#culturadigitalbr – BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Thu, 15 Oct 2020 14:30:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 https://baixacultura.org/wp-content/uploads/2022/09/cropped-adesivo1-32x32.jpeg #culturadigitalbr – BaixaCultura https://baixacultura.org 32 32 O Fim da Internet e outras histórias https://baixacultura.org/2020/10/15/o-fim-da-internet-e-outras-historias/ https://baixacultura.org/2020/10/15/o-fim-da-internet-e-outras-historias/#respond Thu, 15 Oct 2020 14:30:56 +0000 https://baixacultura.org/?p=13271

O que acontece no mundo quando a internet acaba?

Em época de pandemia do Coronavírus, onde a maior parte das relações pessoais e de trabalho migraram para telas conectadas à rede mundial de computadores, a mera possibilidade de não estar mais conectado traz angústia, desespero e problemas – reais ou virtuais – à maior parte das pessoas do Planeta Terra no século XXI. Mas será que a angústia é para todas?

A partir deste mote, o Projeto Xará, em parceria com Toar Produções e o BaixaCultura, apresenta “O Fim da Internet e Outras Histórias”, uma superfície de eventos online que joga com a ausência (e a presença) da internet para as pessoas e outros seres vivos do planeta. São quatro histórias-lugares-presenças paralelas, transmitidas ao vivo, num experimento online com elementos teatrais, audiovisuais e da performance que dialogam entre si e partem de algum improviso para construir um laboratório de histórias e sensações sobre como é, ou poderia ser, um mundo em que a internet não mais existisse.

“O Fim da Internet” ocorreu dia 27/10, às 20h, via transmissão no canal do YouTube do BaixaCultura, com duração de cerca de 50 minutos. No dia seguinte, 28/10, às 19h, no mesmo canal, haverá uma conversa com os participantes da superfície e convidados ligados à cultura hacker e a arte e tecnologia. O projeto foi contemplado pelo FAC DIGITAL RS, promovido pela Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul com apoio da Feevale.

Assista:

 

O FIM DA INTERNET E OUTRAS HISTÓRIAS
Dia 27 de outubro, terça-feira, 20h
No Youtube do BaixaCultura

QUEM

Projeto Xará é a junção de dois Leonardos, Foletto e Roat, que pesquisam e trabalham com o experimentos cênicos e audiovisuais em arte e tecnologia. O encontro se deu a partir da pesquisa de doutorado do ator e diretor Roat sobre a cena teatral expandida com a investigação que resultou no livro “Efêmero Revisitado” de Foletto, jornalista e pesquisador, ainda em 2011. Depois de alguns experimentos, ideias e planos compartilhados, nove anos depois o Projeto Xará nasce com uma proposta de experimentar a cena teatral-audiovisual expandida na internet. A estréia se dá com a superfície de eventos “O Fim da Internet e Outras Histórias”, primeiro projeto que pretende ser contínuo e frequente.

 

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Retrospectiva 2018 https://baixacultura.org/2018/12/27/retrospectiva-2018/ https://baixacultura.org/2018/12/27/retrospectiva-2018/#respond Thu, 27 Dec 2018 12:48:45 +0000 https://baixacultura.org/?p=12682

Na última edição do ano de nossa newsletter (já assinou?) em parceria com a CCD POA, fizemos uma retrospectiva de 2018 a partir das nossas 18 edições enviadas quizenalmente, entre abril e dezembro. Mais uma vez começamos uma tradição que não sabemos quanto tempo vai durar, mas desde o princípio do Baixa gostamos disso. Segue abaixo a recompilação mês a mês, com os links para as íntegras de cada boletím e a data do mês em que cada uma foi enviada. Ao final, apresentamos uma nuvem de tag com todas as 137 páginas de texto Arial 11 espaçamento simples que renderam as 18 edições dos boletins. Aguarde a próxima em 10 de janeiro de 2019, com novidades. Boa virada e que 2019 seja um ano potente!

abraços,
Leonardo Foletto,
editor do BaixaCultura

Abril (19)

Nossa news começou em abril com um tema que seria comum aqui até o final do ano: Ressaca da Internet, que depois viraria texto no BaixaCultura e no Outras Palavras. Também foi a edição em que comentamos o “vazamento” dos dados do Facebook via Cambridge Analytica, uma situação que criaria ainda diversas notícias no ano, como o depoimento de Mark Zuckerberg no Senado Americano, e desencadearia uma crise na maior rede social digital do planeta que não parece terminar em 2019. Falamos também do financiamento recorrente do BaixaCultura no Apoia.se, um primeiro experimento para tentar viabilizar a mídia alternativa digital sobre cultura livre & tecnopolítica, que continua firme e querendo ser maior – em dezembro de 2018 temos 42 apoiadores mensais, das quais agradecemos muito. A íntegra dessa edição primeira pode ser lida aqui.

Maio  (3, 10 – edição especial Cryptorave, 24)

Maio foi um mês com três boletins. A edição #2 (leia completa) teve um texto que, hoje, soa até mais instigante que antes – Que tal nós mesmos usarmos e agregarmos valor aos dados que produzimos na internet? E também começamos os inúmeros relatos sobre o dilema Google x Ética. Teve edição especial (leia aqui) com a cobertura da CryptoRave 2018, realizada em 4 e 5 de maio na linda Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Foi também momento de discutir ética e inteligência artificial e a moribunda neutralidade da rede nos EUA, em nossa edição #4 (leia completa). Já nos informes nossos, publicamos no BaixaCultura uma BaixaCharla com Rodrigo Savazoni e Geórgia Nicolau, do Instituto Procomum, em Santos, lugar a qual um dos que cá escreve nesse boletim, Leonardo Foletto, voltaria algumas vezes ainda em 2018 para documentar o processo da instigante Colaboradora; e o Diálogos Abertos #1, nosso programa de conversa por streaming, no qual falaríamos, é claro, do caso do Facebook (disponível aqui na íntegra).

