{"id":12468,"date":"2018-07-25T14:40:51","date_gmt":"2018-07-25T14:40:51","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=12468"},"modified":"2018-07-25T14:40:51","modified_gmt":"2018-07-25T14:40:51","slug":"dialogos-abertos-3-fake-news-liberdade-de-expressao-e-as-eleicoes-2018","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2018\/07\/25\/dialogos-abertos-3-fake-news-liberdade-de-expressao-e-as-eleicoes-2018\/","title":{"rendered":"Di\u00e1logos Abertos #3: Fake news"},"content":{"rendered":"
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Dando sequ\u00eancia ao nosso papo tecnopol\u00edtico & cultural digital presencial e por streaming, vamos realizar a terceira edi\u00e7\u00e3o do Di\u00e1logos Abertos sobre a onipresente e complexa quest\u00e3o das fake news. J\u00e1 faz algum tempo que temos sido bombardeados de todos os lados com informa\u00e7\u00f5es falsas sobre os mais variados assuntos, em especial a pol\u00edtica e em redes como o WhatsApp e o Facebook. Esse bombardeio tem causado efeitos problem\u00e1ticos para nossa vida em sociedade e, principalmente, para o sistema pol\u00edtico tal qual conhecemos hoje, haja vista a decisiva participa\u00e7\u00e3o de bots e agentes desinformadores nas campanhas do Brexit ingl\u00eas e da elei\u00e7\u00e3o de Donald Trump nos Estados Unidos. \u00c9 necess\u00e1rio combater essas informa\u00e7\u00f5es falsas, sob o risco de esses efeitos se espalharem ainda mais, mas quais s\u00e3o as formas existentes de frear as fake news? \u00c9 poss\u00edvel a constru\u00e7\u00e3o de uma lei que seja razo\u00e1vel sobre o assunto? Como o jornalismo e as ag\u00eancias de checagem de fatos (“Fact checking”)podem contribuir para esse trabalho? e com que recursos far\u00e3o o trabalho \u00e1rduo, caro e cansativo que \u00e9 o de checar a vericidade de informa\u00e7\u00f5es?<\/p>\n<\/div>\n

Esse texto da Tatiana Dias publicado no Intercept Brasil<\/a> levanta outras quest\u00f5es importantes: \u201cas megaempresas do Vale do Sil\u00edcio podem investir o quanto quiserem em iniciativas de checagem de fatos \u2013 \u00e9 uma boa maneira de aliviar a consci\u00eancia \u2013, mas nada muda o fato de que o cora\u00e7\u00e3o de seus modelos de neg\u00f3cio \u00e9 que cria um ambiente f\u00e9rtil para a desinforma\u00e7\u00e3o.\u201d Os esfor\u00e7os coletivos de constru\u00e7\u00e3o de credibilidade s\u00e3o importantes, mas paliativos para um problema muito mais estrutural, que \u00e9 o modelo de neg\u00f3cio da internet hoje, baseado na comercializa\u00e7\u00e3o dos dados e na economia de aten\u00e7\u00e3o. O jornalismo tradicional n\u00e3o tem como (ou n\u00e3o quer) atacar esse problema com esmero porque, entre outros motivos, perdeu o poder (financeiro, estrutural, de inova\u00e7\u00e3o) de outrora para as grandes empresas do Vale do Sil\u00edcio. Ent\u00e3o prefere se aliar a elas em iniciativas como a Comprova<\/a>, um cons\u00f3rcio de 24 organiza\u00e7\u00f5es jornal\u00edsticas (em sua maioria, m\u00eddias tradicionais) e, com isso, tentar resgatar sua credibilidade combalida pelos cont\u00ednuos erros (ou desvios), em especial no Brasil p\u00f3s-2013. Nesse caso espec\u00edfico, fica um acordo em que ambos saem ganhando: os principais respons\u00e1veis pela dissemina\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es falsas na rede mostram algum movimento para combater o que criaram, ainda que n\u00e3o atacando o principal motivo (seu pr\u00f3prio modelo de neg\u00f3cios); e o jornalismo tem uma chance para resgatar a credibilidade perdida e, num momento de escassez, angariar recursos com quem mais tem feito dinheiro hoje, justamente as gigantes do Vale do Sil\u00edcio.<\/span><\/div>\n
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Para o debate, teremos como convidadxs:<\/span><\/div>\n
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_ Naira Hofmeister<\/a>, jornalista que j\u00e1 trabalhou para diversos ve\u00edculos do Brasil e do exterior, premiada tr\u00eas vezes com o ARI de Jornalismo, o mais tradicional do Rio Grande do Sul. Especializada em grandes reportagens, vem desenvolvendo nos \u00faltimos anos mat\u00e9rias investigativas financiadas por leitores, como \u00e9 o caso do Dossi\u00ea Cais Mau\u00e1 e do Dossi\u00ea Palcos P\u00fablicos, de Porto Alegre, e \u00e9 uma das jornalistas que est\u00e1 \u00e0 frente da Filtro Fact-checking<\/a>, iniciativa que vai checar informa\u00e7\u00f5es de fatos, dados e declara\u00e7\u00f5es p\u00fablicas com foco no Rio Grande do Sul, em campanha de financiamento coletivo no Catarse;<\/span><\/div>\n
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_ Nicholas Nether<\/a>, advogado, mestre em Direito e Especialista em Direito P\u00fablico pela Funda\u00e7\u00e3o Escola Superior do Minist\u00e9rio P\u00fablico (FMP).<\/span><\/div>\n
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O debate ter\u00e1 a condu\u00e7\u00e3o dos integrantes da CCD POA Jana\u00edna Spode, produtora cultural e ciberativista nas lutas pelos avan\u00e7os pol\u00edticos para refor\u00e7ar os Direitos Humanos no mundo digital;\u00a0 Fabricio Solagna, doutorando em sociologia pela UFRGS com pesquisa focada em governan\u00e7a da Internet e Marco Civil na Internet e que j\u00e1 realizou projetos de participa\u00e7\u00e3o digital no governo do RS e na presid\u00eancia da Rep\u00fablica; e Leonardo Foletto, doutor em comunica\u00e7\u00e3o pela UFRGS e editor desta p\u00e1gina.<\/span><\/p>\n<\/div>\n

Di\u00e1logos Abertos #3 ser\u00e1 realizado no cr1pto espa\u00e7o criativo<\/a>, local onde antes funcionava a lanchonete vegana Pasito, ao lado do Bar Opini\u00e3o, no cora\u00e7\u00e3o da Cidade Baixa, \u00e0s 19h, em Porto Alegre. Teremos caf\u00e9s, ch\u00e1s, mate e algumas comidinhas. <\/span>Transmiss\u00e3o ao vivo via canal do Youtube do BaixaCultura<\/a>, depois o v\u00eddeo ser\u00e1 disponibilizado aqui. Tudo de gr\u00e1tis, s\u00f3 chegar.
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Atualiza\u00e7\u00e3o 26\/7:<\/div>\n
As duas partes da conversa est\u00e3o aqui abaixo, depois uma sequ\u00eancia de fotos do evento.<\/div>\n
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