{"id":12555,"date":"2018-09-24T22:40:24","date_gmt":"2018-09-24T22:40:24","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=12555"},"modified":"2018-09-24T22:40:24","modified_gmt":"2018-09-24T22:40:24","slug":"baixacultura-10-anos-historia-aberta","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2018\/09\/24\/baixacultura-10-anos-historia-aberta\/","title":{"rendered":"BaixaCultura 10 anos – Hist\u00f3ria Aberta"},"content":{"rendered":"

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“A l\u00f3gica industrial da cultura [dominante ao longo do s\u00e9culo 20] se baseia num esquema feroz de controle autoral (o copyright), mais ou menos feroz a depender do volume de grana envolvido. Quando a tecnologia digital torna imposs\u00edvel esse controle, e aos lucros cada vez menores da ind\u00fastria se equipara uma produ\u00e7\u00e3o cultural descentralizada, diversificada e auto-gerenciada; quando a rea\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria \u00e9 uma dispendiosa campanha \u201ccontra a pirataria\u201d por vezes redundando em leis ignorantes, \u00e9 a\u00ed que \u00e9 poss\u00edvel perceber: a sociedade \u00e9 a grande concorrente da ind\u00fastria.<\/em><\/p>\n

Na produ\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica nigeriana, ou na contra-ind\u00fastria tecnobrega de Bel\u00e9m do Par\u00e1, ou no trabalho criativo e criminoso [viva!] do dj Danger Mouse, ou em centenas de experi\u00eancias que o BaixaCultura pretende cobrir, o que est\u00e1 em jogo \u00e9 um tipo de organiza\u00e7\u00e3o que segundo os crit\u00e9rios de avalia\u00e7\u00e3o das velhas leis e dos homens-de-preto da ind\u00fastria j\u00e1 nasceu pirata, e o incr\u00edvel apego que esses mesmos homens nutrem por um modelo de ind\u00fastria que existe h\u00e1 apenas um s\u00e9culo, contra um monte de outros s\u00e9culos de produ\u00e7\u00e3o art\u00edstica.”<\/em><\/p>\n

Assim come\u00e7\u00e1vamos o BaixaCultura<\/a>, em setembro de 2008, ent\u00e3o como um blog, tocado por Leonardo e Reuben da Cunha Rocha. 10 anos e muita coisa depois, c\u00e1 estamos, vivo, como uma laborat\u00f3rio online de cultura livre, ainda com textos, ensaios e reportagens, mas tamb\u00e9m com oficinas, cursos<\/a>, zines\/livros<\/a>, ciclos de filmes (copy, right?<\/a>) e uma tentativa de buscar sustentabilidade atrav\u00e9s do financiamento recorrente<\/a>. D\u00e1 pra dizer: resistimos.<\/p>\n

Na era em que tudo \u00e9 registrado, onde parece t\u00e3o f\u00e1cil documentar, muito tem se perdido. Um paradoxo, ainda mais vis\u00edvel e paradoxal nos projetos, pessoas e institui\u00e7\u00f5es de cultura livre, remix, artivismo, hackers, contracultura, software livre, etc. Com alguma dose de sem-no\u00e7\u00e3ozisse e outra de teimosia, c\u00e1 estamos como um dos poucos projetos vivos que ainda documenta, (in)forma e produz cultura livre (e contra) cultura digital nesse dist\u00f3pico 2018. Celebremos?
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\nPois sim, vamos celebrar! De um jeito t\u00edmido e pequeno, porque \u00e9 o poss\u00edvel do momento. Para isso vamos fazer dessa semana, a \u00faltima de setembro de 2018, dias at\u00edpicos de resgate da mem\u00f3ria e de celebra\u00e7\u00e3o da exist\u00eancia. A partir da ideia de Sheila Uberti, nossa parceira de muitos projetos, organizamos tr\u00eas frentes:<\/span><\/p>\n

_ HIST\u00d3RIA ABERTA<\/strong>: ao longo da semana, todos os dias destacaremos em nossas redes alguns dos 480 (!) posts produzidos desde 2008, sob a hashtag #baixacultura10anos. \u00c9 uma forma de revisitar estes textos, d\u00e1-los a conhecer por algumas pessoas que n\u00e3o os conhecem e, tamb\u00e9m, compartilhar uma mem\u00f3ria da cultura livre e (contra) cultura digital ao longo destes \u00faltimos 10 anos de intensas transforma\u00e7\u00f5es no mundo digital.<\/p>\n

_ HIST\u00d3RIA COLETIVA<\/strong>: Queremos tamb\u00e9m convidar voc\u00eas – leitor@s, alun@s, apoiador@s, colaborador@s, simpatizantes – a compartilhar algum momento, texto, depoimento, imagem, declara\u00e7\u00e3o de amor ou \u00f3dio, sobre a cultura livre destes \u00faltimos 10 anos, ligados ou n\u00e3o ao baixacultura. Quem usar a hashtag #baixacultura10anos no twitter\/facebook\/instagram e outra redes vai nos ajudar a agregar depois o conte\u00fado em uma p\u00e1gina e mostrar todas as postagens na…<\/p>\n

_ PEQUE\u00d1A JUN\u00c7\u00c3O BAIXACULTURAL<\/strong>: sexta-feira, dia 28\/9, \u00e0s 18h, vamos fazer uma celebra\u00e7\u00e3ozinha desses 10 ano numa videoconfer\u00eancia transmitida no nosso canal do YouTube, mostrando os momentos compartilhados pela tag #baixacultura10anos, tocando m\u00fasicas livres, falando um pouco da cultura digital brasileira, da ressaca da internet, com alguns convidad@s presenciais em carbono (num lugar de Porto Alegre que logo anunciamos) e em sil\u00edcio (de outros lugares do Brasil e mundo, online). Tod@s est\u00e3o convidados a participar, seja vindo no local, papear, tomar uma cerveja conosco e participar da transmiss\u00e3o, ou online, perguntando no chat ou entrando ao vivo para dar um salve & comentar algo. Nos pr\u00f3ximos dias te passamos as coordenadas. Salve data\/hora: 28\/9, 18h em diante.<\/strong><\/p>\n

UPDATE: local presencial confirmado: Jardin’s do Chopp<\/a>, gastrobar da cidade baixa com pizzas (veganas\/vegetarianas e com carne) excelentes e as maravilhosas Cervejas Babil\u00f4nia, uma das melhores artesanais do Estado (a Helles com Buti\u00e1 e a Oatmeal Stout s\u00e3o imbat\u00edveis), a pre\u00e7o justo. A partir das 18h30.<\/p>\n

O v\u00eddeo ficar\u00e1, como sempre, dispon\u00edvel aqui abaixo. Na \u00edntegra, depois vamos editar melhor. Adelante!<\/p>\n