Junho (7 e 21)

Em junho começamos a relatar mais de perto a votação da Lei de Proteção de Dados Pessoais, como se percebe na edição #5 (aqui na íntegra), que entre outros vários assuntos, traz um alerta sobre as mudanças no WhatsApp impostas pelo Facebook (e que abriram as portas para o caos dos impulsionamentos de “notícias”), divulga a interessante pesquisa de Bia Martins sobre os hackerspaces do Brasil e a polêmica compra do GitHub pela Microsoft. Devido a série de notícias e informações que publicamos à época e que de alguma forma põe fim a utopia de uma internet livre e neutra, nossa edição número #6 (íntegra aqui) teve como texto inicial “A distopia da realidade”, onde, entre outros tópicos, falamos que todo esse mundo de vigilância digital que vivemos hoje foi “previsto” pelos hackers e pelos ativistas mais antigos do software livre, como o próprio Richard Stallman – que sempre foram chamados de paranóicos… Não por acaso, nossa segunda edição do Diálogos Abertos debateu do fim da internet como a conhecemos.

Julho (5 e 19)

Julho foi o mês de, além de acompanhar as votações no congresso e a pauta tecnopolítica global, falar do caso da Abin e o seu desejo em ser a NSA brasileira e do insólito caso do “El Paquete Cubano”, como vocês podem ler na edição #7 da newsletter. Também foi mês de dar dicas de leitura, vídeos e bots para acompanhar, falar um pouco do machismo no mundo da tecnologia a partir de uma situação do 18º FISL (Fórum Internacional do Software Livre), de retomar o sempre pertinente assunto da reforma da lei de direitos autorais, e de divulgar os resultados da State of Commons, mapeamento anual de produtos licenciados em Creative Commons  ao redor do mundo, como vocês podem ler na edição #8 do boletim.

Agosto (2, 16 e 30)

Agosto teve três edições de nossa newsletter. Na primeira (#9), nos (re) perguntamos, dados às situações à época ocorridas, se a democracia estaria ameaçada pelo uso malicioso da tecnologia – mal sabíamos que nas eleições teríamos um caso para chamar de nosso nesse contexto… Falamos da epidemia das fake news e fizemos uma terceira edição do Diálogos Abertos justamente sobre isso. Também citamos as primeiras preocupações com aplicações indevidas da tecnologia de reconhecimento facial e novamente, Google x Ética. No BaixaCultura, fizemos uma “reportagem work-in-progress” (ou seja, sempre em construção) sobre as redes livres, trouxemos um relato do ESOCITE (Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología) em Santiago do Chile e falamos de como o RSS pode ser usado para fugir dos algoritmos nada transparentes que selecionam as informações para nós nas redes sociais. Você pode ler tudo mais que informamos em agosto nas edições #10 e #11, com destaques para os vetos da nossa LGPD (ainda não derrubados, pois é), a culpa do zero rating na propagação das fake news e o lançamento do Fato jurídico da quinzena.

Setembro (14 e 27)

Na seara dos direitos digitais, em setembro tivemos duas notícias importantes vindas da Europa: a condenação do serviço de inteligência britânico GCHQ pelo programa de vigilância em massa das comunicações, prática revelada lá em 2013 por Snowden. E a aprovação, pelo Parlamento Europeu, do projeto de lei de direitos autorais chamado de “Copyright Directive”, que, se posto em prática, criará um cenário de restrição pesado de liberdade de expressão no Velho Continente, o que certamente respingará por aqui. Detalhamos ambas notícias na nossa edição #12, enquanto que na seguinte destacamos o aniversário (10 anos!) do BaixaCultura, apresentamos o Diálogos Abertos #4 com um bate-papo e uma apresentação de ferramentas para acessar uma internet livre e segura e comentamos sobre o perigoso projeto Dragonfly, um mecanismo de pesquisa feito pela Google sob medida para a China, com a censura já colocada desde o princípio. O projeto foi cancelado agora em dezembro, se tornando um ótimo exemplo de como ações de oposição às grandes corporações as vezes funcionam.

Outubro (11 e 25)

Em plena eleições brasileiras, nos perguntamos: como os bots arruinaram o click ativismo? Enxurrada de bots, perfis falsos de redes sociais, envio ilegal de mensagens de WhatsApp… as edições de outubro – a #14 e a #15 – trouxeram uma seleção de informações e comentários que foram influenciados pela batalha eleitoral que tivemos neste 2018. Mas não só: falamos também da possibilidade de criminalização da criptografia, trouxemos uma agenda só de eventos de tecnologia voltado para mulheres, via Ada.vc; no BaixaCultura, trouxemos um longo e importante texto de como pesquisar anonimamente com o melhor e mais seguro buscador na rede, DuckDuckGo, enquanto que realizamos, como co-organizadores ao lado da Data Privacy Brasil e da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), o Workshop Lei de Proteção de Dados Pessoais, em Porto Alegre.

Novembro  (8 e 22)

Se antes das eleições brasileiras já falávamos em distopia, depois, com a eleição de Jair Bolsonaro como presidente no Brasil e um congresso tomado pela bancada BBB (bala, boi e Bíblia) e outros péssimos governantes como deputados e governadores, aí a distopia virou mesmo realidade. Retomamos, tanto na #16 quanto na edição #17, a questão da dependência tecnológica que ameaça a democracia, assim como voltamos (ou melhor: nunca paramos de) a falar do Facebook, que agora passou a vender nossas mensagens privadas por 10 centavos. Também falamos de coisas boas: o Encontro de Cultura Livre do Sul, que reuniu cerca de 200 pessoas de toda a ibero-américa em 3 dias intensos de debates, rodas de conversa, exposições em videoconferências na rede que já estão todas disponíveis no link acima. E do(s) lançamento(s) do novo zine do BaixaCultura, “A Ideologia Californiana”, de Richard Barbrook e Andy Cameron, primeiro volume da coleção Tecnopolítica, editada em parceria com a Monstro dos Mares.

