Ártica Online – BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Thu, 29 Aug 2024 22:52:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 https://baixacultura.org/wp-content/uploads/2022/09/cropped-adesivo1-32x32.jpeg Ártica Online – BaixaCultura https://baixacultura.org 32 32 Cultura livre como liberdade positiva https://baixacultura.org/2024/08/29/cultura-livre-como-liberdade-positiva/ https://baixacultura.org/2024/08/29/cultura-livre-como-liberdade-positiva/#comments Thu, 29 Aug 2024 22:52:29 +0000 https://baixacultura.org/?p=15712 Traduzimos um texto que nos convida a refletir sobre um tema sempre importante por aqui: a cultura livre. Foi publicado em maio de 2024 por Mariana Fossati, socióloga uruguaia e ativista da cultura livre, parte do Ártica Online, parceiro deste espaço já há muitos anos. Ao final, fiz alguns comentários a respeito de pontos do texto, como a insuficiência do acesso à informação e aos bens culturais para garantir que todos os indivíduos e coletivos possam participar livre e igualmente na vida cultural; e a necessidade de uma política do cuidado dentro das comunidades e movimentos da cultura livre.

 

CULTURA LIVRE COMO LIBERDADE POSITIVA

 

Por Mariana Fossati, em Ártica Cultural
Tradução e adaptação: Leonardo Foletto

 

Como definimos liberdade quando falamos de cultura livre? Há algum tempo, escrevi que a cultura livre não é apenas uma filosofia, expressa em práticas concretas através das quais tornamos as nossas obras livres quando as compartilhamos. A cultura livre se expressa não só na ética de “compartilhar é bom”, mas também, de modo concreto, nas licenças que utilizamos, onde e como compartilhamos – e também no apoio a reformas progressivas dos direitos de autor. Gostaria agora de voltar à dimensão filosófica da liberdade na cultura livre, com a intenção de clarificar para que é que fazemos cultura livre e porque é que a defendemos.

Muitas vezes, ao longo da minha militância neste tema, senti que falo de uma coisa quando falo de cultura livre, enquanto os críticos falam de outra. Sobretudo os críticos “de esquerda” acusam aqueles que defendem a cultura livre de serem liberais, ou associam “cultura livre” a “mercado livre”. Durante muito tempo ri destas associações grosseiras, mas sinto que hoje, mais do que nunca, e sobretudo no conceito de cultura livre, a noção de liberdade deve ser reapropriada pelos movimentos de defesa dos direitos, para nos diferenciarmos claramente dos movimentos de direita autodenominados “libertários”.

Num artigo crítico aos libertários em seu blog, Rolando Astarita, [conhecido professor de economia argentino, estudioso do marxismo] fala da diferença entre liberdade negativa e liberdade positiva, no sentido proposto por Isaiah Berlin. A liberdade negativa é a possibilidade do indivíduo atuar sem interferência ou coerção, e é limitada pela liberdade dos outros e pela lei. A liberdade positiva é a capacidade real de exercer a autonomia e de se auto-realizar, o que depende não só de cada pessoa, mas também de condicionantes sociais. É por isso que Astarita entende que a tradição marxista enfatiza sobretudo a liberdade positiva. 

O artigo de Astaria me serve como inspiração para este post, porque a cultura livre pode ser entendida desde qualquer uma destas noções de liberdade. Creio, porém, que é necessário esclarecer onde colocamos nossa ênfase.

Se entendermos a cultura livre em termos de liberdade negativa, nos resta apenas a ideia de acesso sem interferência a qualquer recurso cultural ou de informação de que um indivíduo possa necessitar. Desde que esse acesso seja legal e que não afete os direitos de propriedade de terceiros. Daí a importância da licença (que é um contrato privado) e a ênfase no fato de cada indivíduo ser livre de conceder autorizações de acesso e utilização da sua obra (sua propriedade privada). As licenças livres funcionam com base numa renúncia a uma parte dos direitos de propriedade intelectual. É minha liberdade, enquanto proprietário, de renunciar a uma parte desses direitos. Já o acesso aberto é a liberdade de acessar e utilizar toda a propriedade intelectual que outras pessoas disponibilizaram de forma aberta, dentro dos limites da licença que escolheram. É um sistema aparentemente equilibrado que reafirma a tese de que a propriedade, a liberdade e um mínimo de regulação estatal que as garanta são suficientes.

Mas se a nossa compreensão termina aqui, estamos perdendo algo fundamental. O efeito prático deste tipo particular de renúncia de cada indivíduo a uma parte da sua propriedade intelectual produz uma contribuição para o bem comum intelectual. Este bem comum, no seu conjunto, constitui uma reserva de conhecimentos que já não é uma questão individual ou contratual entre particulares, mas que nos remete para uma dimensão social e coletiva. É a partir daqui que a noção de liberdade negativa fica aquém, ao passo que a liberdade positiva permite alargar o horizonte e nos conduzir a uma noção de cultura livre que acompanha a proteção e o reforço dos bens comuns, juntamente com uma expansão dos direitos sociais.

