{"id":10587,"date":"2016-01-20T18:56:13","date_gmt":"2016-01-20T18:56:13","guid":{"rendered":"https:\/\/baixacultura.org\/?p=10587"},"modified":"2016-01-20T18:56:13","modified_gmt":"2016-01-20T18:56:13","slug":"midia-tatica-uma-introducao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baixacultura.org\/2016\/01\/20\/midia-tatica-uma-introducao\/","title":{"rendered":"M\u00eddia t\u00e1tica: uma introdu\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"

\"the-yes-men-bbc-world\"<\/a><\/p>\n


\nEm novembro de 2015, apresentei um artigo no\u00a0
II Congresso Internacional de Net-ativismo<\/a>, em S\u00e3o Paulo, que retomava a ideia de m\u00eddia t\u00e1tica, hoje nem t\u00e3o falada quanto na segunda metade dos 1990 e nos 2000, e a relacionava com a cultura hacker. Os usos t\u00e1ticos das m\u00eddias \u00e9 um assunto que \u00e0s vezes costuma passar por esta p\u00e1gina; por conta disso, fiz uma vers\u00e3o do artigo tamb\u00e9m como forma de documentar algumas a\u00e7\u00f5es\u00a0ef\u00eameras\u00a0realizadas nesse per\u00edodo que se perderam na rede. Segue abaixo a primeira, com um hist\u00f3rico do conceito e algumas a\u00e7\u00f5es da “era de ouro”, final dos 1990 e in\u00edcio dos 2000. [<\/em>Leonardo Foletto]\u00a0<\/em><\/p>\n

*<\/p>\n

Existem v\u00e1rias (in) defini\u00e7\u00f5es poss\u00edveis para m\u00eddia t\u00e1tica, mas conv\u00e9m come\u00e7ar pelo in\u00edcio, 1993, quando acontece em Amsterdam, Holanda, o Next Five Minutes<\/strong> (N5M<\/a>), festival sobre arte, pol\u00edtica, ativismo e m\u00eddia com artistas e ativistas dos Estados Unidos, Europa e ex-URSS interessados em explorar as possibilidades dos aparelhos eletr\u00f4nicos dom\u00e9sticos como meio para a mobiliza\u00e7\u00e3o social. O termo surgiu a partir da amplia\u00e7\u00e3o do conceito de “televis\u00e3o t\u00e1tica”, tema central do 1\u00ba N5M, que teve por objetivo expor e debater v\u00eddeos independentes e produ\u00e7\u00f5es audiovisuais de cunho pol\u00edtico realizados durante a segunda metade do s\u00e9culo XX. Discutido internamente, m\u00eddia t\u00e1tica viria a nomear a segunda edi\u00e7\u00e3o do N5M<\/a>, em 1996, e assim aparece definido na se\u00e7\u00e3o de perguntas e respostas do site do festival:<\/p>\n

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O termo \u201cm\u00eddia t\u00e1tica\u201d se refere a uma utiliza\u00e7\u00e3o cr\u00edtica e teoriza\u00e7\u00e3o das pr\u00e1ticas de m\u00eddia que recorrem a todas \u00e0s formas de m\u00eddias, antigas e novas, ambas l\u00facidas e sofisticadas, para a realiza\u00e7\u00e3o de diversos objetivos n\u00e3o comerciais, impulsionando todos os tipos de quest\u00f5es pol\u00edticas potencialmente subversivas (recuperado da disserta\u00e7\u00e3o de mestrado de Anne Clinio<\/a> na UFRJ, em 2011, porque a fonte original saiu do ar<\/a>)<\/p>\n<\/blockquote>\n

Um ano depois vem a primeira refer\u00eancia como um conceito estruturado, quando Geert Lovink e David Garcia publicam o texto “O ABC da M\u00eddia T\u00e1tica<\/strong>” (aqui o original em ingl\u00eas<\/a>, e a vers\u00e3o traduzida por Ricardo Rosas publicada pelo CMI Brasil<\/a>), que circula numa lista de emails chamada Nettime\u00a0que agrupava pessoas com algum envolvimento no N5M (e ainda agrupa, sendo uma lista interessant\u00edssima de acompanhar que disponibiliza todo seu acervo no site Nettime.org<\/a>).<\/p>\n