Dezembro (7)

Começamos o último mês do ano, este que ainda estamos enquanto você recebe esse boletim de informações por e-mail, um pouco cansados de tudo que passou nesse intenso 2018. Mas não deixamos de trazer notícias e análises importantes, como uma excelente matéria no El País que se pergunta: ainda é possível resgatar a essência da web como espaço aberto e neutro? Nela,  são apresentados o que alguns pioneiros (Tim Berners-Lee, Jaron Lanier, Douglas Rushkoff) tem trabalhado em projetos que buscam um retorno à essência da web como espaço aberto, gratuito, neutro, seguro e construído por todos. Na edição #18, falamos também das criptofestas que ocorreram no final do ano, em especial a CripTRA, em Maquiné-RS, que participamos com algumas rodas de debate sobre mídia, privacidade, criptografia e articulação de uma rede de apoio para a segurança na internet aqui no Sul.

O top10 das palavras mais utilizadas nas newsletter desse ano:
Dado: 341; Rede: 240; Internet: 237; Livre: 203; Lei: 199; Direito: 183; Ser: 175; Projeto: 171; Tecnologia: 169; Empresa: 165.
Essas palavras dizem algo para você? Talvez não muito, mas é interessante e divertido de “resumir” nossos textos em algumas palavras mais usadas.

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Encontro de Cultura Livre do Sul – todos os vídeos y relatos https://baixacultura.org/2018/11/30/encontro-de-cultura-livre-do-sul-todos-os-videos-y-relatos/ https://baixacultura.org/2018/11/30/encontro-de-cultura-livre-do-sul-todos-os-videos-y-relatos/#respond Fri, 30 Nov 2018 16:04:33 +0000 https://baixacultura.org/?p=12649

Terminou o Encontro de Cultura Livre do Sul. Ou só começou: as redes estão formadas, resta nos unir e manter por perto para enfrentar o que vem por aí. O debate continua em nosso grupo em Investigación Social e nas redes, o mapeo em Civics, a curadoria de produtos culturais livres em Ediciones de La Terraza e os relatos de cada uma das mesas será publicado até o dia 7/12 – vamos organizando os links por aqui assim que publicados.

Também estamos trabalhando nos desdobramentos do evento em um texto-manifesto que, por hora, está em rascunho, aberto para acreścimos, edições e assinaturas – individual ou de forma coletiva. São boas novidades em prol de uma continuidade do trabalho tão importante e que julgamos necessário: articular e conectar a cultura livre desde o sul global.

Acá abaixo estão todos os vídeos das 6 mesas do evento, da abertura e da pré-abertura com o lançamento da coletânea impressa da revista Pillku.

Presentación de la edición impresa de la revista “Pillku, amantes de la libertad”, en el marco del primer Encuentro Online de Cultura Libre. Se puede descargar en versión PDF en este enlace.  Participaram Anita Almada, Estrella Soria (MEX), Jorge Gemetto (URU) y San Hoerth (HON)

Abertura do encontro com os organizadores e coordenadores das mesas: Barbi Couto (Argentina), Bia Martins (BRA), Dani Cotillas (ES), Jorge Gemetto (UY), Leonardo Foletto (BRA) e Mariana Fossati (URU).

Mesa 1, Políticas públicas e reformas legais.
Participaram: María Juliana Soto y Lucía Camacho (COL), Diego Morales (ECU), Mariangela Petrizzo (VEN), Esteban Magnani (ARG), Daniel Cordones (URU), moderação de Jorge Gemetto (URU).

Mesa 2, Digitalização de acervos e acesso ao patrimônio cultural.
Participaram Fabs Balvedi (BRA), Gabriela Riera (ARG), Patrícia Peñafiel (EQU) e Pedro Jatobá BRA), com moderação de Carlos Lunna (BRA). Leia o relato da mesa, por Carlos Lunna.

Mesa 3, Laboratórios, hackerspaces e outros espaços de comunidades locais.
Participaram: Esaú Acosta (ES), HackLab Feminista La Chinampa + Insubordinadas (MEX), Karina Menezes (BRA), Carlos Diego (BRA), Illa_bekka (ARG-ES), moderação de Bia Martins (BRA) e Dani Cotillas (ES).

Mesa 4, Redes Internacionais. Como nos inserimos em um movimento global.
Participaram Constanza Belén Verón (ARG),  Juliana Guerra (MEX), Leonardo Sehn (BRA), Marcela Basch (ARG) e Rodrigo Savazoni (BRA), mediação de Leonardo Foletto e Janaína Spode (BRA).

Mesa 5, Produção cultural livre.
Participaram Gonzalo Miranda (ARG), Alex Appella (ARG), Andrés Bracony (ARG), Virginia Barré (ARG) e Salvador García (URU). Mediação de Barbi Couto (ARG).

Mesa 6, Educação Aberta e cultura livre.
Partiparam Fernando Daguano (BRA/CHI), Marianicer Figueroa (VEN), Jorge David García (MEX), Walter Lippold (BRA), Inés Martino y Fabricio Caiazza (ARG) e Sergio Rubio-Pizzorno (MEX). Mediação de Mariana Fossati (URU).