A cultura livre, em termos de liberdade positiva, é a ideia de que deve haver recursos culturais abundantes, acessíveis e plurais, para que todos os indivíduos e coletivos possam participar livre e igualmente na vida cultural. O ativismo da cultura livre não é apenas a defesa da propriedade e da liberdade individual, mas a procura ativa do alargamento do direito de acesso, utilização e participação na cultura a toda a sociedade. Isto inclui a democratização radical da criatividade, do pensamento crítico, do conhecimento prático, do prazer estético, do entretenimento, da identidade e do patrimônio cultural.

Se persistem condições sociais que excluem muitas pessoas de usufruir efetivamente dos bens culturais, mesmo que formalmente não exista qualquer impedimento, então não podemos falar de liberdade. A falta de recursos econômicos, de acesso a infraestruturas culturais, de conetividade significativa, de educação pública de qualidade, de diversidade de propostas culturais, ou de obras acessíveis, reutilizáveis e partilháveis, limitam a liberdade positiva das pessoas. Pode não haver censura ou controle estatal autoritário sobre os conteúdos que circulam – e, no entanto, ainda pode não haver liberdade cultural.

Por isso, a nossa militância pela cultura livre não se resume à afirmação da soberania individual de dar e receber recursos culturais, num cenário de propriedade intelectual garantida pelo Estado. A nossa militância é o alargamento da fruição e da participação na cultura a nível coletivo através da defesa dos bens culturais comuns. As licenças livres são, neste quadro, uma estratégia coletiva e não apenas uma opção individual, porque entendemos que, num contexto de crescente privatização da cultura, elas ajudam a construir, proteger e reforçar os bens culturais comuns para que cheguem a toda a comunidade. Queremos construir uma cultura livre para uma sociedade livre. Mas uma sociedade livre não é uma sociedade de proprietários livres, mas uma sociedade emancipada das estruturas de poder econômico e de privilégio social que obstruem este potencial coletivo.

 

BREVE COMENTÁRIOS À CULTURA LIVRE COMO LIBERDADE POSITIVA

Leonardo Foletto

Alguns comentários para dialogar e apontar discussões futuras para uma pensmento filosófico sobre a cultura livre. O argumento principal do curto e importante texto de Mariana é detalhado pela própria nos comentários ao post no blog. Para ela, as quatro liberdades da cultura e do software livre não podem ser vistas somente na perspectiva de liberdades negativas, a partir da diferenciação entre liberdade positiva e negativa trabalhada no texto. Isso ocorre por duas razões principais: a primeira é porque, na prática, ao libertar a cultura do direito autoral, geramos um bem comum e, normalmente, uma comunidade à sua volta, passando então para o nível do coletivo. A segunda é porque entendemos que “compartilhar é bom” não só para os indivíduos, mas para a comunidade, já que o acesso ao conhecimento é um direito básico para se poder exercer qualquer liberdade criativa – e há necessidades humanas, de ligação e de cultivo da uma cultura comum que são de ordem coletiva, e que são condicionantes para a autorrealização das pessoas. É uma visão que reitera a necessidade do progresso técnico e científico não ser exclusivo para poucos, mas sim generalizado.

Faço a ressalva que um tema crucial hoje na discussão sobre cultura livre não é trabalhado com ênfase no texto de Mariana: as assimetrias de poder envolvidas na questão do acesso à informação e aos bens comuns digitais. Não foi abordado porque não era intenção inicial, e também porque certamente renderia um texto muito mais longo – ou vários. O argumento central aqui, que discutimos também a partir do prefácio de Mckenzie Wark ao seu “Um Manifesto Hacker”, é de que a liberdade de acesso não tem se mostrado suficiente para garantir que todos os indivíduos e coletivos possam participar livre e igualmente na vida cultural, como defende Mariana no texto.

É uma situação parecida com a discussão em torno da inclusão digital: qual inclusão queremos? a das plataformas das big techs, baseada em sugar nossa atenção para extrair lucro a partir da produção contínua de dados? Aqui vale se perguntar também: qual acesso queremos? o acesso a lixo informacional e cultural, que entope e cansam nossas mentes e dificultam nossa percepção de uma realidade e ação comum? Se não é esse tipo, qual é? Existe alguma forma de se trabalhar os limites de ações de acesso sem tocar em questões mais complexas como a do tempo gasto e a da organização coletiva? Como me lembrou o Alexandre Abdo, quando falamos dos Pontos de Cultura e do programa Cultura Viva no Brasil, seu sucesso enquanto política pública e ação transformadora de pessoas e locais se deu mais com a capacidade de criar condições mínimas – financeiras, sociais e humanas – para as pessoas terem tempo e organização de usar, aperfeiçoar e cuidar do que foi produzido, do que somente a questão de se ter acesso a computadores com software livre instalados. Quando se desestruturou as condições mínimas citadas, o acesso aos computadores com software livre e a cultura livre criada em torno disso se tornou uma questão gradativamente menor, a ponto de ser abandonada por muitos pontos depois.

Mais acesso à informação, à tecnologias digitais ou a bens culturais não necessariamente significa consciência crítica, como escrevi em A Cultura é Livre. Lembro da crítica que César Rendueles [em Sociofobia] fez ao copyleft: romper as barreiras de livre circulação da informação e do acesso aos bens culturais não é suficiente para uma melhoria geral das condições de vida global sem tocar nas condições sociais de produção desses bens culturais e da informação. A enorme importância hoje do tema do trabalho digital, dada à proliferação do trabalho precário a partir da plataformização, confirma isso.

