{"id":10829,"date":"2016-09-20T02:11:19","date_gmt":"2016-09-20T02:11:19","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=10829"},"modified":"2016-09-20T02:11:19","modified_gmt":"2016-09-20T02:11:19","slug":"congresso-gcultural2016-mesa-3-experiencias-e-projetos-de-cultura-e-ativismo-digital","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2016\/09\/20\/congresso-gcultural2016-mesa-3-experiencias-e-projetos-de-cultura-e-ativismo-digital\/","title":{"rendered":"#GCultural2016 – Experi\u00eancias e Projetos de cultura e ativismo digital"},"content":{"rendered":"

\"mesa-3\"<\/a>\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 A segunda semana do Congresso de Gest\u00e3o Cultural #GCultural2016 \u00e9 a dos trabalhos da Mesa 3 – Experi\u00eancias e Projeto de Cultura e Ativismo Digital<\/strong>. Como o nome sugere, talvez ela seja a que mais traga diversidade nas pon\u00e9ncias, porque \u00e9 justamente este o objetivo: compartilhar experi\u00eancias, sem um foco espec\u00edfico em cultura livre, quest\u00f5es profissionais, ferramentas\/softwares ou lugares como as de outras mesas, mas tudo isso um pouco, centrado na ideia da palavra experi\u00eancia<\/strong> – relatar o que aconteceu na experi\u00eancia pesquisada\/vivida por cada um@ e aprendermos com os erros e acertos de cada uma delas.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Quando Mariana e Jorge vieram falar conosco sobre este congresso, e esta mesa em espec\u00edfico, pensamos que ela poderia ser o lugar para discutir um pouco mais a quest\u00e3o do ativismo, t\u00e3o presente no nosso trabalho do BaixaCultura desde 2008 e t\u00e3o importante no contexto brasileiro no qual falamos, de impeachment de Dilma Roussef. [Caso algu\u00e9m queira saber: sabemos que \u00e9\/foi golpe mesmo (seja pol\u00edtico e\/ou judici\u00e1rio, midi\u00e1tico), e nada conseguimos enquanto brasileiros fazer pra evitar \u2013 muito por culpa do pr\u00f3prio PT, em boa parcela respons\u00e1vel pela situa\u00e7\u00e3o chegar a esse ponto em que \u201cos fins justificam os meios\u201d, e tamb\u00e9m porque a \u201cdemocracia\u201d n\u00e3o parece ser um valor relevante para boa parte d@s brasileir@s. Teremos de lidar de frente com as consequ\u00eancias atuais e futuras deste fato, talvez concentrando energia em buscar \u201csa\u00eddas\u201d no micro, na autonomia, no local – mas esse \u00e9 um papo pra outro momento<\/em>].<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Mas aconteceu que as tem\u00e1ticas dos trabalhos enviados para nossa mesa n\u00e3o foram t\u00e3o explicitamente ativistas quando imagin\u00e1vamos, e tudo bem: o ativismo pode n\u00e3o estar explicitamente <\/em>presente naquilo que fazemos, mas est\u00e1 l\u00e1, em todas nossas a\u00e7\u00f5es, em todas as decis\u00f5es que tomamos, em tudo aquilo que queremos (ou n\u00e3o) pensar. Ativismo \u00e9 a\u00e7\u00e3o, a\u00e7\u00e3o \u00e9 exist\u00eancia. E todas os trabalhos apresentados para esta mesa falam muito dos desafios de existir enquanto projetos\/pessoas de cultura (digital).<\/p>\n

