{"id":13083,"date":"2019-11-20T10:34:00","date_gmt":"2019-11-20T10:34:00","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=13083"},"modified":"2019-11-20T10:34:00","modified_gmt":"2019-11-20T10:34:00","slug":"fagulha-com-autonomismo-hackativismo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2019\/11\/20\/fagulha-com-autonomismo-hackativismo\/","title":{"rendered":"Fagulha com autonomismo & hackativismo"},"content":{"rendered":"

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Em 20 de novembro de 2019, no anivers\u00e1rio de 10 anos da morte do Daniel P\u00e1dua*, o Fagulha Podcast<\/a> conversou com Leonardo Foletto e Desobediente (respectivamente, editor do BaixaCultura e agitador cultural e autonomista, a dupla que mant\u00e9m o curso “Tecnopol\u00edtica e ContraCultura<\/a>“) sobre autonomismo, Luther Blissett, hacktivismo, composi\u00e7\u00e3o de classe, Bifo, as influ\u00eancias do autonomismo italiano no anarquismo contempor\u00e2neo, no hacktivismo, e nas formas de luta libert\u00e1rias de hoje.<\/p>\n

D\u00e1 para escutar e baixar em MP3 neste link<\/a>.<\/p>\n

O podcast traz uma tentativa, tamb\u00e9m, de aproximar o autonomismo do pensamento anarquista – mais precisamente, do que se convencionou chamar de p\u00f3s-anarquismo, uma s\u00e9rie de mudan\u00e7as na forma de pensar e agir do anarquismo que se deu a partir do evento conhecido como “Batalha de Seattle” em 1999, quando da ocasi\u00e3o da reuni\u00e3o da OMC (do qual j\u00e1 falamos por aqui<\/a>). Ali\u00e1s: a edi\u00e7\u00e3o seguinte do Fagulha podcast<\/a> trata justamente desse momento hist\u00f3rico e traz como convidados Ac\u00e1cio Augusto e Camila Jourdan.<\/p>\n

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Sobre o p\u00f3s-anarquismo, cabe aqui algumas indica\u00e7\u00f5es dos nossos parceiros da editora Monstro dos Mares. A primeira \u00e9 “Como o novo anarquismo mudou o mundo depois de Seattle e deu origem ao p\u00f3s-anarquismo<\/a>“, texto de S\u00fcreyyya Evren que detalha esses caminhos novos do anarquismo, principalmente sob a influ\u00eancia do p\u00f3s-estruturalismo e do p\u00f3s-modernismo; e o outro \u00e9 “Pol\u00edticas do P\u00f3s-Anarquismo<\/a>“, de Saul Newman, que aprofunda a discuss\u00e3o sobre novos anarquismo a partir do p\u00f3s-estruturalismo e tamb\u00e9m da An\u00e1lise de Discurso e fala do momento e da problem\u00e1tica p\u00f3s-anarquista. Ambos textos s\u00e3o parte do livro “Post-Anarchism, A Reader<\/a>“, organizado por S\u00fcreyyya Evren e Duane Rousselle, publicado em 2011 e refer\u00eancias importantes para entender como se move o anarquismo hoje (e que voc\u00ea pode baixar aqui<\/a>, de gr\u00e1tis). A seguir, dois trechos, do primeiro e do segundo, respectivamente:<\/p>\n

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“O anarquismo \u00e9 amplamente aceito como \u201co\u201d movimento por tr\u00e1s dos princ\u00edpios organizacionais fundamentais dos movimentos sociais radicais no s\u00e9culo XXI. A ascens\u00e3o do movimento \u201cantiglobaliza\u00e7\u00e3o\u201d esteve ligada a um ressurgimento geral do anarquismo. Esse movimento foi colorido, en\u00e9rgico, criativo, eficaz e \u201cnovo\u201d. E o cr\u00e9dito pela maior parte dessa energia criativa foi para o anarquismo. O anarquismo parecia estar tomando de volta seu nome como movimento e filosofia pol\u00edtica das conota\u00e7\u00f5es e met\u00e1foras de caos e viol\u00eancia. A estrat\u00e9gia da m\u00eddia corporativa de se concentrar exclusivamente na t\u00e1tica dos black blocs, infelizmente, n\u00e3o apenas reproduziu essas conota\u00e7\u00f5es, mas tamb\u00e9m ajudou a atrair mais aten\u00e7\u00e3o para os pensadores pol\u00edticos e ativistas que entendiam o motivo de todo esse alarido. Por sua vez, surgiram trabalhos mais eruditos e pol\u00edticos sobre o anarquismo e o novo \u201cmovimento\u201d(EVREN, 2011)<\/p>\n

O que torna esse movimento radical \u00e9 sua imprevisibilidade e indetermin\u00e2ncia \u2013 a forma como liga\u00e7\u00f5es e alian\u00e7as inesperadas s\u00e3o formadas entre diferentes identidades e grupos que, de outra forma, teriam pouco em comum. Ao mesmo tempo em que esse movimento \u00e9 universal, no sentido de invocar um horizonte emancipativo comum que constitui as identidades dos participantes, ele rejeita a falsa universalidade das lutas marxistas, que negam a diferen\u00e7a e subordinam as outras lutas ao papel central do proletariado \u2013 ou, mais precisamente, ao papel vanguardista do Partido. (NEWMAN, 2011).<\/p>\n<\/blockquote>\n

Como falamos (Leonardo’s) no podcast, o autonomismo tem bastante refer\u00eancia no anarquismo, tanto que nos primeiros anos da d\u00e9cada de 1960, mesmo reivindicando o marxismo nas primeiras revistas, os autonomistas foram chamados de anarcosoci\u00f3logos, j\u00e1 que bebiam muito dos anarquismos italianos.<\/p>\n

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Fonte: Wikipedia<\/p><\/div>\n

* Pra quem n\u00e3o conhece, saiba: Daniel P\u00e1dua foi um importante hacker e ativista brasileiro. Seu blog continua no ar<\/a> e \u00e9 um rico acervo do que se passava na internet brasileira entre 2001 e 2009. dpadua<\/a>, como era conhecido, foi um dos idealizadores e articuladores da rede MetaReciclagem, trabalhou nos primeiros anos do MinC comandado por Gilberto Gil, na EBC e fomentou a articula\u00e7\u00e3o de muitos projetos de uma internet livre.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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