Um passo aqui, talvez, seja mais em direção a uma política do cuidado do que do acesso: como criar e pôr em prática protocolos de cuidado dentro das comunidades de bens comuns livres para que estes bens não sejam apropriados sem critérios, desrespeitando as indicações das licenças (livres) e usados para o enriquecimento de ainda menos pessoas, como no caso do uso de dados sem consentimento para treinamento e sistemas de Inteligência Artificial Generativa de empresas como Meta e Open IA? Como estabelecer condições sociais dignas de produção e fruição desses bens culturais e informativos alocados dentro da perspectiva da cultura livre?

Não há resposta clara aqui, mas talvez se fazer esta pergunta nos leve a repensar a cultura livre mais em termos de cuidado do que de acesso. Organização da abundância (de informação e bens culturais) que não seja baseada em restrição econômica e técnica como a promovida pela propriedade intelectual. O que nos leva a um outro ponto de reflexão não novo, mas cada vez mais pertinente: a reinvenção do sistema de direito autoral, agora baseado na idade de uma liberdade positiva, como Mariana aponta no texto, mas que não deixa de garantir a proteção e o cuidado com os abusos e as condições sociais de produção desses bens culturais. A cultura livre, enquanto movimento, representou de alguma forma uma “reforma cidadã” do direito autoral, com as licenças produzindo um espaço de “lei alternativa” que levou a descentralizar o controle e potencializar a inteligência e experiência humana. Será ainda possível pensar numa reforma de direito autoral que potencialize esses aspectos, sem descuidar da proteção e das assimetrias de poder típicas do capitalismo? Ou é mais provável que, com a popularização das IAs generativas, vejamos uma reforma imposta pelo capital que vá na linha de permitir a livre concentração, materializada nos modelos gigantes das big techs, a fim de cada vez mais potencializar uma (pseudo) inteligência artificial desregulada sob controle dessas grandes empresas e destinada a gerar renda (cada vez mais) para esse capital?

]]>
https://baixacultura.org/2024/08/29/cultura-livre-como-liberdade-positiva/feed/ 1
Formas distribuídas de propriedade e autoria culturais na América Latina https://baixacultura.org/2022/09/26/formas-distribuidas-de-propriedade-e-autoria-culturais-na-america-latina/ https://baixacultura.org/2022/09/26/formas-distribuidas-de-propriedade-e-autoria-culturais-na-america-latina/#respond Mon, 26 Sep 2022 13:38:56 +0000 https://baixacultura.org/?p=14941 Na última semana, de quinta a sábado (22 a 24/9) aconteceu o “Digitalizar en común: formas distribuidas de propiedad y autoría culturales“, seminário organizado por Creative Commons Mexico, Wikimedia Mexico e Red en Defensa de los Derechos Digitales (R3D), a partir do Centro Cultural de Espanha do México. A programação teve a participação de vários ativistas e pesquisadores da cultura livre no continente e tratou de temas como copyleft, gestão dos direitos digitais e de bens culturais, acesso aberto e diversidade em perspectiva crítica, reformas de leis de direito autor no continente, entre outros.

Participei da mesa “Formas distribuidas de propiedad y autoría: los esfuerzos y particularidades en Latinoamérica”, com Jorge Gemetto (Artica Online, Uruguay), Viviana Rangel (Fundación Karisma, Colômbia), Franco Giandana (Fundación Vía Libre, Argentina) e moderação de Salvador Alcántar (México), Universidad de Guadalajara. Todos nós algo veteranos no tema, com pelo menos 5 (no meu caso, 14) anos participando do debate em torno da cultura livre na América Latina. Tentamos responder às (muitas) questões trazidas a partir desta ementa e destas questões:

En tiempos de privatización del conocimiento los países de Latinoamérica se ven particularmente afectados. Fenómenos como el colonialismo de datos, las leyes maximalistas de derechos de autor, el desentendimiento de los Estados hacia el fenómeno de la privatización de los bienes generados en las universidades públicas, las prácticas leoninas de editoriales académicas y un largo etcétera; parecen debilitar otros modelos de distribución más justos y equitativos. ¿Cuáles son los esfuerzos que se han hecho desde los países del Sur Global?; y, ¿cuál es el futuro de los bienes comunes digitales en este contexto? ¿Cuáles son las particularidades del contexto de los países del sur en cuanto a la compartición del conocimiento y qué estrategias podríamos seguir frente a otros esfuerzos de otras latitudes y geopolíticas?

_ ¿Qué papel juega la piratería digital dentro del contexto latinoamericano?

_ ¿Cuál es el rol de las bibliotecas (en cualquier formato) en el futuro de la accesibilidad del conocimiento en LA?

_ ¿Cuál es su prospección para los siguientes años sobre la propiedad intelectual en la región?

_ ¿Cuáles son las propuestas de la sociedad civil sobre propiedad intelectual y autoría en la región?

O vídeo onde a gente tenta (e nem sempre consegue) responder a estas questões pode ser visto na íntegra (até 1h40) aqui. E a íntegra do evento, com todas as outras mesas, podem ser vistas aqui (primeiro dia; segundo dia).

