UbuWeb – BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Fri, 09 Sep 2011 14:54:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 https://baixacultura.org/wp-content/uploads/2022/09/cropped-adesivo1-32x32.jpeg UbuWeb – BaixaCultura https://baixacultura.org 32 32 Notícias do front baixacultural (24) https://baixacultura.org/2011/09/09/noticias-do-front-baixacultural-24/ https://baixacultura.org/2011/09/09/noticias-do-front-baixacultural-24/#respond Fri, 09 Sep 2011 14:54:46 +0000 https://baixacultura.org/?p=5430

Não temos certeza se essa seção é de alguma serventia em tempos de fluxos de Twitter , Facebook e Google +. O certo é que gostamos de fazer esse serviço – que de alguma forma lembra o de “curadoria de informação”, termo e função importante nos dias de hoje – e registrá-lo aqui. Acompanhe.

Fundadores do The Pirate Bay criam novo site para compartilhamento de arquivos (Hardware, 31/08)

Um forte concorrente vai entrar na grande lista de comparação entre provedores de hospedagem de arquivos: o Bayfiles.  É o serviço de hospedagem de arquivos (one-click hosting) criado pelos criadores do cliente bittorrent Pirate Bay. O destaque é que não é necessário se registrar no serviço para subir  um arquivo – que pode ter até 250 MB para usuários não registrados.

O limite do tamanho dos arquivos pode aumentar para 500 MB se for feito cadastro, e para 5 GB se for assinante por 5 euros mensais, 25 por seis meses ou 45 por ano. Caso os arquivos infrinjam o DMCA, o serviço se compromete a deletá-los, e até bloquear a conta, em 14 dias após ser notificado extrajudicialmente. Há intenções de expandir o serviço para o de sincronização de arquivos pela “nuvem”, como o Dropbox.

O Bayfiles pode ser uma alternativa para diminuir o número de 200 mil usuários alvos de ações judiciais só nos Estados Unidos durante o ano passado. Gravadoras, estúdios de cinema e todo tipo de detentores de copyright tem lucrado loucamente com ameaças de processos contra usuários de torrents.

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Secretária do Ministério da Cultura entrega o cargo (Folha, 01/09)

A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Marta Porto, entregou uma carta de demissão ao secretário executivo do ministério, Vitor Ortiz. Em solidariedade, a equipe inteira da secretaria, relacionada ao programa Cultura Viva e aos Pontos de Cultura, teria decidido sair. O MinC divulgou uma (pequeníssima) nota “explicativa” sobre o caso.

Segundo o blog do Rovai, a ministra Ana de Hollanda havia impedido Marta de representar o ministério em eventos e passou a não comparecer em solenidades da secretaria. O movimento Mobiliza Cultura lançou uma segunda carta aberta (a primeira foi lançada quatro meses atrás), chamada Pais Rico é País com Cultura, reinvidicando pontos não atendidos pela atual gestão. Resta saber (torcer?) quando Ana de Hollanda vai se juntar (ou por que ainda não se juntou) à lista dos quatro ministros que já caíram esse ano.

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Na Nova Zelândia, entra em vigor a lei Skynet (Twitter, 01/09)

Ela já estava dando as caras desde 2009, mas agora foi. Uma emenda na Lei de Copyright que pode multar em até 15 mil dólares quem baixar conteúdo protegido passou a valer nas duas ilhas cercadas pelo Oceano Pacífico. Com o carinhoso apelido de Skynet, ficou proibido o download de arquivos de filmes e de músicas (mesmo que de autoria própria) por serviços BitTorrent e P2P.

O funcionamento é da mesma forma que a Lei Sinde: avisam três vezes o usuário antes de darem-lhe um talagaço judicial. Se continuar, é intimado a se apresentar a ju$tiça. Cogita-se cortar a internet de quem reincidir. Vikram Kumar, o presidente-executivo da InternetNZ, empresa que coordena e promove a internet no país (uma espécie de CGI, só que privado, de lá), disse o seguinte: “usuários da internet tem que entender que compartilhamento de arquivos é agora muito arriscado e não vale a pena.” OI?