 

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BaixaCultura 10 anos – História Aberta https://baixacultura.org/2018/09/24/baixacultura-10-anos-historia-aberta/ https://baixacultura.org/2018/09/24/baixacultura-10-anos-historia-aberta/#comments Mon, 24 Sep 2018 22:40:24 +0000 https://baixacultura.org/?p=12555

“A lógica industrial da cultura [dominante ao longo do século 20] se baseia num esquema feroz de controle autoral (o copyright), mais ou menos feroz a depender do volume de grana envolvido. Quando a tecnologia digital torna impossível esse controle, e aos lucros cada vez menores da indústria se equipara uma produção cultural descentralizada, diversificada e auto-gerenciada; quando a reação da indústria é uma dispendiosa campanha “contra a pirataria” por vezes redundando em leis ignorantes, é aí que é possível perceber: a sociedade é a grande concorrente da indústria.

Na produção cinematográfica nigeriana, ou na contra-indústria tecnobrega de Belém do Pará, ou no trabalho criativo e criminoso [viva!] do dj Danger Mouse, ou em centenas de experiências que o BaixaCultura pretende cobrir, o que está em jogo é um tipo de organização que segundo os critérios de avaliação das velhas leis e dos homens-de-preto da indústria já nasceu pirata, e o incrível apego que esses mesmos homens nutrem por um modelo de indústria que existe há apenas um século, contra um monte de outros séculos de produção artística.”

Assim começávamos o BaixaCultura, em setembro de 2008, então como um blog, tocado por Leonardo e Reuben da Cunha Rocha. 10 anos e muita coisa depois, cá estamos, vivo, como uma laboratório online de cultura livre, ainda com textos, ensaios e reportagens, mas também com oficinas, cursos, zines/livros, ciclos de filmes (copy, right?) e uma tentativa de buscar sustentabilidade através do financiamento recorrente. Dá pra dizer: resistimos.

Na era em que tudo é registrado, onde parece tão fácil documentar, muito tem se perdido. Um paradoxo, ainda mais visível e paradoxal nos projetos, pessoas e instituições de cultura livre, remix, artivismo, hackers, contracultura, software livre, etc. Com alguma dose de sem-noçãozisse e outra de teimosia, cá estamos como um dos poucos projetos vivos que ainda documenta, (in)forma e produz cultura livre (e contra) cultura digital nesse distópico 2018. Celebremos?


Pois sim, vamos celebrar! De um jeito tímido e pequeno, porque é o possível do momento. Para isso vamos fazer dessa semana, a última de setembro de 2018, dias atípicos de resgate da memória e de celebração da existência. A partir da ideia de Sheila Uberti, nossa parceira de muitos projetos, organizamos três frentes:

_ HISTÓRIA ABERTA: ao longo da semana, todos os dias destacaremos em nossas redes alguns dos 480 (!) posts produzidos desde 2008, sob a hashtag #baixacultura10anos. É uma forma de revisitar estes textos, dá-los a conhecer por algumas pessoas que não os conhecem e, também, compartilhar uma memória da cultura livre e (contra) cultura digital ao longo destes últimos 10 anos de intensas transformações no mundo digital.

_ HISTÓRIA COLETIVA: Queremos também convidar vocês – leitor@s, alun@s, apoiador@s, colaborador@s, simpatizantes – a compartilhar algum momento, texto, depoimento, imagem, declaração de amor ou ódio, sobre a cultura livre destes últimos 10 anos, ligados ou não ao baixacultura. Quem usar a hashtag #baixacultura10anos no twitter/facebook/instagram e outra redes vai nos ajudar a agregar depois o conteúdo em uma página e mostrar todas as postagens na…

_ PEQUEÑA JUNÇÃO BAIXACULTURAL: sexta-feira, dia 28/9, às 18h, vamos fazer uma celebraçãozinha desses 10 ano numa videoconferência transmitida no nosso canal do YouTube, mostrando os momentos compartilhados pela tag #baixacultura10anos, tocando músicas livres, falando um pouco da cultura digital brasileira, da ressaca da internet, com alguns convidad@s presenciais em carbono (num lugar de Porto Alegre que logo anunciamos) e em silício (de outros lugares do Brasil e mundo, online). Tod@s estão convidados a participar, seja vindo no local, papear, tomar uma cerveja conosco e participar da transmissão, ou online, perguntando no chat ou entrando ao vivo para dar um salve & comentar algo. Nos próximos dias te passamos as coordenadas. Salve data/hora: 28/9, 18h em diante.

UPDATE: local presencial confirmado: Jardin’s do Chopp, gastrobar da cidade baixa com pizzas (veganas/vegetarianas e com carne) excelentes e as maravilhosas Cervejas Babilônia, uma das melhores artesanais do Estado (a Helles com Butiá e a Oatmeal Stout são imbatíveis), a preço justo. A partir das 18h30.

O vídeo ficará, como sempre, disponível aqui abaixo. Na íntegra, depois vamos editar melhor. Adelante!

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O TOR e a resistência a distopia da vigilância https://baixacultura.org/2018/05/10/o-tor-e-a-resistencia-a-distopia-da-vigilancia/ https://baixacultura.org/2018/05/10/o-tor-e-a-resistencia-a-distopia-da-vigilancia/#comments Thu, 10 May 2018 16:03:19 +0000 https://baixacultura.org/?p=12418

 

Isabela Bagueros, que logo assume como Diretora executiva do TOR (sua foto já está no blog do projeto), fez uma fala potente na abertura da #CryptoRave2018 lotada, ao ar livre, no deck da Cinemateca Brasileira. Afirmou que as empresas de tecnologia tomaram a internet e fazem do nosso comportamento uma commodity, abusando de práticas no mínimo controversas, como bloquear acessos a serviços para forçar a criação de novas contas, compartilhar (e não vazar, como alega o Facebook) dados dos usuários com terceiros sem avisar, fazer os termos de serviço escrito naquelas letrinhas miúdas que raramente se lê… Ela defende que o modelo de negócio da internet baseado na comercialização dos nossos dados de uso tem que mudar. “Não podemos mais aceitar a comercialização abusiva dos nossos dados. A privacidade tem que ser padrão, não exceção”, disse, no que nós concordamos, embora saibamos também que essa é uma batalha MUITO difícil e que estamos no centro dela neste momento.