]]>
https://baixacultura.org/2022/09/26/formas-distribuidas-de-propriedade-e-autoria-culturais-na-america-latina/feed/ 0
Perspectivas da Cultura Livre na América Latina https://baixacultura.org/2021/10/20/perspectivas-da-cultura-livre-na-america-latina/ https://baixacultura.org/2021/10/20/perspectivas-da-cultura-livre-na-america-latina/#respond Wed, 20 Oct 2021 15:02:52 +0000 https://baixacultura.org/?p=13785

Perspectivas da cultura livre na América Latina será uma mesa para discutir o tema a partir do livro “A Cultura é livre: Uma história da resistência anti propriedade“, fruto de uma pesquisa na qual o BaixaCultura, nos últimos 13 anos, foi laboratório e fonte fundamental. O livro debate uma história ampliada da cultura livre e da propriedade intelectual desde os gregos até o digital, também aportando uma perspectiva dos povos originários sobre a propriedade.

A proposta da mesa é discutir um status quo da questão no continente latino-americano em contexto pandêmico: existe um “movimento” da cultura livre ainda? Quais as frentes de disputa hoje em torno da flexibilização dos direitos autorais na internet e os desafios, novos ou velhos, colocados no contexto da pandemia de covid-19? Como a Indústria da Intermediação segue sua política de “copyright trolls”, realizar ameaças de processo judicial, ou outras atitudes particularmente agressivas, para obter remuneração a partir de questões ligadas à proteção dos direitos autorais? Como a cultura livre se relaciona com a construção do comum?

Também buscamos ampliar o diálogo da perspectiva da cultura livre e do copyleft com as noções de propriedade na cultura dos povos originários e compreender de que forma o acesso livre ao conhecimento se torna mais importante ainda em tempos de pandemia.Como criar mecanismos que fomentem o pensamento coletivo e comunitário incutido nesses povos, respeitem sua  cosmovisão e, ao mesmo tempo, protejam sua cultura de gerar mercadorias a serem colocadas à venda num mercado onde a maior parte do valor obtido não irá para eles?

O painel será realizado dentro da Intellectual Property Global Congress, na #IPweek, no dia 27/10 às 18h (hora de Brasília, UTC-3), com transmissão aberta no Youtube. Conta com:

_ Leonardo Foletto, jornalista e pesquisador, editor do BaixaCultura e integrante do Creative Commons Brasil, autor de “A Cultura é Livre”;

_ Yamanik Cholotío, feminista indígena, trabalha na Federação Guatemalteca de Escolas Radiofônicas , FGER)

_ Jorge Gemetto, coordenador do centro cultural Ártica, investigador do Laboratorio de Datos y Sociedad (Datysoc), integrante de Creative Commons Uruguay y de Wikimedistas de Uruguay;

_ Mariana Fossatti, socióloga e collagista, coordenadora do centro cultural Ártica, editora da publicação GenderIT para a Asociación para el Progreso de las Comunicaciones, integrante de Creative Commons Uruguay e de Wikimedistas de Uruguay.

Também vamos falar sobre a tradução do livro para o espanhol, a ser realizada nos próximos meses, com previsão de publicação impressa (e online) inicialmente no Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile) para março de 2022.

Confira a íntegra da mesa.

 

]]>
https://baixacultura.org/2021/10/20/perspectivas-da-cultura-livre-na-america-latina/feed/ 0
Encontro de Cultura Livre do Sul – todos os vídeos y relatos https://baixacultura.org/2018/11/30/encontro-de-cultura-livre-do-sul-todos-os-videos-y-relatos/ https://baixacultura.org/2018/11/30/encontro-de-cultura-livre-do-sul-todos-os-videos-y-relatos/#respond Fri, 30 Nov 2018 16:04:33 +0000 https://baixacultura.org/?p=12649

Terminou o Encontro de Cultura Livre do Sul. Ou só começou: as redes estão formadas, resta nos unir e manter por perto para enfrentar o que vem por aí. O debate continua em nosso grupo em Investigación Social e nas redes, o mapeo em Civics, a curadoria de produtos culturais livres em Ediciones de La Terraza e os relatos de cada uma das mesas será publicado até o dia 7/12 – vamos organizando os links por aqui assim que publicados.

Também estamos trabalhando nos desdobramentos do evento em um texto-manifesto que, por hora, está em rascunho, aberto para acreścimos, edições e assinaturas – individual ou de forma coletiva. São boas novidades em prol de uma continuidade do trabalho tão importante e que julgamos necessário: articular e conectar a cultura livre desde o sul global.

Acá abaixo estão todos os vídeos das 6 mesas do evento, da abertura e da pré-abertura com o lançamento da coletânea impressa da revista Pillku.

Presentación de la edición impresa de la revista “Pillku, amantes de la libertad”, en el marco del primer Encuentro Online de Cultura Libre. Se puede descargar en versión PDF en este enlace.  Participaram Anita Almada, Estrella Soria (MEX), Jorge Gemetto (URU) y San Hoerth (HON)

Abertura do encontro com os organizadores e coordenadores das mesas: Barbi Couto (Argentina), Bia Martins (BRA), Dani Cotillas (ES), Jorge Gemetto (UY), Leonardo Foletto (BRA) e Mariana Fossati (URU).

Mesa 1, Políticas públicas e reformas legais.
Participaram: María Juliana Soto y Lucía Camacho (COL), Diego Morales (ECU), Mariangela Petrizzo (VEN), Esteban Magnani (ARG), Daniel Cordones (URU), moderação de Jorge Gemetto (URU).