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M\u00eddias t\u00e1ticas s\u00e3o o que acontece quando m\u00eddias baratas tipo ‘fa\u00e7a voc\u00ea mesmo’, tornadas poss\u00edveis pela revolu\u00e7\u00e3o na eletr\u00f4nica de consumo e formas expandidas de distribui\u00e7\u00e3o (do cabo de acesso p\u00fablico \u00e0 internet), s\u00e3o utilizadas por grupos e indiv\u00edduos que se sentem oprimidos ou exclu\u00eddos da cultura dominante. A m\u00eddia t\u00e1tica n\u00e3o apenas noticia eventos, porque elas nunca s\u00e3o imparciais, elas sempre participam e \u00e9 isto que mais do que qualquer outra coisa as separa da m\u00eddia mainstream.<\/p>\n<\/blockquote>\n

\"n5m\"<\/a>

Site da 2\u00ba edi\u00e7\u00e3o do N5M, 1996, que ajudaria a espraiar o conceito de m\u00eddia t\u00e1tica mundo afora<\/p><\/div>\n

\"n5m4\"<\/a>

An\u00fancio do N5M4, em 2003, o \u00faltimo que ocorreu.<\/p><\/div>\n

A partir da\u00ed, ocorreriam mais dois festivais de M\u00eddia T\u00e1tica, 1999 e 2003, e um no Brasil (do qual j\u00e1 falamos por aqui<\/a>). O termo ganharia o mundo com movimentos ativistas, art\u00edsticos e pol\u00edticos dos anos 1990 e in\u00edcio dos 2000 que se descolam dos fazeres pol\u00edticos tradicionais e buscam acompanhar as revolu\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas e culturais como base de suas a\u00e7\u00f5es e debates, como diz Paulo Jos\u00e9 Lara (autor da primeira disserta\u00e7\u00e3o de mestrado sobre o assunto<\/a>, em filosofia na Unicamp, 2008).<\/p>\n

Alguns exemplos de a\u00e7\u00f5es, grupos e movimentos agregados a ideia de m\u00eddia t\u00e1tica nesse contexto s\u00e3o a atua\u00e7\u00e3o de ativistas dos movimentos altermundistas, tamb\u00e9m chamados de antiglobaliza\u00e7\u00e3o; a a\u00e7\u00e3o de ativistas que veiculam programas de r\u00e1dio em transmissores de baixa pot\u00eancia ou daqueles que elaboram v\u00eddeos com c\u00e2meras digitais e distribuem sua produ\u00e7\u00e3o numa Internet pr\u00e9 smartphones e redes sociais gigantescas; o trabalho de programadores de software livre e de c\u00f3digo aberto; a arte midi\u00e1tica e a net-art; pesquisas sobre a pol\u00edtica e a economia das tecnologias da informa\u00e7\u00e3o, em especial no que se convencionou chamar de net criticism, <\/i>uma perspectiva cr\u00edtica em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 estrutura da internet que pode ser posicionada na encruzilhada interdisciplinar entre as artes visuais, movimentos sociais, cultura pop, e pesquisas acad\u00eamicas (Ver Geert Lovink,\u00a0Dynamics of Critical Internet Culture 1994-2001<\/a>).<\/p>\n