*<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Come\u00e7amos (empezamos!): o primeiro artigo nos traz Daniel Daza Prado<\/a>, de Buenos Aires, contando como descobriu o que era uma rede livre (red inal\u00e1mbrica libre<\/em>) e como, ent\u00e3o, foi atr\u00e1s de etnografar duas dessas comunidades em Buenos Aires. Crias diretas da cultura livres, estas redes j\u00e1 existem \u00e0s centenas ao redor do planeta, com milhares de pessoas trabalhando de modo volunt\u00e1rio para levantar antenas caseiras, hackear routers e desenhar novas arquiteturas de rede \u00e0 margem das grandes operadoras de internet.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Na sequ\u00eancia, Marta \u00c1lvarez<\/a> conta a experi\u00eancia do bit:LAV<\/a>, um espa\u00e7o de cria\u00e7\u00e3o de Valladolid (Espanha) inspirado nos laborat\u00f3rios do procom\u00fan, como o referencial Medialab Prado<\/a> em Madrid ou o rec\u00e9m criado Lab Santista<\/a>, apresentado na 1\u00ba mesa deste #Gcultural. bit:LAV junta Marta e Alberto Marcos Cabero<\/a>, a remezcla e as implica\u00e7\u00f5es pol\u00edticas da cultura digital, em um espa\u00e7o cultural dentro do Laborat\u00f3rio de Artes de Valladolid (LAVA).<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 O terceiro trabalho da mesa vem do Brasil, mais precisamente S\u00e3o Paulo: Preto Caf\u00e9<\/a>. Um caf\u00e9 numa mesa de cultura e ativismo digital? n\u00e3o um caf\u00e9 qualquer, mas o primeiro caf\u00e9 pague-quanto-quiser da cidade de S\u00e3o Paulo, aberto em 2015 como um espa\u00e7o de promo\u00e7\u00e3o da liberdade e da confian\u00e7a – e inspirado pelos princ\u00edpos de compartir da cultura e do software livre. Lucas Pretti<\/a> busca compartilhar a experi\u00eancia desde a busca pela inova\u00e7\u00e3o j\u00e1 no modelo jur\u00eddico-administrativo at\u00e9 a inten\u00e7\u00e3o colaborativa pragm\u00e1tica (que leva \u00e0 defesa de um modelo de gest\u00e3o \u201csemi-aberto\u201d) que leva o Preto Caf\u00e9 a ser uma obra art\u00edstica relacional.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Nossa quarta pon\u00e9ncia \u00e9 desde Assunci\u00f3n: m\u00fasica Ok\u00e1pe<\/a> \u00e9 uma plataforma que busca agregar m\u00fasicos da cena independente do Paraguai atrav\u00e9s de diversos formatos de difus\u00e3o e promo\u00e7\u00e3o musical: festivais, shows, feiras, oficinas. Ok\u00e1pe \u00e9 uma palavra do idioma Guarani que significa “fora” e d\u00e1 nome ao projeto com a ideia de expans\u00e3o e de dar um impulso para fora a cena musical alternativa paraguaia, como conta Jos\u00e9 Caballero no video da pon\u00e9ncia mais abaixo.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Na sequ\u00eancia, Bruno C\u00e9sar Alves Marcelino<\/a>, do Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura – CLAEC<\/a> de Foz do Igua\u00e7\u00fa, cidade brasileira da tr\u00edplice fronteira (Paraguai e Argentina), traz um mapeamento cultural de duas cidades de outra regi\u00e3o fronteiri\u00e7a brasileira, Jaguar\u00e3o e Arroio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, pr\u00f3ximo ao Uruguai. Duas cidades que, apesar de seu diminuto tamanho, apresentam 17 grupos, entidades ou aparelhos culturais, em sua maioria escolas de samba, num processo de gest\u00e3o ainda prec\u00e1rio.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Lucy Alvar\u00e9z Galvez<\/a> nos conta, no sexto trabalho da mesa, sua experi\u00eancia de 13 anos de trabalho enquanto produtora cultural na televis\u00e3o colombiana. \u00c9 um relato que d\u00e1 voz a uma gera\u00e7\u00e3o de produtores que trabalharam antes e depois do surgimento da internet e que passaram pelas transforma\u00e7\u00f5es das tecnologias de comunica\u00e7\u00e3o nos \u00faltimos anos e suas brutais modifica\u00e7\u00f5es no ambiente de trabalho em que a tecnologia \u00e9 presen\u00e7a forte, como a televis\u00e3o. Como se adaptar e se apropriar dos diversos aparelhos digitais que aparecem e s\u00e3o extintos num ambiente como o de um canal de televis\u00e3o regional? \u00c9 uma quest\u00e3o que permeia a apresenta\u00e7\u00e3o de Lucy, no v\u00eddeo e em texto.<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Por fim, temos Jana\u00edna Capeletti<\/a>, de Porto Alegre (Brasil), que traz um artigo sobre as especificidades da arte digital feita no Brasil e sua rela\u00e7\u00e3o com o ativismo e a cultura hacker. Ela entrevistou quatro profissionais que transitam entre a academia e a produ\u00e7\u00e3o art\u00edstica brasileira para saber como se d\u00e1 essa rela\u00e7\u00e3o na arte contempor\u00e2nea brasileira. Constatatou, por hora, que o ativismo se d\u00e1 na pr\u00f3pria subvers\u00e3o aos processos da arte convencional, \u00e0 vezes usando de princ\u00edpios da \u00e9tica hacker de forma n\u00e3o intencional.<\/p>\n