O TOR, é claro, é um elemento central nessa batalha por privacidade na rede. Isabela fez uma apresentação geral da ferramenta (o vídeo abaixo desenha como ele funciona), que tem 63 mil servidores (voluntários) espalhados pelo mundo e uma estimativa de 2 milhões de usuários, e falou do ecossistema por trás do software: uma ONG, que tem cerca de 30 pessoas trabalhando remuneradas, o conselho administrativo, os voluntários e os contribuidores – o Tor é um software livre, portanto é possível contribuir para seu aprimorar seu código ou mesmo detectar falhas de segurança. Afirmou que a forma de financiamento do TOR é baseada em doações, sendo menos da metade de governos (EUA, Suécia, Alemanha), e a outra parte vem de fundações (Mozilla, por exemplo), empresas privadas e pessoas de todos os lugares do mundo.

Os serviços Onion – sites que só podem ser acessados pelo TOR e compõe boa parte do que as pessoas chamam de “Deep Web” – também foram tema da keynote, Aliás, sobre isso Isabela deu uma declaração que, se houvesse jornalistas da mídia tradicional na Cryptorave, seria muito problematizada: “Não existe deep web ou dark web, isso é invenção da mídia. Na verdade a chamada deep web são os serviços onion, que permitem distribuição de conteúdos de forma anônima, o que é importante na nossa sociedade”.

Um dos focos do TOR hoje, e que vai ser uma das pautas tocadas por Isabela na Diretoria Executiva da organização, é a diversidade. “Precisamos ter servidores rodando em vários lugares, de diversos tipos, pessoas diversas, sistemas operacionais diversos. Isso fortalece a rede”, afirmou ela. Quanto mais pessoas e computadores diversos usarem TOR, menos a possibilidade de você ser o único da sua rua-bairro-cidade a usar o Tor para navegar anonimamente na rede – e talvez ser discriminado e perseguido por isso. Aliás, se o Tor é censurado em algum país, entre neste site e você tem todas as informações para continuar navegando anonimamente.

Outro foco é OONI, um aplicativo que que ajuda a detectar censura e vigilância na internet de vários lugares do mundo. Você executa o app e tem acessos a uma série de dados sobre os sites que são bloqueados e em que lugares, além de detectar a velocidade da rede que você acessa, entre outras funções ainda em desenvolvimento. Já dá pra baixar na Play Store e na F-Droid (a loja de aplicativos livres).

Assista a íntegra da palestra de Isabela no canal da TV Drone no Youtube:

_ O Coletivo Encripta, um dos co-organizadores da CryptoRave, fez um excelente tutorial em português chamado “Conhecendo e Desmistificando o Tor“.
_ Confira as matérias na MotherBoard, da Vice, que tratam do TOR ou de algum assunto que ele é relacionado.

 

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Diálogos Abertos #1: O Caso facebook https://baixacultura.org/2018/05/01/dialogos-abertos-1-o-caso-facebook-por-que-devemos-nos-preocupar-com-isso/ https://baixacultura.org/2018/05/01/dialogos-abertos-1-o-caso-facebook-por-que-devemos-nos-preocupar-com-isso/#comments Tue, 01 May 2018 14:46:45 +0000 https://baixacultura.org/?p=12398

Junto com o Hackerspace Matehackers e a Casa da Cultura Digital Porto Alegre, começamos na última quinta-feira, 26 de abril,  uma série de debates sobre temas ligados à cultura digital, tecnopolítica, direitos digitais, cultura livre, ética hacker e outros do nosso cotidiano digital. Nosso intuito foi, e continuará sendo com os próximos, dissecar esses temas num momento em que a internet que conhecemos está acabando, e que novas “internets” estão sendo construídas, num campo em ferrenha disputa que acontece hoje.

O primeiro assunto dos Diálogos Abertos não poderia deixar de ser o recente caso envolvendo o Facebook, que supostamente vazou (compartilhou, melhor dizendo) dados de cerca de 87 milhões de pessoas para a empresa de marketing político Cambridge Analytica por meio de testes de personalidade. A situação levou o criador da rede social, Mark Zuckerberg, a defender sua empresa no Congresso dos Estados Unidos e despertou um sonoro “eu já sabia” nos meios do ciberativismo de proteção de dados e antivigilante, além de queda do valor das ações da empresa na Bolsa de Valores e alterações na política de proteção de dados da rede social, que vão afetar os mais de 1 bilhão de pessoas com perfis no Facebook.

A conversa realizada no miolo do Vila Flores, condomínio cultural criativo que abriga o Matehackers, girou em torno desse e outros temas correlatos, e teve a condução de Janaína Spode, integrante da CCD POA, produtora cultural e ciberativista nas lutas pelos avanços políticos para reforçar os Direitos Humanos no mundo digital;  Fabricio Solagna, doutorando em sociologia pela UFRGS com pesquisa focada em governança da Internet e Marco Civil na Internet e que já realizou projetos de participação digital no governo do RS e na presidência da República; e Leonardo Feltrin Foletto, doutor em comunicação pela UFRGS, integrante do Matehackers, da CCD POA e editor desta página.

Diálogos Abertos marcou também o lançamento da Newsletter quinzenal CCD POA + BaixaCultura (inscrição e todas as infos aqui), e da campanha de financiamento contínuo do BaixaCultura no Apoia.se. Teve a presença de cerca de 20 pessoas e outras tantas online, na transmissão que fizemos no YouTube e que está disponível aqui abaixo. As fotos são de Sheila Uberti. A 2º edição será realizada em maio.

