Comentários sobre: Seminário Música & Movimento: A ida e a vinda https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/ Cultura livre & (contra) cultura digital Wed, 29 Apr 2009 01:34:20 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.9 Por: Gerson https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-280 Wed, 29 Apr 2009 01:34:20 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-280 Correção ao texto do meu comentário acima. Qdo falo: “modelo dominante das majors e que visa o fim do capital apenas.” Quiz dizer “modelo dominante das majors e que visa como fim, o capital apenas”.
Não achei maneira de editar diretamente… sorry…
😉

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Por: Gerson https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-279 Wed, 29 Apr 2009 01:30:20 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-279 Quanto aos músicos acho que uma grande maioria está sim desorganizada, ou melhor dispersa, acho que essa seria a melhor palavra. Existem alguns poucos, pelo tamanho desse universo independente, que é enorme, que se organizam em associações, festivais, etc… acho legal e como corretamente vc falou a maioria já pratica algo bacana e alternativo.
Eu, particularmente, trato como indústria fonográfica a indústria do capital, está que conhecemos como modelo dominante das majors e que visa o fim do capital apenas. Já a indústria da música, que considero mais ampla e livre, precisa de um modelo alternativo e mais justo, que seja inclusive auto-sustentável e amplo o suficiente para sustentar toda a cadeia produtiva sem depender do modelo velho. Esse novos modelos aparecerão e muitos terão inclusive influência da economia solidária… existe a possibilidade de ambos os modelos coexistirem… são opções… o tempo se encarregará de definí-los claramente e as pessoas optarão de acordo com seus interesses e perspectivas por um bom tempo até, talvez, não sei, que apenas um modelo sobreviva. Mas isso, acho que dependerá dos rumos que a humanidade tomar para frente. Eu torço pela hiperdemocracia… devemos também ficar atentos a digitalização desse modelo velho, que não significa uma mudança e sim apenas um continuação “modernizada” do velho – o núcleo, a essência, os interesses são os mesmo. É como costumam falar no popular: só mudam as moscas… 😉
O que está faltando é informação de verdade… temos que lutar contra essa desinformação forçada que está ocorrendo… é difícil mas possível e poderá ficar mais fácil a partir do momento em que aparecer um modelo real e funcional alternativo ao atual, dai será possível melhor visualizar o atual e ter algo, pelo menos, para compará-lo e desnudá-lo, quem sabe.
Quanto a questão da Creative Commons, já passei por isso que comentas, das críticas fortes e dúvidas a este modelo, lá em 2006 em algumas reuniões que fiz com grupos de artistas e produtores e notei que era basicamente falta de informação ou informação distorcida. Até medo do novo, e inclusive defesa de interesses… coisa até comum em negócios. Eu acredito no copyleft e acho que é uma grande alternativa para o futuro já presente. Faz todo sentido.
Vamos falar Reuben… grande abraço.

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Por: Reuben https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-278 Tue, 28 Apr 2009 15:27:36 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-278 Salve, Gerson!
Tô em dívida contigo, hein? Devo, não nego, pago quando pintar, afinal, um tempo!
Alguns comentários:
– Ouvi de vários músicos lá em BH isso que você aponta, que são desorganizados, e tal. Mas respondi o que te respondo agora: ainda assim, são mais organizados que os outros setores artísticos. Bem ou mal, a indústria fonográfica é a mais bem estruturada no Brasil, e acredito que isso dá aos músicos uma “consciência de classe” difícil de ver, como sempre digo por aqui e pra ficar no mesmo exemplo, nos escritores.
– É normal que as pessoas discordem e eu entendo muitos dos receios da velha guarda quanto às mudanças. Meu próximo post vai tratar de um desses receios. O que me tranquiliza, pessoalmente, é que independentemente das mudanças na lei e da lentidão do processo, as pessoas JÁ PRATICAM formas alternativas de mercado. Você é um exemplo disso. E tantos outros. Downloads oficiais, editoras independentes, coletivos de artistas…são práticas alternativas EM VIGOR. É claro que mudar as leis é puta necessário, afinal de contas isso representaria uma mudança estrutural, perene, de base. Mas a vida segue independente disso.
– Sobre o Sérgio Branco, eu não quis dizer que o cara é despreparado! Pelo contrário, foi uma explosição superdidática e acessível. É que metade da platéia o atacou ferozmente, e ele é um sujeito tímido. Quer dizer, por melhores que fossem as respostas, ele fala e a platéia gritava, e é ouvido quem fala mais alto, né? Minhas críticas mais duras são ao CC, não ao Sérgio.
Acho que é isso! Depois lembrei de mais algumas coisas que não entraram no texto e que retomo em breve.
Valeu pelo papo e abração!

