{"id":12584,"date":"2018-10-07T17:56:28","date_gmt":"2018-10-07T17:56:28","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=12584"},"modified":"2018-10-07T17:56:28","modified_gmt":"2018-10-07T17:56:28","slug":"1o-encontro-de-cultura-livre-do-sul-21-22-e-23-de-novembro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2018\/10\/07\/1o-encontro-de-cultura-livre-do-sul-21-22-e-23-de-novembro\/","title":{"rendered":"Articular a cultura livre desde o sul global"},"content":{"rendered":"
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O ENCONTRO<\/strong><\/p>\n A cultura livre \u00e9 jeito \/maneira de produzir cultura que promove o compartilhamento e a continuidade de obras culturais como bens comuns da humanidade. Como ideia, existe desde que a cultura existe, mas, como proposta pr\u00e1tica mais organizada, nasce inspirada no movimento do software livre e nas 4 liberdades por ele fundamentadas<\/a>, ainda nos anos 1980 e 1990, e se espalha pelo mundo a partir da luta anticopyright do in\u00edcio dos 2000 e das licen\u00e7as livres, das quais as mais conhecidas e bem sucedidas hoje s\u00e3o o Creative Commons<\/a> (CC).<\/p>\n Com a transforma\u00e7\u00e3o da internet nos \u00faltimos anos, como, em 2018, a ideia da cultura livre permanece? quais s\u00e3o as atuais discuss\u00f5es que envolvem a tem\u00e1tica no sul global? Quais iniciativas, pessoas, projetos, coletivos, institui\u00e7\u00f5es que hoje defendem e atuam na cultura livre? Quais os desafios de sustentabilidade postos em iniciativas de cultura livre num mundo onde a internet est\u00e1 cada vez mais centralizada? Passados mais de 15 anos da cria\u00e7\u00e3o das licen\u00e7as CC, um marco na hist\u00f3ria recente da cultura livre, como est\u00e1 a discuss\u00e3o sobre as leis de direitos autorais hoje? Quais os bens culturais (publica\u00e7\u00f5es, filmes, m\u00fasicas, artes visuais, tecnologias, s\u00edtios) produzidos em di\u00e1logo com a cultura livre?<\/p>\n Com essas provoca\u00e7\u00f5es em mente, queremos realizar um encontro 100 % online para unirmos n\u00f3s, xs autorxs, produtorxs e ativistas da cultura livre, com outras pessoas que buscam conhecer o movimento e se aproximar, informando-nos do “estado da arte” no sul global. Ser\u00e1 nos dias 21, 22 e 23 de novembro de 2018, na internet, em diversos n\u00f3s e p\u00e1ginas da internet que explicamos melhor mais abaixo.<\/p>\n A chamada para o encontro \u00e9 aberta para todas aquelas pessoas que se identifiquem como pertencentes ao sul global. Sul aqui n\u00e3o \u00e9 utilizado como estritamente geogr\u00e1fico, por isso n\u00e3o h\u00e1 impeditivo de pa\u00eds de origem. Para fins desse encontro entendemos sul como uma identifica\u00e7\u00e3o cultural e geopol\u00edtica de vozes, territ\u00f3rios e corpos que historicamente foram calados, explorados, oprimidos, colonizados e\/ou subjugados.<\/p>\n OBJETIVOS<\/strong><\/p>\n _ Fomentar a discuss\u00e3o e a pr\u00e1tica da cultura livre a partir da perspectiva do sul global; do planeta\/terra;<\/p>\n _ Mapear e fortalecer as iniciativas de cultura livre do sul global, nesta edi\u00e7\u00e3o em especial da Ibero Am\u00e9rica;<\/p>\n _ Dar a conhecer e divulgar as bases da cultura livre para p\u00fablicos que ainda n\u00e3o a conhecem;<\/p>\n _ Criar canais, ferramentas e redes que facilitem o encontro de pessoas que trabalham com a cultura livre no sul global;<\/p>\n _ Discutir a sustentabilidade de projetos de cultura livre e articula\u00e7\u00f5es poss\u00edveis para fortalecimento de uma rede de apoio entre iniciativas.