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Uma newsletter quinzenal https://baixacultura.org/2018/04/17/agora-temos-uma-newsletter-quinzenal/ https://baixacultura.org/2018/04/17/agora-temos-uma-newsletter-quinzenal/#comments Tue, 17 Apr 2018 14:58:35 +0000 https://baixacultura.org/?p=12370

Nos reunimos com a CCD POA para organizar, embasar e ir mais fundo nas informações que todos os dias postamos nas nossas redes sociais e plataformas como este site. Daí nasceu a nossa Newsletter em conjunto, para informar e debater temas como tecnopolítica, direitos digitais, privacidade, cultura livre, remix e (contra) cultura digital – e também informar as atividades que realizamos por aí e organizar uma agenda de eventos nessas áreas. Mais uma newsletter, vocẽ pode pensar: e é, sim, mais uma newsletter, e ao mesmo tempo não é: nosso objetivo é trazer um conteúdo diverso, aprofundado, olhando para o que acontece no presente e sobre as transformações que a internet está passando e nos fazendo passar enquanto sociedades. Mas também queremos olhar para trás, para lembrar de textos, fatos e histórias que nos ajudam a entender esse frenético cotidiano de hoje, por isso em todos os envios vamos resgatar algum texto ou acontecimento passado que, no mar de informações compartilhadas todos os dias, acaba por se perder.

Se inscreva a nos acompanhe! O 1º envio é nessa quinta, 19/4, e os próximos serão sempre às quintas, a cada 2 semanas, salvo em ocasiões especiais.

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Lançamento da campanha de financiamento & continuidade https://baixacultura.org/2018/04/13/lancamento-da-campanha-de-financiamento-continuidade-do-baixacultura/ https://baixacultura.org/2018/04/13/lancamento-da-campanha-de-financiamento-continuidade-do-baixacultura/#respond Fri, 13 Apr 2018 19:29:58 +0000 https://baixacultura.org/?p=12352

O cansaço já havia decidido por mim faz alguns meses: 15 de setembro de 2018 seria a data de morte do BaixaCultura. É o dia também de aniversário de 10 anos, idade simbólica para um projeto que nasceu quando as redes sociais eram menores e a internet era outra, mais livre, menos distópica. Estava escolhendo alguns dos textos mais representativos nessa década para organizar um livro de despedida, uma espécie de coletânea do que passou pelos nossos radares, dos debates esperançosos sobre a necessária reforma nas leis de direito autoral nos idos de 2009 às máquinas de vigilância disfarçadas de redes sociais como este Facebook, passando por muitos (mesmo) outros temas que passaram por nossas páginas.

Comentei com algumas pessoas desse desejo e ouvi algumas respostas que diziam: “mas agora que tem 10 anos vai acabar?”. De fato, existem poucos projetos vivos que documentam e produz cultura livre (e contra) cultura digital. Na era em que tudo é registrado, onde parece tão fácil documentar, muito tem se perdido. Um paradoxo, ainda mais visível e paradoxal no mundo onde me movo, dos projetos, pessoas e instituições de cultura livre, remix, artivismo, hackers, contracultura, software livre, etc.

Comecei a pensar: e se o BaixaCultura continuar? Diferente, mais ativo e frequente, como resistência mesmo, num mundo (e especialmente neste Brasil de 2018) cada vez mais difícil de resistir. Como poderia encarar o desafio da sustentabilidade fazendo, vá lá, um jornalismo tão artesanal, por muitas vezes lento, um laboratório de produção de conteúdo, experimentação e formação em cultura livre, independente de publicidade e com a parceria de muitxs?
Uma tentativa de responder as perguntas acima está na campanha de financiamento recorrente que começamos nesta semana. Apoiar o BaixaCultura no APOIA.se é acreditar na cultura livre, no conhecimento aberto, e dar um crédito todo mês para que nós continuemos fazendo (e qualificando) nosso trabalho nessas áreas. São várias opções de apoio, começando por R$5, e você escolhe de acordo com as suas possibilidades de colaboração. Nossas metas estão detalhadas de forma transparente, para que todxs saibam o quanto precisamos mensalmente para fazer o BaixaCultura. E tem recompensas também, de zines a newsletter, de surpresas (impressas!) a encontros presenciais, oficinas e cursos.
Chega mais, veja o vídeo, leia o texto, se quiser/puder/achar importante apoie, se não ajude a espalhar. Recorrente é maratona e não 100m rasos, então a questão ainda segue. https://apoia.se/baixacultura
Leonardo Foletto, editor

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Colaboração, espaços urbanos e produção cultural em charla https://baixacultura.org/2017/12/18/colaboracao-espacos-urbanos-e-producao-cultural-em-charla/ https://baixacultura.org/2017/12/18/colaboracao-espacos-urbanos-e-producao-cultural-em-charla/#respond Mon, 18 Dec 2017 19:49:20 +0000 https://baixacultura.org/?p=12098

Novamente o Vila Flores, desta vez o espaço conhecido como “Miolo”, foi o cenário da BaixaCharla #4. A convidada desta edição foi Aline Bueno, comunicadora social e gestora cultural, atualmente no Mestrado em Design Estratégico da Unisinos, onde faz parte do SeedingLab – Laboratório de Design estratégico para a inovação cultural e social da Unisino.

Se o Vila abriga (ou abrigou) diversos projetos interessantes, Aline também tem os seus: já fez parte do PortoAlegre.cc, projeto pioneiro de wikicidade criado em 2011 que acabou por impulsionar diversos outros, como a Serenata Iluminada, até hoje uma bela celebração aos espaços públicos de Porto Alegre que ocupa o Parque da Redenção em noites periódicas com cerveja artesanal, bandas diversas, comidas veganas, muita gente e uma auto organização interessante de ver.

