{"id":13241,"date":"2020-09-09T13:22:47","date_gmt":"2020-09-09T13:22:47","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=13241"},"modified":"2020-09-09T13:22:47","modified_gmt":"2020-09-09T13:22:47","slug":"fazendo-a-internet-das-pessoas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2020\/09\/09\/fazendo-a-internet-das-pessoas\/","title":{"rendered":"Fazendo a internet das pessoas"},"content":{"rendered":"
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Primeira Cumbre Argentina de Redes Comunit\u00e1rias, em C\u00f3rdoba (AR). Martin Bayo CC BY SA \/ Wikimedia<\/p><\/div>\n

Levamos meses escutando sobre a constru\u00e7\u00e3o de uma normalidade p\u00f3s-pandemia. Quem a est\u00e1 definindo? Estamos sendo parte dessa constru\u00e7\u00e3o? O que tem de nova? \u00c9 o futuro que desejamos?
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Desde alguns anos – d\u00e9cadas em alguns casos – , diversos coletivos, ativistas e militantes estamos debatendo, resistindo, propondo e construindo a largo prazo um caminho de soberania e autonomia tecnol\u00f3gica. As discuss\u00f5es v\u00e3o desde o acesso \u00e0 internet, neutralidade da rede, como cuidar da t\u00e3o desdenhada privacidade e por mais aten\u00e7\u00e3o no valor de nossos dados; passando tamb\u00e9m pela necessidade de refletir sobre as tecnologias que usamos e as possbilidades de cocri\u00e1-las; e pelo acesso, a c\u00f3pia, o remix e a difus\u00e3o de todo tipo de obras culturais (filmes, livros, m\u00fasicas e um grande etc). De tudo isso que tem sido falado, discutido e consensuado em certos nichos<\/em> ou c\u00edrculos, quando chegou a pandemia esses problemas se tornaram mais urgentes – e as inquietudes tomaram maior escala.<\/p>\n

A<\/span>ssim, frente a velhos problemas, aparecem as mesmas l\u00f3gicas tecnol\u00f3gicas vestidas de solu\u00e7\u00f5es inovadoras que s\u00f3 refor\u00e7am ou aprofundam as desigualdades estruturais existentes. Toda nossa capacidade de nos comunicarmos \u00e0 dist\u00e2ncia, de nos educarmos, de nos entreter e socializar e de trabalhar ca\u00edram nas m\u00e3os de poucas empresas. Desta forma, a esperan\u00e7a de chegar a uma “nova normalidade” p\u00f3s-pandemia parece depender de qu\u00e3o h\u00e1beis vamos conseguir nos mover em certas plataformas digitais – sejam as que j\u00e1 conhecemos, as que rec\u00e9m est\u00e3o sendo instaladas ou aquelas que buscam se tornar o padr\u00e3o da ind\u00fastria.<\/span><\/span><\/span><\/p>\n

Timidamente se escutam algumas vozes debatendo que, por tr\u00e1s dessa “adapta\u00e7\u00e3o”, tamb\u00e9m est\u00e1 a ren\u00fancia de direitos de todos os tipos: de nossa intimidade e privacidade, de condi\u00e7\u00f5es de trabalho e de possibilidades de lazer, acesso \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e a bens culturais.
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Os grandes valent\u00f5es da internet
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Alguns dias atr\u00e1s, em junho, o Financial Times noticiou o Top 100 de empresas que cresceram em valor de merdado desde o in\u00edcio da pandemia, em mar\u00e7o, incluindo tamb\u00e9m o crescimento patrimonial de seus fundadores, donos ou principais acionistas (veja aqui a tabela completa<\/a>, baseado nos n\u00fameros do ranking de milion\u00e1rios da Forbes). \u00c9 importante ver como o ranking est\u00e1 encabe\u00e7ado por aquelas empresas (e pessoas) ligadas \u00e0 tecnologias, um setor altamente concentrado. <\/span><\/p>\n