Mesa 2, Digitalização de acervos e acesso ao patrimônio cultural.
Participaram Fabs Balvedi (BRA), Gabriela Riera (ARG), Patrícia Peñafiel (EQU) e Pedro Jatobá BRA), com moderação de Carlos Lunna (BRA). Leia o relato da mesa, por Carlos Lunna.

Mesa 3, Laboratórios, hackerspaces e outros espaços de comunidades locais.
Participaram: Esaú Acosta (ES), HackLab Feminista La Chinampa + Insubordinadas (MEX), Karina Menezes (BRA), Carlos Diego (BRA), Illa_bekka (ARG-ES), moderação de Bia Martins (BRA) e Dani Cotillas (ES).

Mesa 4, Redes Internacionais. Como nos inserimos em um movimento global.
Participaram Constanza Belén Verón (ARG),  Juliana Guerra (MEX), Leonardo Sehn (BRA), Marcela Basch (ARG) e Rodrigo Savazoni (BRA), mediação de Leonardo Foletto e Janaína Spode (BRA).

Mesa 5, Produção cultural livre.
Participaram Gonzalo Miranda (ARG), Alex Appella (ARG), Andrés Bracony (ARG), Virginia Barré (ARG) e Salvador García (URU). Mediação de Barbi Couto (ARG).

Mesa 6, Educação Aberta e cultura livre.
Partiparam Fernando Daguano (BRA/CHI), Marianicer Figueroa (VEN), Jorge David García (MEX), Walter Lippold (BRA), Inés Martino y Fabricio Caiazza (ARG) e Sergio Rubio-Pizzorno (MEX). Mediação de Mariana Fossati (URU).

 

]]>
https://baixacultura.org/2018/11/30/encontro-de-cultura-livre-do-sul-todos-os-videos-y-relatos/feed/ 0
Encontro Cultura Livre do Sul – abertura https://baixacultura.org/2018/11/18/encontro-cultura-livre-do-sul-conferencia-de-abertura-e-informacoes/ https://baixacultura.org/2018/11/18/encontro-cultura-livre-do-sul-conferencia-de-abertura-e-informacoes/#respond Sun, 18 Nov 2018 23:51:36 +0000 https://baixacultura.org/?p=12625

Com a transformação da internet nos últimos anos, como, em 2018, a ideia da cultura livre permanece? quais são as atuais discussões que envolvem a temática no sul global? Quais iniciativas, pessoas, projetos, coletivos, instituições que hoje defendem e atuam na cultura livre? Quais os desafios de sustentabilidade postos em iniciativas de cultura livre num mundo onde a internet está cada vez mais centralizada? Passados mais de 15 anos da criação das licenças CC, um marco na história recente da cultura livre, como está a discussão sobre as leis de direitos autorais hoje? Quais os bens culturais (publicações, filmes, músicas, artes visuais, tecnologias, sítios) produzidos em diálogo com a cultura livre?

A mesa de abertura do I Encontro de Cultura Livre do Sul tratará de apresentar estas questões e explicar todos os detalhes de como vai funcionar o evento, totalmente online e em diversos espaços na rede. Será formada por integrantes dos seis coletivos organizadores:

_ Mariana Fossati y Jorge Gemetto (Uruguay), Artica Online, un centro cultural online que desarrolla servicios de formación, consultoría e investigación para la implementación de proyectos artístico-culturales en Internet;

_ Leonardo Foletto (Brasil), BaixaCultura, laboratório online que trabalha com documentação, pesquisa, formação e experimentação em cultura livre, criado em 2008.

_ Barbi Couto (Argentina), Ediciones de La Terraza, un sello de Córdoba (Argentina) nacido en 2012 que publican libros ilustrados o libros objeto y que forman parte de un nuevo paradigma de producción cultural, más solidario y colectivo, que entiende el acceso a la cultura como un derecho humano, y que podemos fortalecer desde nuestra labor editorial cotidiana de promoción de la lectura.

_ Beatriz Martins (Brasil), do Em Rede, espaço para reflexão e discussão de temas como Cultura Livre, Remix, Ciência Aberta, Economia P2P, Política em Rede e outros assuntos relacionados a novas formas de organização das instituições e circulação de bens intelectuais, que tem a ver com os tempos atuais das redes eletrônicas.

_ Dani Cotillas (Espanha), Nodo Común, una alianza de comunicadores, gestores culturales y activistas que busca establecer procesos de comunicación enfocados a la creación de comunidades, la participación social y la construcción colectiva.

_ Carlos Lunna (Brasil), Redes de Produtoras Culturais Colaborativas, rede de coletivos e organizações sociais que trabalham com tecnologias livres em arranjos produtivos locais em 8 estados brasileiros;

A transmissão será via YouTube, neste link, na quarta-feira, 21/11, no horário das 14h GMT – 11h Argentina e Uruguay, 12h Brasil e 15h Espanha.

***

Como este encontro funciona?

O encontro é organizado em mesas temáticas. Cada mesa temática consiste em um texto disparador e uma videoconferência que será transmitida ao vivo e gravada. Você pode participar durante a transmissão no chat do YouTube ou mais tarde, deixando seu comentário no vídeo ou na postagem. Com a hashtag #CulturaLS18 você pode compartilhar e comentar a qualquer momento.

