Comentários sobre BaixaCultura https://baixacultura.org Cultura livre & (contra) cultura digital Thu, 30 Jan 2025 14:39:06 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 Comentário sobre A corrida da IA ganha um novo capítulo – chinês e open source por Ale https://baixacultura.org/2025/01/29/a-corrida-da-ia-ganha-um-novo-capitulo-chines-e-open-source/#comment-44672 Thu, 30 Jan 2025 14:25:55 +0000 https://baixacultura.org/?p=15766#comment-44672 Ni! Vale notar que, à parte do fiasco que é a definição da OSI, a FSF está trabalhando numa definição de modelos livres:

https://www.fsf.org/news/fsf-is-working-on-freedom-in-machine-learning-applications

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Comentário sobre Cultura livre como liberdade positiva por Ale Abdo https://baixacultura.org/2024/08/29/cultura-livre-como-liberdade-positiva/#comment-38437 Fri, 30 Aug 2024 21:40:55 +0000 https://baixacultura.org/?p=15712#comment-38437 Ni! Excelente texto da Mariana. Ótimos comentários, posso até dizer que faço minhas as tuas palavras ;D

No curso sobre o Futuro da Informação, lá nos idos de 2010 (quando nos conhecemos!), discutindo o Software Livre e a Wikipédia eu apresentava uma distinção entre acesso (transparência), contribuição (participação), e a arquitetura sociotécnica que potencializa e integra ambos (modularidade). Outra grande questão é a energia, os recursos e o tempo para essas atividades. Mas uma última é a motivação. Cultura livre para quê? Onde a cultura livre se encaixa no nosso modo de vida?

Se não vamos construir e contar nossas próprias histórias, criar novos imaginários, nos libertar da posição de indivíduos consumidores midiáticos, não precisamos de cultura livre. O progresso técnico-industrial garante que com o custo de um almoço por mês podemos passar todo o nosso tempo livre assistindo tanto superproduções enlatadas como clássicos cult. E mais, se esse tempo livre é mínimo, a questão dessa vontade nem sequer se põe: será o tempo de descansar na frente do streaming, do game, ou mesmo do leitor de ebook. Sem motivação e sem tempo, pensar uma produção cultural em escala que não seja uma mercadoria não é sequer uma possibilidade.

Diferente de outros comuns como o software livre, onde a expressão reificada (o software) integra uma lógica de produção dos “meios” e pode assim aproveitar-se da energia do sistema produtivo, desenvolvendo-se em dialética esquizofrênica com sua personalidade “código aberto/open source”, a cultura livre só pode existir dentro de um projeto político que trabalhe o desejo de viver uma “cultura viva”.

Dito isso, é preciso reconhecer que há muitas, muitas brechas que correspondem à ideia de cultura livre, que em termos jurídicos geralmente encontram-se às margens do direito autoral. Saraus de poesia/rap/slam, bandas de garagem, sites de fan-fiction, rodas de sampa, o pixo e o grafite, o live-coding, clubes de repente, grupos de RPG, vários elementos da cultura popular etc, além de universos inteiros de artes do corpo. Se o impulso por viver culturas livres não é generalizado, ele é bastante presente.

Mas é preciso observar igualmente que essas manifestações não competem em complexidade ou escala com as produções proprietárias. E isso enfim aponta para que o necessário, como você dizia, é o cuidado com a energia, recursos, tempo, e a arquitetura propícia, inclusive formas de organização adaptadas, para essas atividades. De novo, o sucesso dos pontos de cultura testemunha a favor. Por outro lado, é preciso assumir mais claramente a questão da motivação, do tipo de cultura que desejamos viver, que é o gancho político para podermos organizar esse cuidado, seja por meios estatais ou por meios comunitários.

Se não queremos viver num mundo onde um monopólio nefasto (pleonasmo) controla as expressões – personagens, cantos, histórias, imagens – que formam nossas memórias e identidades, as da nossa família e de nossa comunidade, então temos de investir em estruturar e financiar um circuito explicitamente dedicado a um modo de viver a cultura oposto ao proprietário. E nisso, as licenças não devem ser vistas como uma solução, mas apenas como um artifício na demonstração de que uma outra cultura é possível.

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Comentário sobre Reflorestar a internet por Berna https://baixacultura.org/2024/07/26/reflorestar-a-internet/#comment-34583 Sat, 27 Jul 2024 01:16:26 +0000 https://baixacultura.org/?p=15683#comment-34583 Hola Leonardo y comunidad de BaixaCultura! Hace mucho tiempo que sigo tu trabajo y estos aportes me parecen fundamentales que puedan difundirse también español. Me gustaría colaborar para mejorar la versión en español, ya que contiene algunos errores pequeños. ¿Cómo podría hacerlo?

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Comentário sobre Cultura Digital: começo, meio, começo por Reflorestar a internet – BaixaCultura https://baixacultura.org/2024/01/23/cultura-digital-comeco-meio-comeco/#comment-34577 Fri, 26 Jul 2024 20:39:46 +0000 https://baixacultura.org/?p=15553#comment-34577 […] partir de Fabs Balvedi. Inclusive foi tema da Conferência Nacional de Cultura Digital neste 2024, como contamos aqui. Outro texto que comenta a ideia de ir contra a monocultura algorítmica da internet é este, […]

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Comentário sobre A Extinção da Internet por Reflorestar a internet – BaixaCultura https://baixacultura.org/2023/11/20/a-extincao-da-internet/#comment-34575 Fri, 26 Jul 2024 18:46:47 +0000 https://baixacultura.org/?p=15477#comment-34575 […] makers. Embora em áreas teóricas distintas, o trecho a seguir dialoga com Geert Lovink em seu “Extinção da Internet” que publicamos ano passado: “Acomodados em plantações tecnológicas rígidas em vez de […]

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Comentário sobre ViraCasacas: BaixemCultura por Ale Abdo https://baixacultura.org/2024/07/06/viracasacas-baixemcultura/#comment-32416 Sun, 07 Jul 2024 21:45:52 +0000 https://baixacultura.org/?p=15679#comment-32416 Ni!