Um discurso quase igual ao de Tony Eaton, chefe da New Zealand Federation Against Copyright Theft (NZFACT) que considerou a lei “um passo importante para criar um ambiente legislativo mais robusto que incentive o investimento futuro em plataformas de distribuição digital de conteúdo protegido por copyright na Nova Zelândia.” Quem tá por trás da NZFACT é a sua criadora, a temida e onipresente MPAA, que fez até um ridículo site defendendo a emenda.

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Visitas de Pierre Levy e Julian Assange [este via videoconferência] (25/08 e 01/09)

Além de estar com Lawrence Lessig no dia 24 de agosto, Gilberto Gil também fez companhia ao filósofo francês Pierre Levy, que veio para o Oi Futuro Cabeça, realizado pela Aeroplano Editora. Com o tema “O poder da palavra na cibercultura”, Levy afirmou que a inteligência coletiva, o cérebro global já é uma realidade: a internet conectando as pessoas. E insistiu no conceito de web semântica, prevista para 2015. O encontro foi transmitido ao vivo e pode ser visto aqui.

O cara do Wikileaks, Julian Assange, também esteve (virtualmente) no Brasil, no evento Info Trends. Retido no interior da Inglaterra[leia esta entrevista de Assange na Trip] devido a um processo na justiça sueca, Assange falou sobre basicamente dez assuntos: Prisão domiciliar, Guantánamo, o The Guardian e a Rússia, o bloqueio financeiro a seu site, fontes, prisões, quando o segredo (de informações) se justifica, e concorrentes. Depois, respondeu a duas perguntas. A conversa não foi transmitida online  [pra quem não estava no evento, como nós], mas tu pode assisti-la na íntegra aqui.

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Festival CulturaDigitalBr está com chamada pública aberta até 30 de setembro (1/09)

O que era Fórum da Cultura Digital virou Festival CulturaDigital.Br, migrou de São Paulo (as duas primeiras edições foram realizadas na Cinemateca, como você vê aqui) para o Rio, no MAM (Museu de Arte Moderna) e no Cine Odeon, região central da antiga capital nacional, e de mês: vai acontecer agora de 2 a 4 de dezembro É possível se inscrever em quatro áreas (experiências de cultura digital, Mão na Massa, Visualidades e Encontros de Redes); assim que for confirmada a inscrição, seu projeto aparece para ser “apoiado” na página (linda por sinal) como um curtir do Facebook.

A votação do público impacta a escolha, mas não é decisiva. A curadoria coletiva vai avaliar cada projeto recebido e  analisar pontos complementares e comuns entre eles, para “orquestrar um conjunto final de programação, que contemple as diversas perspectivas da cultura digital”, segundo texto da página. Os selecionados terão sua ida ao Festival viabilizada pela organização, que arcará com os custos de transporte (até o Rio de Janeiro e de volta à cidade de origem) e hospedagem durante os dias do evento em quarto individual ou duplo de hotel. Alimentação e demais despesas ficam por conta do participante.

A realização do Festival continua com a Casa da Cultura Digital, parceira do Baixa desde um calorento relato de fevereiro do ano passado.

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Revista Select estreia novo site (Twitter, 6/09)

E finalmente saiu o novo site da Revista Select, o que significa que não vamos mais ter que piratear as edições e disponibilizá-las aqui no Baixa ou em qualquer outro lugar da rede, como falamos aqui. Todo o conteúdo da edição impressa está ali, pronto para ser consultado. Não perca a matéria sobre Escrita Não-Criativa com Mr.Goldsmith, vulgo @ubuweb (http://ow.ly/6mrPT) e Pelo Direito de Não Ser Original, seção em que somos humildemente citados.

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Crédito da foto: 1.

[Marcelo De Franceschi. Leonardo Foletto]

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Revista nova na praça: Select https://baixacultura.org/2011/08/08/revista-nova-na-praca-select/ https://baixacultura.org/2011/08/08/revista-nova-na-praca-select/#comments Mon, 08 Aug 2011 18:41:06 +0000 https://baixacultura.org/?p=5261

Sabe aquela sensação de conhecer um grupo de pessoas que tem pensamentos, gostos e vontades tão parecidas com as tuas que sem querer sai um “Essa é minha turma!”?