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Por: Gerson https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-277 Tue, 28 Apr 2009 14:59:14 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-277 Reuben, gostei muito do teu relato pessoal sobre o debate. Muito importante que hajam debates entre os envolvidos no mercado de música. Entendo que o músico deva estar melhor representado em todos estes debates, pois compreendo ele como o maior interessado para o futuro desse mercado, mas os vejo ainda meio que perdidos nesse imenso oceano, e muito divididos em suas opiniões. Também noto, que desde 2005 ou 2006 que acontecem estes debates e não existe, desde lá, consenso algum a respeito do que poderá ser o tal futuro da música e que ninguém quer abrir mão de seus atuais modelos de negócios a favor de algo novo e que seja viável para todos. O novo sempre assusta, ainda mais quando incerto em seu modelo.
O debate, se continuar assim, ainda vai ser muito longo e enquanto isso continuaremos com incompatibilidade total da Lei Autoral atual com os novos tempos digitais.
Quanto ao Creative Commons lamento não ter sido representado nesse debate por alguém com mais atitude e mais conhecimento de causa, mas ainda assim, apesar das falhas que o commons ainda possui, prefiro ainda ele do que o modelo restritivo do copyright. Como tudo é muito novo, muito ainda a se aprender e a se evoluir em todos os sentidos, realmente do jeito que está a informação de ambos os lados a coisa vai se estender.
Quanto as frases que compartilhas conosco posso te dizer que reflete o que falei acima e é a pura realidade que vivemos, que inclusive acompanhei de perto por estes dias no blog Remixtures. Muita desinformação proposital a respeito do modelo da indústria fonográfica e uma agressividade alta dos defensores e entendidos do copyright. Há um entendimento entre eles de que realmente estão sendo roubados, mas que entendo como normal para quem quer defender o seu negócio, ainda mais lucrativo como é…

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Por: Reuben https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-276 Tue, 28 Apr 2009 12:08:54 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-276 Ô Bárbara,
Que bom que você gostou!
Pacífico ou não, o importante é o debate acontecer, de preferência com a presença de setores governamentais e da própria indústria.
Um bj!

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Por: Bárbara https://baixacultura.org/2009/04/26/seminario-internacional-musica-movimento-a-ida-e-a-vinda/#comment-275 Mon, 27 Apr 2009 14:12:40 +0000 https://baixacultura.org/?p=1818#comment-275 Belo Horizonte é bem um bocado assim como vc descreve… receptividade pura, simpatia discreta e um quê de bebedeira com um bom papo.. fico feliz que vc tenha gostado da cidade. Deixei BH a dois anos e talvez a coisa que mais sinto falta seja isso, sair com novas pessoas e ver o papo render para uma boa e forte amizade. Adorei seu post.

Em relação ao debate, acho ótimo que ele tem se consolidado de forma aberta. Como ainda é difícil controlar e detectar responsáveis, acho que ameniza um tanto o clima e permite que pessoas com idéias diferentes conversem com um pouco mais de tranquilidade.
Agora eu já não sei como vai ser quando a grande indústria corporativa resolver pressionar o governo para controlar a situação.. feito como tem acontecido na Europa. Esse clima quase pacífico do debate vai se tornar ainda mais frágil…

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