Formulado na Europa, dentro de um ciclo de debates p\u00f3s queda do muro de Berlim que envolvia principalmente artistas, te\u00f3ricos da comunica\u00e7\u00e3o, jornalistas, hackers, ativistas pol\u00edticos e cientistas sociais, o termo apresenta uma mescla de refer\u00eancias entre movimentos sociais e art\u00edsticos do s\u00e9culo XX e experi\u00eancias de “usos da cultura” – maneiras de apropria\u00e7\u00e3o dos objetos t\u00e9cnicos e sua realiza\u00e7\u00e3o para determinada a\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Nesse contexto, dialogam com a m\u00eddia t\u00e1tica v\u00e1rios movimentos e a\u00e7\u00f5es desviantes ao longo do s\u00e9culo XX, como os (j\u00e1 citados por aqui) trazidos por Stewart Home em sua hist\u00f3ria da (anti) arte deste per\u00edodo,\u00a0Assalto \u00e0 Cultura<\/i>, de 2005 (s\u00f3 dispon\u00edvel em sebos e raras livrarias hoje<\/a>); o d\u00e9tournament <\/i> dos situacionistas franceses<\/a>;\u00a0os happenings dos provos holandeses<\/a>\u00a0e\u00a0dos integrantes do Fluxus<\/a><\/i>\u00a0(George Maciunas, John Cage, Nam June Paik, Yoko Ono e cia);\u00a0a mail art<\/a> <\/i> o do it yourself <\/i> punk dos anos 1970; o neo\u00edsmo<\/a>\u00a0<\/a>dos fakes e nomes coletivos dos 1980; e o culture jamming<\/a> dos 1980 pra c\u00e1. Tamb\u00e9m conversam com a m\u00eddia t\u00e1tica conceitos pr\u00f3ximos como os de guerrilha da comunica\u00e7\u00e3o\u00a0e\u00a0guerrilha midi\u00e1tica, proposto por Luther Blisset:\u00a0\u201ca realiza\u00e7\u00e3o de um jogo de artimanhas rec\u00edprocas, uma forma de envolvimento da m\u00eddia em um trama imposs\u00edvel de se captar e de se entender, uma trama que provoca a queda da m\u00eddia, v\u00edtima de sua pr\u00f3pria pr\u00e1tica. Arte marcial pura: utilizar a for\u00e7a (e a estupidez) do inimigo, voltando-se contra ele” (em Guerrilha Ps\u00edquica, editado pela Conrad em 2001<\/a>)<\/a>. Conceitos que, por sua vez, s\u00e3o\u00a0desdobramentos de, entre outras refer\u00eancias, os estudos semi\u00f3ticos de Umberto Eco, que apontava a guerrilha semi\u00f3tica como uma t\u00e1tica que se aproveita “de uma margem de indetermina\u00e7\u00e3o e em uma modifica\u00e7\u00e3o das circunst\u00e2ncias nas quais as mensagens s\u00e3o recebidas, sendo poss\u00edvel uma escolha nos modos de interpreta\u00e7\u00e3o” (Umberto Eco em A Theory of Semiotics<\/a>, 1976, traduzido por Paulo Jos\u00e9 Lara em sua disserta\u00e7\u00e3o).<\/p>\n

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\"de<\/a><\/p>\n

Mas a fonte mais presente no conceito original \u00e9, sem d\u00favida, Michel de Certeau e A Inven\u00e7\u00e3o do Cotidiano<\/a>. <\/i> Publicado originalmente em 1980, o livro examina as maneiras de fazer criativas com que as pessoas individualizam e se apropriam da cultura de massa, de objetos cotidianos at\u00e9 planejamentos urbanos e rituais, leis e linguagem. No cap\u00edtulo 3, o autor franc\u00eas traz a distin\u00e7\u00e3o entre t\u00e1tica e estrat\u00e9gia que \u00e9 essencial para o entendimento da m\u00eddia t\u00e1tica. Ele define como estrat\u00e9gia “o c\u00e1lculo (ou a manipula\u00e7\u00e3o) das rela\u00e7\u00f5es de for\u00e7as que se tornam poss\u00edvel a partir do momento em que um sujeito de querer e poder (uma empresa, um ex\u00e9rcito, uma cidade, uma institui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica) pode ser isolado” (na 20\u00ba edi\u00e7\u00e3o<\/a>, de\u00a02013, p.93).<\/p>\n