Pois é mais ou menos isso a sensação que tivemos ao ter acesso a mais nova publicação brasileira, a SelecT. Uma revista bimestral  – ao que parece está indo para as bancas de todo o país por estas semanas – sobre arte, design, cultura contemporânea e tecnologia (como diz a explicação oficial) que prega em sua capa “Abaixo a originalidade!”, com duas Lady Gaga cover na capa, não é todo dia que surge, não é mesmo?

[Conseguimos lembrar apenas da saudosa Revista Play, que, ainda que tratasse de tecnologia, internet e cultura, tinha um foco bem distinto dessa.]

Avisamos aqui que não foi possível esconder o rastro de empolgação desse post depois de uma boa folheada na edição nº1 (a nº0 está disponível pra download no site da revista, que está em vias de ser reformulado). Quem tem acompanhado o espectro de assuntos que foram abordados nestes quase três anos de BaixaCultura vai se sentir em casa por lá: tem cultura livre, remix, direito autoral, plágio criativo, cultura digital, pirataria, cópia, download, entre outras das nossas tags mais salientes aqui à direita.

Vejamos alguns dos destaques desta edição: “O Sonho não acabou”, ensaio da editora-chefe da revista, a professora e midiartista Giselle Beiguelman, sobre a “encruzilhada entre a sociedade do conhecimento e a da Imbecilidade” que a internet nos põe; “Pirataria em números”, com todos aqueles dados sobre pirataria no mundo que volte e meia recomendamos ou falamos por aqui; “Copiar é preciso, inventar não é preciso“, entrevista com o figura Kenneth Goldsmith, criador e editor do grande UbuWeb, lindo arquivo de cultura contemporânea e experimental, e professor de um curioso (e desde já desejado por nós) curso de escrita não criativa.

Mais um parágrafo de merchand gratuito com os destaques da Select (que é da Editora 3, a mesma que publica a IstoÉ): “Quero ser Nelson Leirner” perfil de um artista que, desde o saudoso Grupo Rex na década de 1960, é um plagiador de primeira grandeza na arte brasileira; ” A arte de fabricar dinheiro”, matéria sobre novas moedas alternativas ao capital tradicional;  “Na Onda do Remix”, texto sobre “remixthebook“, livro em que o artista Mark America remixa de Ginsberg a Nam June Paik, a ser lançado em setembro nos EUA;  “Além da Imaginação”, matéria sobre o lado bizarro dos usos e abusos dos direitos de autor hoje e na história, da tatuagem de Mike Tyson a foto de Manuel Bandeira; “Remixália”, papo com  os produtores Kassin, João Marcelo Bôscoli e o “colecionador de sons” Panetone sobre remix e compartilhamento na música; além, é claro, da matéria de capa, “Abaixo as Clonebridades”, e até mesmo o editorial de moda, focado em roupas compradas em camelôs de SP, acessíveis a nós, pobre mortais razoavelmente assalariados, excluídos dos editoriais tradicionais de moda de diversas revistas onde qualquer coisa custa 3 dígitos pra 4, 5, 6…

São dois os poréns mais salientes com relação à revista: o preço, R$14,90, que até passa pelo fato da revista ser bimestral, e o fato de que nenhuma matéria está disponível em nenhum lugar que não a revista impressa, por isso os poucos links nesse post. Há alguns petiscos no Facebook, mas nada além disso, petiscos. Esperamos que isso se resolva com a estreia do novo site da revista; caso contrário, teremos o maior prazer em piratear as edições e disponibilizá-las aqui no Baixa ou em qualquer outro lugar da rede (compromisso) – algo que os editores e toda a turma envolvida na produção da Select vai adorar, é claro.

[Já que falamos em petiscar, toma a edição nº 0 pra dar uma folheada digital]

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P.S: Não podemos deixar de explicar o porquê dessa sanha chapa-branquista, nem que seja aqui nesse ps, pequeninho: Rodrigo Savazoni, um dos colaboradores desta edição da Select e conhecido de longa data desta página, fez uma honrosa citação ao BaixaCultura em seu texto, onde fazia um “select” de sites com o título de “Direito de não ser original”. Diz ele sobre o Baixa: “O melhor blog brasileiro sobre artimanhas da cultura livre. Não deixe de ler sobre detournement”. Ficou tão bonita (e, óbvio, superestimado a milhão) a frase que pensamos até em trocar nosso lema para “Artimanhas da cultura livre e digital“. Que tal?

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