Também da Casa da Cultura Digital Porto Alegre, coletivo de cultura digital formado em 2012 que realizou diversas atividades de formação e divulgação da cultura livre, de início na Casa de Cultura Mário Quintana, centro de Porto Alegre, depois em diversas cidades no interior do RS. Do Projeto Vizinhança, ação que busca ativar espaços ociosos da cidade, públicos e privados, e que desde 2012, através da ação coletiva, já transformou 11 lugares em palco de novas experiências, estimulando a convivência entre vizinhos, a troca e a aprendizagem em um ambiente lúdico, criativo e informal.

Entre outros projetos que Aline articulou e/ou fez parte, o Vila Flores, e Associação Cultural do Vila Flores criada para gerir o espaço, foi um dos temas debatidos na charla. Passeamos um pouco sobre alguns temas em comum que os projetos de Aline trouxeram, como a colaboração, a cultura digital, o espaço urbano, a gestão/produção cultural, o que rendeu histórias de breves utopias, realizáveis ou não; da própria CCD POA, espaço onde eu (Leonardo) e Aline nos encontramos e trabalhamos juntos por alguns anos, e do ColaborAmerica 2017, evento que nossa convidada participou no final de semana anterior à conversa no Rio de Janeiro (23 a 25 de novembro de 2017). As fotos da charla são de Sheila Uberti; depois do vídeo são dos projetos citados por Aline e, por fim, algumas que ela mesmo fez do ColaborAmerica no Rio.

P.s: nosso áudio da webcam esteve com problemas, então gravamos o sim via celular, que não está 100% sincronizado com a imagem, o que, cremos, não prejudica assistir/ouvir o vídeo.

 

Vila Flores

Projeto Vizinhança

Projeto Vizinhança & Café na Calçada

Projeto Vizinhança

1º edição do Cineclube CCD Poa, com a participação do coletivo Escuta o Som do Compositor

ColaboraAmerica

José Pacheco, educador português criador da Escola da Ponte, no ColaboraAmerica2017

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III Encontro SUL da Rede de Produtoras Culturais Colaborativas https://baixacultura.org/2017/10/02/iii-encontro-sul-da-rede-de-produtoras-culturais-colaborativas/ https://baixacultura.org/2017/10/02/iii-encontro-sul-da-rede-de-produtoras-culturais-colaborativas/#comments Mon, 02 Oct 2017 13:31:04 +0000 https://baixacultura.org/?p=12029

Pelo terceiro ano consecutivo, as produtoras culturais colaborativas da região sul vão realizar seu encontro anual em Porto Alegre e região metropolitana. O III Encontro Regional SUL da Rede das Produtoras Culturais Colaborativas contará com debates, oficinas, install fest de software livre, roteiro pelos espaços coletivos de produção cultural de Porto Alegre e atrações culturais, com a participação das produtoras colaborativas da região Sul, representantes das produtoras das regiões Norte e Nordeste do Brasil e parceiros locais que trabalham com produção cultural, software livre e economia solidária. O evento vai de 4 a 7 de outubro (quarta-feira à sábado) em Porto Alegre, no Espaço Cultural 512 (Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa) e na Unisinos Campus Porto Alegre (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1640, sala 307) e em Novo Hamburgo, no Espaço Sideral e na Casa Aberta Clube da Esquina (Rua Casimiro de Abreu, 272/251)

A edição deste ano do encontro tem o reconhecimento e apoio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, através do edital Cultura e Redes, realizado em 2015, cujos recursos foram liberados somente este ano. As inscrições para todas as atividades são gratuitas e podem ser realizadas aqui.

A programação completa está abaixo. Todes estão convidados a cdiscutir/praticar/conhecer a tecnologia social das produtoras colaborativas, economia solidária, gestão de espaços coletivos de produção, tecnologias livres, criptomoedas, redes livres, comunicação alternativa e outros temas que vão ser debatidos nos dias de evento.

Programação completa
Evento Facebook

PROGRAMAÇÃO

1º DIA – 4 de outubro (quarta)
LOCAL: Recepção/ almoço/atividades – Espaço Cultural 512 (Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa, Porto Alegre – RS)

14h – Abertura
RODAS DE CONVERSA
15h – Como a web 3.0 pode ser um mutirão para fazer a inteligência coletiva emergir? Daniel Muller (ASL)
16h – Permacultura digital: intertextualizando a cultura da permanência. Fabianne Balvedi (PR), Pedro Jatobá (BA) e Leandro Atlas (RS)
17h – O Corais 20 tá chegando!: apresentação da nova versão da plataforma de gestão da Rede das Produtoras Culturais Colaborativas, Cooperativa EITA
19h – Install Fest – Oscar Luz e Associação do Software Livre (ASL)
19h – CINELIVRE: exibição de filmes produzidos em software livre e/ou distribuído em licenças livres. (Curadoria: Cláudia Archer)
20h30 – O Futuro do Software Livre no Brasil (Associação do Software Livre – ASL)
21h – Quarta Livre no 512
Shows: Mosaico Fluido, Áurea Vênus, Andrei Côrrea (vocalista/guitarrista da banda Trem Imperial) e convidado surpresa. Nos intervalos do show, DJ Virgulinux vai tocar suas seletas musicais nordestinas montadas só com músicas livres para baixar e de domínio público disponíveis na internet.