<\/p>\n PARTICIPANTES<\/strong><\/p>\n Ativistas de cultura livre, artistas, professores, estudantes, pessoas dedicadas \u00e0 gest\u00e3o, media\u00e7\u00e3o e articula\u00e7\u00e3o cultural.<\/p>\n COLETIVOS QUE ORGANIZAM O ENCONTRO<\/strong><\/p>\n Mesa 1: Pol\u00edticas p\u00fablicas e reformas legais<\/b><\/p>\n O movimento da cultura livre nasceu em resposta ao avan\u00e7o das leis de propriedade intelectual em todo o mundo. Desde ent\u00e3o, ele questiona fortemente o papel do Estado em colocar barreiras e reprimir a livre circula\u00e7\u00e3o do conhecimento. Mas o movimento da cultura livre tamb\u00e9m prop\u00f5e marcos normativos e pol\u00edticas p\u00fablicas para proteger os bens comuns, com o objetivo de socializar a produ\u00e7\u00e3o e o acesso \u00e0 cultura. Nesta mesa falaremos sobre as lutas atuais na regi\u00e3o: reformas do direito autoral, leis de software livre e de reposit\u00f3rios institucionais abertos, pol\u00edticas de digitaliza\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio e de produ\u00e7\u00e3o cultural livre, e muitas outras propostas que v\u00e3o desde a solu\u00e7\u00e3o de problemas espec\u00edficos at\u00e9 a mudan\u00e7a radical do sistema.<\/p>\n Coordena \u00c1rtica.<\/p>\n Mesa 2: Digitaliza\u00e7\u00e3o e acesso ao patrim\u00f4nio cultural<\/b><\/p>\n Esta mesa de trabalho procura dar visibilidade \u00e0s possibilidades de acesso \u00e0s diversas manifesta\u00e7\u00f5es culturais, nos mais variados formatos, atrav\u00e9s de plataformas livres e que consigam lograr o alcance do p\u00fablico-alvo interessado em cultura, bem como ser uma ferramenta de livre acesso para o p\u00fablico em geral. Na ocasi\u00e3o pretende-se tamb\u00e9m incluir a rela\u00e7\u00e3o desses produtos com as licen\u00e7as livres dispon\u00edveis e como reverber\u00e1 os conte\u00fados e maneiras de salvaguardar o banco de dados para acessos futuros.<\/p>\n Coordena Rede das Produtoras Culturais Colaborativas.<\/p>\n Mesa 3: Laborat\u00f3rios, hackerspaces e outros espa\u00e7os de comunidades locais<\/b><\/p>\n Nas \u00faltimas d\u00e9cadas foram criados v\u00e1rios tipos de espa\u00e7os comunit\u00e1rios, como laborat\u00f3rios cidad\u00e3os e hackerspaces, por todo o planeta e tamb\u00e9m no sul global. Com diferentes formatos e objetivos, seus participantes em geral compartilham os valores da produ\u00e7\u00e3o colaborativa e do uso de tecnologias livres. Inseridos em diferentes contextos, mais carentes ou mais abundantes, esses espa\u00e7os t\u00eam sido polos irradiadores dos valores do conhecimento livre e da cultura livre. Mas como tem sido essa experi\u00eancia? Quais suas potencialidades, limites e desafios? Essas s\u00e3o algumas das quest\u00f5es que esta mesa pretende abordar.<\/p>\n Coordenam Nodo Com\u00fan e Em Rede.<\/p>\n Mesa 4: Redes internacionais. Como nos inserimos em um movimento global?