Comentários sobre: Festival Cultura Digital.br (2): um balanço geral e subjetivo https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/ Cultura livre & (contra) cultura digital Wed, 07 Dec 2011 20:24:30 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 Por: baixacul https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/#comment-883 Wed, 07 Dec 2011 20:24:30 +0000 https://baixacultura.org/?p=5939#comment-883 Hola Rodrigo,

Acho que entendi a diferença do politicagem. No caso, eu não quis usar num sentido de “falcatrua” que, talvez, em Brasília o termo tenha mais – e tu que morou lá sabe disso. Usei num sentido de “arranjo” político, mas aí é uma questão de semântica que talvez não valha a pena discutir. O fato é que só por ter provocado essa conversa contigo já valeu, tanto pra mim quanto pros que aqui viram ela.

abraço!

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Por: Rodrigo Savazoni https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/#comment-882 Wed, 07 Dec 2011 14:35:24 +0000 https://baixacultura.org/?p=5939#comment-882 Léo,

Vamos sim. Como sempre. Conversar é o que fazermos. Conversação é o que defendemos. Daí porque resolvi escrever. Porque com você cada segundo de debate vale a pena.

Vou elaborar melhor sobre a diferença entre política e politicagem. Agora tenho de correr para a Universidade. Mas a primeira, eu diria, mobiliza as forças (o poder) para um fim maior, a segunda encerra o poder em si. Ou seja Política é > Politicagem é = ou <.

Dá uma sacada de novo no vídeo da Eliane e pensa se aqui não está expresso, para além de toda a parafernália institucional, que também acho cansativo, um programa para a cultura brasileira: http://vimeo.com/32925557

Bacio,

Rodrigo

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Por: baixacul https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/#comment-881 Wed, 07 Dec 2011 14:29:25 +0000 https://baixacultura.org/?p=5939#comment-881 Rodrigo,

Vamos lá. Legal tuas provocações, acho que são sempre saudáveis.

1) Quanto a questão do copyleft: claro que todo mundo da produção sabe a diferença, conheço vocês e sei que sabem. Mas acho que o marcar posição nesse caso é mais no sentido de esclarecer mesmo, um trabalho que, se não formos nós quem vamos fazer, quem será? Recentemente, participei de um doc de um tcc de fim de curso de uma faculdade de São Paulo que tratava justamente de copyleft e creative commons na cultura. Eles entrevistaram muita gente da área editorial, da música, até mesmo o João Marcelo Bôscoli da Trama, e uma das perguntas que faziam é: copyleft é pirataria? Eu me espantei com a pergunta, porque não imaginava que o pessoal confundisse as coisas. Mas confundem, eles me disseram, especialmente quem não é da cultura digital – que é muita gente. A partir dessa situação, fiquei com isso martelando na cabeça, “não dá mais pra confundir essas coisas”. Por isso notei a frase no guia. E por isso acho importante esclarecermos a diferença.

2) Quanto a fala da Eliane Costa, eu não acho que ela esteja equivocada nem nada, mas só achei fora de lugar mesmo. O pessoal tava com a expectativa de uma coisa, e aí vem um monte de patrocinador falar. Legal, importante mostrar quem apoia isso, fundamental mesmo, mas cortou um pouco o clima. Só isso. Talvez eu devesse ter ficado do lado de fora, esperar passar essa parte. Tenho dificuldades de entender o mundo da política, não por soberba mas por ignorância mesmo, e adoraria uma diferenciação clara entre ela e politicagem 🙂

3) O fato de terminar nesse ponto, com o Benkler, foi um recorte, realizado mais por questões subjetivas (de terminar o relato, para não ficar tão grande, etc). A festa depois foi maravilhosa, subverteu mesmo muito do que se viu dentro do Odeon. Talvez devesse falar mais dela, como contraponto ao final algo soturno. Farei isso no próximo post que planejei sobre o festival.

Mas tche, vamos conversar, olho no olho, pela CCD. As colocações foram pontuais, coisas pequenas que achei importante, mas que de maneira nenhuma mancharam a ótima visão que eu (e creio que todos) tive do Festival, um evento muito, mas muito legal, que é fundamental que continue por muito mais anos.

abraço
Leonardo

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Por: Rodrigo Savazoni https://baixacultura.org/2011/12/06/festival-cultura-digital-br-2-um-balanco-geral-e-subjetivo/#comment-880 Wed, 07 Dec 2011 03:08:25 +0000 https://baixacultura.org/?p=5939#comment-880 Léo,

Belo relato.

Vamos ao debate.

E é óbvio que quero apontar alguns problemas nessa tua narrativa parcial. Você, como muita gente, confunde política com politicagem, e, às vezes, a soberba te afasta da percepção da realidade. Sigo com meus pontos.

1. É óbvio que quem produziu o Festival conhece a diferença entre pirataria e copyleft. E também a disputa semântica sobre as duas paradas. Marcar posição em cima disso é necessidade de auto-afirmação. Mas passa. Pode crer que passa. Paulo Coelho usa a expressão pirataria. Daí o jogo feito. O maior vendedor de livros do mundo, tratando isso. Quais os limites? No mínimo, é curioso. Era por isso que estava ali.

2. Sobre a fala da Eliane Costa. Assista de novo. Assista a maior instituição patrocinadora da cultura dizer que o caminho é investir nas redes culturais. Assista o maior financiador de cada coisa que foi produzida no cinema, na música erudita, nas artes reconhecidas e no patrimônio edificado, reconhecer que a política cultural deve percorrer outros rumos. Você realmente acha isso pouco? Realmente não percebe que esse foi o dínamo de uma virada na perspectiva de como se pode viabilizar a cultura no país? O Teatro para Alguém, projeto que é seu objeto de ensino, é vencedor do PPC da Petrobrás. Quem mais tá pondo grana nisso? Apostando nisso? Diz aí…

3. Era uma cerimônia formal de abertura. Tava chata. Não precisava entrar. Cumpriu um papel, de reconhecer quem bancou essa parada, num ano em que houve uma desarticulação orquestrada pela POLÍTICA (politicagem, brother, eu te explico o que é). Teu recorte acaba na vaia, como, aliás, é bem típico de quem crê no jornalismo. Não se estende ao momento da festa, onde fizemos do Odeon um palco para fazer um híbrido entre os participantes do Festival e da ocupação da Cinelândia – que infelizmente foi desmontada este domingo, último dia em que estávamos no MAM. Talvez, naquela festa, tenha rolado o último ato rebelde desta rebeldia, e você não comentou. Foi massa. Eu gostei. Muita gente gostou.

Desculpe qualquer virulência. Você é parceiro. Alguém que esteve conosco inclusive participando da equipe, por isso merece tratamento direto, olho no olho. Vamos à boa discussão. Cada um com seus argumentos.

Bacio,

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