H\u00e1, em primeiro lugar, a Amazon; a Microsoft (#2<\/strong>) cresceu em US$ 269.000 milh\u00f5es, enquanto Bill Gates aumentou seu patrim\u00f4nio aproximadamente em 12%. Algo parecido ocorreu com a Apple (#3<\/strong>), com um salto de US$219.000 milh\u00f5es desde o in\u00edcio da pandemia, enquanto Laurene Powell Jobs, vi\u00fava de Steve Jobs, viu sua fortuna cresce em 26%.<\/span><\/p>\n

Um pouco atr\u00e1s, outras startups do Vale do Sil\u00edcio tamb\u00e9m ocupam um lugar privilegiado no ranking. Facebook (#6<\/strong>) cresceu US$85 milh\u00f5es e, como espelho, a fortuna de Mark Zuckerberg aumentou quase 60%. Alfabeth, a ex-Google, est\u00e1 em #8<\/strong> com a soma de US$68.000 milh\u00f5es,; tanto Larry Page quanto Sergey Brin, seus criadores, engordaram seu caixa ao redor de 29%. Netflix (#12<\/strong>) subiu US$55.000 milh\u00f5es em seu valor nesse per\u00edodo – e a fortuna de Reed hastings, seu fundador e diretor-executivo, subiu em 30%.\u00a0 A grande “novidade” desta pandemia foi o Zoom (#15<\/strong>), que com sua plataforma de videochamadas aumentou sua cota\u00e7\u00e3o no mercado em US$48.000 milh\u00f5es. Seu criador e principal acionista, Eric Yuan, viu sua conta banc\u00e1ria quase dobrar, crescimento de 98%. Entre os “jogadores locais” do Continente, o Mercado Libre (#37<\/strong>) cresceu U$$ 18.000 milh\u00f5es e o valor do partim\u00f4nio do argentino Marcos Galperin, seu presidente e co-fundador, dobrou, chegando a U$$4100 milh\u00f5es.<\/span><\/p>\n

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Tom Grillo \/ NY Times<\/p><\/div>\n

Os mecanismos pelos quais algumas dessas empresas aumentaram seus valores s\u00e3o, em alguns casos, mais “transparentes” (nem por isso menos ferozes), caso de Netflix, Amazon ou Mercado Livre, que exigem assinaturas pagas ou cobram taxas pelos seus servi\u00e7os. Em outros casos, a suposta gratuidade das plataformas oculta a opacidade das diretrizes publicit\u00e1rias mediante a extra\u00e7\u00e3o e a comercializa\u00e7\u00e3o abusiva dos dados dos usu\u00e1rios – e, por sua vez, a manipula\u00e7\u00e3o dos conte\u00fados publicados nas plataformas segundo algoritmos que privilegiam os interesses pol\u00edticos e econ\u00f4micos destas corpora\u00e7\u00f5es e de seus aliados. Os casos mais emblem\u00e1ticos aqui s\u00e3o, claro, Facebook e Google.
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De qualquer maneira, a “chave do \u00eaxito” \u00e9 um gigante de duas pernas que, como diz\u00edamos no in\u00edcio, desde algum tempo coletivos e espa\u00e7os ativistas estamos tentando derrubar. Duas pernas porqu\u00ea, por um lado, nos mostram uma vida onde a tecnologia \u00e9 imprescind\u00edvel. O advento sem aviso pr\u00e9vio – e, em princ\u00edpio, provis\u00f3rio – de uma virtualiza\u00e7\u00e3o for\u00e7ada abriu caminho para que essas corpora\u00e7\u00f5es corroborassem a hip\u00f3tese que elas mesmas haviam instalado: precisamos de tecnologia para cada uma das tarefas de nossa vida. Esse argumento cai em peda\u00e7os quando nos afastamos um pouco dos grandes centros urbanos ou quando nos aproximamos de setores que, inclusive nas grandes cidades, n\u00e3o tem acesso \u00e0s tecnologias digitais ou \u00e0 conex\u00e3o de qualidade desde antes da pandemia.
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Por outro lado, e com muito mais for\u00e7a, n\u00e3o s\u00f3 n\u00e3o podemos viver sem tecnologia, mas precisamos exclusivamente dessas<\/em> tecnologias dos grandes monop\u00f3lios. J\u00e1 n\u00e3o podemos lembrar de datas de anivers\u00e1rios sem que o Facebook nos recorde; n\u00e3o podemos lan\u00e7ar um tema para o debate sem uma hashtag no Twitter; n\u00e3o podemos difundir uma comvocat\u00f3ria sem espalhar em grupos de WhatsApp; n\u00e3o podemos estudantes e docentes sustentar o v\u00ednculo pedag\u00f3gico sem o Google Classroom; n\u00e3o podemos ter uma reuni\u00e3o, conversa ou confer\u00eancia sem utilizar o Zoom. <\/span><\/span>
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Assim, estas empresas vencem a pandemia n\u00e3o s\u00f3 em termos econ\u00f4micos – embora seja evidente que essas cifras milion\u00e1rias n\u00e3o fa\u00e7am mais do que ampliar as brechas e aumentar a concentra\u00e7\u00e3o de poder. Ganham tamb\u00e9m, e de modo fundamental, ao se instalarem como as \u00fanicas solu\u00e7\u00f5es, exclusivas e excludentes, em um cen\u00e1rio que parece n\u00e3o deixar lugar ao colaborativo, ao comunit\u00e1rio, a constru\u00e7\u00e3o horizontal, solid\u00e1ria, aut\u00f4noma e comprometida.
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Re-imaginando horizontes tecnol\u00f3gicos<\/span><\/h2>\n