<\/b><\/p>\n Para fazer e propagar a cultura livre, precisamos colaborar e tecer redes. Se somos um movimento que \u00e9 contra o status quo capitalista patriarcal, de que forma podemos nos unir e tentar pequenos \u201chackeamentos<\/i>\u201d nesse sistema? Quem s\u00e3o nossos parceiros institucionais ao redor do mundo e, principalmente, no sul global? quais as principais redes que lutam no dia a dia pela cultura livre e o conhecimento aberto? Como fazemos para juntarmos for\u00e7as e cuidarmos de nossos trabalhos, esfor\u00e7os e redes? Nesta mesa discutiremos como a cultura livre se insere num movimento global, quais os desafios para tecer e sustentar redes locais e globais e quem podemos contar como parceiros, institucionais e pessoais, no para nossa atua\u00e7\u00e3o no sul global.<\/p>\n Coordena Baixa Cultura.<\/p>\n Mesa 5: Produ\u00e7\u00e3o cultural livre<\/b><\/p>\n Cada vez mais projetos culturais decidem apostar no paradigma da cultura livre e come\u00e7am, por exemplo, a usar licen\u00e7as livres e casas culturais de trabalho comum, entre outras metodologias colaborativas. um desenvolvimento conceitual muito elaborado, enquanto outros projetos t\u00eam uma sensibilidade ligada \u00e0 cultura livre, mas desconhecem muitos detalhes importantes. A id\u00e9ia desta mesa \u00e9 mostrar diversas experi\u00eancias de diferentes disciplinas culturais, aproveitando para falar sobre seus problemas relativos ao licenciamento livre, \u00e0 propriedade intelectual, a constitui\u00e7\u00e3o de cat\u00e1logos ou pesquisas regionais de projetos culturais e coletivos culturais que trabalhem dentro do paradigma livre, entre outras quest\u00f5es. Um eixo transversal \u00e9 como os diferentes projetos preveem a sustentabilidade.<\/p>\n Coordena Ediciones de la Terraza.<\/p>\n Mesa 6: Educa\u00e7\u00e3o aberta e cultura livre<\/b><\/p>\n Talvez uma das \u00e1reas mais importantes em que a cultura livre \u00e9 vital para o sul global seja a educa\u00e7\u00e3o, onde a necessidade de materiais educacionais acess\u00edveis, adapt\u00e1veis e reutiliz\u00e1veis \u00e9 um assunto urgente para uma educa\u00e7\u00e3o verdadeiramente democr\u00e1tica e equitativa. O movimento de educa\u00e7\u00e3o aberta e recursos educacionais abertos \u00e9, paradoxalmente, muito importante no norte, mas ainda n\u00e3o tem apoio e recursos suficientes nos pa\u00edses do sul. Nesta mesa, discutiremos as pr\u00e1ticas educacionais abertas e as pol\u00edticas que foram promovidas e que devemos promover para apoi\u00e1-las, na perspectiva do sul global.<\/p>\n Coordena \u00c1rtica.<\/p>\n METODOLOGIA<\/em><\/strong><\/p>\n Modo 100% online:<\/b> a participa\u00e7\u00e3o ser\u00e1 feita atrav\u00e9s da Internet, utilizando videoconfer\u00eancias ao vivo, publica\u00e7\u00f5es na web, documentos de texto, mapeamentos, curadorias e coberturas colaborativas, al\u00e9m de f\u00f3runs e chats.<\/p>\n Textos desencadeadores:<\/b> para cada mesa, pediremos a uma pessoa que encaminhe um texto com provoca\u00e7\u00f5es para pensar criticamente no marco da cultura livre. Essa pessoa tamb\u00e9m participar\u00e1 da modera\u00e7\u00e3o da mesa.<\/p>\n Chamada aberta:<\/b> o encontro ir\u00e1 incorporar a possibilidade de participar com hist\u00f3rias de experi\u00eancias, posts nos blogs dos participantes, bibliografia recomendada e mapeamento de experi\u00eancias.