Cadê o link pra baixar o podcast? ;D

Naquele curso no CCSP onde nos conhecemos passou também uma aluna do Geert. Anos depois por intermédio dela eu encontrei o Geert no seu escritório em Amsterdam e trocamos uma ideia legal. Essa aluna é uma das pessoas mais interessantes e corajosas que já encontrei, e um fato revelador é que ela hoje vive numa fazenda no norte da Holanda, trabalhando com agricultura ecológica, ensino de permacultura, e hospedaria voltada para um público local ().

Muito bom o episódio.

Algumas dúvidas que eu tenho:

– Não acho apropriado dizer que a rede mocambos seja mais sustentável do que grandes centros comerciais de dados. Tecnicamente é até possível que seja o contrário, pois há economias ambientais na centralização. Por outro lado há também uma economia ambiental ao não sobrecarregar os recursos de um único local. O ponto fundamental ao meu ver não é a arquitetura técnica, mas o fato de que uma grande parte do consumo ambiental das redes comerciais é para sustentar a maquinaria e processamento de dados que permitem a indução do consumo (doom scrolling etc, “uso induzido” em oposição a “uso interessado”) e o mercado de propaganda (“ads”), além de outros mecanismos de vigilância e controle comportamental. Aí está ao meu ver o maior benefício ambiental de uma internet comunitária, um ganho duplo, onde economiza-se enormes recursos ao evitar-se a implementação de um sistema nefasto.

– Na minha lembrança era totalmente óbvio já na era do Napster que ele só existia por falta de visão das gravadoras para se organizarem e criar algo similar cobrando uma taxa. O próprio Napster reconhecia esse potencial e tentou legalizar o negócio fazendo acordos com gravadoras, mas não teve força à época. No final a coisa virou quando um ator apoiado pelo capitalismo financeiro-tecnofílico teve força para dobrar as gravadoras. Em termos de consumo cultural, o Spotify e o Netflix são exatamente o que o Napster queria ser. Ainda que a diferença tecnológica tenha consequências, por exemplo, é claro que poder armazenar as músicas de forma permanente reduz o impacto energético. A real alternativa seria uma transformação profunda do direito autoral, visão que mesmo nos círculos da Creative Commons não tem muitos amigos, que dizer dos usuários do Napster em geral.

– Nisso, eu gostaria de ter escutado vocês discutirem mais a questão das assimetrias de poder. Pois enfim são os tech-bros os únicos que estão defendendo abertamente e conseguindo impor uma reforma profunda do direito autoral, ainda que para seus interesses privados. Se o direito autoral, pela ação acumulativa do capital, levou a uma propriedade cada vez mais concentrada da cultura, as big-techs estão revindicando a imperatividade de concentrar toda a cultura em uma única e monolítica propriedade: o “modelo de inteligência artificial”.

Abraço!

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Comentário sobre Os interrompidos sonhos aceleracionistas da cultura popular por Modernismo popular em Mark Fisher – BaixaCultura https://baixacultura.org/2024/05/16/os-interrompidos-sonhos-aceleracionistas-da-cultura-popular/#comment-30914 Fri, 28 Jun 2024 18:50:52 +0000 https://baixacultura.org/?p=15653#comment-30914 […] de Mark Fisher, que já se debruçava sobre essas questões na década passada em textos como “Uma revolução social e psíquica de magnitude quase inconcebível”: os interrompidos sonhos acel…” (2013) e “Fantasmas da minha vida: escritos sobre depressão, assombrologia e futuros […]

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Comentário sobre Milton Santos inaugura os Estudos Livres BaixaCultura por Laura Maria Jardim https://baixacultura.org/2024/06/18/milton-santos-inaugura-os-estudos-livres-baixacultura/#comment-29122 Thu, 20 Jun 2024 01:46:53 +0000 https://baixacultura.org/?p=15668#comment-29122 Quero fazer parte. Grata!

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Comentário sobre Cultura Digital: começo, meio, começo por Milton Santos inaugura os Estudos Livres BaixaCultura – BaixaCultura https://baixacultura.org/2024/01/23/cultura-digital-comeco-meio-comeco/#comment-28891 Tue, 18 Jun 2024 22:42:37 +0000 https://baixacultura.org/?p=15553#comment-28891 […] Tem sido utilizada na retomada das políticas de cultura digital por parte do MINC, como comentamos nesse texto em janeiro de 2024. Os encontros serão remotos, online via Jitsi, neste link: […]

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Comentário sobre Os interrompidos sonhos aceleracionistas da cultura popular por Lucia Dalmaso https://baixacultura.org/2024/05/16/os-interrompidos-sonhos-aceleracionistas-da-cultura-popular/#comment-23408 Fri, 17 May 2024 18:35:09 +0000 https://baixacultura.org/?p=15653#comment-23408 Bom o texto como uma revisão bibliografica e conhecimento sobre aceleracionismo. Mas como voces bem assinalam no paragrafo final da apresentação do texto de Mark Fisher resta olhar para o que os povos periféricos vem produzindo em termos estéticos, como um anuncio e engendramento de um imaginário já em expansão de novos desejos e invenções das entranhas do capitalismo.

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