No cronograma a seguir, você encontrará o link para cada mesa, onde poderá ler o texto disparador. As videoconferências estarão nos mesmos links, a partir da data e hora indicadas para cada um.

Cronograma

Atividade de pré-encontro: 20 de novembro

Apresentação da edição impressa da Revista Pillku

– 21 hs GMT | 18hs AR /UY | 19hs BR | 22 hs ES

Dia 1: 21 de novembro

Conferência de abertura

– 14h GMT | 11 hs AR /UY | 12hs BR | 15h ES –

Mesa 1: Políticas públicas e reformas legais

– 16 hs GMT | 13 hrs AR/UY | 14hs BR | 17hs ES –

Mesa 2: Digitalização e acesso ao patrimônio cultural

– 19hs GMT | 16 hs AR/UY | 17hs BR | 20hs ES

Dia 2: 22 de novembro

Mesa 3: Laboratórios, hackerspaces e outros espaços de comunidades locais

– 16 hs GMT | 13hs AR/UY | 14hs BR | 17hs ES –

Mesa 4: Redes Internacionais. Como nos inserimos em um movimento global?

– 19hs GMT | 16hs AR / UY | 17hs BR | 20hs ES

Dia 3: 23 de novembro

Mesa 5: Produção cultural livre

– 16 hs GMT | 13hs AR/UY | 14hs BR | 17pm ES

Mesa 6: Educação aberta e cultura livre + encerramento do encontro

– 19hs GMT | 16hs AR / UY | 17hs BR | 20hs ES

Atividades paralelas

1º Mapeamento Global da Cultura Livre do Sul com Civics

Ao longo do encontro, o objetivo é mapear nossas próprias iniciativas de cultura livre e também aquelas que conhecemos de nosso país ou região. O foco será cobrir as áreas geográficas geralmente deixadas de lado: distritos e cidades do interior e bairros periféricos das grandes cidades.

O mapa, além de localizar as iniciativas, permite gerar uma cartografia “global” que situa o cidadão e as práticas urbanas – informais e emergentes – em nível internacional e de fácil acesso e comparabilidade. CIVICS é a plataforma que hospeda o mapa e neste post você encontrará instruções sobre como usá-lo.

Curadoria da Produção Cultural Livre em Ediciones de la Terraza

Ao longo do encontro, vamos mapear os editores que trabalham a partir do paradigma do livre. Se você faz parte de uma editora (não importa o tamanho do projeto, se você publicar livros, revistas, fanzines, impressos ou digitais ou ambos os formatos) e publicar todo o material ou parte dele com licenças Creative Commons este é o momento de se registrar.

Leituras compartilhadas e colaborativas em Investigación Social punto Net

Na plataforma de Investigación Social punto Net, criamos um grupo público no qual você pode se registrar para publicar seus textos e vídeos, bem como compartilhar bibliografia associada a cada mesa temática. Você também encontrará um fórum e a possibilidade de fazer anotações na web para compartilhar suas reflexões e, assim, gerar uma leitura colaborativa de cada texto disponível. Aqui você pode se cadastrar e começar.

Conversações

Você está interessado em encontrar outros participantes e interagir? Estamos usando a hashtag #CulturaLS18 nas redes sociais.

Você quer escrever um artigo de alguma atividade ou tópico? Participe da cobertura colaborativa no seu próprio blog. Publique e compartilhe nas redes com #CulturaLS18, ou dentro do grupo de Pesquisas Sociais punto Net.

Onde comentar sobre as mesas temáticas e dar sua opinião sobre cada tópico? Nos links de cada mesa você encontrará os posts originais e poderá deixar comentários.

]]>
https://baixacultura.org/2018/11/18/encontro-cultura-livre-do-sul-conferencia-de-abertura-e-informacoes/feed/ 0
Congresso #GCultural2016 – encerramento https://baixacultura.org/2016/10/11/congresso-gcultural2016-encerramento/ https://baixacultura.org/2016/10/11/congresso-gcultural2016-encerramento/#comments Tue, 11 Oct 2016 12:42:01 +0000 https://baixacultura.org/?p=10887 gcultural2016

Imagem de BitLaV/Marta Alvárez (España)

Ontem encerrou o 1º Congresso Online de Gestão Cultural – #GCultural2016. Um mês de muitas atividades, charlas, postagens e troca de ideias sobre gestão cultural com mais de 40 pessoas de vários países da ibero-américa, tudo pela e com a rede. Um experimento intenso de troca de informações que valeu para mostrar que, sim, é possível fazer discussão densa e produtiva sobre assuntos em comum em um evento totalmente pela internet. Se perdemos aqueles espaços de informalidade onde muitos projetos nascem, como as mesas de bar/café/almoços pós e durante os eventos, ganhamos pela consistência e permanência das discussões e redes formadas nesse um mês de #GCultural2016. Nesse momento político de retrocessos sociais em toda a América Latina (e por que não dizer todo o mundo), mais do que nunca é importante conhecermos nossos semelhantes para fortalecermos enquanto rede.