<\/p>\n Videoconfer\u00eancias:<\/b> durante cada um dos tr\u00eas dias do encontro, duas videoconfer\u00eancias ser\u00e3o realizadas por dia, de 1 hora a 1 hora e meia, com base nos textos de provoca\u00e7\u00e3o. Em cada videoconfer\u00eancia, haver\u00e1 pessoas convidadas a comentar e refletir, a partir de sua experi\u00eancia ou perspectiva, o conte\u00fado dos materiais.<\/p>\n Espa\u00e7os para debate:<\/b> os textos ser\u00e3o publicados em espa\u00e7os de debate online onde qualquer participante poder\u00e1 fazer contribui\u00e7\u00f5es, perguntas e coment\u00e1rios. Esses espa\u00e7os estar\u00e3o abertos durante um per\u00edodo antes e depois das videoconfer\u00eancias, para dar tempo \u00e0 participa\u00e7\u00e3o. As ferramentas incluir\u00e3o f\u00f3runs e chats, al\u00e9m de documentos com coment\u00e1rios e anota\u00e7\u00f5es.<\/p>\n Relatorias:<\/b> cada mesa ser\u00e1 documentada com um relat\u00f3rio que sintetizar\u00e1 os pontos discutidos, os acordos, desacordos, problemas pendentes e novos debates que permanecer\u00e3o abertos.<\/p>\n Mapeamento:<\/b> durante todo o encontro vamos mapear experi\u00eancias e projetos atuais de cultura livre.<\/p>\n Curadorias da produ\u00e7\u00e3o cultural livre:<\/b> para acompanhar o debate na mesa de produ\u00e7\u00e3o cultural, vamos fazer uma curar uma curadoria de produ\u00e7\u00e3o editorial e art\u00edstica recente, baseada em licen\u00e7as livres.<\/p>\n Cobertura colaborativa:<\/b> faremos uma chamada aberta para blogs para cobrir o encontro online de cultura livre do sul, atrav\u00e9s de posts relacionados \u00e0s mesas do encontro.<\/p>\n PLATAFORMAS \/ ESPA\u00c7OS<\/strong><\/p>\n As mesas do encontro ser\u00e3o desenvolvidas nos sites dos coletivos que coordenam cada mesa. As videoconfer\u00eancias ser\u00e3o transmitidas ao vivo no YouTube. Nas redes sociais, vamos usar a hashtag #CulturaLS18<\/a>.<\/p>\n IDIOMAS<\/strong><\/p>\n Durante o encontro, nos comunicaremos indiscriminadamente em espanhol e portugu\u00eas, promovendo o melhor entendimento poss\u00edvel entre os falantes das duas l\u00ednguas.<\/p>\n DATA<\/i><\/strong><\/p>\n As inscri\u00e7\u00f5es est\u00e3o abertas at\u00e9 31 de outubro de 2018.<\/p>\n O encontro dura 3 dias, de 21 a 23 de novembro de 2018, com inst\u00e2ncias anteriores e posteriores para considerar os tempos de participa\u00e7\u00e3o online.<\/p>\n HOR\u00c1RIO<\/i><\/strong><\/p>\n Dia 1: 21 de novembro<\/b><\/p>\n – 14 hs GMT | 11 hs AR\/UY | 12 hs BR | 15 hs ES – Confer\u00eancia de abertura<\/p>\n – 16 hs GMT | 13 hs AR\/UY | 14 hs BR | 17 hs ES – Mesa 1: Pol\u00edticas p\u00fablicas e reformas legais<\/p>\n – 19 hs GMT | 16 hs AR\/UY | 17 hs BR | 20 hs ES – Mesa 2: Digitaliza\u00e7\u00e3o e acesso ao patrim\u00f4nio cultural<\/p>\n Dia 2: 22 de novembro<\/b><\/p>\n – 16 hs GMT | 13 hs AR\/UY | 14 hs BR | 17 hs ES – Mesa 3: Laborat\u00f3rios, hackerspaces e outros espa\u00e7os de comunidades locais<\/p>\n – 19 hs GMT | 16 hs AR\/UY | 17 hs BR | 20 hs ES – Mesa 4: Redes internacionais. Como nos inserimos em um movimento global?<\/p>\n Dia 3: 23 de novembro<\/b><\/p>\n – 16 hs GMT | 13 hs AR\/UY | 14 hs BR | 17 hs ES – Mesa 5: Produ\u00e7\u00e3o cultural livre<\/p>\n – 19 hs GMT | 16 hs AR\/UY | 17 hs BR | 20 hs ES – Mesa 6: Educa\u00e7\u00e3o aberta e cultura livre + final do encontro<\/p>\n\n