Comentários sobre: Revalorizar o plágio na criação (1) https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/ Cultura livre & (contra) cultura digital Fri, 16 Nov 2018 00:33:44 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 Por: geny de jesus dos santos guedes https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/#comment-624 Fri, 16 Nov 2018 00:33:44 +0000 https://baixacultura.org/?p=3623#comment-624 CREIO QUE NADA SE CRIA TUDO SE COPIA
E SO OBSERVAR A NATUREZA E CONSTATAR.

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Por: A estreia de “La Remezcla” | https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/#comment-623 Tue, 08 Mar 2016 14:33:49 +0000 https://baixacultura.org/?p=3623#comment-623 […] publicação começa com “REVALORIZAR O PLÁGIO NA CRIAÇÃO“, texto publicado em 2010 que, para falar de remix e plágio na criação artística, plagia e reedita um capítulo de […]

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Por: Baixacultura https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/#comment-622 Mon, 11 Oct 2010 21:33:25 +0000 https://baixacultura.org/?p=3623#comment-622 Catatau,
Obrigadíssimo pelas excelentes colocações, que nos fizeram muito pensar para te responder à altura. Desistimos quando nos demos conta que não conseguiríamos, mas igual, aí vão alguns comentários:
_ É um problema a não se desprezar o fato de que a palavra plágio carrega fortes conotações ruins, e não de hoje, como tu bem explicou.
Mas é fato também que não podemos – ou não queremos – usar outra palavra justamente porque ela tem um, digamos, rico histórico de negatividade que não há como desprezar na hora da significação.
_ Talvez palavras como apropriação, bricolage, etc sejam mais apropriadas do que o plágio para usar em textos como esse. Seria mais fácil, inclusive, usar estas palavras. Mas talvez não teria graça – além de forçar uma proximidade que não é tão interessante quanto desmitificar a ideia negativa do plágio.
Enfim, agrademos tua contribuição, Catatau, que desde já nos trouxe um ponto de vista até então não havíamos pensado com a devida atenção. Quem sabe não continuemos a conversa?
abraço!

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Por: Catatau https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/#comment-621 Fri, 01 Oct 2010 14:51:04 +0000 https://baixacultura.org/?p=3623#comment-621 ah sim, vendo o nome da editora Conrad, um exemplo: no “plágio” de Hakim Bey para o termo “terrorismo”, ele o cunhou com outro termo, “poético”.

Assim ele “plagiou” (apropriou-se? agenciou? bricolou?) um termo, mas de que modo? Ele extraiu do “terrorismo” alguns de seus “traços”: uma invasão súbida e arrebatadora da alteridade, provocando um deslocamento das relações cotidianas do objeto-alvo do “terror”; isto é, não sei se plagiou propriamente o termo “terrorismo”, ou se ele tentou fazer algo mais do tipo do Guattari e do Deleuze (se o que eles fazem é diferente de plágio), no sentido de compor virtualidades novas a partir de coisas antigas, mais ou menos como o texto do post pretendeu situar.

E ao mesmo tempo ele utilizou aquele conteúdo extraído cruzando-o com “poético”. O terrorismo poético não é terrorismo, é outra coisa; e também não é propriamente arte institucionalizada, é outra coisa. É a tentativa de trazer, por meio de algo semelhante a um assalto, um arrebatamento, um deslocamento das relações familiares e cotidianas para o cultivo de, digamos, “devires poéticos’.

Seria essa operação de apropriação um plágio? Ou chamá-la de plágio faz juz à apropriação? Não seria interessante ou retirar a denotação plágio, ou compô-la como fez Bey? É mais ou menos o problema que tentei colocar acima. No mais, parabéns pelo blog!

abraço,

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Por: Catatau https://baixacultura.org/2010/09/28/revalorizar-o-plagio-na-criacao-1/#comment-620 Fri, 01 Oct 2010 13:48:30 +0000 https://baixacultura.org/?p=3623#comment-620 Creio que deve haver muito cuidado nessa hora porque o texto parece fazer passar por baixo do tapete também conotações ruins de plágio.

Em primeiro lugar, de repente não poderia ser escolhida outra palavra? Por exemplo, só para dar um chute, “bricolage”, “apropriação”, etc.. O texto pretende passar a idéia de que os autores não são donos de suas palavras, que as palavras possuem uma autonomia própria, e assim portanto é uma arte criar novas direções a partir das possibilidades “poéticas” das coisas. Assim, diversos “autores” tentaram na história do mundo encerrar essas possibilidades poéticas dentro de nomes, como se a criação pertencesse a alguma autoridade autoral.

Isso tudo é correto, mas… o uso predominante de plágio é o mau uso, é uma reedição daquele uso que o próprio texto pretende criticar. O plagiador, e especialmente o plagiador de nossa época, rouba a ‘idéia’ (digamos assim, e entre aspas) de outra identidade autoral para afirmar a sua própria identidade autoral. Não se retira a ‘idéia’ de seu cárcere autoral; apenas se transfere o cárcere e até sob uma certa degenerescência (pois pelo menos o primeiro autor, mesmo errado, tentava criar).

Assim o termo “plágio” parece não ser uma escolha muito feliz, pois é tentar positivar um termo em si mesmo negativo. Os plágios históricos descritos acima, no ocidente e no oriente, não são plágios, mas apropriações. Plágio, por definição, é o roubo da idéia de outro, e seria necessário um trabalho retórico a mais para deixá-lo positivo. Trabalho aparentemente desnecessário, visto outros termos muito interessantes para dizer a mesma coisa.

Não por acaso “plágio” tem a etimologia de “roubo de escravos” – e não no sentido de “libertação” deles.

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