Outro ganho do congresso e de seu formato foi justamente a questão da permanência das discussões. Todos os trabalhos estão online, toda a discussão realizada nas redes pode ser vista pela hashtag #gcultural2016, sobretudo no Twitter e Facebook. Há os grupos de telegram de cada mesa para questões mais práticas e específicas de cada projeto, os excelentes posts da cobertura colaborativa realizados por blogueiros culturais dos mais diversos. E claro, as videoconferências das 6 mesas, mais a abertura e o encerramento, que ficaram registradas e podem ser conferidas a qualquer momento. Esse post, então, é também uma compilação, um índice para continuarmos trocando e tendo acesso ao material produzido nas redes. Adelante!

**

Abertura, 12/9: lançamento do #GCultural2016 com a participação dos coletivos organizadores e a apresentação do calendário de atividades, as modalidades de participação e as mesas temáticas do congresso. Participantes: Daniel Cotillas (Comunicación Abierta), Leonardo Foletto (Baixa Cultura), Mariana Ripoll (Gestión Cultural UY), Santiago López (Comandante Tom), Ana Ceballos y Aniria Nava Ponce (Aforo Gestión Cultural) y Mariana Fossatti (Ártica).

***

Mesa 1, 15/9/2016. Gestión cultural para la producción de cultura libre. Participantes ao vivo: Thaís Rigolon y Lívia Ascava del Instituto TIM, Ingrid Quiroga y Mariano Martino de Enjambre, Barbi Couto de Ediciones de la Terraza, Rodrigo Savazoni del Instituto Procomum, y Andreu Meixide de panorama180. Desde la organización del congreso, participaron Leonardo Foletto, Jorge Gemetto (en redes sociales y chat) y Mariana Fossatti. Os trabalhos da mesa podem ser vistos em Artica Online. Grupo no telegram.

****

Mesa 2, 19/9/2016Comunicación en red y herramientas TIC para la gestión cultural.
Participantes: Pilar DM, Juan Jesús Gómez, Martí Perramón, Teresa Miquel Sellés, Carles López Seguí, Lucas Pretti y Gabriela Giurlani. Coordinan: Daniel Cotillas y Mariana Fossatti. Os trabalhos da mesa podem ser vistos em Comunicación Abierta. Grupo de discussões no Telegram.

*****

Mesa 3, 22/9/2016 : Experiencias y proyectos de cultura y activismo digital.
Participaron de la mesa en vivo: José Caballero, Lucy Tatiana Galvis Peñuela, Janaína Capeletti, Bruno César Alves Marcelino, Alberto Marcos Cabero y Daniel Daza. Desde la organización del Congreso, participaron Leonardo Foletto y Mariana Fossatti. Os trabalhos da mesa podem ser vistos aqui. Grupo de discussões no telegram.

******

Mesa 4, 26/9/2016, La gestión cultural en las bases. Desde la organización del Congreso, participan Mariana Ripoll y Mariana Fossati. Os trabalhos podem ser vistos no Gestión Cultural Uruguay. Grupo de discussões no telegram.

*****

Mesa 5, 29/9/2016: Profesionalización de la gestión cultural. Desde la organización del Congreso, participan Ana Ceballos y Aniria Nava Ponce (Aforo Gestión Cultural) y Mariana Fossati. Os trabalhos desta mesa podem ser vistos aqui: http://www.aforo.mx/gcultural2016-mesa-5/. Grupo de discussões no telegram.

*****

Mesa 6, 3/10/2016. Espacios culturales y comunidad en red. Participaron Salvador García, Inés Bebea, Fernando Ariel López, Selma Santiago, Addy Cauich, Ana María Barbero, Laura Gómez, Florencia Aguirre. Coordinaron Santiago López y Mariana Fossatti. Os trabalhos da mesa podem ser vistos no blog do Comandante Tom.

******

Videoconferencia de cierre y conclusiones del congreso online #GCultural2016, 6/10/2016.
Participaron Daniel Cotillas, Santiago López, Leonardo Foletto, Sandra Cabrera, Estefanía Rodero, Florencia Parodi y Mariana Fossatti.

tweet-gcultural-casa

Os nós da rede, atividade proposta na mesa 1, que dá uma mostra das conexões realizadas durante o congresso, sobretudo nas primeiras semanas. Feito no Onodo.org

Cobertura Colaborativa (alguns posts compilados por Artica Online de blogs em espanhol):

_ Estefanía Rodero #GCultural2016: Conclusiones que abren puertas
http://estefaniarodero.es/gcultural2016-conclusiones-que-abren-puertas

_ Florencia Parodi – Hacia el cierre del 1° Congreso Online de Gestión Cultural #GCultural2016
http://florencia-gestioncultural.blogspot.com/2016/10/hacia-el-cierre-del-1-congreso-online.html

_ Anotador Cultural – Primer Congreso on-line de Gestión Cultural. #GCultural2016
https://www.facebook.com/notes/anotador-culturalgesti%C3%B3n-cultural-m%C3%A0s/primer-congreso-on-line-de-gesti%C3%B2n-cultural-gcultural2016/661531690695026

_ Estefanía Rodero – #GCultural2016: La cultura como servicio público
http://estefaniarodero.es/gcultural2016-la-cultura-como-servicio-publico

_ Isabel González – 5º Mesa: La profesionalización de la Gestión Cultural. Reflexiones.
https://creandohistoriasdelarte.wordpress.com/2016/10/03/5o-mesa-la-profesionalizacion-de-la-gestion-cultural-reflexiones/