Em um cen\u00e1rio de total depend\u00eancia e de um destino incontorn\u00e1vel como o que estas empresas hoje nos apresentam, as pessoas – como indiv\u00edduos e como coletivo – passam a n\u00e3o ter o direito de conhecer e controlar todos os processos vinculados \u00e0s tecnologias que regulam nossas pr\u00f3prias vidas. Mesmo assim, \u00e9 poss\u00edvel vislumbrar outros horizontes quando come\u00e7amos a imaginar e construir outra<\/em> rela\u00e7\u00e3o com outras<\/em> tecnologias.<\/p>\n

H\u00e1 quem, em vez de propor fugas das tecnologias corporativas, de maneira individual ou setorial, buscam estrat\u00e9gias que sejam coletivas. E \u00e9 aqui onde “comunidade” e “colaborativo” deixam de ser um slogan marqueteiro para recuperar uma mirada pol\u00edtica onde o saber \u00e9 compartilhado, o conhecimento se constr\u00f3i em uma rede de pares, as experi\u00eancias se valorizam em sua diversidade, e a autonomia e a autogest\u00e3o impulsionam pr\u00e1ticas coletivas. \u00c9 assim que emergem propostas de organiza\u00e7\u00f5es e comunidades que compartilham tecnologias, conhecimentos e conte\u00fados livres.
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Acampe Feminista 2019 Santa Fe Argentina. Gabriela Carvalho CC BY SA \/ Wikimedia<\/p><\/div>\n

