{"id":1159,"date":"2009-01-23T19:15:14","date_gmt":"2009-01-23T19:15:14","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=1159"},"modified":"2009-01-23T19:15:14","modified_gmt":"2009-01-23T19:15:14","slug":"campus-parte-4","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2009\/01\/23\/campus-parte-4\/","title":{"rendered":"Campus Parte 5"},"content":{"rendered":"
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.<\/p>\n Quinta-feira foi outro dos dias movimentados por aqui, principalmente na \u00e1rea da Campus Blog.\u00a0 Para aguentar o excesso de programa\u00e7\u00e3o, s\u00f3 com A\u00e7a\u00ed ou Red Bull – disparado o l\u00edquido mais vendido aqui,\u00a0 a ponto de acumular latas e latas nas mesas dos mais viciados. Lament\u00e1vel \u00e9 a proibi\u00e7\u00e3o de venda de bebidas alc\u00f3licas, j\u00e1 que uma parte\u00a0do p\u00fablico\u00a0\u00e9 menor de 18 anos. Uma cerveja seria muito bom pra ficar pensando melhor, inclusive para os mais novos. Percebo que a vontade de beber aqui \u00e9 imensa; h\u00e1 um incipiente mercado informal de bebidas no camping, onde latinhas adquirem pre\u00e7os de at\u00e9 R$12,00. Na entrada do centro de exposi\u00e7\u00f5es, acumulam-se grupinhos com seus isopores lotados de bebida, principalmente \u00e0 noite. Outros levam \u00e0s escondidas em pequenos cantis. \u00c9 uma grande necessidade coletiva que precisa ser resolvida para o pr\u00f3ximo Campus Party.<\/p>\n Dois pain\u00e9is mereceram mais a minha aten\u00e7\u00e3o ontem: o lan\u00e7amento do livro Blogs.com: Estudos Sobre Blogs e Comunica\u00e7\u00e3o<\/strong>, organizado pelas pesquisadoras <\/span>Adriana Amaral (U. Tuiuti do Paran\u00e1), Raquel Recuero (UCPEL) e Sandra Montardo (Feevale), pelo motivo de que um dos 11 artigos do livro \u00e9\u00a0 o\u00a0 Blogosfera X Campo Jornal\u00edstico: Aproxima\u00e7\u00e3o e Consequ\u00eancias<\/strong>, fruto de minhas elocubra\u00e7\u00f5es acad\u00eamicas no ano passado; e a palestra “O direito conhece a internet?<\/em>“, pela \u00f3bvia relev\u00e2ncia do tema tamb\u00e9m para o BaixaCultura.<\/span><\/p>\n . Comecemos pelo merchand, ent\u00e3o. O livro foi lan\u00e7ado ap\u00f3s a palestra da Raquel – uma das organizadoras, a\u00ed na foto acima – sobre os microblogs e o twitter, que foi uma das mais concorridas do espa\u00e7o e, tamb\u00e9m, uma das que o pessoal mais gostou, a considerar os coment\u00e1rios via twitter na LiveStream<\/a> do BlogBlogs.<\/span><\/p>\n (Acho que n\u00e3o contei o que \u00e9 a LiveStream do BlogBlogs<\/a>, ent\u00e3o vale um <\/em><\/span>novo <\/span><\/em>par\u00eantese: \u00e9 um agregador que pega tudo quanto \u00e9 post em blogs, fotos no Flickr<\/a>, twitters, v\u00eddeos no YouTube e mais um monte de coisas que usem a tag #cparty, atualizando de minuto a minuto. Se voc\u00ea usar essa tag em qualquer um dos programas acima e mais outros quantos, vai aparecer no LiveStream. \u00c9 um dos neg\u00f3cios mais populares daqui, j\u00e1 que os cerca de quatro milhares de computadores aqui produzem no m\u00ednimo tr\u00eas vezes isso sob a tag #cparty<\/em>)<\/span><\/p>\n Ao fim da palestra, Raquel chamou as outras organizadoras do livro, que falaram sobre o quanto ele pode ser importante para a pesquisa de blogs no Brasil, j\u00e1 que n\u00e3o existe muita bibliografia nacional sobre o assunto, e do processo que fizeram para selecionar os doze artigos (+ pref\u00e1cio de Andr\u00e9 Lemos<\/a> e posf\u00e1cio de Henrique Antoun<\/a>). Por enquanto, ele s\u00f3 est\u00e1 dispon\u00edvel em vers\u00e3o E-Book, que<\/span> d\u00e1 para baixar gr\u00e1tis aqui<\/a>.<\/span><\/p>\n . Algumas horas mais tarde teve o debate sobre direito e internet. Estavam l\u00e1 o onipresente Ronaldo Lemos<\/strong>, <\/span>Ivo C\u00f4rrea<\/strong>, advogado do Google no Brasil, <\/span>Renato Opice Blum<\/strong>, da Blum Advogados<\/a>, e Franciso Madureira<\/strong>, jornalista respons\u00e1vel pelos blogs do UOL – na foto, da esquerda para direita. Feito um guri birrento, tentei de novo fazer uma cobertura em “tempo real” via twitter<\/a>.\u00a0 Se novamente n\u00e3o consegui direito, pelo menos o que escrevi na hora me ajudou a gravar algumas falas da palestra, tipo:<\/span><\/p>\n _ Ronaldo Lemos: <\/span>“N\u00e3o existe regulamenta\u00e7\u00e3o espec\u00edfica sobre qualquer pessoa que coloca conte\u00fado na internet. <\/em><\/span>Cada juiz acaba decidindo segundo suas pr\u00f3prias convic\u00e7\u00f5es, porque n\u00e3o existe detalhamento na lei para estes crimes<\/em>.