_ Silvana Navarro – Con 10 nuevas ponencias #GCultural2016 nos habla de la gestión cultural en las bases
http://www.silvananavarro.com/single-post/2016/09/30/Con-10-nuevas-ponencia-GCultural2016-nos-habla-de-la-gesti%C3%B3n-cultural-en-las-bases

_ Sursiendo – Lo que nos emociona del Congreso de Cultura Libre #GCultural2016
https://sursiendo.com/blog/2016/09/lo-que-nos-emociona-del-congreso-de-gestion-cultura-gcultural2016/

_ Impressions Du Monde – Conectando Gestión Cultural
http://www.impressionsdm.es/conectando-gestion-cultural/

_ Silvana Navarro – La segunda semana de #GCultural2016 continúa con la mesa 3: Experiencias y proyectos de cultura y activismo digital
http://www.silvananavarro.com/single-post/2016/09/27/La-segunda-semana-de-GCultural2016-contin%C3%BAa-con-la-mesa-3-Experiencias-y-proyectos-de-cultura-y-activismo-digital

_ Kabudanyaa – Primer Congreso Online de Gestión Cultural de Iberoamérica
http://kabudanyaa.com/congreso-de-gestion-cultural-online-iberoamerica/

_ Silvana Navarro – #GCultural2016 continúa hablando de comunicación en red y herramientas TIC para la gestión cultural
http://www.silvananavarro.com/single-post/2016/09/26/GCultural2016-contin%C3%BAa-hablando-de-comunicaci%C3%B3n-en-red-y-herramientas-TIC-para-la-gesti%C3%B3n-cultural

_ Reflejo – MESA 1: Gestión Cultural para la Promoción de Cultura Libre
http://blogreflejo.blogspot.com.uy/2016/09/mesa-1-gestion-cultural-para-la_14.html

_ Reflejo – TEXTÃO: Pensando a partir das considerações da mesa Gestão Cultural para a Promoção de Cultura Livrehttp://blogreflejo.blogspot.com.uy/2016/09/textao-pensando-partir-das.html

_ Florencia Parodi – Debate, análisis y reflexión en el Congreso de Gestión Cultural Online #GCultural2016
http://florencia-gestioncultural.blogspot.com/2016/09/debate-analisis-y-reflexion-en-el.html

_ Pasatiempo – #GCultural2016: ¿Cómo hacer sustentable un proyecto de cultura libre?
http://pasatiempo.pe/event/gcultural2016-como-hacer-sustentable-un-proyecto-de-cultura-libre/

_ Estefanía Rodero – #GCultural2016: A vueltas con la accesibilidad: innovación social y cultura libre
http://estefaniarodero.es/gcultural2016-a-vueltas-con-la-accesibilidad-innovacion-social-y-cultura-libre

_ El prisma del arte – Mesa 2 del Congreso #Gcultural2016: Comunicación en redes y herramientas TIC para la gestión cultural
http://www.elprismadelarte.com/mesa-2-del-congreso-gcultural2016-comunicacion-en-redes-y-herramientas-tic-para-la-gestion-cultural/

_ Iguana – Mapas Culturais: Software, iniciativas, inclusión y gestión cultural.
https://iguanaorgblog.wordpress.com/2016/09/23/mapas-culturais-software-iniciativas-inclusion-y-gestion-cultural/

_ Artismusas – Congreso Online de Gestión Cultural
https://artismusas.wordpress.com/2016/09/20/congreso-online-de-gestion-cultural/

_ Estefanía Rodero – Cultura libre y comunidadeshttp://estefaniarodero.es/gcultural2016-cultura-libre-y-comunidades

_ Florencia Parodi – Avanza el #GCultural2016: se desarrolló con gran participación la primera mesa temática.
http://florencia-gestioncultural.blogspot.com/2016/09/avanza-el-gcultural2016-se-desarrollo.html

_ Ariel Barrios – La cultura libre necesita de nuevos gestores
http://museosexpandidos.com/la-cultura-libre-gestores/

_ Barbi Couto – Pedir y dar, ¿nuevas formas de sustentabilidad para nuevas épocas?
http://eneroenlaciudad.com.ar/index.php/2016/09/pedir-y-dar-nuevas-formas-nuevas-epocas/

_ De Doble Espacio – #GCultural2016: Construyendo la cultura libre
https://dedoblespacio.wordpress.com/2016/09/19/gcultural2016-construyendo-la-cultura-libre/

_ De Doble Espacio – Comienza #GCultural2016: nuevos tiempos, nuevas modalidades de trabajo
https://dedoblespacio.wordpress.com/2016/09/18/comienza-gcultural2016-nuevos-tiempos-nuevas-modalidades-de-trabajo/

_ Florencia Parodi – “Comunicación en Red y Herramientas TIC para la Gestión Cultural” en el #GCultural2016
http://florencia-gestioncultural.blogspot.com/2016/09/comunicacion-en-red-y-herramientas-tic.html

_ Anotador Cultural – #GCultural2016 Mesa 2
https://www.facebook.com/notes/anotador-culturalgesti%C3%B3n-cultural-m%C3%A0s/gcultural2016-mesa-2/651481478366714

]]>
https://baixacultura.org/2016/10/11/congresso-gcultural2016-encerramento/feed/ 1