**<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Para estimular o debate, propomos algumas quest\u00f5es para discuss\u00e3o na mesa e em cada trabalho:
\n_ Qual a a\u00e7\u00e3o ativista que voc\u00eas percebem nos trabalhos de voc\u00eas?
\n_ O que voc\u00eas tem tirado de maior aprendizado (em especial para a gest\u00e3o cultural) a partir do trabalho apresentado aqui?
\n_ Quais os principais desafios para sobrevivermos enquanto rede na seara da gest\u00e3o cultural na ibero-am\u00e9rica?<\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 O debate come\u00e7a no grupo de telegram<\/a> e segue por l\u00e1, nos coment\u00e1rios aqui ao lado (ou aqui embaixo, se quiser via Facebook), no Twitter ou em outras redes via #gcultural2016. Na quinta-feira (jueves)<\/strong>, \u00e0s 19h<\/strong> GMT (16h<\/strong> no hor\u00e1rio de Bras\u00edlia e na Argentina e no Uruguai), teremos uma videoconfer\u00eancia para dialogarmos e apresentarmos algumas quest\u00f5es para o debate. Adelante!<\/p>\n

***<\/p>\n

Libertades con senderos que se bifurcan en red. Fragmentos de una etnograf\u00eda de los grupos que crean Redes Libres, Abiertas y Comunitarias
\nDaniel Daza Prado (Buenos Aires, Argentina)<\/strong><\/p>\n

\"redlibre\"<\/a><\/p>\n


\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Esta ponencia plantea compartir algunos fragmentos de una etnograf\u00eda de las comunidades de Redes Inal\u00e1mbricas de Internet Libre. El texto pretende describir, problematizar y analizar las experiencias de vida cotidiana, la tecnolog\u00eda y el activismo digital de estos grupos. Las redes inal\u00e1mbricas libres est\u00e1n formadas por personas que conectan sus computadoras para compartir datos y servicios utilizando tecnolog\u00eda WiFi. Surgidas en el marco de la denominada \u201ccultura libre\u201d ya existen cientos de estas redes alrededor del mundo, trabajando voluntariamente para levantar antenas caseras, hackear routers y dise\u00f1ar otras arquitecturas de conexi\u00f3n con el fin de promover procesos de participaci\u00f3n libres, igualitarios y pol\u00edticos en internet.<\/p>\n

Descargar\/baixar ponencia completa<\/a>.<\/p>\n


\n

Arte y activismo digital en la periferia: bit:LAV
\nMarta \u00c1lvarez (Valladolid, Espanha)
\n<\/strong><\/p>\n

\"bitlav\"<\/a><\/p>\n


\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 En los \u00faltimos a\u00f1os han proliferado en Espa\u00f1a los laboratorios del procom\u00fan, espacios en los que se ha ido articulando de forma espec\u00edfica toda una investigaci\u00f3n colectiva en torno a este concepto y sus diferentes aplicaciones en el campo de la cultura y el conocimiento en relaci\u00f3n con las posibilidades de la Red. Tomando como ejemplo espacios como Medialab Prado (Madrid) y como referencia centros dedicados al arte digital tales como Etopia (Zaragoza), Hangar (Barcelona) o Laboral (Gij\u00f3n); nos propusimos tratar de desarrollar un espacio de creaci\u00f3n e investigaci\u00f3n en torno a la cultura digital y especialmente el arte en la ciudad de Valladolid que nos permitiera elevar de forma colectiva una visi\u00f3n cr\u00edtica desde el arte con respecto al uso de las nuevas tecnolog\u00edas.<\/p>\n