<\/span>“<\/span><\/p>\n _ <\/span>Renato Blum: “A grande maioria das decis\u00f5es judiciais no Brasil segue a regulamenta\u00e7\u00e3o da lei americana<\/em>“.<\/span><\/p>\n _ Ivo C\u00f4rrea: <\/span>” H\u00e1 uma dificuldade do judici\u00e1rio em entender a internet, sejam ju\u00edzes, advogados, promotores…<\/em>“<\/span><\/p>\n Como pode-se notar, n\u00e3o se ouviu muita novidade; as falas acima, e o tom restante da palestra, foram mais no sentido de refor\u00e7ar que h\u00e1 a necessidade de um marco regulat\u00f3rio civil para a internet brasileira, porque do jeito que est\u00e1 hoje h\u00e1 uma brecha tremenda para a interpreta\u00e7\u00e3o pessoal de cada um. E a\u00ed pode praticamente tudo, desde proibi\u00e7\u00f5es rid\u00edculas\u00a0a libera\u00e7\u00f5es abusivas. <\/span><\/p>\n Ainda assim, a mesa estava bem interessante. Refor\u00e7ou essa posi\u00e7\u00e3o que falei acima, e houve v\u00e1rios exemplos para ilustrar isso. Deu pra ver que espera-se cada vez mais uma movimenta\u00e7\u00e3o da sociedade com rela\u00e7\u00e3o\u00a0a esta dita regulamenta\u00e7\u00e3o, principalmente em n\u00e3o deixar que ela n\u00e3o seja restritiva demais\u00a0 – e que essa restri\u00e7\u00e3o se d\u00ea na esfera penal, a “\u00faltima” das esferas a se recorrer – como aquela que prop\u00f5e a Lei Azeredo. Ali\u00e1s, daqui a pouco vai ter um debate imperd\u00edvel sobre esse tema: <\/span>” O futuro da Internet no Brasil<\/em>“. De um lado, Jos\u00e9 Henrique Santos Portugal<\/strong> (Representando o Senador Eduardo Azeredo) e o Desembargador Fernando Neto Botelho<\/strong>; do outro, S\u00e9rgio Amadeu<\/strong>, um dos principais coordenadores do evento, e, novamente, Ronaldo Lemos<\/strong>. O nobre senador mineiro negou-se a vir pessoalmente ao evento, embora boatos d\u00eaem como n\u00e3o imposs\u00edvel sua presen\u00e7a. Vai apanhar na certa, aparecendo ou n\u00e3o.<\/span><\/p>\n . Mais \u00e0 noite\u00a0houve dois lan\u00e7amentos de livro na \u00e1rea da m\u00fasica. Um foi o de <\/span>“TecnoBrega: O Par\u00e1 reiventando o neg\u00f3cio da musica<\/a>“, de Oona Castro<\/strong>, do Overmundo<\/a>, e dele, o\u00a0 irrequieto da Cultura Livre no Brasil,\u00a0 Ronaldo Lemos. O livro est\u00e1 dispon\u00edvel em PDF<\/a> e impresso, a m\u00f3dicos R$30,00.\u00a0 Vale a pena: \u00e9 um estudo profundo, acad\u00eamico (no melhor dos sentidos da palavra, parece) e bem escrito sobre o fen\u00f4meno da m\u00fasica tecnobrega do Par\u00e1. Como diz o outro irrequieto da cultura livre no Brasil, Hermano Vianna<\/a>, na contracapa do livro: <\/span><\/p>\n “Escondido em Bel\u00e9m do Par\u00e1, o tecnobrega testa uma original economia cria h\u00e1 aos, na marra. As m\u00fasicas saem direto de est\u00fadios da periferia e s\u00e3o distribu\u00eddas nos camel\u00f4s da cidade, animando gigantescas festas de aparelhagem, sem mais depender da grande m\u00eddia ou gravadoras. Um mundo paralelo cujo funcionamento \u00e9 finalmente revelado neste livro: estudo pioneiro sobre as novas ind\u00fastrias culturais que comandam a vida musical mais popular no Brasil de hoje. Quem quiser pensar o futuro da m\u00fasica n\u00e3o pode ignorar as li\u00e7\u00f5es tecnobregas da Amaz\u00f4nia digital.”<\/em><\/p>\n<\/blockquote>\n O outro foi <\/span>“O Futuro da M\u00fasica depois do CD<\/em>“, no mesmo esquema colet\u00e2nea e E-Book do livro sobre blogs, organizado por S\u00e9rgio Amadeu<\/strong> e Irineu Franco Perp\u00e9tuo<\/strong>.\u00a0 O livro \u00e9 bem abrangente: tem artigos de m\u00fasicos, (Chico Pinheiro<\/a>, Andr\u00e9 Mehmari<\/a>), engenheiros (Davi N. Nakano<\/a>, Jo\u00e3o C. le\u00e3o), comunic\u00f3logos\/jornalistas (Adriana Amaral<\/a>, Laam Mendes de Barros<\/a>), soci\u00f3logos (S\u00e9rgio Amadeu<\/a>), antrop\u00f3logos (Simone Pereira de S\u00e1<\/a>) produtores musicais (Pena Schimidt<\/a>), music\u00f3logos (Harry Crowl<\/a>, Ricado Bernardes<\/a>), dentre outros. Desde j\u00e1 penso que o livro \u00e9 essencial para entender essa coisa toda que a gente t\u00e1 passando<\/span>. Para baixar, entre aqui<\/a>.<\/span><\/p>\n Os dois compensam a leitura, e o bom de ser lan\u00e7ado por aqui \u00e9 que sempre d\u00e1 pra acessar os livros\u00a0gratuitamente em PDF.<\/span><\/p>\n<\/span><\/p>\n
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