Um primeiro exemplo a considerar tanto estrrat\u00e9gia de disputa e constru\u00e7\u00e3o de sentido em territ\u00f3rios digitais, no caso da Argentina, s\u00e3o as Coberturas Colaborativas<\/a>. S\u00e3o movidas impulsionadas por um grupo de midiativistas das cidades de Paran\u00e1 e Santa Fe que se concentraram na Wikipedia e no reposit\u00f3rio da Wikimedia Commons como ferrametnas colaborativas para disseminar e tornar as lutas vis\u00edveis. \u00c9 um espa\u00e7o onde as fotografias “liberadas” ficam dispon\u00edveis para ilustrar artigos da enciclop\u00e9dia livre, mas tamb\u00e9m permitem construir uma mem\u00f3ria digital comum, livre, aberta e com possibilidades de seguir crescendo.
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Este banco de imagens inclui material das mobiliza\u00e7\u00f5es de um passado recente em Paran\u00e1 e Santa Fe – por exemplo, a inunda\u00e7\u00e3o de 2003, a Escola P\u00fablica Itinerante, o conflito universit\u00e1rio de 2018 e os \u00faltimos 24 de Mar\u00e7o. Tamb\u00e9m de express\u00f5es festivas populares como os Carnabarriales<\/a> realizados no Centro Social e Cultural El Birri.<\/p>\n

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Carnabarriales em Santa F\u00e9, AR. TitiNicola \/ Wikipedia CC BY SA<\/p><\/div>\n

Mas, sem d\u00favida, a principal mostra est\u00e1 nos registros fotogr\u00e1ficos colaborativos em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s lutas feministas nas duas capitais da prov\u00edncia (Paran\u00e1 e Santa Fe) – “pa\u00f1uelazos” pelo aborto legal, convocat\u00f3rias de coletivos LGBT, 8M ou a Greve Internacional da Mulheres. <\/span>Essa din\u00e2mica foi gerada a partir de encontros em que fot\u00f3grafos – com maior ou menor n\u00edvel de forma\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica – debateram porqu\u00ea e como dar visibilidade a essas lutas de maneira coletiva.<\/span> Especificamente em Santa Fe, a proposta coincidiu com a necessidade da Mesa Ni una Menos<\/a> de cobrir as movidas e recuperar materiais de anos anteriores que estavam espalhados pelas redes, com a ideia de gerar novas pe\u00e7as comunicacionais para difundir as atividades.
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No reposit\u00f3rio \u00e9 poss\u00edvel acessar a mais de 4300 imagens feitas na maioria por fot\u00f3grafas mulheres, um n\u00famero que pode crescer com base nas contribui\u00e7\u00f5es futuras que o projeto receber.<\/p>\n

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Docentes da Tecnicatura Universitaria en Software Libre (UNL) durante el taller de redes libres, armado de antenas y experimentaci\u00f3n en el Bachillerato Popular de la Vuelta del Paraguayo (Santa Fe). Nianfulli CC BY SA \/ Wikimedia<\/p><\/div>\n

Em termos de infraestrutura t\u00e9cnica, exemplos mais significativos de re-imagina\u00e7\u00e3o de cen\u00e1rios tecnol\u00f3gicos s\u00e3o as diversas comunidades que integram a Cumbre Argentina de Redes Comunitarias<\/a>, que autogerem a forma com que se conectam \u00e0 internet. Este movimento come\u00e7ou alguns anos atr\u00e1s em diversos\u00a0pueblos<\/em> da Prov\u00edncia de C\u00f3rdoba como uma possibilidade de conex\u00e3o para quem vive em lugares que n\u00e3o s\u00e3o rent\u00e1veis para as empresas de internet [NT<\/strong>: de modo parecido ao que \u00e9 feito, no Brasil, pela Coolab<\/a><\/em>.] Depois, as redes foram ampliadas, compartilhando metodologias com comunidades ind\u00edgenas, bairros e assentamentos populares rurais e urbanos em Jujuy, Salta, Prov\u00edncia de Santa F\u00e9 e na grande Buenos Aires. O processo tem promovido aprendizado e apropria\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica em colabora\u00e7\u00e3o com pares e com software livre. Implica, tamb\u00e9m, em perder o temor para desarmar e adaptar artefatos – os modens, por exemplo – e intervir sobre seu software de funcionamento.\u00a0<\/span><\/span><\/span><\/p>\n

