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A terceira edi\u00e7\u00e3o do curso”Tecnopol\u00edtica e Contracultura” chega a Porto Alegre em Outubro, no querido espa\u00e7o da APPH (Associa\u00e7\u00e3o de Pesquisas e Pr\u00e1ticas em Humanidades<\/a>), no centro da cidade. Ser\u00e3o tr\u00eas dias de intensas trocas sobre um pensamento tecnopol\u00edtico que atravessa os autonomistas italianos da d\u00e9cada de 1970, passa pela explos\u00e3o de criatividade (e otimismo) dos 1990, \u00e9 alimentado pelas ideias e princ\u00edpios hackers dos 1980, 1990 e 2000 e chega na encruzilhada do final desta d\u00e9cada de 2010 buscando entender o que deu errado no mundo digital e o que pode (deve?) mudar para que possamos sair da “ressaca da internet” que tanto comentamos.<\/p>\n Atualizamos a bibliografia com novas leituras e organizamos melhor as refer\u00eancias do curso, que como os participantes das outras edi\u00e7\u00f5es j\u00e1 sabem, disponibilizamos ao final (em PDF).<\/p>\n * Se nos anos 1990, com o casamento do digital com a internet, enxerg\u00e1vamos enormes possibilidades de liberta\u00e7\u00e3o (da informa\u00e7\u00e3o de grandes grupos midi\u00e1ticos, de liberdade de falar o que bem quiser, de criar tecnologias e mundos novos), hoje parece que estamos a lidar com consequ\u00eancias nefastas, representadas em uma palavra na moda nestes tempos: distopia. Nos descuidamos – ou n\u00e3o conseguimos? – prestar aten\u00e7\u00e3o na ascens\u00e3o de plataformas globais de tecnologia, que por sua vez constru\u00edram bolhas de informa\u00e7\u00e3o que confirmam pontos de vista, espalham mentiras e criam realidades alternativas que em muitos casos n\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00e3o comprovada que consiga mudar.<\/p>\n Como podemos compreender o contexto tecnopol\u00edtico hoje? Que caminhos podemos apontar para discutirmos e transformarmos a pol\u00edtica que sempre est\u00e1 junto na constru\u00e7\u00e3o de tecnologias? A proposta desse curso \u00e9 buscar algumas respostas para estas perguntas olhando para o passado e o presente e passear por alguns pensamentos rebeldes sobre a tecnologia desenvolvidos na segunda metade do s\u00e9culo XX at\u00e9 hoje. Come\u00e7amos pelos autonomistas surgidos no \u2018maio de 68\u2019 italiano que durou mais de uma d\u00e9cada, com foco especial em Antonio Negri, Franco \u201cBifo\u201d Berardi, Paolo Virno e M\u00e1rio Tronti. Passamos pela explos\u00e3o de novidades da arte e do ativismo digital dos anos 1990, com Wu Ming, m\u00eddia t\u00e1tica, altermundistas, Critical Art Ensemble, zapatistas e autores como Pierre Levy, Manuel Castells, Bifo (novamente) e Richard Barbrook; continuamos com os hackers, \u201cparan\u00f3icos vision\u00e1rios\u201d, e seus princ\u00edpios \u00e9ticos de transpar\u00eancia, liberdade e autonomia com as tecnologias, a partir das ideias de Richard Stallman, Pekka Himanen, S\u00e9rgio Amadeu, Eric Raymond, C\u00e9sar Rendueles, Aracele Torres, entre outres; e chegamos at\u00e9 hoje, com a ascens\u00e3o das redes sociais como principais espa\u00e7os de discuss\u00e3o p\u00fablica nas redes digitais e o fim da internet como a conhecemos nos 1990 e 2000, no que chamamos de \u201cressaca da internet<\/a>\u201d, com autores como Jaron Lanier, Bifo (de novo!), Evgeny Morozov, Shoshana Zuboff, Jonathan Crary e Trebor Scholz.<\/p>\n Esta \u00e9 terceira edi\u00e7\u00e3o deste curso-experimento; a primeira foi realizada em 2\/2019<\/a>, em S\u00e3o Paulo, no Centro de Pesquisa e Forma\u00e7\u00e3o do Sesc e a segunda em 6\/2019 na UFSM<\/a>, em Santa Maria-RS.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A terceira edi\u00e7\u00e3o do curso”Tecnopol\u00edtica e Contracultura” chega a Porto Alegre em Outubro, no querido espa\u00e7o da APPH (Associa\u00e7\u00e3o de Pesquisas e Pr\u00e1ticas em Humanidades), no centro da cidade. 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\nTecnopol\u00edtica e Contracultura: um passeio pelo pensamento de anarquistas, autonomistas, hackers e outros rebeldes<\/strong>
\n24, 25 e 26\/10, na APPH, em Porto Alegre.
\n20 vagas. Inscri\u00e7\u00f5es aqui<\/a> – Estudantes e apoiadores\/as do BaixaCultura no Apoia.se<\/a> ganham desconto.
\nEvento no Facebook<\/a>.
\nQuer fazer o curso mas n\u00e3o tem como pagar agora? Nos escreva que conversamos: info@baixacultura.org<\/em>
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