Descargar\/baixar pon\u00e9ncia completa<\/a>.<\/p>\n


\n

Est\u00e9tica relacional e economia de c\u00f3digo aberto: a experi\u00eancia h\u00edbrida do Preto Caf\u00e9 com o conceito pague-quanto-quiser
\nLucas Pretti (S\u00e3o Paulo, Brasil)<\/b><\/p>\n

\"14257518_1234684739896596_4232629528790808969_o\"<\/a><\/p>\n


\n

\u00a0\u00a0 Este relato conta a hist\u00f3ria de cria\u00e7\u00e3o do Preto Caf\u00e9<\/a>, o primeiro caf\u00e9 pague-quanto-quiser da cidade de S\u00e3o Paulo, aberto em 2015 como um espa\u00e7o de promo\u00e7\u00e3o da liberdade e da confian\u00e7a. Procuro compartilhar a experi\u00eancia desde a busca por disrup\u00e7\u00e3o no modelo jur\u00eddico-administrativo e a inten\u00e7\u00e3o colaborativa mas pragm\u00e1tica (que leva \u00e0 defesa de um modelo de gest\u00e3o \u201csemi-aberto\u201d) at\u00e9 o status de obra art\u00edstica relacional, que o empreendimento de fato alcan\u00e7a.<\/p>\n

Descargar\/baixar pon\u00e9ncia completa<\/a>.<\/p>\n


\n

M\u00fasica Ok\u00e1pe
\nCaballero G\u00f3mez (Assunci\u00f3n, Paraguay)
\n<\/strong><\/p>\n

https:\/\/www.youtube.com\/watch?v=uafEEE4HVVI&feature=youtu.be<\/a><\/p>\n


\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 M\u00daSICA OK\u00c1PE<\/a> es un proyecto del Centro Cultural de Espa\u00f1a Juan de Salazar que tiene como objetivo favorecer la proyecci\u00f3n nacional e internacional de la m\u00fasica independiente de Paraguay. Es una plataforma que pretende ser una red entre m\u00fasicos paraguayos\/as y la regi\u00f3n donde participaron m\u00e1s de 70 proyectos, solistas, bandas y dj de diferentes tendencias y estilos. Fomentando la escena independiente con ciclos de conciertos, talleres, festivales, encuentros colaborativos, cibermedios, videos y programas de radio.<\/p>\n


\n

As Organiza\u00e7\u00f5es da Sociedade Civil na Promo\u00e7\u00e3o das Pol\u00edticas Culturais: Jaguar\u00e3o\/RS e Arroio Grande\/RS, Brasil
\nBruno C\u00e9sar \u00c1lvares Marcelino (Foz do Igua\u00e7\u00fa, Brasil)<\/strong><\/p>\n

\"cartografia2nova\"<\/a><\/p>\n


\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Este trabalho \u00e9 uma apresenta\u00e7\u00e3o dos resultados obtidos junto ao projeto de pesquisa Cartografia da Cultura Fronteiri\u00e7a, financiado via Fundo de Apoio \u00e0 Cultura do Estado do Rio Grande do Sul – Brasil, o projeto teve como objetivo mapear e identificar as entidades e grupos culturais sediados nos munic\u00edpios de Jaguar\u00e3o e Arroio Grande\/RS cidades que integram a fronteira sul do estado, a metodologia se deu em tr\u00eas partes, na primeira ocorreu o levantamento e coleta de dados, a segunda foi a realiza\u00e7\u00e3o da pesquisa de campo e visita aos grupos e associa\u00e7\u00f5es mapeadas inicialmente e a terceira e \u00faltima consistiu no tratamento dos dados e das informa\u00e7\u00f5es coletadas. Identificamos um total de dezessete grupos e entidades culturais, no qual por meio dos resultados dos question\u00e1rios e das visitas \u00e0 campo, pode-se compreender de forma aprofundada como se d\u00e1 a promo\u00e7\u00e3o das pol\u00edticas culturais entre os grupos identificados.<\/p>\n

Descargar\/baixar pon\u00e9ncia completa<\/a>.<\/p>\n


\n

Experiencia en Canal 13
\nLucy Tatiana Galvis Pe\u00f1uela (Bogot\u00e1, Col\u00f4mbia)
\n<\/strong><\/p>\n