As redes livres comunit\u00e1rias emergem com o duplo prop\u00f3sito de garantir o direito ao acesso \u00e0 internet e, ao mesmo tempo, que as comunidades sejam criadores de seu pr\u00f3prio “pedacinho de internet” de maneira autogestionada, colaborativa e de acordo com suas tradi\u00e7\u00f5es. Algumas experi\u00eancias est\u00e3o com a tarefa de conseguir espa\u00e7os de conflu\u00eancia com bases j\u00e1 organizadas em torno de problemas e discuss\u00f5es comuns. Por exemplo, com movimentos camponeses que lutam pelo direito \u00e0 terra e pela soberania alimentar, e com r\u00e1dios comunit\u00e1rias com hist\u00f3rico de milit\u00e2ncia no direito \u00e0 comunica\u00e7\u00e3o. Essas organiza\u00e7\u00f5es muitas vezes habitam e compartilham territ\u00f3rios de conflito, onde, al\u00e9m de terem seus direitos violados, n\u00e3o tem acesso \u00e0 internet em casa ou via redes m\u00f3veis de celular. o que limita as possibilidades de construir suas pr\u00f3prias narrativas, ou uma documenta\u00e7\u00e3o coletiva de seus conhecimentos, ou ainda uma mem\u00f3ria de suas lutas.<\/p>\n

Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s plataformas de comunica\u00e7\u00e3o, h\u00e1 um amplo universo de redes sociais livres que promovem as pr\u00e1ticas de cuidado e anonimato, a soberania tecnol\u00f3gica e a auto-gest\u00e3o: Mastodon<\/a>,\u00a0<\/span> (microblogging), Di\u00e1spora<\/a> e Friendica<\/a> (redes sociais descentralizadas), FunkWhale<\/a> (redes de \u00e1udio e m\u00fasicas), WriteFreely<\/a> (plataforma de blog), PeerTube<\/a> (plataforma de v\u00eddeos), PixelFed<\/a> (rede federada de compartilhamento de fotos), adem\u00e1s da GNU Social<\/a>, uma das mais antigas. [NT: para mais informa\u00e7\u00f5es sobre o que \u00e9 uma rede livre, veja na Wikip\u00e9dia<\/a> (em espanhol). Tamb\u00e9rm vale conferir esta charla<\/a> sobre o tema]. j<\/span>Todas elas se apresentam como ambientes f\u00e9rteis para construir e ressignificar as tecnologias a partir do ativismo. Partem de uma cr\u00edtica \u00e0s redes sociais corporativas e convidam a habitar espa\u00e7os digitais constru\u00eddos sobre pilares mais pr\u00f3ximos com os valores e prop\u00f3sitos sociais, pol\u00edticos e comunit\u00e1rios de nossas organiza\u00e7\u00f5es e coletivos.
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\u00c9 certo que o desligamento das ‘big techs” ou dos servi\u00e7os corporativos pode n\u00e3o ser um movimento simples. Em algum momento, diante da necessidade “inevit\u00e1vel” de uso dessas plataformas massivamente utilizadas, o mal menor costuma ser priorizado: qual era a menos insegura? Qual violou menos nossos direitos? Talvez este momento hist\u00f3rico seja o oportuno para virar a equa\u00e7\u00e3o: <\/span>se a proposta \u00e9 a “internet das coisas”, vamos consolidar, ampliar, replicar e interconectar a pequena internet das pessoas. <\/span><\/p>\n

Berna Gait\u00e1n Otar\u00e1n e Cecilia Ortmann, de Radar Libre Argentina.<\/strong>
\n(
Original em espanhol<\/a>. Adapta\u00e7\u00e3o: BaixaCultura)
\nSobre como funciona e se gestiona as redes sociais livres, veja:
abicivoladora.wordpress.com\/vivas-libres-y-federadas\/<\/a><\/p>\n

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Para conhecer experi\u00eancias com tecnologias livres e comunica\u00e7\u00e3o, acesse: www.radarlibre.com.ar<\/a>.<\/p><\/div>\n

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