As t\u00e1ticas seriam, em oposi\u00e7\u00e3o, procedimentos que \u201cjogam com os mecanismos da disciplina e n\u00e3o se conformam com ela a n\u00e3o ser para alter\u00e1-los\u201d (p.94). Assim, enquanto as estrat\u00e9gias seriam gestos t\u00edpicos de uma modernidade militar e cient\u00edfica, que valoriza as estruturas e o lugar, as t\u00e1ticas seriam a\u00e7\u00f5es t\u00edpicas de uma p\u00f3s (ou pr\u00e9-modernidade), que valorizariam o movimento e o tempo – ou “\u00e0s circunst\u00e2ncias que o instante preciso de uma interven\u00e7\u00e3o transforma em situa\u00e7\u00e3o favor\u00e1vel”, como diz o autor franc\u00eas na p.96. Os usos que consumidores (usu\u00e1rios, segundo o autor) fazem de textos e objetos que os rodeiam s\u00e3o diferentes dos esperados ou imaginados por aqueles detentores do poder estabelecido ou de posse dos objetos; s\u00e3o usos t\u00e1ticos, rebeldes, “a\u00e7\u00f5es de apropria\u00e7\u00e3o e engano que desobedecem ao pr\u00e9 estabelecido, truques engenhosos, ast\u00facias de ca\u00e7adores, mobilidades nas manobras, opera\u00e7\u00f5es polim\u00f3rficas, achados alegres, po\u00e9ticos e b\u00e9licos<\/strong>\u201d, como diz o autor franc\u00eas na p.98. Ao identificar a distin\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gia e t\u00e1tica analisando a cultura popular, De Certeau, segundo o “ABC da M\u00eddia T\u00e1tica”, transferiu a \u00eanfase das representa\u00e7\u00f5es para os usos<\/i> das representa\u00e7\u00f5es. A partir da\u00ed ele sugeriria algumas maneiras de pensar pr\u00e1ticas cotidianas – como o habitar, circular, falar, ler – que estabeleceriam um vocabul\u00e1rio complexo que identificaria as maneiras que a cultura popular buscaria romper com o que lhe \u00e9 imposto pelas estruturas do poder ou de consumo. Aquilo que se chama de “vulgariza\u00e7\u00e3o” ou “degrada\u00e7\u00e3o” de uma cultura seria, ent\u00e3o<\/p>\n

\n

“um aspecto, caricaturado e parcial, da revanche que as t\u00e1ticas utilizadoras tomam do poder dominador da produ\u00e7\u00e3o. O consumidor n\u00e3o poderia ser identificado ou qualificado conforme os produtos jornal\u00edsticos e comerciais que assimila: entre eles (que deles se serve) e esses produtos (ind\u00edcios da “ordem” que lhe \u00e9 imposta), existe o distanciamento mais ou menos grande do uso que se faz deles. Deve-se, portanto, analisar o uso por si o mesmo”. (DE CERTEAU, 2013, p.90)<\/p>\n<\/blockquote>\n

Inicialmente pensadas por De Certeau no auge da cultura de massa um-muitos<\/i> dos anos 1970, a ideia de t\u00e1tica foi reapropriada em um cen\u00e1rio de prolifera\u00e7\u00e3o da internet e do desenvolvimento dos dispositivos digitais do in\u00edcio dos anos 1990 por Lovink, Garcia e outros. A internet anunciava a possibilidade da conviv\u00eancia do modelo massivo um-muitos\u00a0<\/i>com a do muitos-muitos<\/i>, e os artistas e ativistas reunidos em torno do N5M viram como os usos das m\u00eddias poderiam se tornar t\u00e1ticos<\/i> – porque criativos e rebeldes aos pr\u00e9 estabelecidos – e assim tanto subverter a ordem pol\u00edtica quanto dar voz a grupos grupos e indiv\u00edduos que se sentiam oprimidos ou exclu\u00eddos da cultura dita dominante.<\/p>\n

