e3o se limitando \u00e0 camada da Internet que produz e divulga conte\u00fado, mas analisa o campo das infraestruturas l\u00f3gicas e f\u00edsicas, respons\u00e1vel pe\u00adlas condi\u00e7\u00f5es de exist\u00eancia da internet. Tamb\u00e9m autodenominado como transhackfeminista, com todas as suas varia\u00e7\u00f5es, aderem ao feminismo queer e trans, enfatizam e promovem processos de autonomia tecnol\u00f3gi\u00adca, comunitarismo, redes alternativas e rejeita as cumplicidades do big data com o modelo de neg\u00f3cios na Internet. Apesar de serem poucos, esses coletivos t\u00eam assimilado os princ\u00edpios hackers relacionados ao software li\u00advre, mas com uma forte cr\u00edtica ao androcentrismo t\u00edpico da cultura hacker.\u201d<\/span><\/p>\n<\/blockquote>\n

\"\"

Fonte: Ilustra\u00e7\u00e3o Leonard Beard.<\/p><\/div>\n

Para debater o tema, Leonardo Foletto e Tatiana Balistieri, do BaixaCultura, conversam com Graciela Natansohn<\/a>, coordenadora do GIG@, professora do Programa de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Comunica\u00e7\u00e3o e Cultura Contempor\u00e2neas e da FACOM da UFBA. Graduada em Jornalismo e Licenciatura em Comunica\u00e7\u00e3o Social pela Universidad Nacional de La Plata (Argentina), possui Mestrado e doutorado em Comunica\u00e7\u00e3o e Cultura Contempor\u00e2neas pela UFBA. Suas pesquisas e produ\u00e7\u00f5es concentram-se na interse\u00e7\u00e3o entre a comunica\u00e7\u00e3o e o feminismo e sobre quest\u00f5es de g\u00eanero na cultura digital e no jornalismo. Atualmente pesquisa \u201c A Apropria\u00e7\u00e3o de m\u00eddias digitais \u2013 Um Olhar de g\u00eanero\u201d, onde problematiza as experi\u00eancias das pessoas nas suas aproxima\u00e7\u00f5es \u00e0s tecnologias de informa\u00e7\u00e3o digitais, com um olhar sens\u00edvel \u00e0s quest\u00f5es de g\u00eanero e outras interseccionalidades.<\/span><\/p>\n

A conversa vai ser realizada na quinta-feira, 6\u00a0de maio, \u00e0s 19h<\/strong>, no canal do Youtube do BaixaCultura<\/a>, onde as outras charlas j\u00e1 est\u00e3o dispon\u00edveis. Nas pr\u00f3ximas semanas ela tamb\u00e9m vira podcast, que pode ser escutado aqui e nas principais plataformas de streaming.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

  A s\u00e9tima BaixaCharla ao vivo, terceira de 2021, vai falar sobre Ciberfeminismos 3.0, obra rec\u00e9m publicada pelo Grupo de Pesquisa em G\u00eanero, Tecnologias Digitais e Cultura (Gig@\/UFBA) da UFBA, com organiza\u00e7\u00e3o da professora Graciela Natansohn (Facom\/PosCom\/UFBA), nossa convidada da conversa. A obra, publicada em e-book pela Editora LabCom de Portugal [baixe gr\u00e1tis], re\u00fane pesquisadoras […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":13651,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[122,335],"tags":[216,129,2120,1980,207,927,1887,1443,1075],"post_folder":[],"jetpack_featured_media_url":"","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13641"}],"collection":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13641"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13641\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13641"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13641"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13641"},{"taxonomy":"post_folder","embeddable":true,"href":"https:\/\/baixacultura.org\/wp-json\/wp\/v2\/post_folder?post=13641"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}