2º DIA – 5 de outubro (quinta-feira)
LOCAL: Unisinos Porto Alegre (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1640, sala 307)

Seminário do III Encontro SUL das Produtoras Colaborativas
10h – Abertura. Mesa 1: As produtoras colaborativas e os arranjos locais de produção econômica
Tempos de “crise” são tempos de união e de criar novas (ou recriar velhas) formas de produção. Também são períodos para se buscar bons exemplos e soluções de viabilidade financeira que sejam, de fato, colaborativas. Como a tecnologia social das Produtoras Culturais Colaborativas pode contribuir para este cenário? Como a economia solidária pode dialogar com a economia colaborativa na produção de alternativas viáveis financeiramente e socialmente justas? Quais os principais desafios para quem quer sobreviver produzindo uma cultura livre, colaborativa e economicamente sustentável? Como, nas brechas da crise, detectar e potencializar arranjos locais de produção cultural livre? Estas e outras questões serão discutidas nessa mesa de abertura do Seminário do III Encontro SUL de Produtoras Culturais Colaborativas.
_ Pedro Jatobá (Iteia/Rede das Produtoras Colaborativas)
_ Aline Bueno (mestranda em design estratégico na Unisinos, integrante do SeedingLab e do Vila Flores);
_ Ana Mercedez Sarria Icasa (Núcleo de Estudos de Gestão Alternativa- NEGA, UFRGS);
_ Joel Grigolo (Matehackers/MachinariumLAB);
_ Leandro Anton (fotógrafo, Geógrafo e Educador Popular, integrante da Coordenação do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo);

14h – Crise capitalista atual e possibilidade de um pós-capitalismo: o papel da democratização da cultura via militantes digitais
Gláucia Campregher (Professora do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFRGS) e Rodrigo Brites (discente de Relacões Internacionais da UFRGS e pesquisador da internet como ferramenta de poder). A proposta da discussão é alertar para o alcance da cultura digital, principalmente aquela voltada para o desenvolvimento de práticas colaborativas, na proposição de alternativas à crise atual que aponta para maior concentração de riqueza, poder, e controle das produções materiais e imateriais, mesmo que ao mesmo tempo estas novas tecnologias permitam também alguma democratização na sua produção e consumo.

16h – Mesa 3: Comunicação e cultura livre em tempos bicudos
Virou consenso dizer que o jornalismo brasileiro vive um “apagão” nos últimos anos, a partir do acirramento político que se deu em torno das Jornadas de Junho de 2013 e das eleições presidenciais de 2014. Ao mesmo tempo que o dito jornalismo tradicional está em crise,  é visível a expansão de coletivos de comunicação e jornalismo “contra-hegêmonico” pelo Brasil, que buscam construir narrativas sobre os acontecimentos de pontos de vista que não os tradicionalmente mostrados na mídia tradicional. De que formas estes coletivos conversam com o software e a cultura livre? Como produzir comunicação e jornalismo em tempos bicudos, de acirramento de lados que não dialogam? Como fugir da polarização e produzir informação qualificada sobre os acontecimentos hoje no Brasil? Essas e outras questões vão pontuar o debate com diversos integrantes de coletivos de comunicação do RS e SC.
_ Agência Ganesha (Florianópolis, SC)
_ Nonada Jornalismo Travessia (POA-RS)
_ Coletivo Catarse (Porto Alegre – RS)
_ Coletivo Maruim – Florianópolis, SC

Mediação: Leonardo Foletto (https://baixacultura.org/, doutor em comunicação e informação pela UFRGS)

3º DIA – 6 de outubro (sexta)

10h – Oficina Laboratório Fotodoc online com ferramentas livres (Sheila Uberti – http://fotolivre.org)
Atividade de apresentação e prática guiada sobre as possibilidades de publicar online a documentação fotográfica de projetos culturais. Falaremos sobre licenças, softwares, integração de ferramentas, atualização e manutenção dos conteúdos. Não é necessário conhecimento de nenhuma linguagem de programação ou de edição de imagens avançada.

LOCAL: Espaço Cultural 512 (Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa, Porto Alegre – RS)

14h – Passeio pelos Espaços coletivos de produção cultural em Porto Alegre (conhecidas também como “Casas Colaborativas”).
A proposta da atividade é conhecer os espaços e compartilhar informações sobre as atividades realizadas, as formas de gestão e de troca de informação entre os participantes.
Quilombo do Sopapo
Marquise51
Galpão Makers
Vila Flores – encerramento com roda de conversa sobre a reconfiguração das Casas Colaborativas

4º DIA – 7 de outubro (sábado)

15h -A tecnologia blockchain (Bitcoin¢) e seus impactos socioeconômicos (Lucas Alberto – ASL e convidados)
16h – Internet(s) possíveis para a cultura livre. Roda de conversa (Casa de Cultura Digital Porto Alegre)
17h – Redes Livres e/ou Provedores Comunitários no Brasil e mundo (Rodrigo Troian, Coolab – laboratório cooperativo de redes livres)

Local: Espaço Cultural 512 (Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa – Porto Alegre).

Festa de Encerramento

19h – Festa da Cultura Livre: Junção Primavera Cultural Novo Hamburgo  – Lúpulo Jah e Outro Mundo Acontece: Kalunga Quilombola (POA) e Expo Arte,

Local: Espaço Sideral (Rua Casemiro de Abreu, 272, Novo Hamburgo) e Casa Aberta Clube da Esquina (Rua Casemiro de Abreu, 251), uma na frente da outra.

SOBRE AS PRODUTORAS CULTURAIS COLABORATIVAS

As Produtoras Culturais Colaborativas (http://www.corais.org/colabor ativas) são uma tecnologia social que integra práticas formativas em software livre, metodologias de inclusão digital e produção cultural comunitária orientadas pelos princípios da economia solidária. São iniciativas de desenvolvimento local realizadas em telecentros onde jovens, produtores e gestores culturais, empreendedores e artistas, participam da gestão do espaço e do processo formativo, criando e comercializando produtos e serviços da economia criativa em software e licenças livres e de forma autogestionária. A tecnologia social qualifica espaços de inclusão digital em laboratórios de educação em cultura livre, contribuindo para o registro de suas comunidades. Existem pontos da rede em Recife e Olinda (PE), Belém e Santarém (PA), Porto Alegre e Novo Hamburgo (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Salvador e Chapada Diamantina (BA).

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