O conceito de m\u00eddia t\u00e1tica despontaria, ent\u00e3o, num contexto de renascen\u00e7a do midiativismo, misturando uma a\u00e7\u00e3o pol\u00edtica de engajamento de artistas com as novas tecnologias. Por um lado ativista em rela\u00e7\u00e3o a subvers\u00e3o, mesmo que tempor\u00e1ria, da ordem pol\u00edtica, e por outro lado art\u00edstico, porque criativo e de experimenta\u00e7\u00e3o com as ent\u00e3o novas m\u00eddias digitais da \u00e9poca.<\/p>\n

***<\/p>\n

Os primeiros trabalhos identificados enquanto m\u00eddia t\u00e1tica, origin\u00e1rios do campo art\u00edstico e de uma postura cr\u00edtica sobre a fun\u00e7\u00e3o da arte na sociedade contempor\u00e2nea, ajudam a ilustrar esta compreens\u00e3o das t\u00e1ticas como forma de resist\u00eancia criativa e subvers\u00e3o das mensagens e das plataformas dominantes. Segundo Lovink num texto de 2011 (“Atualizando a m\u00eddia t\u00e1tica. Estrat\u00e9gias de midiativismo”, presente num dos cap\u00edtulos do livro “Informa\u00e7\u00e3o, Conhecimento e Poder: Mudan\u00e7a tecnol\u00f3gica e inova\u00e7\u00e3o social<\/a>“), estes exemplos se situam na \u201cera de ouro\u201d da MT, que vai de 1993 a 1999, quando o acesso a equipamentos baratos e f\u00e1ceis de usar fomentou um novo sentido de autonomia entre ativistas, programadores, te\u00f3ricos, curadores e artistas que impulsionou experimenta\u00e7\u00e3o de formas alternativas de narrativas. Alguns exemplos de a\u00e7\u00f5es e coletivos deste momento foram:<\/p>\n

\"flood<\/a><\/p>\n

_ Flood net<\/em><\/strong> em apoio aos zapatistas,\u00a0desenvolvido pelo Eletronic Disturbance Theater, uma estrutura ad hoc<\/em> com os integrantes do coletivo Critical Art Ensemble<\/a>.\u00a0A t\u00e1tica realizada com maior destaque foi a do sit-in virtual<\/em>, um tipo de a\u00e7\u00e3o direta contra um determinado site com o objetivo de torn\u00e1-lo inacess\u00edvel a partir da coordena\u00e7\u00e3o de acesso simult\u00e2neo por diversas pessoas \u00e0 mesma p\u00e1gina alvo. O grupo organizou ataques em dez datas significativas para o movimento Zapatista, depois registrada em abril de 1998<\/a>. Para participar, as pessoas deveriam acessar determinada URL, clicar em um link e manter o navegador aberto durante o per\u00edodo programado para a a\u00e7\u00e3o; o aplicativo acionado recarregaria a mesma URL v\u00e1rias vezes por minuto impossibilitando o acesso \u00e0 p\u00e1gina, num tipo de a\u00e7\u00e3o, chamada Ataque de nega\u00e7\u00e3o de servi\u00e7o \u2013 DDoS<\/a>, que seria muito utilizada pelo Anonymous e outros grupos hackativistas posteriormente.<\/p>\n

\"gwbush\"<\/a><\/p>\n

_ www.gwbush.com<\/a><\/strong>; desenvolvido pelo \u00aeTMark<\/a>, um coletivo conhecido por suas a\u00e7\u00f5es anticoporativas, era um site (inicialmente c\u00f3pia do oficial) constru\u00eddo como t\u00e1tica para interferir na campanha eleitoral do ent\u00e3o candidato \u00e0 presid\u00eancia dos Estados Unidos, George W. Bush, em 1999. Numa \u00e9poca em que desenvolver sites ainda era algo dif\u00edcil e para poucos, gerou repercuss\u00e3o na m\u00eddia – em especial por conta de questionar a nega\u00e7\u00e3o do consumo de coca\u00edna por parte de Bush – confundiu eleitores e provocou pronunciamentos do candidato de que “deveria haver limite” \u00e0 liberdade.<\/p>\n